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https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4421/refletindo-sobre-a-modalidade-escrita-da-lingua
Código: LPO2_15ATS01
Sobre o Plano
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Ingrid Ramalho
Mentor: Gislaine Magnabosco
Especialista: Tânia Rios
Título da aula: Refletindo sobre a modalidade escrita da língua (usos de letra maiúscula e minúscula, segmentação entre palavras e pontuação)
Finalidade da aula: Espera-se que a partir de adivinhas e anedotas, as crianças descubram e reflitam sobre os usos de algumas convenções
ortográficas que esses textos recebem quando estão na modalidade escrita da Língua Portuguesa (usos de letras maiúsculas e minúsculas,
segmentação entre palavras e pontuação)
Ano: 2º ano do Ensino Fundamental
Objeto(s) do conhecimento: Construção do sistema alfabético e da ortografia
Prática de linguagem: Análise linguística e semiótica
Habilidade(s) da BNCC: (EF02LP01)
Esta é a primeira aula de um conjunto de 3 planos de aula com foco em análise linguística e semiótica. Recomendamos o uso desse plano em sequência.
Materiais complementares
Slide 3 Introdução
Tempo sugerido : 09 minutos
Orientações:
Tenha em mente que a habilidade da BNCC focada aqui, prevê o trabalho prévio com as crianças sobre estruturas silábicas e convenções da Língua
Portuguesa, tais como, a segmentação convencional de palavras, usos de letras maiúsculas e minúsculas e pontuação. Portanto, a habilidade envolve
diferentes conhecimentos gramaticais e foca no uso dessas estruturas nas produções textuais cotidianas dos/as estudantes. Para a sistematização
dos conhecimentos sobre a ortografia deve haver uma progressão iniciada apenas após a compreensão da base alfabética, já a compreensão do
sistema de pontuação deve acontecer pela análise da ocorrência em textos e pela reflexão sobre os sentidos provocados em textos de diferentes
situações de escrita.
Note que para o uso de letras maiúsculas e minúsculas, as crianças já devem então ter tido contato com diferentes tipos de letras, pois enquanto
utilizam apenas a caixa alta em seus textos, distinção como essa não faz sentido.
Organize a sala em formato de meia lua para facilitar a interação entre professor/a e estudantes e entre os/as próprios/as estudantes.
A proposta para a etapa de introdução é trabalhar brevemente os gêneros adivinha e anedota, apresentando as características gerais dos gêneros que
servirão de suporte para as crianças descobrirem algumas inadequações relacionadas aos aspectos trabalhados nessa aula (segmentação
convencional de palavras, alguns sinais de pontuação (ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação) e usos de letras maiúsculas e
minúsculas em textos desses gêneros).
Projete/insira no quadro as duas adivinhas trabalhadas oralmente na apresentação do tema (que iniciam com a pergunta ‘O que é o que é?’) e uma
outra adivinha que já parte da charada proposta (como sugestão, utilizaremos um texto trazido em um material produzido pela Secretaria de
Educação do Governo do Estado do Paraná, a adivinha encontra-se na página 15); dessa forma, os/as estudantes conhecerão dois modelos diferentes
de adivinhas. Inicialmente esses textos serão apresentados sem resposta, para que, no grande grupo, as crianças possam vivenciá-los, isto é, tentar
encontrar sua solução por meio da ativação de seus conhecimentos sociais, culturais e linguísticos. Solicite três voluntários/as para lerem os textos
no quadro/projetado, lembrando as crianças da importância de colocarem em suas leituras as intenções trazidas pelos sinais de pontuação.
Após as leituras, dê 1 minuto para que as crianças possam decifrar as adivinhas trazidas. A resposta da primeira adivinha deve ser ‘a rua’, a resposta
da segunda adivinha deve ser ‘o relógio’ e a resposta da terceira, ‘para ver de perto’. Note que para a compreensão plena da resposta da terceira
adivinha, é necessário que as crianças percebam a oralidade de ‘ver de’ perto, trazida na resposta e percebam que a oralização dessa estrutura é
semelhante à da cor ‘verde', trazida na charada; para isso enfatize bem essa resposta. Corrija ou confirme as respostas dadas.
Logo após, pergunte: “O que vocês acharam das adivinhas?”, espera-se que as crianças tenham gostado dos textos. Logo após, pergunte: “Vocês
conhecem outras adivinhas?’; “Alguém poderia dar um exemplo?”, espera-se que as crianças comecem a citar algumas adivinhas no grande grupo.
