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Introdução

O promotor de justiça, ou promotor público, é o principal representante legal da


acusação nos países que adotam um sistema baseado no contraditório, como
no common law (os principais são Estados Unidos e Reino Unido) ou o
baseado em inquérito, como no sistema romano-germânico, baseado em
códigos (tal como nos países da Europa continental e da América Latina,
dentre outros). A promotoria é a parte responsável por lei para apresentar um
caso contra um indivíduo suspeito de contrariar a lei em um julgamento
criminal.Ema alguns paises é adotado O sistema da "common law" baseia-se
na aplicação do chamado "direito consuetudinário", não havendo regras
escritas a serem seguidas. As decisões dos Tribunais, principalmente os
Superiores, "guiam" as decisões das instâncias inferiores. Assim, o Juiz julga
conforme os chamados "precedentes". Já os que seguem os sistemas romano-
germânicos, são tipicamente servidores civis (funcionários públicos) que
possuem um diploma universitário de Direito, além de treinamento adicional na
administração da justiça. Em alguns países, tais como a França, pertencem ao
mesmo quadro de carreira que os juízes.Já no Brasil os promotores são
membros do Ministério Público, que é uma função essencial à justiça,
responsável pela defesa da ordem jurídica e cabendo-lhe privativamente a
iniciativa da ação penal pública (processos criminais onde o delito é
considerado grave o suficiente para que seja apurada a culpa
independentemente da vontade ou iniciativa do ofendido).

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Contexto Histórico
Em âmbito internacional
Há duvidas no que refere-se ao se determinar o exato surgimento da instituição
Ministério Público na história humana. Alguns autores apontam para o Egito
Antigo, outros citam a Roma antiga. No entanto, a teoria mais aceita é a do
surgimento na França, no século XIV, na ordenação de 25 de março de 1302,
do reinado de Felipe XX – ou simplesmente Felipe, o belo – na qual os
chamados procuradores do rei “deveriam prestar o mesmo juramento do juízo
com fim de patrocinarem as causas do rei”.

Em 1789, com a Queda da Bastilha, a burguesia revolucionária assume o


poder na França, instalando a Assembléia Constituinte e procedendo a uma
vastíssima reforma política e constitucional com caráter nitidamente liberal e
descentralizador. A legislação que cimentou as inovações institucionais não
poderia esquecer-se do Ministério Público. Vem ela, então, a defini-lo como
agente do Poder Executivo, competente a fiscalizar o cumprimento das leis e
dos julgados. A nova ordem constitucional garantia sua independência em
relação ao Legislativo e ao Judiciário.

A acusação criminal foi concebida primeiramente como sendo desvinculada da


atuação do Parquet, estando destinada a um agente eleito pelo povo, como
funciona atualmente nos Estados Unidos. Posteriormente, o Ministério Público
reabsorveu esta função de acusador público junto com aqueloutras que
tradicionalmente lhe cabiam.

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Em âmbito nacional

Conforme artigo de Vitor Roberto Corrêa de Souza: Inicialmente, cabe afirmar


que, para analisar a evolução do Ministério Público em terras brasileiras não
poderíamos, de forma alguma, olvidar da evolução da Instituição em Portugal,
porquanto sua importância basilar, decorrente de emanações legislativas que
para cá irradiavam sua eficácia na época colonial, assim nos obriga.A primeira
referência explícita em Portugal à figura do Promotor de Justiça vai aparecer
nas Ordenações Manuelinas, incumbindo a esse órgão, juntamente com os
Procuradores dos Feitos do Rei, a função de fiscal do cumprimento da lei e de
sua execução. Segundo estas, o Promotor deveria ser alguém "letrado e bem
entendido para saber espertar e alegar as causas e razões, que para lume e
clareza da justiça e para inteira conservação dela convém".

