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Objetivos
Esperamos que ao final desta aula, você seja capaz de:
1) Conhecer as principais discussões desenvolvidas no contexto de surgimento das
ferramentas para análise estratégica de portfólio
2) Compreender e definir os itens de um portfólio no contexto de Gestão Estratégica
3) Comparar ferramentas formais para gestão estratégica de portfólio
Desenvolvimento Instrucional
1. INTRODUÇÃO
A década de 1960 se caracteriza por um período de expansão do mercado de ações,
mudanças tecnológicas e o desenvolvimento de estratégias direcionadas para o
crescimento e a diversificação.
A partir desse período, se desenvolveram as seguintes questões
É possível uma organização já consolidada em determinado segmento de
mercado obter ou manter seu sucesso competitivo apostando somente em sua
competência distintiva?
Uma empresa deve se adequar para atender às necessidades de seus clientes,
ainda que isso implique no desenvolvimento de produtos ou serviços que
sejam completamente diferentes daqueles cujos processos sejam já
“dominados” pela mesma?
Até que nível vale investir em diversificação?
Até que ponto vale manter o foco estratégico em sua competência distintiva?
Especializar ou diversificar?
Quais aspectos podem ser utilizados na definição dos itens de um portfólio?
Quais produtos ou serviços devo continuar produzindo?
Quais produtos ou serviços posso descontinuar, sem grande perda de
desempenho estratégico?
Como e quais produtos impactam mais significativamente o desempenho da
minha organização?
A análise SWOT, apesar de ser uma abordagem muito popular até os dias atuais, em
suas versões mais tradicionais não abre espaço para a discussão sobre as
competências distintivas de uma organização. Neste contexto, destacam-se
discussões que surgem, na tentativa de direcionar o estrategista na definição de uma
estratégia que considere o nível de desenvolvimento de competências distintivas
organizacionais e que ajude a organização a definir estrategicamente seu portfólio.
Decisões que envolvam manutenção, criação ou desenvolvimento de competências
distintivas e diversificação ainda são consideradas de cunho estratégico para qualquer
organização atual, pois podem influenciar diretamente seu sucesso competitivo.
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A partir dessa perspectiva, esta aula apresenta algumas das principais discussões da
década de 1960 sobre diversificação versus manutenção da competência distintiva,
que trataremos aqui como “especialização” e ainda descreve fundamentos e técnicas
desenvolvidas no mesmo período para gestão estratégica de portfólio.
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Desenvolvimento de
Missão atual Penetração de Mercado
produto
Desenvolvimento de
Nova missão Diversificação
mercado
Cada um dos quatro quadrantes da matriz pode ser tratado como uma estratégia
distinta a ser adotada em função da decisão tomada pela organização conforme
descritas a seguir:
Penetração de mercado – Se uma organização opta por manter constante a
produção e/ou comércio de um mesmo produto ou conjunto de produtos, não
significa necessariamente que a mesma não possa desenvolver-se em termos
de desempenho estratégico ou competitivo. Nesse contexto, suas estratégias
podem focar o aumento das vendas para os atuais clientes ou conquistar
novos clientes. A conquista de novos clientes pode acontecer basicamente sob
duas formas em contextos diferentes de comportamento do mercado. Se o
mercado está em franco crescimento, então a empresa deve se direcionar na
busca pela maior parcela possível de novos clientes. Agora se o mercado
encontra-se estagnado, uma alternativa para aumentar as vendas seria a
captura de clientes dos concorrentes. Nesse sentido, pode-se afirmar que a
estratégia de penetração de mercado é uma boa opção para uma empresa que
tenha uma baixa participação ou não apresenta uma liderança bem definida no
setor onde atua.
Desenvolvimento de produto – A introdução de um novo produto, mas que já
tenha uma “linha mestra” de produção trata-se de uma estratégia
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Apesar das opiniões distintas dos dois autores citados, hoje não se pode apontar
como mais indicada uma ou outra vertente. A postura estratégica pode inclusive mudar
no decorrer do tempo em função de muitos fatores que devem ser considerados na
definição da estratégia a ser adota por uma organização, dentre eles pode-se citar:
perfil de consumo, aspectos político-econômicos, aspectos setoriais, etc.
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A análise dos consultores do BCG gerou uma justificativa padrão para o desempenho
superior alcançado por determinada empresa que apresenta os mesmos recursos e
capacidades de gestão dos seus concorrentes. Essa justificativa tem relação forte com
a experiência acumulada em termos de custos, preços praticados pela indústria e as
inter-relações entre esses dois fatores. Os resultados apresentados por Herdenson e
sua equipe apontaram que, para cada duplicação de resultados, os custos totais
declinavam cerca de 20%, devido a economias de escala (definido na Aula 1),
aprendizagem organizacional e inovação tecnológica. A Figura 2 ilustra o
comportamento do custo de produção de um Item X na medida em que o volume
produtivo aumenta.
Início da ATIVIDADE 1
Atividade 1 – Atende ao Objetivo 1
Com base nas abordagens distintas apresentadas nesta última seção, apresente pelo
menos uma vantagem e uma desvantagem para uma empresa qualquer que adote
uma postura estratégica de diversificação do seu negócio.
