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E DE PROCESSOS
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Trentin, Luciano
ISBN 978-65-5646-309-4
ISBN Digital 978-65-5646-308-7
CDD 658
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Gestão de Operações e de Processos........................................7
CAPÍTULO 2
Estratégia Gerencial...................................................................51
CAPÍTULO 3
Gestão da Qualidade e Melhorias............................................113
APRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), seja bem-vindo à disciplina de Gestão de Operações
e de Processos. O livro que agora está disponível para você servirá de subsídio
para que possa dar início ao seu processo de aprendizagem na temática de
Gestão de Operações e de Processos, temática esta que vem conquistando cada
vez mais notoriedade devido à grande influência na capacidade das organizações
gerenciarem os processos de mudança por intermédio de novos conceitos
relativos às operações do negócio.
Bons estudos!
C APÍTULO 1
GESTÃO DE OPERAÇÕES
E DE PROCESSOS
8
Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
As inúmeras mudanças decorrentes de um ambiente mais célere em nível
mundial, tornam a economia mais integrada e competitiva, preconizando que as
operações relativas aos negócios, dentro e fora das organizações, devam ser
cada vez mais singulares e moldados por métodos de gestão de processos mais
inovadores e tecnológicos.
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Gestão de Operações e de Processos
2 CONHECENDO A GESTÃO DE
OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
À medida que as comunidades foram crescendo, os artesãos foram
desenvolvendo novos conhecimentos que possibilitaram aumentar sua
produtividade. Contrataram ajudantes, que realizavam os trabalhos mais pesados
e que exigiam menos conhecimentos técnicos. Esses ajudantes eram treinados,
aprendendo com o artesão seu ofício (CAXITO, 2008, p. 8).
Todo esse modo de produção sofreu uma grande mudança com a Revolução
Industrial a partir do século XVIII. Segundo Maximiano (1997), a Revolução
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
Industrial tem como origem dois eventos: o surgimento das fábricas e a invenção
das máquinas a vapor. Em substituição ao artesão, um novo e importante
personagem surge no desenvolvimento dos produtos: a empresa industrial. A
Revolução Industrial teve impacto não só sobre o desenvolvimento de produtos,
mas também sobre a forma de organização da sociedade. O surgimento das
fábricas e a substituição do artesão pelo operário especializado causaram o
crescimento das cidades.
Você sabia?
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
Para Slack et al. (2013, p. 35), se uma organização “adota uma perspectiva
de processo, ela entende que todas as partes do negócio podem ser vistas como
processos e que todos os processos podem ser gerenciados usando os princípios
de gerenciamento de operações”.
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
De acordo com Slack et al. (2013) e Baldam et al. (2007), os processos podem
ser considerados como uma ordenação sequencial de atividades executadas
dentro das organizações, identificando problemas, propondo soluções e
implementando melhorias nos processos de bens e ou serviços. Em contrapartida,
a operação é um conjunto de atividades da organização que produz bens e ou
serviços, com capacidade para gerir todas as estruturas organizacionais. Para os
autores, a dissemelhança entre operações e processos é de escala, processos é
uma versão menor de operações.
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
Para Slack et al. (2013, p.35) “se uma empresa adota uma perspectiva de
processo, ela entende que todas as partes do negócio podem ser vistas como
processos e que todos os processos podem ser gerenciados usando os princípios
de gerenciamento de operações”. Para os autores, o conjunto de processos
organizacionais existentes devem estar interconectados e contribuírem para
alcançar as metas estratégicas da organização.
