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1 Campo Elétrico
Uma carga q cria um campo elétrico E no ponto P a uma distância d da carga q, cujo módulo é dado
por
1 q
E=
4π0 d2
Uma partı́cula de prova positiva q0 , localizada em P , fica sijeita a uma força dada por
F~ = q0 E
~
~ = 1 (~r − ~r0 )
E q
4π0 |~r − ~r0 |3
O campo elétrico criado por uma carga pontual tem direção radial. Se q > 0 (< 0) o sentido do campo
vai de q (P ) para P (q).
O campo elétrico gerado por uma distribuição discreta de carga é obtido a partir do princı́pio da
superposição:
~ r) = E
E(~ ~1 + E
~ 2 + ... + E
~N
Portanto,
N
~ r) = 1 X (~r − ~ri )
E(~ qi
4π0 i=1 |~r − ~ri |3
Exemplo 1. Dado o sistema de cargas fixas mostrado na fifura, calcular o campo elétrico na origem.
1 2Q 1 2Q 1 4Q
Módulo de cada campo: E1 = 4π0 d2 ; E2 = 4π0 d2 ; E3 = 4π0 d2
Eixo x:
1
Eixo y:
~ y = (E3 − E1 − E2 )θĵ
E
Sendo assim:
~x = 1 4Q 2Q 2Q 1 8Q
E + 2 + 2 · (0, 866)ı̂ = · (0, 866)ı̂
4π0 d2 d d 4π0 d2
Portanto:
~x = 1 6, 93Q
E ı̂
4π0 d2
Eixo y:
~ y = (E3 − E1 − E2 )30̂
E
Portanto,
~ y = 0̂
E
2 Linha de força
Linha de força é uma linha imaginária usada para representar o campo elétrico de um sistema composto
de uma ou mais de cargas elétricas. A tangente em qualquer ponto de uma linha de força define a direção
e o sentido do campo elétrico naquele ponto. Nas regiões onde as linhas de força são mais próximas, o
campo é mais intenso, e mais fraco onde são mais afastadas entre si.
As linhas de força são sempre abertas, isto é, nunca se fecham em si mesmas, saindo das cargas
positivas e morrendo nas cargas negativas. Duas ou mais linhas de força não se cruzam, pois elas já
representam a soma vetorial dos campos elétricos em cada ponto.
2
3 Campo de um Dipolo Elétrico
O dipolo elétrico é constituı́do por duas cargas pontais fixas de mesmo módulo e sinais opostos,
seperadas pela distância d. Vamos calcular o campo elétrico localizado em um ponto P ao longo da reta
que passa pelas diuas cargas, a uma distância z do centro do dipolo.
!
~p = E
~ (+) + E
~ (−) = 1 q 1 q
E 2 − 2 k̂
4π0 r(+) 4π0 r(−)
onde definimos
d d
r(+) = z − e r(−) = z +
2 2
Logo,
~ p (z) = 1 q 1 q
E − k̂
4π0 (z − d/2)2 4π0 (z + d/2)2
3
Consideremos pontos do eixo muito distantes do dipolo, tais que z d2 . Nesse caso, podemos definir
d −2 −2
x = 2z . Expandindo o binômio em série de Taylor, temos: (1 − x) ≈ 1+2x+... e (1 + x) ≈ 1−2x+...,
−2 −2
para x 1. Então, (1 − x) − (1 + x) ≈ 1 + 2x − (1 − 2x) = 4x.
Assim, obtemos
~ p (~r) = q 1 (2d)
E k̂
4π0 z 2 z
ou
~ p (z) = 1 qd
E k̂
2π0 z 3
Definindo o momento do dipolo elétrico p~ = qdk̂, podemos escrever o campo do dipolo a grandes
distâncias como
~ p (z) = 1 p~
E
2π0 z 3
~ = 1 (~r − ~r0 )
dE λdl0
4π0 |~r − ~r0 |3
e o campo elétrico é dado pela integral
(~r − ~r0 ) 0
Z
~ r) = 1
E(~ λ dl
4π0 l |~r − ~r0 |3
(~r − ~r0 ) 0
Z
~ r) = 1
E(~ σ ds
4π0 S |~r − ~r0 |3
(~r − ~r0 )
Z
~ r) = 1
E(~ ρ dV 0
4π0 V |~r − ~r0 |3
4
4.3 Campo Elétrico de um anel carregado
Considere uma carga q distribuı́da uniformemente em um anel de raio R. Calcular o campo elétrico
no ponto P do eixo de simetria do anel, a uma distância z em relação ao centro do anel.
λ z
dEz = dl
4π0 (z 2 + R2 )3/2
ou
q 1 z
dEz = dl
4π0 2πR (z 2 + R2 )3/2
Integrando, obtemos Z
1 qz dl
Ez =
4π0 2πR(z 2 + R2 )3/2 | {z }
2πR
Portanto,
~z = 1 qz
E k̂
4π0 (z + R2 )3/2
2
R2 3/2
Se z R, então (z 2 + R2 )3/2 = z 3 (1 + z2 ) ≈ z3, e
~z ∼ 1 q
E = k̂
4π0 z 2
5
4.4 Campo elétrico de um disco carregado não-condutor
O campo gerado pelo anel carregado de raio r, espessura dr, densidade de carga σ e carga infinitesimal
dq é dado por
1 zdq
dE(z) =
4π0 (z 2 + r2 )3/2
Para o cálculo da integral, introduzimos a variável u, definida como u = (z 2 + r2 ). Temos então que
→ du = 2rdr. A integral se transforma em
σz
E(z) = I
40
onde Z z 2 +R2
I= u−3/2 du
z2
~ σ
E(z) = k̂
20
Essa é a expressão do campo gerado por uma placa infinita não-condutora carregada de densidade σ.
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5 Dipolo em um campo elétrico uniforme
Consideremos um dipolo elétrico em um campo elétrico uniforme E.~ As forças que atuam em cada
carga são paralelas mas têm sentidos opostos. Portanto, a resultante sobre o dipolo é zero. Assim, o
centro de massa do dipolo não se move. Teremos, então, torques exercidos pelo binário de forças dados
por
d d
τ1 = F θ e τ2 = F θ
2 2
O torque total é
τ = τ1 + τ2 = qEdθ = pEθ
onde p = qd é o módulo do momento de dipolo.
Vemos que o torque é um vetor que pode ser definido peo seguinte produto vetorial:
~
~τ = p~ × E
O torque que age sobre o dipolo tende a girar o vetor p~ na direção e mesmo sentido do campo elétrico
~ É convencionado que o torque é positivo quando o dipolo tende a girar no sentido anti-horário, e
E.
negativo no sentido horário.
ou
θ
W = pE [− cos θ0 ]θ0 = pE (cos θ0 − cos θ)
Esse trabalho ármazenado na forma de energia potencial. Temos, então, que U = Wθ .
Adotando o valor de referência θ0 = π/2, a energia potencial é zero para esse ângulo e então U =
−pE cos θ.
Portanto, a energia potencial de um dipolo num campo elétrico pode ser descrita pelo produto escalar
U = −~ ~
p·E