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O Cativeiro de Judá

Texto Áureo
“Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus
profetas, até que o furor do Senhor subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.”
(2 Cr 36.16)

Verdade Prática
Todo o ser humano se torna cativo de suas escolhas e das consequências delas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

18 – Tinha Zedequias vinte e um anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe
Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.
19 – E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Jeoaquim.
20 – Pois assim sucedeu por causa da ira do Senhor contra Jerusalém e contra Judá, até os rejeitar de diante da sua face; e Zedequias se
revoltou contra o rei de Babilônia.

(2 Reis 24.18-20)

1- E sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, no mês décimo,


aos dez do mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra

Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra


ela, e levantaram contra ela tranqueiras em redor.
2- E a cidade foi sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias.
3 – Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, nem havia pão para o povo da terra,
4- Então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros junto ao
jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor); e o rei se foi pelo caminho da campina.
5- Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.
6- E tomaram o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla; e procederam contra ele.
7- E os filhos de Zedequias degolaram diante dos seus olhos; e vazaram os olhos a Zedequias, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o
levaram a Babilônia.
8- E, no quinto mês, no sétimo dia do mês (este era o ano décimo nono de Nabucodonosor, rei de Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da
guarda, servo do rei de Babilônia, a Jerusalém.
9- E queimou a Casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas dos grandes igualmente
queimou.
10- E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém.

(2 Reis 25.1-10)

Comentário da Leitura

A soberania dos reis davídicos sobre Judá


havia terminado. Com a morte de Josias,
Judá caiu sob o controle de potências
estrangeiras, primeiro o Egito e depois a
Babilônia. Deus usou outros reis e reinos
mais poderosos para punir Seu povo
A justiça de Deus é aplicada àqueles que insistem em permanecer em seus erros.

PONTO

INTRODUÇÃO
CENTRAL

A fase final do reino de Judá foi protagonizada por quatro reis:

JOACAZ Filho do rei Josias (2 Cr 36.1)

JEOAQUIM Reinou por ocasião do primeiro grupo de prisioneiros levados para Babilônia, em 605 a.C. (2 Cr 36.5,6)

JOAQUIM Vivenciou o cerco de Jerusalém por Nabucodonosor, que resultou em dez mil pessoas presas,

em 597 a.C. (2 Cr 36.9,10);

ZEDEQUIAS Rei entronizado por Nabucodonosor no lugar de Joaquim (2 Cr 36.10,11).

Nesta lição, veremos Zedequias rebelando-se contra o rei de Babilônia, causando um novo cerco que durou
dezoito meses e, finalmente, resultou na:

OBJETIVO
Queda Definitiva de Jerusalém, em 586 a.C.
Sinalizar o efeito dos pecados cometidos pelo povo de Deus.
I- O DECLÍNIO ESPIRITUAL DE JUDÁ
1. As advertências

dos profetas.

Os profetas do Antigo Testamento foram unânimes e incansáveis em denunciar as


INJUSTIÇAS e as terríveis TRANSGRESSÕES do povo e dos líderes da nação.


"Disse-me mais o Senhor: Uma conspiração se achou entre os homens de Judá, entre
os habitantes de Jerusalém.
Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas
palavras; e eles andaram após outros deuses para os servir; a casa de Israel e a casa de
Judá quebraram a minha aliança, que tinha feito com seus pais.
Portanto assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão
escapar; e clamarão a mim, mas eu não os ouvirei.
Então irão as cidades de Judá e os habitantes de Jerusalém e clamarão aos deuses a
quem eles queimaram incenso; estes, porém, de nenhum modo os livrarão no tempo do
seu mal."

(Jeremias 11:9-12)

Todos foram taxativos em dizer que aquelas vindicações, especialmente contra o pecado de
idolatria, já estavam excedendo as medidas de Deus.
I- O DECLÍNIO ESPIRITUAL DE JUDÁ
2. Previsão dos acontecimentos

que levaram Judá ao exílio.

O ministério
de Jeremias

Foi o mais importante desse período.

Ele iniciou suas atividades proféticas no reinado de Josias e deu continuidade durante os quatro reinos seguintes:

"Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim;
Ao qual veio a palavra do Senhor, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo terceiro ano do seu reinado.
E lhe veio também nos dias de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, até ao fim do ano undécimo de Zedequias, filho de
Josias, rei de Judá, até que Jerusalém foi levada em cativeiro no quinto mês."

(Jeremias 1.1-3)

No tempo desse grande profeta, havia muita discórdia e confusão


sobre o que era a VERDADEIRA E A FALSA PALAVRA DE DEUS.

Por isso precisamos estar atentos para discernirmos a Palavra do Senhor.

Ao advertir o povo sobre os pseudo profetas, Jeremias o fez de modo tão peculiar, que parece estar se
referindo aos falsos profetas dos nossos dias.

"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às


palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-
vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da
boca do Senhor.
Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor
disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do
seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós."

(Jeremias 23.16,17)
I- O DECLÍNIO ESPIRITUAL DE JUDÁ
3. Motivos que levaram

Judá ao cativeiro.

O cativeiro aconteceu especialmente por causa da obstinada desobediência da liderança judaica.


Essa posição é consolidada por vários outros profetas, dentre eles, Miquéias (Mq 3.9-11).

Além da idolatria, pecados abomináveis


foram cometidos contra Deus:
Derramaram sangue inocente (2 Cr 24.17-22);

Cometeram todo tipo de corrupção e Injustiça social (Hc 1.2-4)

Não observaram o descanso sabático (2 Cr 36:20-23)

Mataram muitos dos seus profetas (Mt 23.35).