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
Organização orientada
Característica Organização tradicional
para processos
Foco Na organização No cliente (externo / interno)
Responsabilidade Tarefas individuais Processo inteiro / resultados
Horizontal / processos es-
Estrutura Vertical / departamentalização senciais / proprietário do
processo
Integração (ambiente
Fraca Forte
interno e externo)
Multifuncionais / autodirigi-
Equipes Funcionais / dirigidas
das
Aprimoramento contínuo /
Resistência à mudança / autoc-
confiança
Cultura racia / desconfiança / individu-
alismo
/ colaboração / eficiência
FONTE: Adaptado de Gonçalves (2000, p. 8-19) e Daft (2002, p. 97-100)
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
Fase Descrição
A organização analisa a cadeia de valor no mercado externo e identifica nela
1 seus principais processos. Para tanto, faz-se necessário ter uma gestão forte
e bem articulada;
Desenvolve-se uma arquitetura de processo a fim de entender a organização
2
como um todo. Isso pode envolver o mapeamento de processos de negócio;
São apontados os proprietários do processo, os quais serão considerados os
3
responsáveis pelos processos;
É visualizado um processo sem falhas, o qual se mostra uma técnica simples
4 especialmente em processos operacionais. Deve-se, neste momento, ouvir o
cliente a fim de se dimensionar competências necessárias e estipular metas;
5 Métricas de processo são estabelecidas e apresentadas às equipes;
6 O monitoramento do desempenho é ajustado à amplitude do processo;
7 Oportunidades de melhoria são identificadas e acionadas;
A organização planeja, comunica e treina sua equipe com base no modelo
8
de controle;
Em alguns casos a estrutura da organização é alterada para refletir seu real
9 direcionamento a processos. Isto não significa necessariamente a perda de
funções, mas que elas devem ser absorvidas pelo processo.
FONTE: Adaptado de Armistead, Pritchard e Machin (1999, p. 105)
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Gestão de Operações e de Processos
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Gestão de Operações e de Processos
Ação Descrição
O custo nunca é totalmente irrelevante para as organi-
zações, mas em geral quanto mais alto o custo de um pro-
duto ou serviço quando comparado ao preço que comanda
no mercado, mais importante será a redução de custo como
Controle de cus- um objetivo de operações. Mesmo assim, a redução de
tos custo quase sempre é tratada como uma contribuição im-
portante que as operações podem fazer para o sucesso de
qualquer negócio. Quanto mais produtiva é a operação em
transformar entradas em saídas, mais baixo será o custo de
produzir uma unidade de produção.
A receita pode ser elevada, ampliando a satisfação do cli-
ente pela qualidade, serviço e inovação. É mais provável
que os clientes existentes sejam mantidos e os novos sejam
atraídos para produtos e serviços se eles forem projetados
sem erro e de forma adequada, se a operação for rápida
e prestativa, satisfazendo suas necessidades e mantendo
Ampliação da
suas promessas de entrega, e se a operação puder ser flex-
receita
ível, tanto em personalizar seus produtos e serviços quanto
em introduzir novos. São as operações que influenciam di-
retamente a qualidade, velocidade, confiança e flexibilidade
da organização; todos estes itens têm um maior impacto na
competência de uma organização em maximizar suas receit-
as.
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
produção.
Questões quanto ao tipo e ao grau
de automação do processo, manu-
seio de materiais e as decisões que
Tecnologia especificam como os diferentes está-
gios do processo
se conectam.
Decisões sobre o que será gerado in-
ternamente de produto e ou serviço,
Integração vertical o que será obtido de terceiros e
como serão os acordos com os for-
necedores.
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
Função:
Data:
Local:
Questão Questão Questão Questão
Entrevistados
1 2 3 4
Entrevistado 1
Entrevistado 2
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
Entrevistado 3
Entrevistado 4
Entrevistado 5
R:__________________________________________________
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R:__________________________________________________
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R:__________________________________________________
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R:__________________________________________________
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Gestão de Operações e de Processos
R:__________________________________________________
___________________________________________________
R:__________________________________________________
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Percepção
Pergunta
Sim Não
A função de operações da empresa está claramente
definida?
Os gestores de operações percebem que são ger-
entes de operações mesmo se forem chamados por
algum outro título?
As funções não operacionais dentro da organização
percebem que gerenciam processos?
Todos os colaboradores compreendem as entradas,
atividades e saídas dos processos do qual fazem par-
te?
