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HARDWARE:
MONTAGEM E CONFIGURAÇÃO
DE
MICROCOMPUTADORES
Neumar A.Wildner
Revisado em fev/2004
HARDWARE: MONTAGEM E CONFIGURAÇÃO DE
MICROCOMPUTADORES
É permitido reproduzir e distribuir cópias deste manual, desde que acompanhadas dos devidos registros de
direitos e este aviso seja mantido em todas as cópias.
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registradas são de propriedade dos seus autores.
A presente publicação foi produzida com o máximo de cuidado. O editor, porém, não assume
responsabilidades sobre eventuais erros de interpretação, omissões ou danos resultantes do uso das
informações aqui descritas, por terceiros, de boa ou má fé.
1. Introdução
Basicamente, podemos representar como um computador opera através de um diagrama, mostrado no
diagrama 1.1:
Nesse diagrama, o nível mais baixo executa as “ordens “ do nível mais superior e suas funções estão
assim distribuidas:
• Hardware: é o equipamento físico, consistindo do gabinete, processador, placas, memórias,
periféricos, vídeo, teclado, mouse, driver, winchester, etc.
• BIOS (Basic Input/Output System): é um conjunto de programas armazenados em memória tipo
ROM, que contém funções para inicialização e uso do sistema.
• Sistema Operacional: é o conjunto de programas que é carregado para a memória assim que o
hardware é inicializado. Responsável pela operacionalização dos recursos e supervisão dos
processos computacionais.
• Aplicativo: é o software executado para atender as necessidades dos usuários, tais como: editores
de texto, planilhas eletrônicas, navegador para Internet, bancos de dados, compiladores e
interpretadores, etc.
• Usuário: é o operador do sistema.
Nessa apostila serão abordados os principais conceitos relacionados a arquitetura e funcionamento de
um microcomputador ou seja, a camada mais inferior desse diagrama: o Hardware. As duas camadas
logo acima dessa também serão abordadas (BIOS e S.O.) com o objetivo de entender o que um
computador precisa para entrar em operação. Ou seja, estar disponível para ser utilizado.
A abordagem adotada visa fornecer informações básicas sobre o funcionamento desses componentes,
procurando fornecer um entendimento genérico sobre os computadores. Para isso utilizaremos a família
de microcomputadores PC (originada com o IBM-PC) como referência, que é baseada na linha de
processadores INTEL (ou compatíveis).
A apostila está estruturada para fornecer informações técnicas sobre a montagem e configuração básica
dos microcompudadores. Nos capítulos 2 a 4 serão descritas algumas características dos principais
componentes que compõe os microcomputadores, sua importância relativa no conjunto e aspectos de
compatibilidade. No capítulo 5 você encontrará uma referência suscinta sobre Sistemas Operacionais. No
capítulo 6 fornecemos orientações quanto aos cuidados no manuseio dos componentes para evitar
danos. O capítulo 7 contém as instruções para montagem de um microcomputador e no capítulo 8,
finalizaremos o processo com as orientações sobre configuração do SETUP. O capítulo 9 é um glossário
dos termos mais comuns encontrados nesse material e, finalizando, no capítulo 10 incluímos alguns links
de sites com farto material sobre hardware.
Cabe salientar que a evolução tecnológica, além de constante, está muito rápida. Cabe a cada um buscar
os meios para se manter atualizado e a leitura de publicações especializadas é um desses instrumentos.
A Internet também é uma fonte inesgotável de informação – não deixe de explorá-la.
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2. Tipos de Computadores
Até o início da década de 80, era comum classificar os computadores apenas de acordo com o seu
tamanho: computadores, minicomputadores ou micro-computadores.
Atualmente são utilizados outros termos, associados ao tamanho e função a que se destinam.
Desktop
Servidor
Computadores destinados a disponibilização de serviços a usuários (clientes) de uma rede. Para esta
função podem ser utilizados desde microcomputadores comuns (desktop’s) quanto configurações
altamente especializadas, de acordo com o grau de criticidade e volume de serviços alocados.
Notebook
Handheld / Palmtop
Desde os anos 90 esses dois modelos vêm se popularizando. São aparelhos pequenos
e leves, para serem levados no bolso, capazes de executar todas as funções básicas,
como processamento de texto, planilhas, coleta de dados, aceso à internet, etc.
Os handhelds tem a aparência de um notebook em miniatura, com o mesmo desenho
básico: tela e teclado.
Os palmtops são mais compactos e não possuem teclado. O texto é digitado através de
Figura 2.2 um teclado gráfico formado em parte da tela ou escrito à mão em um espaço reservado.
Handheld
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Tablet PC
Mainframe
Figura 2.4
Mainframe
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 4
Figura 3.2 - Gabinete torre full e midi Figura 3.3 - Gabinete torre
mini Figura 3.4 - Gabinete mesa
O modelo full tower é empregado para integração de PC’s servidores, já que esses disponibilizam espaço
suficiente para a integração de vários periféricos adicionais (vários HD), motherboard’s com dimensão
maior e também maior circulação de ar interno.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 5
Do ponto de vista externo, um gabinete ATX é bem parecido com um gabinete AT (antigos modelos). As
diferenças são mínimas. Uma delas é que o velho botão Turbo, bem como o Turbo LED, que já haviam
caído em desuso há alguns anos, foram definitivamente eliminados.