Evidencie: “Como vimos, a adivinha é um texto que propõe uma adivinhação, nela há uma pergunta e espera-se uma resposta. A adivinha traz
também um certo tom de humor; algumas começam com ‘O que é o que é?’ e outras, não. Agora veremos outro texto que também tem como intenção
divertir.”.
Materiais complementares:
DIANA, Daniela. Adivinhas. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/adivinhas/>. Acesso em: 13 dez 2018.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense - Produção Didático-
Pedagógica. p. 15. Volume II. 2012. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2012/2012_ufpr_port_pdp_roselis_rita_dybas.pdf>.
Acesso em: 02 dez 2018 (texto adaptado).
Slide 4 Introdução
Orientações:
Neste segundo slide da introdução, trabalharemos com uma anedota. Diferente da adivinha, a anedota conta uma pequena história, onde não há
explicitamente uma pergunta ao/à interlocutor/a.
Insira/projete uma anedota no quadro. Dê um tempo para que, individualmente, cada criança leia em voz baixa a anedota apresentada,
posteriormente, solicite o auxílio de uma criança para ler a anedota em voz alta para o grande grupo, para que assim, a turma possa perceber a
sonoridade da palavra ‘atum’. Logo após, pergunte: “O que acharam desse texto?”, “O que vocês compreenderam?”; “Acharam engraçado?”,
espera-se que as crianças, além de terem achado a anedota engraçada, compreendam que o texto narra uma situação vivenciada por duas pessoas;
uma primeira que tenta fazer uma brincadeira com a atendente da peixaria e a atendente que já conhece aquele truque e frustra os planos do menino.
Reforçando o que foi trabalhado em momento anterior, diga: “Esse texto é uma anedota. Como já disse anteriormente, adivinhas e anedotas são
textos com a intenção de divertir, mas diferente das adivinhas, as anedotas contam uma pequena história.”.
Trabalharemos brevemente com essas questões para que as crianças possam perceber, ainda que de forma não aprofundada, ao menos uma
diferença e uma semelhança entre os gêneros adivinhas e anedotas. Isso é interessante porque os/as alunos/as trabalharão com uma adivinha e uma
anedota na etapa de desenvolvimento.
Materiais complementares:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense - Produção Didático-
Pedagógica. p. 22. Volume II. 2012. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2012/2012_ufpr_port_pdp_roselis_rita_dybas.pdf>.
Acesso em: 02 dez 2018
Slide 5 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 30 minutos
Orientações:
Para a etapa de desenvolvimento, a partir de uma narrativa contada pelo/a professor/a, os/as estudantes analisarão uma adivinha escrita de forma
correta e de forma incorreta (com palavras aglutinadas, com sinais de pontuação inseridos de forma inadequada (ou não inseridos) e com erros nos
usos de letras maiúsculas e minúsculas) e uma anedota com duas versões, assim como a adivinha.
Com essa análise as crianças descobrirão a importância de considerar os aspectos convencionais da Língua Portuguesa em textos, trabalhando a
habilidade prevista para esta aula. O/a professor/a trabalhará como mediador/a ao longo de todo o desenvolvimento para ajudar as crianças nas
análises e comparações a serem realizadas.
Apresente a história para as crianças: “Certa vez, em uma turma que dei aula, eu realizei um ditado de uma adivinha e de uma anedota. Nessa
ocasião duas crianças escreveram de forma bem diferente os textos ditados. Primeiramente, mostrarei para vocês como essas crianças escreveram a
adivinha que ditei.” (escreva ou projete as duas versões da adivinha).
Oriente: “Juntos/as, todos/as vocês deverão ler o texto escrito pela criança 1 e logo depois, o texto escrito pela criança 2.”. Após as leituras das
crianças, questione: “Quais são as semelhanças e diferenças entre os dois textos?”, espera-se que as crianças consigam relembrar/identificar que os
dois textos são da mesma adivinha e logo após digam que os textos estão dispostos de formas diferentes. Posteriormente, questione: “Qual versão do
texto foi mais fácil de ler? Por que vocês acham isso?”, espera-se que as crianças digam que o texto da criança 2 foi mais fácil de ler e citem em suas
respostas ao menos 1 dos aspectos que serão trabalhados aqui (segmentação convencional de palavras, pontuação e usos de letras maiúsculas e
minúsculas).