O equilíbrio entre produtos e serviços produzidos pela
função de operações é bem entendido?
As mudanças futuras que podem ocorrer no equilíbrio
entre produtos e serviços produzidos pela operação
são entendidas?
A área de operações está contribuindo para reduzir o
custo de produtos e serviços?
A área de operações está contribuindo para aumentar
a receita dos produtos e serviços?
A área de operações está contribuindo para melhorar
o uso do capital empregado?
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Finalizamos, agora, nosso primeiro capítulo de estudo sobre a Gestão de Operações
e de Processos. Neste primeiro capítulo, nós compreendemos um pouco mais sobre a
concepção do campo de conhecimento de gestão de operações e de processos e seu
significado. Assim entendemos que a gestão de operações e de processos deve ser
compreendida como: “Um conjunto de atividades da organização que produz bens e
serviços, com capacidade para gerir todas as estruturas organizacionais” (SLACK et al.,
2013, p.28).
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
REFERÊNCIAS
ARMISTEAD, C.; PRITCHARD, J.; MACHIN, S. Strategic business process
management for organizational effectiveness. Long range planning, v. 32, n. 1,
p. 96-106, 1999.
BALDAM, R.; VALLE, R.; PEREIRA, H.; HILST, S.; ABREU, M.; SOBRAL,
V. Gerenciamento de processos de negócios: BPM–Business Process
Management. São Paulo: Érica, 2007.
CANFORA, G.; GARCÍA, F.; PIATTINI, M.; RUIZ, F.; VISAGGIO, C. A. A Family
of Experiments to Validate Metrics for Software Process Models. Journal of
Systems and Software, v. 77, n. 2, p. 113-129, 2005.
45
Gestão de Operações e de Processos
CERRA, A. L.; CALIFE, N.; NOGUEIRA, E.; MAIA, J. L.; ALVES FILHO, A. G.
Estratégias de operações e tecnológicas de empresas do setor de linha branca.
Revista Gestão Industrial, v. 5, n. 2, 2009.
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 1 GESTÃO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS
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Gestão de Operações e de Processos
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C APÍTULO 2
ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O Capítulo 2 deste livro didático explicita os preceitos da gestão estratégica
nas organizações, bem como a compreensão dos diferentes níveis de estratégias
organizacionais. Destaca-se a necessidade de compreendermos que a
formulação e implementação da(s) estratégia(s) organizacionais fazem parte de
um processo que compreende uma série de decisões relacionadas ao negócio,
abrangendo todas as áreas e processos organizacionais. Este capítulo trará para
você a compreensão da gestão do fluxo operacional, elemento fundamental nos
processos produtivos e influenciado diretamente pelo formato de negócio que a
organização empreende.
De acordo com Prahalad e Hamel (1990), o gestor tem como principal papel
no desempenho de sua função: escolher e gerar oportunidades para melhor utilizar
os recursos disponíveis na organização para atingir os objetivos organizacionais
propostos, criando, assim, uma vantagem competitiva.
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Gestão de Operações e de Processos
2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
A palavra estratégia vem sendo cada vez mais utilizada no campo da gestão
e, por vezes, de forma inadequada, em razão de sua amplitude e seu charme
(GONÇALVES; GONÇALVES FILHO; REIS NETO, 2017). Como tudo que se torna
excessivo e é discriminadamente utilizado, antes de abordarmos os conceitos
específicos de estratégia nas decisões gerenciais, é importante compreender o
significado do termo “estratégia”.
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
Você sabia?
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
A estratégia, segundo Certo e Peter (2005), deve ser contínua; inicia-se fora
da organização e desdobra-se dentro dela. Os autores ainda sugerem que por
ser um processo contínuo, significa que começa na primeira etapa, segue até a
última e então volta para a primeira. A metodologia defendida pelos autores se
baseia em cinco etapas: Análise do ambiente (interno e externo); Estabelecendo
a diretriz organizacional (missão, visão e objetivos); Formulação da estratégia;
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Gestão de Operações e de Processos
Você sabia?