Placa Mãe
Placa Mãe (Motherboard em inglês) ou Placa Principal é o componente base dos microcomputadores
atuais. Traz todos os componentes que permitem ao processador comunicar-se com os demais
periféricos: discos rígidos, placas de vídeo, etc. Outra função importante da placa mãe é acomodar e
alimentar eletricamente o processador.
A placa mãe é desenvolvida para atender às características especificas de famílias de processadores,
incluindo até a possibilidade de uso de processadores ainda não lançados, mas que apresentem as
mesmas características previstas na placa.
A placa mãe é determinante quanto aos componentes que podem ser utilizados no micro e sobre as
possibilidades de upgrade, influenciando diretamente na performance do micro.
Diversos componentes integram a placa-mãe, como pode ser visto nas figuras 3.6 e 3.7. Alguns destes
componentes serão analisados a seguir:
• Chipset
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcomputador que gerenciam praticamente todo o
funcionamento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, controle do buffer de dados,
interface com a CPU, etc.).
O chipset é composto internamente de vários outros pequenos chips, um para cada função que ele
executa. Há um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador das memórias, etc. Existem
diversos modelos de chipset’s, cada um com recursos bem diferentes.
Devido à complexidade das motherboards, da sofisticação dos sistemas operacionais e do crescente
aumento do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais importante do
microcomputador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o maestro, o
chipset seria o resto!
• BIOS
O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de entrada e saída, é a primeira camada de
software do micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar” o microcomputador. Durante o
processo de inicialização, o BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componentes de
hardware instalados, dar o boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sistema.
O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a utilização de Sistemas Operacionais
diferentes (Linux, Unix, Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS que estão
descritos os elementos necessários para operacionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.
acesso aos recursos independe de suas características específicas.
O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM (Erased Programmable Read Only
Memory). É um tipo de memória "não volátil", isto é, desligando o computador não há a perda das
informações (programas) nela contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On Self Test) e
SETUP para teste do sistema e configuração dos parâmetros de inicialização, respectivamente, e de
funções básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sistema Operacional.
Quando inicializamos o sistema, um programa chamado POST conta a memória disponível, identifica
dispositivos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos componentes instalados, verificando se
existe algo de errado com algum componente. Após o término desses testes, é emitido um relatório
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com várias informações sobre o hardware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil e
rápida de verificar a configuração de um computador. Para paralisar a imagem tempo suficiente para
conseguir ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” do teclado.
Caso seja constatado algum problema durante o POST, serão emitidos sinais sonoros indicando o
tipo de erro encontrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-falante conectado à placa
mãe.
Atualmente algumas motherboard's já utilizam chips de memória com tecnologia flash. Memórias que
podem ser atualizadas por software e também não perdem seus dados quando o computador é
desligado, sem necessidade de alimentação permanente.
As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50% dos micros utilizam BIOS AMI.
• Memória CMOS
CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é uma memória formada por circuitos integrados
de baixíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as informações do sistema (setup),
acessados no momento do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do microcomputador
refletindo sua configuração (tipo de winchester, números e tipo de drives, data e hora, configurações
gerais, velocidade de memória, etc) permanecendo armazenados na CMOS enquanto houver
alimentação da bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ou inclusão de novos
componentes) podem implicar na alteração de alguns desses parâmetros.
Muitos desses itens estão diretamente relacionados com o processador e seu chipset e portanto é
recomendável usar os valores default sugerido pelo fabricante da BIOS. Mudanças nesses
parâmetros pode ocasionar o travamento da máquina, intermitência na operação, mau funcionamento
dos drives e até perda de dados do HD.
• Clock
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um pulso elétrico. A função do clock é
sincronizar todos os circuitos da placa mãe e também os circuitos internos do processador para que o
sistema trabalhe harmonicamente.
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares, são medidos pela sua freqüência cuja unidade é dada
em hertz (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente os processadores são
referenciados pelo clock ou freqüência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.
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Microprocessador (CPU)
O Microprocessador ou Unidade Central de Processamento é o coração de um microcomputador, mas
não é necessariamente o maior responsável pelo desempenho. Assim como a escolha do processador é
importante, a dos demais componentes é tão ou até mais critica.
Há uma máxima que diz: Um micro será tão rápido quanto seu componente mais lento.
A escolha de um processador não deve recair apenas em sua velocidade de operação (clock), mas sim
no conjunto das suas especificações em consonância com os demais componentes do micro.
A tabela 1 mostra algumas características dos principais modelos de processadores da Intel que
marcaram a evolução da informática desde o surgimento do 8088.
Cabe lembrar que estes processadores Intel são de tecnologia CISC (Complex Instruction Set
Computing). O processador mantém compatibilidade do microcódigo (sub-rotinas internas ao próprio
chip) com toda a linha de processadores anteriores a ele, isto é, um programa feito para o 8088 dos
micros XT deve rodar num Pentium sem problemas (obviamente muito mais rápido). O inverso não é
possível.
Os chips RISC dissipam menos calor e rodam a freqüências de clock maiores que os chips CISC. São
utilizados em Workstation, um tipo de computador mais caro e com muito maior performance rodando
normalmente sob o UNIX e utilizados em processamento científico, grandes bases de dados e aplicações
que exijam proteção absoluta dos dados e processamento Real-Time (tipo transações da Bolsa de
Valores).