RESPOSTA COMENTADA
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Deve-se considerar que o objetivo aqui não é propor o uso de todos os fatores do
Quadro 1 simultaneamente. Costa (2003) propõe o uso de no mínimo 2 e no máximo 5
desses fatores. A Figura 4 a seguir apresenta um exemplo hipotético de segmentação
que resultaria em quatro áreas estratégicas (A, B, C e D), descritas no Quadro 2.
Essas quatro áreas comporiam o portfólio da Empresa X.
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Início da ATIVIDADE 2
Atividade 2 – Atende ao Objetivo 2
Do ponto de vista de gestão estratégica de portfólio qual a importância da aplicação do
conceito de segmentação de mercado?
RESPOSTA COMENTADA
Ajuda na classificação e descrição das áreas estratégicas de uma organização, que
podem ser tratadas como itens de um portfólio, e que requerem ações estratégicas
específicas ou apresentam bases competitivas distintas em função de suas
características. Cada área estratégica pode demandar estratégias funcionais
específicas, como por exemplo, ações de marketing, produção, recursos humanos,
etc.
Fim da ATIVIDADE 2
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mercado
Início da ATIVIDADE 3
Atividade 3 – Atende ao Objetivo 3
Quais as principais diferenças entre as ferramentas de Planejamento Estratégico de
Portfólio denominadas Matriz BCG e Matriz GE/McKinsey?
RESPOSTA COMENTADA
A Matriz BCG (2x2) é uma matriz de 4 blocos, apresenta 2 medidas de desempenho, e
fundamenta-se no uso de duas variáveis para avaliação dos itens que compõe o
portfólio de uma organização: Taxa de Crescimento de Mercado e Participação de
Mercado.
A Matriz GE/McKinnsey é uma matriz de 9 blocos (apresenta 3 medidas de
desempenho). Também conhecida como matriz GE/McKinnsey,é uma forma posterior
e mais avançada da Matriz BCG nos seguintes aspectos: A "atratividade do mercado"
(fatores externos) substitui o “crescimento do mercado”; A “força do negócio” (fatores
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5. CONCLUSÕES
Apesar de conhecer visões distintas sobre o foco da diversificação na gestão
estratégica organizacional. E identificar que essas visões são opostas, não se deve
propor uma direção única a ser utilizada por todas as organizações, de todos os
lugares, em todos os momentos. Em outras palavras, em determinado contexto, para
uma organização específica, pode ser vantajoso diversificar, mas isso não quer dizer
que diversas outras empresas não tenham reconhecido êxito na atuação específica e
duradoura em um único mercado.
Da mesma forma que aqui não se pretende ditar uma estratégia específica sobre a
decisão de diversificar ou especializar, também não é o objetivo propor o uso de uma
ou outra matriz, um ou outro modelo específico para gestão estratégica de portfólio. As
matrizes aqui apresentadas representam o pioneirismo dos estudos nessa área (matriz
BCG) e possíveis adaptações ou evoluções (matriz GE/McKinnsey) que são criadas a
fim de dar suporte ao estrategista na análise e gestão de seu portfólio. Para uma
adequada análise, é importante que o estrategista conheça as limitações de cada
modelo e utilizar aquele que lhe proporcione as informações necessárias a uma
tomada de decisão estratégica bem fundamentada e clara.
Início da ATIVIDADE 4
Atividade 3 – Atende aos Objetivos 1, 2 e 3
Apresente uma empresa real com desempenho estratégico reconhecidamente positivo
no(s) mercado(s) onde concorre atualmente. Reflita se suas ações têm bases mais
específicas ou de diversificação. Apresente áreas estratégicas para mesma com base
em pelo menos um fator diferenciador de segmentação visto nesta aula. Identifique se
existe pelo menos uma dessas áreas ou se há algum produto que pode ser
classificado como “estrela” à luz da matriz BCG.
RESPOSTA COMENTADA
Empresa escolhida: UNILEVER Brasil (https://www.unilever.com.br/)
“Somos uma empresa global de produtos de consumo de giro rápido. Nosso propósito
é tornar a vida sustentável algo comum”
Visão: “Nossa visão é aumentar nossos negócios, enquanto desassociamos o
crescimento da pegada ambiental e aumentamos o impacto social positivo.”
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6. RESUMO
Esta aula faz um breve apanhado das principais discussões que permearam a década
de 1960 e início da década de 1970, sobre alguns temas considerados tipicamente
estratégicos, dentre esses se destacam: nível de diversificação e composição
estratégica de portfólio. Inicialmente foram apresentadas duas abordagens opostas
sobre a diversificação: a primeira delas é uma crítica realizada sobre o foco excessivo
em competência distintiva feita por Levitt, e a segunda, ponderando a ideia de Levitt,
representa a visão de Ansoff que propõe uma análise mais cautelosa para acréscimo
de um produto ao portfólio de uma organização, que não tenha competência já
desenvolvida no mesmo segmento deste novo produto.
Para concluir a temática proposta, foram apresentadas duas “ferramentas”
desenvolvidas por empresas de consultoria, referenciadas no meio acadêmico e
utilizadas até hoje para auxiliar na gestão de portfólio: a matriz de crescimento
compartilhado desenvolvida pelo Boston Consulting Group e a matriz 3x3
desenvolvida pela McKinsey & Company.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEITURAS RECOMENDADAS
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