Nas Ordenações Filipinas, ao lado do Promotor de Justiça da Casa da


Suplicação, estavam previstas outras figuras – a do Procurador dos Feitos da
Coroa, a do Procurador dos Feitos da Fazenda e a do Solicitador da Justiça da
Casa da Suplicação – com funções que posteriormente iriam ser exercidas pelo
Ministério Público. O Promotor de Justiça da Casa da Suplicação, indicado pelo
Rei, tinha as funções de fiscalizar o cumprimento da lei e de formular a
acusação criminal nos processos perante a Casa de Suplicação.É assim que,
no Brasil-Colônia, o Ministério Público vai buscar suas raízes, como supradito,
no Direito Lusitano ora vigente. Nas fases em que era colônia portuguesa e
mesmo durante a fase inicial do Império, as instituições jurídico-políticas
brasileiras desenvolveriam-se sob a égide do direito português, compreensão
que se estende ao Ministério Público.

Na época colonial, até 1609, apenas funcionava no Brasil a justiça de primeira


instância e nesta ainda não existia órgão do Ministério Público. Os processos
criminais eram iniciados pelo particular, pelo ofendido, pelo Oficial de Justiça
ou "ex-officio", pelo próprio Juiz, como no processo inquisitório. Os processos
criminais patrocinavam a disponibilidade da ação penal. E o recurso cabível era
interposto para a Relação de Lisboa.

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Em 7 de março de 1609, cria-se o Tribunal da Relação da Bahia, onde foi
definida pela primeira vez a figura do Promotor de Justiça que, juntamente com
o Procurador dos Feitos da Coroa, Fazenda e Fisco, integrava o Tribunal. Este
tribunal era composto por dez desembargadores.

Em 1751 cria-se outro Tribunal de Relação, na Cidade do Rio de Janeiro,


mantendo esta mesma estrutura organizacional do Tribunal de Relação baiano.
Em 1763, diante do imenso avanço econômico propiciado pela mineração no
Sudeste do País, o Marquês do Pombal transfere a sede da Colônia de
Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, o Tribunal de Relação do Rio de
Janeiro viria a se transformar em Casa de Suplicação do Brasil em 1808, onde
lhe cabia julgar recursos de decisões do Tribunal de Relação da Bahia. Neste
novo tribunal o cargo de Promotor de Justiça e o cargo de Procurador dos
Feitos da Coroa e Fazenda cindiram-se e passaram a ser ocupados por dois
titulares.

Era o primeiro passo para a separação total das funções da Procuradoria


Jurídica do Império/República (que defende o Estado e o Fisco) e o Ministério
Público passou por varias transformaçoes a cada constituição e , somente
tornada definitiva na Constituição Federal de 1988.

Período hístórico após a Constituição Federal de 1988.

Com a Constituição de 1988, consolidam-se os anseios da sociedade e dos


representantes ministeriais. Verifica-se, com a Carta Cidadã, verdadeira
revolução institucional. Nesta Carta, entre as principais assegurações,
inovações e incrementos relacionados à atividade do Ministério Público, devem
ser citados:

- A exclusividade para a promoção da ação penal pública, lhe sendo permitida


a requisição de investigações às autoridades públicas competentes;

- Autonomia financeira, administrativa e orçamentária, embora haja colisões do


art. 127, §§ 2° e 3°, da CF, com alguns dispositivos constitucionais esparsos,
como os arts. 61, §1°, II, d), e 68, §1°, da CF;

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- Consagração dos princípios institucionais da unidade, da indivisibilidade e da
independência funcional;

- Controle externo da atividade policial;

- Defesa de interesses transindividuais e individuais indisponíveis;

- Defesa em juízo dos direitos e interesses de comunidades indígenas;

- Exercício de outra função, pública, ressalvando-se uma de magistério;

- Fim da representação da União e dos Estados, com a respectiva vedação à


representação e consultoria de órgãos públicos;

- Indicação dos fundamentos jurídicos de suas emanações processuais;

- Missão de zelar pelo respeito mútuo entre os Poderes e pelos serviços de


relevância pública;