Para focar nos aspectos relacionados à segmentação convencional de palavras, pergunte ao grande grupo: “Olhando para o texto da criança 2, por
qual motivo há espaços em branco?” (aponte esses espaços para que as crianças compreendam melhor a pergunta), espera-se que retomando os
conhecimentos prévios que já devem ter sido trabalhados em algum momento anteriormente, as crianças respondam que os espaços em branco
servem para separar as palavras quando encontram-se na modalidade escrita. Após essa conclusão, questione: “Devemos colocar espaços em
brancos separando as palavras em um texto escrito? O texto da criança 2 está correto?”, espera-se que as crianças digam ‘sim’ para as duas
perguntas.
Depois disso, focando no texto disposto de maneira incorreta, pergunte: “Já que vocês falaram que devemos colocar os espaços em branco em um
texto escrito para separar as palavras, respondam: “O texto 1 traz isso?’, espera-se que as crianças respondam negativamente. Evidencie: “Agora
um/a estudante irá até o quadro fazer a separação, mas no lugar do espaço, colocará um traço (|).”. Dê para a criança utilizar um giz/pincel de uma
cor diferente da que está o texto, para os traços ganharem mais destaque.
Continue orientando: “Esse/a estudante fará essa atividade com a ajuda de vocês, são vocês que dirão onde deverão ser inseridos os espaços!”,
escolha um/a voluntário e dê início a atividade. Corrija ou confirme as hipóteses de segmentação sugeridas pelo grande grupo e inseridas no quadro
pelo/a voluntário/a.
Depois, para trabalhar a pontuação, pergunte ao grande grupo: “Agora que o/a estudante já separou as palavras no texto da criança 1, vamos
novamente comparar os dois textos. Há algum outro erro? Qual?”, espera-se que as crianças identifiquem que há ainda erros de pontuação e nos
usos de letras maiúsculas e minúsculas (optamos por orientar primeiro o trabalho com a pontuação, mas não há problemas caso opte por mudar a
ordem). Depois da identificação das demais inadequações, peça para que juntas, as crianças releiam a primeira frase do texto da criança 1,
reforçando que elas devem colocar a intenção do ponto trazido no texto durante o momento da leitura; da mesma forma peça para realizarem a
leitura da primeira frase escrita pela criança 2.
Após isso, pergunte: “O sentido da frase mudou quando no texto 1 foi usado o ponto de exclamação e no texto 2 foi utilizado o ponto de
interrogação? Por qual motivo isso aconteceu?”, espera-se que retomando os conhecimentos prévios sobre os usos dos sinais de pontuação que já
viram em aulas anteriores (ponto de interrogação, ponto de exclamação e ponto final) as crianças digam que os sentidos das frases são modificados
dependendo do ponto utilizado.
Retomando os sentidos propiciados pelos usos dos sinais de pontuação, pergunte: “Qual é o sentido que colocamos em um texto escrito quando
utilizamos o ponto de interrogação?”, espera-se que as crianças digam que o ponto de interrogação traz ao texto escrito a intencionalidade de fazer
uma pergunta; de forma semelhante, questione: “Quais são os sentidos que podemos colocar em um texto escrito quando utilizamos o ponto de
exclamação?”, espera-se que as crianças digam que o ponto de exclamação pode marcar as intencionalidades de ordem, surpresa, súplica, etc, em
um texto escrito. Para relembrar o uso do ponto final, pergunte: “E o ponto final? Quando utilizamos?”, espera-se que as crianças digam que o ponto
final marque o fim de uma frase declarativa ou afirmativa (ainda que não utilizem essa nomenclatura).