A IBM foi a pioneira dessa tecnologia na década de 1970, o que resultou numa arquitetura de
processador chamada POWER (Performance Optimized With Enhanced RISC), a qual foi inicialmente
implementada na primeira Workstation IBM RS/6000 (RISC System/6000) introduzida em Fevereiro de
1990, e eventualmente formou a base para os processadores PowerPC da Apple/IBM/Motorola.
A idéia do chip RISC é que, por simplificar a lógica necessária para implementar um processador
(fazendo este capaz de executar apenas simples instruções e modos de endereçamento), o processador
pode ser menor, menos caro, e mais rápido, usando inclusive menos energia.
Exemplos de chips RISC: Intel i860, i960, Digital Alpha 21064, HPPA-RISC, MIPS, Sun Sparc PC
(Macintosh), etc.
Muitas modificações implantadas atualmente no Pentium são oriundas dos chips RISC tornando-se na
verdade um processador híbrido chamado de CRISC.
• Overclock
Overclock é o aumento da freqüência do processador para que ele trabalhe mais rapidamente.
A freqüência de operação dos computadores domésticos é determinada por dois fatores:
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também como velocidade de
barramento, que nos computadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que permite ao processador trabalhar
internamente a uma velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outros
periféricos do computador (memória RAM, cache L2, placa de vídeo, etc.) continuam
trabalhando na velocidade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz e
multiplicador de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a 166 MHz mas
se comunica com os demais componentes do micro a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz,
simplesmente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se
usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais modernas suportam essa
velocidade de barramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium 166
poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz (2,5 x 83). As freqüências de barramento e do
multiplicador podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de configuração da placa-mãe, o
que torna indispensável o manual da mesma. O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe
pode criar problemas caso algum periférico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa
velocidade.
Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi
projetado, fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida útil do
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processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já que os processadores
rapidamente se tornam obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também freqüentes
"crashes" (travamento) do sistema operacional durante o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a
máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um cooler (ventilador que fica sobre o processador
para reduzir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica especial que é
passada diretamente sobre a superfície do processador.
Memória Principal
É onde são armazenadas, temporariamente, as instruções e dados necessários ao processamento:
sistema operacional, programas de aplicações e informações. Todo o programa para ser executado,
tem que estar na memória RAM (Random Access Memory – Memória de acesso aleatório), seja ele um
editor de texto, antivírus, protetor de tela ou navegador web. Na memória não há distinção entre dados e
instruções de programas, tudo é armazenado em formato binário. Quanto mais memória, maior o espaço
para armazenamento de informações durante o processamento.
As memórias RAM geralmente são voláteis, isto é: quando o computador é desligado as informações são
perdidas.
Os tipos de memória diferenciam quanto ao formato físico:
• DIP – Dual Inline Package = corresponde aos chips de memória, que inicialmente eram
soldados diretamente nas placas ou plugados em soquetes individuais.
• SIPP – Single Inline Pin Package = primeiros módulos de memória. Utilizavam pinos (perninhas)
para conexão.
• SIMM - Single Inline Memory Module = módulos de memória com contato simplificado.
• DIMM - Dual Inline Memory Module = módulos com contatos diferenciados de cada lado da
placa.
• RIMM – Direct Rambus Memory Module = módulos de memória com tecnologia Rambus.
quanto ao número de vias (pinos de acesso e controle), tempo de acesso (70, 60, 50ns, etc., em ordem
crescente de desempenho) e tipo de tecnologia (FPM, EDO, SDRAM, etc.).
As memórias FPM (Fast Page Mode) são de tecnologia mais antiga, apesar de serem encontradas nos
486 e nos primeiros Pentium. Possuem tempo de acesso de 80, 70 e 60ns. Suportam velocidades de
barramento de até 66 MHz.
As memórias EDO (Extended Data Output) têm leitura mais rápida que as memórias do tipo FPM, com
cerca de 20% de vantagem. Esta tecnologia é usada em pentes de 72 vias, possui tempo de acesso de
70, 60 e 50ns, e suporta velocidades de barramento de até 66 MHz. Algumas memórias de melhor
qualidade, utilizando a tecnologia EDO, suportam velocidades de barramento de 75 ou até mesmo 83
MHz.
Tanto as memórias FPM quanto as memórias EDO são assíncronas, isto é, elas trabalham em seu
próprio ritmo, independentemente dos ciclos da placa mãe. São chamadas DRAM (Dynamic Random
Access Memory) e precisam continuamente de um sinal da CPU (refresh) para manterem seus dados
armazenados.
de espera. São módulos de memória DIMM (168 vias) que não necessitam do ciclo de "refresh". Os
módulos SDRAM foram inicialmente produzidos para funcionar 66 MHz, chamados de PC-66, devido aos
fabricantes terem encontrado dificuldades para produzir as memórias PC-100. Com a proliferação dos
processadores com Bus de 100 MHz, as memórias PC-100 e mais recentemente também as PC-133
MHz tornaram-se padrão.