A situação de Judá é uma triste realidade para um povo que recebeu tantas profecias, avisos e oportunidades de arrependimento,

MAS Rm 20.21)
DECIDIU pela Apostasia!

Ao olhar para a história de Judá, cultivemos o sentimento de humildade em nosso coração

Para que o temor a Deus nos previne de toda apostasia (Hb 12.16,17).
Andar com Ele é a melhor maneira de remover os
obstáculos da alma. que nos atrapalham na
caminhada cristā
II – A OBSTINAÇÃO DE ZEDEQUIAS E SUA QUEDA
1. A teimosia
de Zedequias.

ZEDEQUIAS

O último rei de Judá, não entendeu bem a exata conjuntura em que a nação se encontrava, e,
por sua própria conta, resolveu não dar ouvidos à voz do profeta (Jr 38.14-28).

Fez constantes ameaças a Jeremias e até tentou mantê-lo submisso aos seus caprichos.
MAS
MAS

Jeremias, como homem de Deus, não se deixou corromper, antes, proferiu toda a palavra do Senhor.

"Então Jeremias disse a Zedequias: Assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos, Deus de Israel:
Se voluntariamente saíres aos príncipes do rei de babilônia, então viverá a tua alma, e esta
cidade não se queimará a fogo, e viverás tu e a tua casa.
Mas, se não saíres aos príncipes do rei de babilônia, então será entregue esta cidade na
mão dos caldeus, e queimá-la-ão a fogo, e tu não escaparás da mão deles."

(Jeremias 38.17,18)
II – A OBSTINAÇÃO DE ZEDEQUIAS E SUA QUEDA

2. Surdos aos avisos dos profetas.


Jeremias advertiu ao rei Zedequias dizendo que, caso se rendesse à Babilônia, sua integridade seria preservada.

Todavia, o rei não deu ouvidos ao profeta, razão de acontecer o que estava previsto.
O poderoso exército babilônico invadiu e destruiu Jerusalém (Jr 39.1).

Zedequias e povo de Judá estavam tão confiantes em sua religiosidade e escolha divina em relação às
demais nações, que nem pensavam na hipótese de serem quase aniquilados .

"Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do


Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este."

(Jeremias 7.4)
III – JERUSALÉM É CERCADA E LEVADA CATIVA
1. A destruição da Cidade

Santa e do Templo.

Após as investidas

dos assírios, dos

egípcios, e de três

ofensivas dos

babilônios,
a forte e imponente
cidade de Davi se
encontrava
completamente
arrasada.
Durante o cerco de
Jerusalém, que durou
dezoito meses, ninguém
podia entrar nem sair.
A cidade santa estava em extrema pobreza e miséria.

"Como se escureceu o ouro! Como se mudou


o ouro puro e bom! Como estão espalhadas
as pedras do santuário sobre cada rua!
Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro
ouro, como são agora reputados por vasos
de barro, obra das mãos do oleiro!
Até os chacais abaixam o peito, dão de
mamar aos seus filhos; mas a filha do meu
povo tornou-se cruel como os avestruzes no
deserto.
A língua do que mama fica pegada pela sede
ao seu paladar; os meninos pedem pão, e
ninguém lho reparte.
Os que comiam comidas finas agora
desfalecem nas ruas; os que se criaram em
carmesim abraçam monturos.
Porque maior é a iniqüidade da filha do
meu povo do que o pecado de Sodoma, a
qual foi subvertida como num momento, A glória de Israel se foi !
sem que mãos lhe tocassem."

(Lamentações 4.1-6)
Foi nesse momento que o poderoso exército de Babilônia rompeu uma brecha no muro e invadiu a
cidade. O Templo Sagrado, erigido há 380 anos, foi saqueado, destruído e queimado.
III – JERUSALÉM É CERCADA E LEVADA CATIVA
2. A matança, o cativeiro,

a peste e a pobreza.

No livro de Lamentações de Jeremias, o profeta descreve, com – riqueza


de detalhes, as deploráveis cenas que assistiu (Lm 4.3-10). A fome
chegou a tal ponto que as mães cozinhavam e serviam os próprios
filhos como comida. Até os sacerdotes perderam as esperanças; e as
virgens ficaram assentadas, sem forças, à beira do caminho. As
crianças morriam de sede e fome; ninguém poderia saciá-las.
III – JERUSALÉM É CERCADA E LEVADA CATIVA
3.A esperança
profetizada.
Mas, mesmo assim, não

deixou de se lembrar e
A mensagem de Jeremias

deixou todos desesperados. Em


registrar o quanto Deus

Lamentações, o profeta desvela é misericordioso e o


toda a sua tristeza tamanho da sua


fidelidade
"As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade."

(Lamentações 3.22,23)
“Cristo em vós, esperança da glória”

Portanto, assim como Jeremias mudou sua desolação


para um estado de esperança, também o cristão deve
desenvolver uma atitude de fé diante de suas
dificuldades e enfrentamentos.

(Cl 1.27b)
CONCLUSÃO
A experiência do reino de Judá no cativeiro é uma triste lição para todos os crentes. Quando os “falsos
deuses” ocupam o coração de uma pessoa, ela se torna cativa de suas escolhas erradas. A boa notícia é
que, pela misericórdia de Deus, Judá retornou à sua Terra Prometida. Deus ainda usa suas misericórdias
para com seu povo. Elas não têm fim. “Novas são cada manhã” (Lm 3.23).

Deus Abençoe Sua Vida!

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