Posteriormente, amplie as reflexões das crianças: “Em alguns casos, dependendo do sentido que queremos colocar em um texto escrito, é possível
modificarmos uma frase apenas trocando o ponto de interrogação, por exemplo, se eu quiser escrever a pergunta ‘Hoje é sexta-feira?’, no quadro,
eu devo utilizar o…?”, espera-se que as crianças respondam que no contexto perguntado deve-se utilizar o ponto de interrogação, corrija ou
confirme as hipóteses levantadas. Continue: “Agora, se estou feliz porque a semana está acabando e quero expressar toda a minha alegria
escrevendo no quadro ‘Hoje é sexta-feira!’, devo utilizar o…?”, espera-se que as crianças digam que nesse caso é necessário utilizar o ponto de
exclamação; corrija ou confirme as respostas dadas. Prossiga: “Agora, se eu quero apenas responder a pergunta feita no início ‘Hoje é sexta-feira?’,
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Plano de aula
declarando e escrevendo no quadro que ‘Hoje é sexta-feira.’ ou que ‘Hoje não é sexta-feira’, devo utilizar o…?”, espera-se que os/as estudantes
digam que para essas respostas, devemos utilizar ponto final, corrija ou confirme as hipóteses levantadas. Após essa retomada, pergunte: “Há algum
outro local do texto da criança 1 com pontuação inadequada ou com falta de pontuação?”, espera-se que as crianças digam que falta um ponto final
para fechar a segunda frase do texto, confirme ou corrija as hipóteses levantadas e solicite a ajuda de outro/a estudante para marcar com um ‘X’ o
ponto de exclamação inserido incorretamente no final da primeira frase e inserir o ponto de interrogação (novamente, dê para a criança voluntária,
um giz/pincel de cor diferente, para que assim as demais possam comparar melhor os textos; posteriormente, peça para que a criança voluntária
insira o ponto final na segunda frase.
Ao final do trabalho com pontuação, evidencie: “Aqui, nós trabalhamos apenas o ponto de interrogação, o ponto de exclamação e o ponto final, mas
há outros tipos de pontuação também, como, por exemplo, o dois-pontos que ocorre logo após a palavra ‘resposta’. Trabalharemos com esse e
outros sinais de pontuação em outras aulas.”.
Por fim, para focar na análise dos usos de letras maiúsculas e minúsculas pergunte: “Agora que já separamos as palavras do texto da criança 1 e que
também já corrigimos a pontuação, vamos olhar novamente para os dois textos e observar se ainda tem algo para ser corrigido… Comparando os
textos 1 e 2, o que vocês acham? O texto 1 está totalmente corrigido? O que falta?”, espera-se que as crianças identifiquem que ainda é necessário
corrigir os usos das letras maiúsculas e minúsculas. Antes de iniciar essa etapa, questione: “Quando utilizamos as letras maiúsculas?”, espera-se que
as crianças retomem que isso ocorre no início da primeira palavra de uma frase ou em nomes próprios. Depois disso, pergunte: “Há algum nome
próprio na adivinha que estamos trabalhamos?”, espera-se que as crianças digam que não. Logo após pergunte: “Alguém poderia dar exemplos de
nomes próprios?”, corrija ou confirme as respostas das crianças (essa questão será trabalhada de forma mais detalhada durante a análise e correção
de uma anedota que trará em seu texto um nome próprio, em etapa posterior). Logo após, oriente: “Já que vocês comentaram que só utilizamos
letras maiúsculas em nomes próprios e início de frases e não há nenhum nome próprio na adivinha, onde devemos inserir as letras maiúsculas no
texto da criança 1? espera-se que as crianças digam que isso deve ocorrer apenas nas palavras ‘Qual’ e ‘Resposta’, por estarem no início de frases da
adivinha. Peça que um/a estudante vá até o quadro e com uma cor diferente de giz/pincel, realize as modificações propostas pelo grande grupo. Logo
após, questione: “Há outras palavras no texto que estão escritas com letras maiúsculas? Quais são elas?”, espera-se que as crianças reconheçam as
letras maiúsculas inseridas em outras palavras do texto (Remédio, O, Dor, De e Cabeça), após essas respostas, questione: “O que devemos fazer com
essas letras?”, espera-se que as crianças analisem que devemos trocar as letras maiúsculas que estão inseridas de forma incorreta por letras
minúsculas. Solicite um/a outro/a voluntário/a para realizar essas modificações (utilizando uma cor diferente de giz/pincel), seguindo as sugestões
do grande grupo. Confirme ou corrija as hipóteses levantadas.
Materiais complementares:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense - Produção Didático-
Pedagógica. p. 21. Volume II. 2012. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2012/2012_ufpr_port_pdp_roselis_rita_dybas.pdf>.
Acesso em: 02 dez 2018.
Slide 6 Desenvolvimento
Orientações:
Após o término da análise da adivinha, siga os mesmos passos para a análise da anedota disponibilizada aqui.