Vale lembrar que as PC-133 funcionam normalmente em placas mãe com bus de 66 ou 100 MHz, assim
como as PC-100 funcionam a 66 MHz. É possível misturar módulos SDRAM de tempos diferentes na
mesma placa mãe, desde que nivele por baixo, ou seja, utilize uma freqüência de barramento compatível
com o módulo mais lento.
Existem, entretanto, incompatibilidades entre algumas marcas ou modelos de módulos de memória e
alguns modelos específicos de placas mãe, assim como algumas combinações de módulos de marcas
diferentes. Por isso, em algumas combinações pode ser que o micro não funcione. Existem também
alguns casos de placas-mãe antigas que são incompatíveis com módulos de memória SDRAM PC-100
ou PC-133 ou módulos de 64MB.
• Novas Tecnologias
Memórias DDR-SDRAM (Double Data Rate) permitem duas transferências de dados por ciclo de clock.
Enquanto num módulo de memória SDRAM PC-100 são transferidos 64 bits por ciclo de clock,
resultando em uma taxa de transferência de 800 MB/s, num módulo de DDR-SDRAM, também a 100
MHz, teríamos duas transferências de 64 bits em cada ciclo, alcançando 1.6 GB/s de transferência.
Os módulos de DDR-SDRAM são parecidos com os módulos de memórias SDRAM – mesmo
comprimento, mas com 184 vias. Para evitar que os módulos sejam encaixados em slot’s não
apropriados a posição da fenda é diferente.
As memórias Direct RAMBUS, permitem um barramento de dados de apenas 16 bits de largura em
oposição aos 64 bits da SDRAM, suportando em compensação, freqüências de barramento de até 400
MHz com duas transferências por ciclo, o que na prática equivale a uma freqüência de 800 MHz.
Diferentemente das memórias DDR que são apenas uma evolução da SDRAM, as memórias Direct
RAMBUS trazem uma arquitetura completamente nova, que exige modificações muito maiores nos
chipset destinados a suporta-la, significando maiores custos de desenvolvimento e produção.
Os módulos de memórias RAMBUS são chamados de RIMM (Direct Rambus Memory Modules),
semelhantes aos módulos DIMM, mas em geral eles vem com uma proteção de metal sobre os chips de
memória.
Barramentos
O barramento (bus em inglês) é a auto-estrada dos dados. O barramento transporta dados entre o
processador e outros componentes. É através do barramento que o processador comunica-se com seu
exterior: memória, chips da placa principal, placas de expansão, etc..
• Padrão ISA
1o. Barramento disponível nos PC’s. Inicialmente de 8 bits e posteriormente expandido para 16 bits.
• Porta Serial
A porta serial é uma porta de comunicação que utiliza um pino para transmissão dos dados e outro
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para recepção, sendo os bits transmitidos um a um, em série. Os demais pinos são utilizados para
controle entre o computador (DTE) e o dispositivo de transmissão (DCE). A saída serial de um
microcomputador é utilizada para diversos fins como por exemplo: ligação de um fax modem externo,
mouse, plotter, impressora serial, conexão micro a micro e muitas outras coisas.
As portas seriais eram capazes de transmitir dados à velocidade de 9600 bps, enquanto as mais
recentes podem transmitir até a 115600 bps.
Normalmente estão disponíveis 2 portas seriais com conectores diferentes, voltados, principalmente,
para conexão de um mouse serial (conector de 9 pinos) e um modem externo (conector 25 pinos).
• Porta Paralela
Utiliza o padrão Centronics e também é conhecida como interface para impressora pela grande
utilização para este fim. Neste tipo de conexão os dados são enviados em lote bits, podendo atingir
velocidades maiores que na comunicação serial mas, apresenta limitações quanto a distância máxima
do cabo. É utilizada normalmente para conexão de impressoras locais e “Zip Drives” além de também
ser utilizada por cadeados eletrônicos de proteção de softwares.
Para conectar discos rígidos e drives de disquetes, usamos cabos Flat. Os cabos destinados aos
HD’s possuem 40 vias, enquanto os para drives de disquetes possuem 32 vias, além de
apresentarem um trancamento em sua extremidade. Cada cabo possui normalmente 3 conectores
(são encontrados cabos para HD com apenas 2 conectores), sendo que 1 se destina à ligação na
placa mãe e os outros dois permitem a conexão aos discos. Quanto for conectado apenas um disco
deve-se utilizar o conector da ponta, nunca no conector do meio. Ligando o conector do meio o cabo
ficará sem terminação, fazendo com que os dados cheguem até o final do cabo e retornem como
pacotes sobra, interferindo no envio dos pacotes bons e causando diminuição na velocidade de
transmissão.
Placas mãe antigas, destinadas a Pentium, suportam até o modo de operação Pio 4 (característica
que determina a velocidade e recursos da interface), sendo capazes de transferir dados a 16.6 MB/s.
Placas mais recentes suportam também o Ultra DMA 33 ou Ultra DMA 66, com capacidade de
transferência de 33 MB/s e 66 MB/s, respectivamente.
A principal vantagem do Ultra DMA é permitir que o disco rígido acesse diretamente a memória RAM.
Usando esse modo, ao invés do processador ter de ele mesmo transferir os dados do HD para a
memória e vice-versa, pode apenas fazer uma solicitação ao disco para que a própria interface faça o
trabalho.
Para fazer uso do UDMA é preciso que o disco rígido também ofereça suporte a esta tecnologia.