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
Por isso, cada área operativa tem sua real importância e características
específicas na composição global do negócio apesar de desenvolver atividades
distintas, a atuação de cada área deve acontecer sob efeito sinérgico, ou seja,
todas convergindo a um só objetivo (ERDEM; ERDEM, 2011). A seguir, serão
relatadas algumas características estratégicas relativas as áreas operativas
essenciais que compõem uma organização (Quadro 7).
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
Para uma melhor compreensão das estratégias funcionais, com base nos
estudos de Moraes, Florêncio e Omaki (2001), apresenta-se a Figura 9 com uma
síntese das quatro áreas operativas essenciais e suas principais estratégias
funcionais.
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
operação e sua contribuição para a estratégia global por meio da conciliação dos
requisitos de mercado com os recursos das operações”.
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Gestão de Operações e de Processos
Conceito Descrição
É uma metodologia de linha de montagem desen-
volvida originalmente
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
De acordo com Kim e Lee (1993), a gestão do fluxo operacional deve levar
em consideração a flexibilidade e a complexidade dos sistemas produtivos na
manufatura de bens e serviços. Os sistemas produtivos podem ser categorizados
em quatro sistemas: intermitente, concorrente, degenerado e contínuo, conforme
especificado no Quadro 11.
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Gestão de Operações e de Processos
Fator Descrição
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
Área Descrição
Identifica as necessidades do mercado e estabelece os
requisitos necessários para o desenvolvimento do produto.
Com o resultado das pesquisas de mercado, o departa-
Marketing mento de marketing emite o documento específico sobre o
processo para o desenvolvimento de produto, registrando
os requisitos necessários para esse desenvolvimento, bem
como as normas vigentes a serem adotadas.
Desenvolve o projeto especificando as características
técnicas necessárias para o atendimento dos requisitos
mercadológicos, bem como, estabelece especificações
técnicas, elabora lista de peças e desenhos, desenvolve
Engenharia
embalagem realizando testes de engenharia, realiza liber-
ação, submete amostras (protótipo a testes de otimização),
emite laudo de liberação de fabricação e realiza análise de
primeiras amostras.
Desenvolve o(s) fornecedor(es) do produto e certifica-se do
Compras e Quali- atendimento aos requisitos especificados, avalia a capaci-
dade do fornecedor atender às necessidades do cliente,
dade elabora estudo de viabilidade técnica, plano de ensaio e
programa de testes.
Fabrica o produto conforme especificações e procedimen-
Produção
tos estabelecidos.
FONTE: Adaptado de Guolo e Paris (2015, p. 90)
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
Documentação Descrição
Identificam os principais elementos de um pro-
cesso. Nada mais é do que um fluxograma que
Diagramas de fluxo simples
identificam as decisões chave no processo e as
implicações de cada decisão.
Fornecem mais informações sobre as atividades
envolvidas no processo, incluindo uma descrição
Folhas de roteiros
da atividade e as ferramentas ou equipamentos
necessários.
Documenta o fluxo e as diversas atividades por
Diagramas de fluxo de pro-
meio de diferentes símbolos para identificar os
cesso
vários tipos de atividades.
A estrutura de processamento de clientes é um
método que visa representar especificamente
Estrutura de processamento os fluxos dos clientes ao identificar algumas das
do cliente atividades chave que podem ocorrer durante o
“processamento” de clientes através da oper-
ação.
FONTE: Adaptado de Dias (2015, p. 92)
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
Vamos conhecer alguns fatores que são impactados pelo projeto de processo
(Figura 17).
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Finalizamos nosso segundo capítulo de estudo sobre a Gestão de Operações
e Processos. Neste segundo capítulo, compreendemos um pouco mais sobre
a concepção do campo de conhecimento das estratégias gerenciais, fluxos
operativos e operacionalização de projetos no dia a dia das organizações.
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, M. E. E.; SILVA, F. A. C. Da estratégia competitiva à estratégia
de manufatura: uma abordagem teórica. Revista Eletrônica de Administração,
v. 8, n. 2, 2002.