Oriente: “Juntos/as, todos/as vocês deverão ler a anedota escrita pela criança 1 e logo depois, a anedota escrita pela criança 2.”. Após as leituras das
crianças, questione: “Quais são as semelhanças e diferenças entre os dois textos?”, espera-se que as crianças consigam relembrar/identificar que os
dois textos são da mesma anedota e logo após digam que eles estão dispostos de formas diferentes. Posteriormente, questione: “Qual versão do texto
foi mais fácil de ler? Por que vocês acham isso?”, espera-se que as crianças digam que o texto da criança 2 foi mais fácil de ler e citem em suas
respostas ao menos 1 dos aspectos que serão trabalhados aqui (segmentação convencional de palavras, pontuação e usos de letras maiúsculas e
minúsculas), rememorando o trabalho realizado durante a correção da adivinha.
Para focar nos aspectos relacionados à segmentação convencional de palavras, pergunte ao grande grupo: “Olhando para o texto da criança 2, por
qual motivo há espaços em branco?” (aponte esses espaços para que as crianças compreendam melhor a pergunta), espera-se que retomando o que
realizaram na etapa anterior respondam que os espaços em branco servem para separar as palavras quando encontram-se na modalidade escrita.
Após essa resposta, questione: “Devemos colocar espaços em brancos separando as palavras em um texto escrito? O texto da criança 2 está
correto?”, espera-se que as crianças digam ‘sim’ para as duas perguntas. Depois disso, focando no texto da criança 2, pergunte: “Já que vocês
falaram que devemos colocar os espaços em branco em um texto escrito para separar as palavras, respondam: “O texto 1 traz isso?’, espera-se que as
crianças respondam negativamente. Evidencie: “Agora um/a estudante irá até o quadro fazer a correção, assim como fizemos com a adivinha, mas
no lugar do espaço, colocará um traço (|) com uma cor de giz/pincel diferente. Esse/a estudante fará essa atividade com a ajuda de vocês, são vocês
que dirão onde deverão ser inseridos os espaços!”, escolha um/a voluntário que ainda não tenha participado de forma tão ativa durante esta aula
para ir até o quadro realizar as correções ditas pela turma. Corrija ou confirme as hipóteses de segmentação sugeridas pelo grande grupo e inseridas
no quadro pelo/a voluntário/a.
Para trabalhar a pontuação, pergunte ao grande grupo: “Agora que o/a estudante já separou as palavras no texto da criança 1, vamos novamente
comparar os dois textos. Há algum outro erro? Qual?”, espera-se que as crianças identifiquem que há ainda erros de pontuação e nos usos de letras
maiúsculas e minúsculas. Depois disso, peça para que juntas, as crianças releiam o pedido que Rosa faz ao seu filho no texto 1 (“—Pedrinho, vá ver se
o açougueiro tem pé de porco?”) reforçando que elas devem colocar as intenções dos pontos trazidos no texto durante o momento da leitura; da
mesma forma peça para realizarem a leitura do mesmo trecho escrito pela criança 2 (“—Pedrinho, vá ver se o açougueiro tem pé de porco.”). Após
isso, pergunte: “O sentido da frase mudou quando no texto 1 foi usado o ponto de interrogação e no texto 2 foi utilizado o ponto final? Por qual
motivo isso aconteceu?”, espera-se que retomando os conhecimentos prévios sobre os usos dos sinais de pontuação as crianças digam que os
sentidos das frases são modificados dependendo do ponto utilizado.
Retomando os sentidos propiciados pelos usos dos sinais de pontuação, pergunte novamente: “Qual é o sentido que colocamos em um texto escrito
quando utilizamos o ponto de interrogação?”, espera-se que as crianças digam que o ponto de interrogação traz ao texto escrito a intencionalidade
de fazer uma pergunta; de forma semelhante, pergunte: “Quais são os sentidos que podemos colocar em um texto escrito quando utilizamos o ponto
de exclamação?”, espera-se que as crianças digam que o ponto de exclamação pode marcar as intencionalidades de ordem, surpresa, súplica, etc, em
um texto escrito; pergunte também: “Quando utilizamos o ponto final?”, espera-se que as crianças digam que utilizamos esse ponto para fechar
frases declarativas em um texto escrito. Para iniciar as correções dos sinais de pontuação, pergunte: “Comparando os textos escritos pela criança 1 e
pela criança 2, há algum outro local do texto da criança 1 com pontuação inadequada ou com falta de pontuação?”, espera-se que as crianças digam
que devem corrigir também um ponto de exclamação utilizado no lugar de um ponto final e um ponto de interrogação que está sendo utilizado no
lugar de um ponto final. Confirme ou corrija as hipóteses levantadas e solicite a ajuda de outro/a estudante para marcar com um ‘X’ os sinais de
pontuação que aparecem inseridos de forma incorreta e colocar ao lado, as respostas adequadas com o auxílio da turma. Novamente, para ressaltar a
existência de outros sinais de pontuação, pergunte: “Nas versões da anedota que estamos trabalhando, além do ponto final, do ponto de
interrogação e do ponto de exclamação há mais dois sinais de pontuação que ainda não aprendemos, vocês conseguem identificar quais são eles?”, é
possível que as crianças identifiquem o dois-pontos por já ter sido mencionado por você durante a análise da adivinha e consigam identificar o
travessão, ainda que não nomeie esse sinal; quando isso ocorrer, diga que o ponto que abre as falas dos personagens nos textos é chamado de
travessão e que também trabalharão com esse sinal em outras aulas.