Todos os modelos de discos mais recentes incluem o suporte a UDMA, porém, mantendo a
compatibilidade com controladoras mas antigas.
Os discos rígidos e interfaces UltraDMA utilizam um cabo IDE de 80 vias. Apesar dos cabos de 40
vias funcionarem nessas interfaces, seu uso prejudica o desempenho da porta, já que estes cabos
antigos não são adequados para transferência de dados a mais de 33 MB/s.
Para o pleno funcionamento dos modos UDMA é necessário a instalação correta dos drives da placa
principal.
• Fireware
Este é um padrão relativamente novo, que tem várias características comuns com o USB, mas traz a
vantagem de ser bem mais rápido, permitindo transferências a 400 Mbps contra 12 Mbps da USB.
Esta interface foi desenvolvida pela Sony para utilização em aparelhos de áudio e vídeo, entretanto,
como é um padrão aberto, tem boas chances de tornar-se popular.
O Fireware pode ser utilizado para conexão de câmeras digitais, impressoras, dispositivos de áudio,
criação de redes locais de alta velocidade e até conexão de discos rígidos externos..
A principal vantagem dessa interface é a simplicidade. Por ser um barramento serial, tanto as
controladoras, quanto os cabos são muito baratos de se produzir. O cabo utilizado é composto por
apenas 3 pares de fio, dois pares para a transferência de dados e um para fornecimento elétrico.
Como na USB, existe suporte a conexão a “quente”, ou seja, é possível conectar e desconectar
periféricos com o micro ligado.
O número do endereço de IRQ indica também a sua prioridade, começando do 0 que é o que tem a
prioridade mais alta. Não é à toa que o IRQ 0 é ocupado pelo sinal de clock da placa mãe, pois é ele
quem sincroniza o trabalho de todos os componentes, inclusive do processador. Logo depois vem o
teclado, que ocupa o IRQ 1. Veja que o teclado é o dispositivo com um nível de prioridade mais alto, para
evitar que as teclas digitadas se percam. Isso pode parecer desnecessário, já que um processador atual
processa bilhões de operações por segundo e dificilmente alguém digita mais do que 300 ou talvez 400
teclas por minuto, mas, na época do XT, as coisas não eram assim tão rápidas.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 17
Além do barramento PCI, outros barramentos usados atualmente permitem compartilhar um único IRQ
entre vários periféricos. O USB é um bom exemplo, o controlador ocupa um único IRQ, que é
compartilhado entre todas as portas USB e todos os dispositivos conectados a elas. Mesmo que a sua
placa mãe tenha 6 portas USB e você utilize todas, terá ocupado apenas um endereço.
Caso você utilizasse apenas periféricos USB, mouse, impressora, scanner, etc. poderia desabilitar todas
as portas de legado da sua placa mãe: as duas seriais, a paralela e a PS/2. Seriam 4 endereços de IRQ
livre.
Outro exemplo são as controladoras SCSI, onde é possível conectar até 15 dispositivos, entre HDs, CD-
ROMs, gravadores, etc. em troca de um único endereço de IRQ.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 18
As portas IDE da placa mãe consomem dois IRQs, já que temos duas portas. Mas, caso você tenha
apenas um HD, e não pretenda usar a IDE secundária, sempre existe a possibilidade de desabilitá-la no
setup. Todas estas opções aparecem na sessão “Integrated Peripherals”.
A escassez de endereços de IRQ é um problema muito menor hoje em dia do que já foi no passado.
Antigamente era preciso configurar manualmente o endereço a ser usado por cada placa e não havia
como compartilhar um IRQ entre dois periféricos como temos hoje. Um jumper no lugar errado era o
suficiente para o modem ou a placa de som entrarem em conflito com alguém e pararem de funcionar.
Hoje em dia, todas as placas novas são PCI, o que naturalmente significa que são plug and play. Basta
espeta-las para que o BIOS atribua automaticamente um endereço. Usando apenas placas PCI, você
terá conflitos apenas caso realmente todos os IRQs estejam ocupados.
Mas nem tudo está resolvido. Apesar dos conflitos ao se usar apenas placas PCI sejam raríssimos, ainda
estão em uso muitos PCs antigos com placas ISA. É aí que as coisas podem complicar um pouco.
Teclado
Existem dois tipos básicos de teclados: captativos e o de contato. No primeiro tipo toda vez que uma
tecla é pressionada forma-se uma capacitância e há a modificação do sinal (corrente elétrica) detectada.
No de contato existe realmente o contato em duas partes de metal permitindo ou não a passagem da
corrente elétrica.
Em todo teclado existe um microprocessador que fica "procurando" todas as teclas para verificar qual foi
pressionada. Através de um circuito tipo matriz esta tecla gera um código de varredura (Scan Code) e
este é enviado para o BIOS da motherboard que faz o reconhecimento da tecla através de uma tabela.
A principal questão, que interfere no funcionamento dos teclados atualmente, refere-se ao padrão de
teclas utilizado e ao idioma do país ao qual se destina, implicando numa correta configuração dessas
características para o perfeito funcionamento de todas as teclas e acentuação.
Os teclados podem vir com conectores DIM ou mini DIM (PS/2). Existe um conversor para compatibilizar
esses dois conectores (DIM PS/2) que permite a utilização do teclado em qualquer situação.