101
Gestão de Operações e de Processos
BOURNE, M.; MILLS, J.; PLATTS, K.; NEELY, A.; BOURNE, M.; RICHARDS, H.
Strategy and performance: creating a winning business formula. Cambridge
University Press, 2002.
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
RIVERA, L.; CHEN, F. F. Measuring the impact of Lean tools on the cost–time
investment of a product using cost–time profiles. Robotics and Computer-
Integrated Manufacturing, v. 23, n. 6, p. 684-689, 2007.
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 2 ESTRATÉGIA GERENCIAL
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Gestão de Operações e de Processos
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C APÍTULO 3
GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Caros(a) acadêmicos(a), chegamos ao último capítulo de nosso livro didático
sobre a Gestão de Operações e Processos. Neste Capítulo 3, você compreenderá
os fundamentos da qualidade, bem como o gerenciamento de processos e o
desempenho organizacional. Destaca-se a possibilidade de você fazer uma
conexão com os dois capítulos anteriores no que se refere aos conceitos gerais
sobre a relevância da gestão de operações e processos como uma importante
estratégia para colaborar positivamente com a produtividade, qualidade dos
produtos e serviços, fazendo parte de um processo que compreende uma série
de ações relacionadas ao negócio, abrangendo todas as áreas e processos
organizacionais.
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Gestão de Operações e de Processos
Bons estudos!
2 FUNDAMENTOS DA QUALIDADE
A qualidade é um tema muito presente na história das organizações, e
para melhor compreendê-la é necessário conhecer um pouco da evolução de
sua história para conceber uma percepção mais ampla do momento atual dos
sistemas produtivos.
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Você sabia?
117
Gestão de Operações e de Processos
Dando início a uma nova fase, o controle estatístico da qualidade foi adotado
pela inspeção como um instrumento poderoso para controlar não conformidades
na produção. Com a redução dos custos de inspeção e a melhoria da qualidade,
que geravam menor número de defeitos a serem corrigidos, os trabalhadores
tornaram-se mais produtivos (GUOLO; PARIS, 2015).
Com base nesse modelo de gestão da qualidade, no ano 1980 foi criada
a primeira versão da ISO 9000 pelo Comitê Técnico 176 (TC-176) da ISO
(International Organization for Standardization), lançada em 1987, direcionada à
padronização de métodos e procedimentos referentes à garantia da qualidade na
gestão de processos. O sistema se difundiu rapidamente, através da série ISO
9000 e se tornou a maior referência em padronização e garantia de qualidade do
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Gurus da Qualidade!
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
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Características Visão da Papel dos profis- Quem é o responsável
Ênfase Métodos
básicas Qualidade sionais da qualidade pela qualidade
Inspeção, classifi-
Um problema a Uniformidade do Instrumentos de O departamento
Inspeção cação, contagem,
ser resolvido. produto. medição. de inspeção.
avaliação e reparo.
Os departamentos de
Controle Uniformidade do Ferramentas Solução de problemas
Um problema a fabricação e engenharia
Estatístico do produto, com menos técnicas e es- e a aplicação de mét-
ser resolvido. (o controle de quali-
Processo inspeção. tatísticas. odos estatísticos.
dade).
Toda cadeia de fabri-
Todos os departamen-
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Metodologias da Qualidade
Metodologias Conceito
Técnica de gestão que fornece um processo
Desdobramento da função conjuntivo visual para ajudar as equipes a con-
qualidade (QFD – Quality centrar-se nas necessidades dos clientes em
Function Deployment) todo o ciclo de desenvolvimento total de um
produto ou processo.
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Gestão de Operações e de Processos
em conformidade.
Conjunto de ferramentas de resolução de prob-
lemas úteis para alcançar a estabilidade do
Controle estatístico de proces-
processo e melhorar a capacidade por meio da
sos - CEP (SPC – Statistical
redução da variabilidade. O propósito principal
Process Control)
da implementação do SPC é detectar e reduzir
as variações para a estabilidade do processo.
