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1. INTRODUÇÃO
Ecossistema é uma comunidade de organismos que interagem entre si e com o meio ambiente
ao qual pertencem. Podemos citar como exemplo de meio ambiente: lago, floresta, savana,
tundra, etc.
2. ENTENDENDO O ECOSSISTEMA
Também fazem parte de um sistema todos os componentes abióticos (sem vida), como, por
exemplo, minerais, íons, compostos orgânicos e clima (temperatura, precipitações e outros
fatores físicos).
Os componentes bióticos (seres vivos) são representados em vários níveis, eles estão
classificados da seguinte forma:
Produtores – ex.: autótrofos – são seres vivos capazes de produzir seu próprio
alimento através de substâncias inorgânicas, como, por exemplo, as plantas que
realizam a fotossíntese através da luz solar.
Consumidores – ex.: heterótrofos – são seres que se alimentam de outros seres, pois,
ao contrário dos autótrofos, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Dentro
desta classificação, incluem-se todos os animais, a maioria dos fungos e algumas
plantas.
Decompositores – ex.: saprófitos – organismos que se alimentam de outros
organismos em estágio de decomposição. Dentre eles estão os fungos e as bactérias.
É importante sabermos que dentro desta classificação, um organismo depende do
outro, pois, após passar por seu “último ciclo”, os compostos orgânicos são utilizados
dentro do ecossistema como nutriente para os produtores, iniciando-se assim, um novo
ciclo.
Nos ecossistemas, há transferências contínuas de matéria e energia entre os seres vivos e o
meio. O Sol é a principal fonte de energia dos ecossistemas. A alimentação constitui a forma
de transferência de energia e de matéria entre os seres vivos de um ecossistema.
A energia solar é captada pelas plantas, transformada em energia química e, através da
alimentação passa aos outros organismos, não mais voltando ao sol. A matéria mineral é
transformada em matéria orgânica pelas plantas (produtores) e transferida aos outros
organismos (consumidores) através da alimentação. Os decompositores “transformam” a
matéria orgânica de cadáveres, restos e excreções dos seres vivos em matéria mineral que
assim fica novamente disponível para as plantas.
Um aspecto importante para entendermos a transferência de energia dentro de um ecossistema
é a compreensão da primeira lei fundamental da termodinâmica que diz: “A energia não pode
ser criada nem destruída e sim transformada”. Como exemplo ilustrativo desta condição,
pode-se citar a luz solar, a qual como fonte de energia, pode ser transformada em trabalho,
calor ou alimento em função da atividade fotossintética; porém de forma alguma pode ser
destruída ou criada.
A matéria está constantemente ciclando dentro de um ecossistema, ou dito de outra forma, o
que os seres vivos retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido assim desde o início da
existência da vida da terra, até os dias de hoje. Trata-se de um ciclo eterno.
Além da matéria, a energia também passa por todos os componentes de um ecossistema, só
que, no entanto, enquanto a matéria circula, a energia flui, o que significa que a energia não
retorna ao ecossistema como a matéria.
Repare-se que apenas 10% da energia do nivel trófico anterior passa para o seguinte dissipando-se
essencialmente na forma de calor os outros 90%. Cada seta entre níveis tróficos representa a transferência de
energia e matéria, por isso o seu sentido.
O planeta Terra apresenta ao longo de sua superfície uma imensa variedade de paisagens
naturais, das quais podemos citar: florestas tropicais, savanas, estepes e pradarias, vegetação
desértica, florestas temperadas, tundra, entre outras.
Tais lugares são chamados de ecossistema. Lembrando que um ecossistema pode ser
abrangente, como por exemplo, a floresta Amazônica, ou um ambiente mais restrito, como um
aquário (composto por plantas e peixes). A composição de um ecossistema depende
diretamente da característica climática, do tipo de relevo e da intensidade com que os raios
solares incidem sobre o lugar. A seguir uma figura que representa a relação dentro de um
ecossistema:
O esquema mostra a relação dos elementos físicos, como a intensidade de luz solar e a chuva. Além de retratar a
ação de microrganismos e da cadeia alimentar.
Cada elemento tem sua trajetória determinada por suas transformações bioquímicas e
particulares no ciclo através do ecossistema. Sistemas vivos transformam elementos em seus
compostos que vão construir as estruturas e transportar energia requerida, esses elementos que
transformam uma forma em outra equilibram processos, restauram os processos iniciais.
4. TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA
Cada forma de um elemento pode ser pensada como ocupando um compartimento. No compartimento
Inorgânico Disponível (C.I.D.), os compostos da atmosfera são absorvidos pelo solo e deste pela água
ou vice-versa e são transformados em sedimentos que podem servir pra formação de rocha sedimentar,
fazendo então parte do Compartimento Inorgânico Disponível Indiretamente (C.I.D.I.), e deste
compartimento pode retornar a primeira caixa por meio de intemperismo e erosão, podendo ser
transportado para o Compartimento Orgânico (C.O.D.) e ser assimilado pelos produtores, animais,
detritos e microorganismos, deste compartimento ele pode voltar ao anterior ou seguir para o
Compartimento Orgânico Disponível Indiretamente (C.O.D.I.).
Estes serviços vitais não podem ser substituídos na escala exigida pela tecnologia e modelos
de desenvolvimento humano, sem que um alto preço seja pago, traduzido em catástrofes
naturais como a exarcebação das alterações climáticas manifestadas por temperaturas
desconfortáveis, secas, enchentes, desertificações etc.
Assim como vimos, uma derrubada de floresta, uma impermeabilização de solo etc, ocasiona
a perda daqueles serviços ecossistêmicos, com a vinda de algum tipo de prejuízo. Nota-se
também que grande parte do que se planeja e se faz nas cidades vai de encontro aos princípios
de manutenção dos serviços dos ecossistemas, ignorando a sua existência.
Modelos de compartimentos para o planejamento da utilização do ambiente. (A, repartição segundo a teoria dos
ecossistemas; B, segundo a visão dos paisagistas) (Adaptado de ODUM, l985)
Devemos perseguir objetivos que signifiquem uma redução do estresse causada pelas saídas
dos pontos críticos altamente energéticos e densamente povoada, principalmente porque
nenhuma tecnologia viável conhecida pode substituir, em escala global, os bens e serviços
bióticos básicos de manutenção da vida, prestados pelos ecossistemas naturais.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RICKLEFS, R.. 2003. A economia da natureza. Guanabara Koogan, Rio de janeiro, 5ª edição,
503p.
PINTO-COELHO, R. M. 2000. Fundamentos em Ecologia. Editora Artmed, 252p.