Entretanto o uso desse conversor não é recomendado pois implica num esforço mecânico adicional no
conector da placa-mãe (maior peso no cabo) possibilitando o ocorrência de mau contato do teclado
Mouse
Mouse é um mecanismo que serve para interagir com aplicações gráficas e pode ser ligado a uma saída
serial, ps/2 ou USB. Baseado num mecanismo bastante simples composto de uma esfera e 2 eixos,
permite a movimentação de um ponto na tela podemos selecionar a opção desejada de maneira rápida.
O mouse pode ter 3 botões (padrão Mouse System, em desuso) e 2 botões (padrão Microsoft).
Atualmente são disponíveis modelos sem fio e também óticos, que utilizam um feiche de luz para
determinação do movimento.
Nos notebooks são usados três tipos de mouse:
• Trackball – o controle do movimento é feito através de uma bola situada à frente do teclado;
• Touchpad – usa uma tela sensível ao toque para controlar o movimento. Não possui partes
móveis;
• Trackpoint – consiste de um minúsculo joystick posicionado entre as teclas G, H e B
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 20
• Cálculo da capacidade
Quando fixamos no CMOS Setup, o número de cabeças, cilindros e setores de um disco rígido, esses
parâmetros são chamados de geometria lógica do disco rígido, e não correspondem ao que realmente
existe no seu interior. Analise o seguinte exemplo: um determinado disco apresenta as seguintes
características: 38792 cilindros - 16 cabeças - 63 setores.
O número de cabeças (de leitura) informado não corresponde à realidade pois, normalmente, esses
discos são compostos de 1 prato com 2 cabeças (inferior/superior). Da mesma forma, o número de
setores também não é tão pequeno como 63, já que as trilhas dos discos modernos são dividias em
muitos mais setores. Mesmo sendo parâmetros fictícios, o disco rígido aceita ser endereçado através
deles, e converte o endereço lógico externo para o endereço físico interno para realizar os acessos. A
capacidade de qualquer disco rígido é obtida multiplicando o número de cilindros pelo número de
cabeças pelo número de setores por 512, já que são 512 bytes por setor. Portanto a capacidade é dada
por:
Cilindros x cabeças x setores x 512
Então o disco do nosso exemplo teria:
38792 x 16 x 63 = 39.102.336 setores x 512 Bytes = 20.020.396.032 Bytes ou 20 GB.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 21
• Formatação
Para serem utilizados, os discos rígidos precisam ser formatados física e logicamente. Nos discos atuais
a formatação física é feita durante o processo de fabricação e, normalmente, não há necessidade de ser
refeita. Quanto à formatação lógica, essa é essencial para adequar a área de armazenamento ao
Sistema Operacional no qual o disco vai ser utilizado e deve ser providenciada na 1a.instalação do
disco.
A formatação lógica corresponde a criação de um Sistema de Arquivos: Estrutura que permite o
mapeamento do espaço de armazenamento e ao gerenciamento da utilização desse espaço e dos
arquivos armazenados. Os sistemas de arquivos são inerentes aos sistemas operacionais onde são
utilizados, podendo apresentar certo grau de compatibilidade. Por exemplo, o Sistema Operacional Linux
contém os drivers necessários para operar com sistemas de arquivos FAT16 ou FAT32. Eis alguns
exemplos de sistemas de arquivos:
➢ Linux: EXT2, EXT3, ReiserFS
➢ Windows: FAT16, FAT32, NTFS
➢ OS/2: HPFS
O diferencial entre esses sistemas de arquivos esta na administração eficiente dos espaços e nos
procedimentos de segurança que evitem a perda de dados, mesmo em casos de travamento ou falta de
energia. Os sistemas de arquivos fornecem diversas ferramentas para criação, manutenção e exclusão
de arquivos. O EXT2/EXT3 são os sistemas de arquivos nativos do Linux, apresentando excelente
performance, e também o registro de todas as operações efetuadas
Outro aspecto referente aos sistemas de arquivos é a unidade mínima de alocação de dados:
CLUSTER, ou seja, é a menor unidade de espaço que pode ser atribuída a um arquivo. Um cluster
corresponde a um ou mais setores dependendo do tamanho do disco e das características do próprio
sistema de arquivos.
Em uma partição de 1024 MB ou mais, cada cluster tem 64 setores (32 KB), enquanto discos de 512 MB
até 1024 MB adotam clusters de 32 setores. Isto significa que, em uma partição com mais de 1024 MB,
se for gravado um arquivo de 1 KB, serão desperdiçados 31 KB, já que nenhum outro arquivo poderá
ocupar aquele cluster.
Um cluster pode ter o tamanho máximo de 64 setores (32 KB) o que obriga que uma partição, em FAT16
(explicada abaixo), tenha no máximo 2 GB. Veja tabela abaixo:
Se você dividir o espaço ocupado no seu disco (em bytes) pelo tamanho do cluster correspondente a
capacidade do Winchester, terá como resultado um número inteiro.
Para diminuir o desperdício de espaço nos discos de alta capacidade (mais de 1024 MB) ou , por
obrigação, discos com mais de 2 GB, é recomendável o particionamento do disco. Dessa forma, o
sistema operacional passa a reconhecer o Winchester como várias unidades (C:, D:, E:, etc.). Como
cada unidade terá um tamanho menor do que o Winchester inteiro, os clusters serão também menores,
refletindo no desperdício.