FONTE: Adaptado de Possarle (2014) e Souza (2019)
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
3 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
As pressões crescentes e contínuas para melhoria de desempenho fazem
com que as organizações repensem e mudem a maneira de operacionalizar suas
atividades quase que constantemente (DOEBELI et al., 2011).
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Para Guolo e Paris (2015) existem três principais dimensões para medir a
qualidade do processo: eficácia, eficiência e adaptabilidade. O processo é eficaz
se a saída atender às necessidades dos clientes; é eficiente quando é eficaz ao
menor custo e é adaptável quando permanece eficaz e eficiente em face das
muitas mudanças ocorridas ao longo do tempo. A abordagem por processos é
vital para que a gestão atenda às necessidades dos clientes e garanta a saúde
organizacional.
Aspectos Descrição
Referência de comparação ou o nível de desempenho
desejado e em relação ao qual um processo pode ser
avaliado. Ele envolve registro de especificações, mét-
Padrão
odos, procedimentos, tecnologias e habilidades escol-
hidas como referencial de comparação para a gerência
de processos.
Os requisitos dizem respeito às condições que devem
Requisitos ser satisfeitas, exigências legais ou particulares essen-
ciais para o sucesso de um processo, serviço ou produ-
(ou pré-requisitos)
to.
Requisitos do cliente são as especificações que defi-
Requisitos do cliente nem claramente como o demandante deseja receber o
produto e ou serviço de seu fornecedor.
Constitui atividade sistemática para estabelecer e uti-
lizar padrões. Deve
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Gestão de Operações e de Processos
Organização Gerencia-
Características Organização tradicional
da Por Processos
No cliente (externo / in-
Foco Na organização
terno)
Processo inteiro / resul-
Responsabilidade Tarefas individuais
tados
Horizontal / processos
Vertical / departamental-
Estrutura essenciais / proprietário
ização
do processo
Integração (interna /
organização e ambi- Fraca Forte
ente externo)
Multifuncionais / autodi-
Equipes Funcionais / dirigidas
rigidas
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Resistência à mudança /
autocracia / Aprimoramento contínuo /
Cultura confiança / colaboração /
desconfiança / individual- eficiência
ismo
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Gestão de Operações e de Processos
fundidas.
Percepção da melhor sequência das tarefas a serem executadas.
Facilidade de compreensão do processo, principalmente em condições de trein-
amento.
Permite a visão holística (sistêmica) dos processos, representada pelo fluxog-
rama do
macroprocesso.
FONTE: Adaptado de Mattos (2013, p. 22)
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
4 DESEMPENHO ORGANIZACIONAL
Nas organizações, um diferencial essencial para minimizar as perdas e
aumentar a produtividade é a gestão das áreas operacionais e de administração
da organização, que fundamenta a existência de processos de acompanhamento
do desempenho (GUOLO; PARIS, 2015).
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Método de mensuração e
Data da Ori-
Autores
gem Avaliação de Desempenho
Início do séc.
Modelo Tableau de Bord Engenheiros franceses
XX
1950 Modelo de Martindell J. Martindell
1954 Modelo da Administração por ob- P. Drucker
jetivos
1970 Modelo de Buchele R. Buchele
1986 Modelo de Corrêa H. Corrêa
1951 (*) Modelo do Prêmio Deming Union of Japanese Sci-
entists and Engineers
1987 (*) Modelo do Prêmio Malcon Baldrige Foundation for the Mal-
con Baldrige National
1988 (*) Modelo do Prêmio Europeu de European Foundation for
Quality Management
Qualidade
Modelo Prêmio Nacional da Qual-
idade Fundação para o prêmio
1992 (*)
Nacional da Qualidade
(PNQ)
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Gestão de Operações e de Processos
Você sabia?
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Perspectiva Descrição
Indica os resultados econômico-financeiros, normal-
Financeira mente expressos por medidas de lucratividade, rentabil-
idade e retorno sobre o patrimônio.