- O Procurador-Geral da República deverá ser da carreira, e só poderá ser


destituído do cargo com autorização do Senado;

- Participação da OAB nos concursos para a carreira, que serão de provas e


títulos;

- Percepção de vantagens pecuniárias, derivadas do exercício de suas


atribuições;

- Permissão para a realização direta de diligências investigatórias;

- Promoção do inquérito civil e da ação civil pública para a proteção do


patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;

- Promoção, nas várias formas existentes na pertinente legislação, da


competente ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo;

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- Vedação à atividade político-partidária, exceto a filiação e o direito à licença
para candidatar-se ou exercer cargo eletivo;

- Vedação do exercício da advocacia;

- Vitaliciedade, inamovibilidade e total equiparação de vantagens pecuniárias


com os membros do Poder Judiciário

Instituição

O Ministério Público brasileiro é composto:

• a) o Ministério Público da União subdivido em:


o Ministério Público do Trabalho;
o Ministério Público Militar;
o Ministério Público do Distrito Federal;
o Ministério Público Federal;

• b) os Ministérios Públicos dos Estados;

• c) e o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas (União e Estados


- ver verbete acima destacado)

No plano infraconstitucional, a Instituição se encontra regulamentada pelas Leis


Ordinária nº 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), Lei
Complementar nº 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União) e, no
âmbito estadual, por suas respectivas Leis Orgânicas, em face da repartição de
competências legislativas definida pela Constituição da República (artigos 24,
§3º, e 128, § 5º).

São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e


a independência funcional.

Dentre suas funções institucionais, destaca-se a de promover, privativamente,


a ação penal pública; zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,
promovendo as medidas necessárias a sua garantia; promover o inquérito civil

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e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; promover a ação de
inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; exercer o controle externo da
atividade policial; defender judicialmente os direitos e interesses das
populações indígenas; exercer notificações nos procedimentos administrativos
de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los,
na forma da lei complementar respectiva; requisitar diligências investigatórias e
a instauração de inquérito policial, indicando os fundamentos políticos de suas
manifestações processuais; exercer outras funções que lhe forem conferidas,
desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

Constitucionalmente, o Ministério Público tem assegurada autonomia funcional


e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor, ao Poder
Legislativo, a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política
remuneratória, os planos de carreira, bem como a sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

A chefia dos Ministérios Públicos dos Estados é exercida pelo Procurador-


Geral de Justiça. Os integrantes da carreira elaboram uma lista tríplice, na
forma da Lei Orgânica respectiva, a qual é submetida ao Governador do
Estado. O escolhido assume um mandato de dois anos, permitida uma
recondução.

Os seus membros gozam das seguintes garantias:

• a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o


cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
• b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;
• c) irredutibilidade de subsídio.

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E estão sujeitos as seguintes vedações:

• a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,


percentagens ou custas processuais;
• b) exercer a advocacia;
• c) participar de sociedade comercial;
• d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública,
salvo uma de magistério;
• e) exercer atividade político-partidária;
• f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as
exceções previstas em lei.

O ingresso na carreira do Ministério Público se dá mediante concurso público


de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três
anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de
classificação.

As Promotorias de Justiça são órgãos de administração do MP, com pelo


menos um cargo de promotor de justiça. Elas podem ser judiciais ou
extrajudiciais, gerais, cumulativas ou especiais, que tratam exclusivamente de
assuntos específicos, como os direitos da defesa da criança e do adolescente,
do meio ambiente, patrimônio público e outros.

Os promotores e procuradores devem ser bacharéis em direito, com no mínimo


3 anos de prática jurídica. O ingresso no MP é feito por concurso público. O
promotor atua no primeiro grau de jurisdição (varas cíveis, criminais e outras),
enquanto o procurador age no segundo grau (tribunais e câmaras cíveis e
criminais).