Como os arquivos têm diferentes tamanhos, o S.O reparte o mesmo em vários pedaços distribuindo-os
pelos espaços livres no disco. Os programas desfragmentadores fazem justamente o serviço de
reordenar o arquivo em clusters contínuos, ou seja, em seqüência, aumentando a velocidade de acesso
aos arquivos.
A FAT16 (16 bits) é uma estrutura criada no MS-DOS para a localização dos clusters nos disquetes e
winchester. A FAT de 16 bits é capaz de endereçar 65526 clusters. Na chamada FAT32 (32 bits),
utilizada no Windows 95 (versão OSR2), 4 bits são reservados e 228 clusters podem ser endereçados.
Isto permite criar desde partições de 8 GB com clusters de 4 KB de tamanho até partições de 2 TB (2048
GB) com clusters de 32 KB.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 22
Atualmente temos dois padrões principais de Hard-Disk quanto à interface: EIDE e SCSI. Os HD EIDE
são mais comuns atualmente e os SCSI apresentam uma melhor performance e confiabilidade. A
interface IDE original suporta transferência de dados de 3.3 MB por segundo e tem um limite de 538 MB
por acessório (disco). A versão da IDE, chamada enhanced IDE (EIDE) ou Fast-IDE, suporta
transferência de dados de até 16.6 MB por segundo e dispositivos de armazenamento de até 8.4 GB.
Estes números se comparam ao que a interface SCSI oferece. Atualmente, como as interfaces IDE
(original) estão em desuso, é comum referir-se às interfaces e discos EIDE como simplesmente IDE.
Floppy Drive
Os floppy drive (dispositivo de disco flexível) são periféricos que também permitem o acesso aleatório
aos dados. Inicialmente os PC's eram dotados apenas de unidades de disco flexível para
armazenamento dos dados. Foram muito utilizados para transporte de dados e backup's de segurança,
mas estão perdendo a importância para as novas mídias (Zip drive e CD-rom).
Os floppy drive utilizam discos de plástico recobertos com uma camada de material magnetizável para a
gravação e leitura de dados. Seu acesso é lento (0.06 Mbps em discos de 1.44 KB) e tem capacidade
limitada de até 2.88 MB por disquete. Até dois drives pode ser conectados a interface de disco flexível
localizada na placa-mãe.
As informações nos disquetes dividem-se basicamente em trilhas concêntricas, dividas em setores
físicos de 512 bytes.
O ZIP Drive da Iomega é um drive externo ligado a porta paralela (ou interno quando conectado a uma
placa SCSI) que aceita pequenos discos com capacidade para armazenar até 100 MB de informação.
Esses discos também são flexíveis são acondicionados em protetores rígidos, o que lhes garante
performance e durabilidade maiores. A Iomega também fabrica um drive de 1GB, o JAZ Drive.
Drives de CD-ROM
O CD-ROM (Compact Disc Read-Only Memory) é um dispositivo de armazenamento óptico somente
para leitura com capacidade de armazenamento de 660 MB de dados.
As unidades de CD-ROM são mais rápidas do que as unidades de disco flexíveis, embora os modelos
mais modernos (velocidade de 24x) ainda sejam mais lentos do que as unidades de discos rígidos.
As primeiras unidades de CD-ROM eram capazes de transferir dados a 150 KB/s. As unidades de 2
velocidades (2x) possuíam velocidade de 300 KB/s, e assim por diante. Mas essa velocidade
(considerada velocidade máxima) só é alcançada para os dados que estão próximos a borda do CD.
No que se refere ao tempo médio de acesso (o tempo, medido em milissegundos, gasto para o
dispositivo óptico de leitura percorrer o disco do início ao fim dividido por dois), siga a tabela abaixo de
acordo com a velocidade do drive.
Modelo Tempo de acesso Taxa de transferência
Velocidade Única 600 ms 150 KB/s
2x 320 ms 300 KB/s
4x 135-180 ms 600 KB/s
8x 135-180 ms 1.2 MB/s
16x 100-180 ms 2.4 MB/s
52x 80 ms 7.8 MB/s
A memória de armazenamento, mais conhecida como buffer, vem incorporada com a unidade de CD-
ROM e é responsável por acumular grandes segmentos de dados lidos antes do envio para
processamento pela placa-mãe do sistema computacional. Quanto maior a capacidade do buffer, melhor
a performance do aparelho e mais alto o seu custo.
O formato de gravação empregado nos CD-ROMs também se baseia em trilhas subdivididas em setores
e em uma tabela de alocação de arquivos. As trilhas porém, são elípticas, formando uma "espiral infinita",
ao invés de concêntricas.
