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SHEILLA URSULLA ALVES ANDRADE / RA 8137554

Gestão De Recursos Humanos

Antropologia, Ética e Cultura

Professor/Tutor a distância: Everton Luis Sanches

Centro Universitário Claretiano

RIO CLARO, SP
2021
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TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS

As relações entre economia, desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento humano nos


períodos da Idade Moderna e da Idade Contemporânea ocorreram de maneira progressiva.
Para entendermos melhor essa transição vamos falar um pouco da Idade Moderna e em seguida
passamos para a Idade Contemporânea.
Na Idade Moderna Modernidade não tem uma data exata de quando começou, observou se que
além do desenvolvimento de grandes embarcações e tecnologias de direcionamento para a navegação,
o mundo europeu estava em expansão, passou a ser visto com outros olhos graças ao uso da ciência e
racionalidade, que elevava a humanidade, superando velhas crendices, deixando para traz o pensamento
de que o nascimento era fonte do destino de um ser humano. A principal dificuldade neste período
estava relacionada a aprender a conviver pacificamente.
Na Idade Contemporânea temos uma série de tecnologias inovadoras disponíveis. Nessa fase o
ser humano pensa em superar o passado em busca de um futuro melhor. Aspectos culturais, econômico
e sociais foram sendo alterados por meio da introdução de novas tecnologias, diferentes práticas e
hábitos. Hoje, nosso desafio está associado, principalmente, à manutenção da paz global, as maiores
dificuldades nesse período relacionam-se com as desigualdades sociais e presença da fome e miséria
mesmo diante de tanto desenvolvimento econômico.
A verdade vem tendo sentidos distintos, visto que todas pessoas com base no seu discernimento
social tendem a construir sua própria verdade.
A questão da verdade tem sido tratada recentemente, considerando o fenômeno da pós-verdade
que se caracteriza pela maior predominância das crenças pessoais e das opiniões de determinados
grupos do que os fatores científicos e as objetividades.
A sociedade não converge na busca de uma verdade universal, de forma a cada criar seu próprio
conceito de verdade por meio de experiências e vivências.
Pós verdade foi considerada a palavra do ano pelo dicionário Oxford em 2016. De acordo com
(Zarzalejos, 2007, p.11):
A pós verdade não é sinônimo de mentira, mas “descreve uma situação na qual, durante a
criação e a formação da opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência do que os
apelos às emoções e às crenças pessoais”

A pós-modernidade trata-se de uma época de avanços diretamente ligados à arte, à literatura e


outros aspectos. Compreende a atual multipolaridade econômica, somadas à grande disseminação de
informações, em excessivas velocidades. As consequências são diversas, para alguns, a pós-

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modernidade representa conhecimento, para outros, a mesma representa propagação de informações
falsas.
As características da pós-modernidade podem ser resumidas em alguns pontos: propensão a se
deixar dominar pela imaginação das mídias eletrônicas; colonização do seu universo pelos mercados
(econômico, político, cultural e social); celebração do consumo como expressão pessoal; pluralidade
cultural; polarização social devido aos distanciamentos acrescidos pelos rendimentos; falências das
meta narrativas emancipadoras como aquelas propostas pela Revolução Francesa: liberdade, igualdade
e fraternidade.
Bauman dividiu a modernidade em duas partes
“Modernidade sólida” e “Modernidade liquida”
Modernidade líquida é um termo usado pelo filósofo Zygmunt Bauman (1925-2017) para
definir o mundo globalizado. A liquidez e suas constantes mudanças seriam características que vieram
desorganizar todas as esferas da vida social como o amor, a cultura, o trabalho, etc. tal qual a
conhecíamos até o momento. O conceito opõe-se, na obra de Bauman, ao conceito de modernidade
sólida, quando as relações eram solidamente estabelecidas, tendendo a serem mais fortes e duradouras
onde a busca pela verdade era um compromisso sério para os pensadores da modernidade sólida.
As relações humanas ficaram extremamente abaladas com o surgimento da modernidade
líquida. A lógica do consumo entrou no lugar da lógica da moral, assim, as pessoas passaram a ser
fortemente analisadas não pelo que elas são, mas pelo que elas compram. A amizade e os
relacionamentos amorosos são substituídos por conexões, que, a qualquer momento, podem ser
desfeitas com facilidade.
Diante dessas transformações os sociólogos se perguntaram se era o fim da modernidade. Nesse
momento o BAUMAN tentou trabalhar com o termo do pós modernidade, isso foi nos anos 90 na época
da globalização.
O termo pós modernidade não ajuda a descrever a situação da sociedade contemporânea, isso é
ele só consegue dizer o que não somos, mas não consegue dizer o que somos. O termo decreta o fim de
uma era, mas não possui conteúdo suficiente para descrever ou para criticar o presente.
Em 2000 veio a publicação de modernidade liquida, se chegou ao consenso de que não saímos
da modernidade apesar das grandes transformações que sofremos e ainda estamos passando.
Por isso, na modernidade líquida, esses conceitos estão em permanente adaptação, pois se
adaptam ao meio onde estão inseridos.
Sem referências externas e numa sociedade onde tudo é permitido (ao menos em teoria), o
indivíduo tem que construir sua identidade a partir da sua experiência pessoal.
Isso gera a angústia e o desconforto já preconizados por Jean-Paul Sartre, mas também uma
sensação de liberdade, onde o indivíduo tem a responsabilidade total dos seus atos.

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“Fazer portfolio é estar ciente de ser responsável pela construção do próprio conhecimento e
nessa dinâmica, aprender que este processo será ferramenta de trabalho do futuro profissional”
(ZANELLATO, 2008, p.104).

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