No Ministério Público Federal e no Ministério Público do Trabalho os membros


que atuam no primeiro grau de jurisdição são também denominados
Procuradores: Procuradores da República e Procuradores do Trabalho,
respectivamente. Ao atuarem no segundo grau de jurisdição, os membros

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passam a chamar-se Procuradores Regionais. Depois de Procurador Regional,
os membros ainda podem ser promovidos ao cargo de Subprocurador-Geral,
caso em que são designados para atuar junto aos Tribunais Superiores.

Ministério Público Estadual

O Ministério Público dos Estados tem os seguintes órgãos de Administração


Superior:

• a) Procuradoria Geral de Justiça;


• b) Colégio de Procuradores de Justiça;
• c) Conselho Superior do Ministério Público;
• d) Corregedoria-Geral do Ministério Público.

Conta, ainda, com os seguintes órgãos de Execução:

• a) Procurador-Geral de Justiça;
• b) Conselho Superior do Ministério Público;
• c) Procuradores de Justiça;
• d) Promotores de Justiça.

Ministério Público da União

O Ministério Público da União - formado pelo Ministério Público Federal,


Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios.

É chefiado pelo procurador-geral da República, nomeado pelo presidente, após


a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado
Federal. Em 2006, o procurador-geral da República era Antonio Fernando de
Souza.

Em 22 de julho de 2009, o cearense Roberto Gurgel tomou posse do cargo de


procurador geral da república.

Conselho Nacional do Ministério Público

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A partir da Emenda Constitucional nº 45, foi constituído o Conselho Nacional do
Ministério Público, formado pelo Procurador-Geral da República; quatro
membros do Ministério Público da União; três membros do Ministério Público
dos Estados; dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro
pelo Superior Tribunal de Justiça; dois advogados, indicados pelo Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; dois cidadãos de notável saber
jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro
pelo Senado Federal.

O STJ tem 33 ministros. O STF tem 11 ministros

Atuação no processo civil

O atual Código de Processo Civil de 1973 concentrou em duas, ao contrário do


Código de 1939 que identificava cinco, as funções típicas do Ministério Público,
quais sejam, de acordo com os arts. 81 e 82: órgão agente e órgão
interveniente.

O artigo 127 da Constituição Federal de 1988 estabelece os parâmetros da


atuação do Parquet, tanto no âmbito judicial como extrajudicial, sempre
balizada em virtude dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.

Como órgão agente, o Parquet atua propondo a ação, cabendo-lhe os mesmos


poderes e ônus que às partes, ainda que, por sua especial condição e pela
relevância dos interesses que apresenta, sejam-lhe conferidas algumas
prerrogativas, tais como a intimação pessoal em qualquer caso (art. 236, §2º,
CPC) e a ampliação de certos prazos (art. 188, CPC).

Já como órgão interveniente, preconizam os arts. 82 e 83 do CPC que o


Ministério Público intervirá, como fiscal da lei, nas causas em que se manifestar
o interesse público, aquilo, que, nas palavras de Alessi, “transcendendo o
caráter individual e não se confundindo tampouco com os interesses da
Administração Pública em si mesma, assume dimensão coletiva, geral em sua
repercussão, envolvendo sociedade e Estado a um só tempo”. Atuará de tal
maneira em decorrência da qualidade especial assumida por uma das partes,
ou em decorrência da natureza da lide. Para tanto, o MP emite pareceres em

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processos judiciais e participa de sessões de julgamento no âmbito da Justiça.
Por isso, múltiplos são os casos de intervenção previstos tanto no CPC –
causas em que há interesses de incapazes; causas concernentes ao estado da
pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de
ausência e disposições de última vontade; ações que envolvam litígios
coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse
público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte – quanto na
legislação esparsa, como nos casos de mandado de segurança, acidente do
trabalho, registros públicos, ação popular, etc.