Direciona os esforços da organização para a conquista
e a manutenção de segmentos de clientes, a partir de
Mercado indicadores como satisfação do cliente, índice de rec-
lamações, participação no mercado, imagem e reputa-
ção da organização.
Orienta o aperfeiçoamento de processos críticos para o
sucesso da organização, a partir de indicadores como
Processos Internos produtividade, qualidade de produtos e serviços, ga-
rantia (índices de consertos e devolução de produtos) e
outros.
Age sobre fatores que a organização deve considerar
para gerar crescimento e melhoria no longo prazo, uti-
lizando indicadores como clima organizacional, com-
Aprendizado
petências dos funcionários e retenção de funcionários
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Gestão de Operações e de Processos
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
Propriedade Descrição
Representa a percepção de valor do que o decisor
Mensurabilidade deseja monitorar e não a medida mais fácil associa-
da ao nome do indicador de desempenho.
Quando fisicamente passível de mensurar a proprie-
Operacionabilidade
dade a ele associada.
Quando todos tiverem o mesmo entendimento de
Inteligibilidade seus níveis, podendo a inteligibilidade estar associa-
da a não ambiguidade e a redundância.
Quando todos os seus níveis analisarem as pos-
Homogeneidade síveis ocorrências das mesmas propriedades do
contexto.
Quando em todos os seus níveis é possível visu-
Permissão para distinguir
alizar, nas propriedades do contexto que mensura,
o que falta para melhorar
qual o desempenho pior e qual o melhor.
Quando evidencia de forma exaustiva quais seus
Respeito às propriedades
possíveis níveis, a ordenação desses níveis e a dif-
das escalas
erença de atratividade entre eles.
FONTE: Adaptado de Ensslin et al. (2010) e Bortoluzzi et al. (2010)
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Gestão de Operações e de Processos
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Finalizamos, agora, nosso último capítulo de estudo sobre a Gestão de
Operações e Processos. Neste capítulo, compreendemos um pouco mais sobre a
gestão da qualidade, processos e desempenho nas organizações.
Para tanto, faz-se importante você ler os conteúdos descritos neste livro
didático e anotar suas dúvidas, pesquisar ainda mais, acessar os portais sugeridos
e realizar a leitura dos livros indicados no intuito de aprimorar seu aprendizado
sobre a temática. Com isso, você dará conta dos objetivos deste capítulo tanto do
saber, quanto do fazer. Espero ter ajudado e elucidado o seu saber! Que bom que
você faz parte disso! Parabéns! Continue estudando.
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Sistemas de gestão da
qualidade – Requisitos. NBR ISO 9001:2008. 2008
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Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
CARBONE, P.P.; BRANDÃO, H.P.; LEITE, J.B.; VILHENA, R.M. Gestão por
competências e gestão do conhecimento. 3 ed. Rio de Janeiro, Editora FGV,
2011.
DOEBELI, G.; FISHER, R.; GAPP, R.; SANZOGNI, L. Using BPM governance to
align systems and practice. Business Process Management Journal, v. 17, n.
2, p. 184-202, 2011.
ENSSLIN, L.; GIFFHORN, E.; ENSSLIN, S.R.; PETRI, S.M.; VIANNA, W.B.
Avaliação do desempenho de empresas terceirizadas com o uso da metodologia
multicritério de apoio à decisão-construtivista. Revista Pesquisa Operacional,
Rio de Janeiro, v.30, n.1, p.125-152, abr. 2010
153
Gestão de Operações e de Processos
154
Capítulo 3 GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIAS
KANG, S.; LEE, J.; LEE, D.; BAIK, J. A framework for measuring and managing
value achievement in business processes. IEICE TRANSACTIONS on
Information and Systems, v. 95, n. 10, p. 2456-2468, 2012.
155
Gestão de Operações e de Processos
MINONNE, C.; TURNER, G. Business process management - are you ready for
the future? Knowledge and Process Management, v. 19, n. 3, p.111-120, 2012.
156
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