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RIO CLARO, SP
2021
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TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
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modernidade representa conhecimento, para outros, a mesma representa propagação de informações
falsas.
As características da pós-modernidade podem ser resumidas em alguns pontos: propensão a se
deixar dominar pela imaginação das mídias eletrônicas; colonização do seu universo pelos mercados
(econômico, político, cultural e social); celebração do consumo como expressão pessoal; pluralidade
cultural; polarização social devido aos distanciamentos acrescidos pelos rendimentos; falências das
meta narrativas emancipadoras como aquelas propostas pela Revolução Francesa: liberdade, igualdade
e fraternidade.
Bauman dividiu a modernidade em duas partes
“Modernidade sólida” e “Modernidade liquida”
Modernidade líquida é um termo usado pelo filósofo Zygmunt Bauman (1925-2017) para
definir o mundo globalizado. A liquidez e suas constantes mudanças seriam características que vieram
desorganizar todas as esferas da vida social como o amor, a cultura, o trabalho, etc. tal qual a
conhecíamos até o momento. O conceito opõe-se, na obra de Bauman, ao conceito de modernidade
sólida, quando as relações eram solidamente estabelecidas, tendendo a serem mais fortes e duradouras
onde a busca pela verdade era um compromisso sério para os pensadores da modernidade sólida.
As relações humanas ficaram extremamente abaladas com o surgimento da modernidade
líquida. A lógica do consumo entrou no lugar da lógica da moral, assim, as pessoas passaram a ser
fortemente analisadas não pelo que elas são, mas pelo que elas compram. A amizade e os
relacionamentos amorosos são substituídos por conexões, que, a qualquer momento, podem ser
desfeitas com facilidade.
Diante dessas transformações os sociólogos se perguntaram se era o fim da modernidade. Nesse
momento o BAUMAN tentou trabalhar com o termo do pós modernidade, isso foi nos anos 90 na época
da globalização.
O termo pós modernidade não ajuda a descrever a situação da sociedade contemporânea, isso é
ele só consegue dizer o que não somos, mas não consegue dizer o que somos. O termo decreta o fim de
uma era, mas não possui conteúdo suficiente para descrever ou para criticar o presente.
Em 2000 veio a publicação de modernidade liquida, se chegou ao consenso de que não saímos
da modernidade apesar das grandes transformações que sofremos e ainda estamos passando.
Por isso, na modernidade líquida, esses conceitos estão em permanente adaptação, pois se
adaptam ao meio onde estão inseridos.
Sem referências externas e numa sociedade onde tudo é permitido (ao menos em teoria), o
indivíduo tem que construir sua identidade a partir da sua experiência pessoal.
Isso gera a angústia e o desconforto já preconizados por Jean-Paul Sartre, mas também uma
sensação de liberdade, onde o indivíduo tem a responsabilidade total dos seus atos.
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“Fazer portfolio é estar ciente de ser responsável pela construção do próprio conhecimento e
nessa dinâmica, aprender que este processo será ferramenta de trabalho do futuro profissional”
(ZANELLATO, 2008, p.104).