Sua posição é apenas a de verificar, com base na legislação, se o pedido feito


ao juiz merece ou não ser atendido. A relação processual é tríade: juiz numa
ponta, autor e réu nas outras duas. Na função de custos legis, o MP funciona
como o olhar da sociedade sobre essa relação, para garantia, inclusive, da
imparcialidade do julgador. O que caracteriza a figura do custos legis é uma
circunstância completamente alheia ao direito processual: ele não é vinculado a
nenhum dos interesses da causa.

Enquanto autores como Dinamarco sustentam que conserva o Ministério


Público a qualidade de parte em qualquer das modalidades de sua atuação
processual, não faltam, por outro lado, aqueles que negam dita condição
quando órgão interveniente. Toda essa controvérsia é compreensível à medida
que a própria noção de parte é objeto de acerbas disputas em torno de seu
preciso significado. Admitindo-se como parte aquele que recorre a todos os
meios previstos em lei para fazer valer o interesse de que é titular, o Ministério
Público é sim parte no processo, qualquer que seja a modalidade de sua
intervenção, pois vinculado à defesa de interesse específico e não coincidente,
de modo imediato, com os interesses particulares em litígio.

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Conclusão

O Ministério Público Federal (MPF) integra o Ministério Público da União


(MPU), que compreende também o Ministério Público do Trabalho, o Ministério
Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O MPU e os ministérios públicos estaduais formam o Ministério Público
brasileiro (MP).A cada dia cresce o grau de confiança e respeito em relação ao
Ministério Público, em decorrência do correto e independente desempenho das
suas atribuições constitucionais. Cabe ao MP a defesa dos direitos sociais e
individuais,os direitos dos quais a pessoa não pode abrir mão, como o direito à
vida, à liberdade e à saúde. As funções do MP incluem também a fiscalização
da aplicação das leis, a defesa do patrimônio público e o zelo pelo efetivo
respeito dos poderes públicos aos direitos assegurados na Constituição. O
Ministério Público tem autonomia na estrutura do Estado: não pode ser extinto
ou ter atribuições repassadas a outra instituição. Seus membros (procuradores
e promotores) têm liberdade para atuar segundo suas convicções, com base na
lei. São as chamadas autonomia institucional e independência funcional do
Ministério Público, asseguradas pela Constituição. As atribuições e os
instrumentos de atuação do Ministério Público estão previstos no artigo 129 da
Constituição Federal, dentro do capítulo "Das funções essenciais à Justiça". As
funções e atribuições do MPU estão dispostas na Lei Complementar nº 75/9.

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Segundo publicação de Gilberto Giacóia a Revista Justitia, entre julho e
dezembro de 2007 , O Ministério Público desejável é o com férrea
determinação e invulgar coragem, não é acomodado à sombra das estruturas
dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e
intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um
Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em
gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador,
destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e
necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a
lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando
os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério
Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera
ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a
improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a
indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade
brasileira.

Como diz Flávio Paixão e Paulo Bonavides em seu livro, O Ministério Público
nem é governo, nem oposição. “O Ministério Público é constitucional; é a
Constituição em ação, em nome da sociedade, do interesse público, da defesa
do regime, da eficácia e salvaguarda das instituições.”

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Referências

Bibliográficas

MAZZILLI, Hugo Nigro. Regime Jurídico do Ministério Público, 5ª edição,


São Paulo: Saraiva, 2001.

Eletrônicas

Rodrigues, João Gaspar. "O Ministério Público e um novo modelo de Estado",


Manaus:Valer, 1999.disponivel em <http://www.larchivio.com/diritto.htm>
acessado em 08/02/2011.

Ministerio Publico , Conforme descreve Vitor Roberto Corrêa de Souza, em seu


artigo disponível em <http://jus.uol.com.br/revista/texto/4867/ministerio-
publico>, com acesso em 08/02/2011.

Por César Danilo Ribeiro de Novais, promotor de justiça em Mato Grosso e


editor deste Blog - http://www.promotordejustica.blogspot.com/ Publicado por
Promotor de Justiça às 01/12/2008 acessado em 05/04/2011.

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