Para finalizar esta etapa, focando na análise dos usos de letras maiúsculas e minúsculas pergunte: “Agora que já separamos as palavras do texto da
criança 1 e que também já corrigimos a pontuação, vamos olhar novamente para os dois textos e observar se ainda tem algo para ser corrigido…
Comparando os textos 1 e 2, o que vocês acham? O texto 1 está totalmente corrigido? O que falta?”, espera-se que as crianças identifiquem que ainda
é necessário corrigir os usos das letras maiúsculas e minúsculas. Antes de iniciar essa etapa, pergunte: “Quando utilizamos as letras maiúsculas?”,
espera-se que as crianças retomem que isso ocorre no início da primeira palavra de uma frase ou em nomes próprios. Depois disso, pergunte: “Há
algum nome próprio na anedota que estamos trabalhamos?”, espera-se que as crianças digam sim, que ‘Rosa’ e ‘Pedrinho’ são nomes próprios.
Logo após questione: “Alguém poderia dar exemplos de nomes próprios?”, corrija ou confirme as respostas das crianças e reforce que nomes
próprios não são apenas nomes de pessoas, mas também nomes de países, cidades, estados, de animais (quando não estamos falando de sua
espécie) ou mesmo de planetas. Dê um exemplo: “Brasil é o nome de um país, então escrevemos a letra ‘B’ de forma maiúscula!”, “Alguém poderia
me dar um exemplo de nomes próprios de cidades, estados, de seus animais de estimação ou de um planeta?”, confirme ou corrija as hipóteses
levantadas. Focando no nome ‘Rosa’, pergunte: “A palavra Rosa/rosa sempre é escrita com letra maiúscula?”, espera-se que as crianças digam que
não, caso isso ocorra, amplie a reflexão: “Se eu disser ‘Pedrinho comprou uma rosa para a sua mãe.’ o ‘R’ inicial da palavra é escrito com letra
maiúscula ou minúscula? Por que?”, espera-se que as crianças digam que nesse caso, a escrita levaria letra minúscula porque a palavra não seria um
nome próprio. Sane as eventuais dúvidas que surgirem.
Logo após, para trabalhar com o outro contexto que ocorre letra maiúscula, pergunte: “Quando fizemos a correção da adivinha, vocês disseram que
também utilizamos letra maiúscula no início de frases. Comparando as anedotas, quais palavras que iniciam frases devemos corrigir?”, espera-se
que as crianças digam que essas palavras são ‘dona’ e ‘ele’. Nesse momento, solicite que um/a estudante vá até o quadro e corrija o que já
trabalharam aqui (o uso de letra maiúscula nos nomes próprios ‘Pedrinho’ e ‘Rosa’ e nas palavras que iniciam frases (‘Dona’ e ‘Ele’), seguindo a
forma que estamos trabalhando aqui. Posteriormente, questione: “Há mais alguma palavra no texto da criança 1 com erros de usos de letras
maiúsculas e minúsculas? Quais?”, espera-se que as crianças percebam que há ainda as palavras ‘Filho’ e ‘Hora’ escritas de maneira inadequada.
Quando isso ocorrer, amplie o questionamento: “Por que essas palavras estão escritas de maneira incorreta?”, espera-se que as crianças digam que
essas palavras devem ser iniciadas com letras minúsculas, pois não são nomes próprios e não ocorrem em início de frase no contexto da adivinha.
Corrija ou confirme as respostas dadas pelas crianças.
Materiais complementares:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense - Produção Didático-
Pedagógica. p. 38. Volume II. 2012. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2012/2012_ufpr_port_pdp_roselis_rita_dybas.pdf. Acesso
em: 02 dez 2018.
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