Os drives de CD-R (Recordable) utilizam CDs especiais para gravar dados. Uma vez gravados, esses
dados não podem ser apagados nem reescritos. A gravação das informações se baseia em diferentes
níveis de aquecimento da área de disco. Os drives de CD-RW (Rewritable), podem ser utilizados com
discos do seu padrão para gravar e apagar dados (como um disco rígido por exemplo). A superfície da
mídia pode ser requentada até 1000 vezes. Os atuais gravadores de CD-R e RW dispõem do recurso de
multisseção, que permite adicionar dados a um disco já gravado. Todos eles permitem leitura dos discos
CD-ROM tradicionais. Sobre as características de velocidade, esses drives possuem taxas de
transferência diferentes de escrita (mais lenta) e leitura.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 23
Discos Virtuais
São discos lógicos configurados na memória do computador. Estes discos são criados através de um
programa que passa a utilizar a memória como uma área de armazenamento momentâneo. A
capacidade depende de memória livre disponível e seu acesso é o mesmo do acesso de leitura ou
gravação em memória, ou seja, bem mais rápido que qualquer HD. São utilizados para testes, softwares
com muitos acessos em discos de leitura e outros para colocarmos arquivos temporários. Toda
informação neste tipo de disco é perdida quando o microcomputador é desligado e são designados por
letras como os drives D:, E:, etc.
Impressoras
Impressora é um equipamento que permite criar cópias em papel de gráficos, textos, desenhos, planilhas
e outros trabalhos criados no computador. Existem vários tipos de impressoras profissionais. Cada uma
delas possui características específicas para valorizar a qualidade de imagem produzida. As impressoras
com linguagens de impressão utilizam uma linguagem especial para descrever o conteúdo e a
formatação de página a ser impressa. Linguagens desse tipo são conhecidas com PDLs (Page
Description Language — Linguagem de Descrição de Páginas), ou simplesmente linguagens de
impressoras, e são usadas na comunicação entre o computador e a impressora.
A maior vantagem dessas impressoras é a independência que as linguagens têm em relação à marca e
ao modelo da impressora. Isto significa que um mesmo trabalho de impressão pode ser enviado para
diferentes impressoras sem necessidade de alteração. Isso é importante em empresas que têm muitos
equipamentos diferentes. Uma impressora pode ser usada, por exemplo, apenas para fazer cópias de
um trabalho que ainda será avaliado. Depois de aprovado, o trabalho é enviado para uma impressora de
melhor qualidade que produz o impresso final.
Com o uso de uma dessas linguagens, a impressão dos documentos é o resultado de um trabalho
conjunto entre o driver da linguagem instalado no computador e o interpretador da linguagem que está na
impressora. Sendo assim, após criar um documento, o usuário seleciona o comando de imprimir de seu
programa e o driver da linguagem entra em ação. Ele traduz todo o conteúdo do documento, seja textos
ou imagens, para a linguagem de descrição da pagina. A seguir, esta página codificada é enviado para a
impressora, equipada com um interpretador de linguagem que conhece as capacidades da impressora,
assim, o interpretador permite que os comandos solicitados na descrição da página sejam
executadas de forma otimizada, tirando o máximo de proveitos dos recursos da impressora, como
resolução e capacidade de cores.
As linguagens de impressoras mais comuns são:
PostScript da Adobe;
PCL (Printer Control Language) da Hewlett – Packard (HP).
As impressoras de rede podem ser conectadas diretamente a uma rede de computadores e atendem aos
pedidos de impressão enviados pelo usuário ligado (conectado) à rede, dispensando o computador que
atua como servidor de impressão, o que normalmente é necessário. Os trabalhos de impressão são
enviados via rede para o servidor de impressão, que repassa para a impressora a ele ligada.
Dentre os tipos de impressoras mais comuns no mercado, entre outros, existem os seguintes:
Matricial
Jato de tinta
Laser
As impressoras de cera e as fotoimpressoras são menos comuns, devido principalmente ao custo muito
elevado.
• Impressora Matricial
Esta impressora monta os caracteres a partir de uma série de pequenos pontos que são impressos
muito próximos uns dos outros, é abastecida por uma fita semelhante à fita de uma máquina de
escrever. Trabalham através de matriz de pontos que são literalmente “cuspidos” a grande velocidade
e pressão na folha de papel juntamente com a tinta, gravando os caracteres do micro. Existem
impressoras de 9 e 24 agulhas. Quanto maior o número de agulhas, maior resolução.
Esses jatos são dosados de acordo com o que vai ser impresso, oferecendo uma excelente definição
e qualidade de impressão. Outra vantagem é que se pode usar várias cores de tintas, tornando o
resultado final ainda mais bonito e profissional, além de poder imprimir nas cores em que o trabalho
aparece na tela. A resolução dessas impressoras é medida através de DPI (Dots per Inch — Pontos
por Polegadas). A tinta usada permite a impressão em por exemplo: papel comum, acetato,
transparências e diversos tipos de papéis especiais.
• Impressora Laser
É uma impressora de computador de alta resolução que usa uma fonte de laser para imprimir padrões
de caracteres matriciais de alta qualidade no papel (estas impressoras têm uma resolução muito
maior que as impressoras normais). As impressoras a laser imprimem em maior velocidade do que a
matricial e a jato de tinta, sua resolução é de altíssima qualidade, seu preço também é mais alto do
que as outras duas, pois contém mais recursos e maior velocidade.
É o tipo mais avançado de impressora. As maiorias das impressoras a laser têm resolução de 300 a
1200 dpi. Sendo a impressão a laser praticamente livre de erros, como borrões e defeitos nas letras e
figuras. A capacidade e velocidade dependem da qualidade de memória que possuem, variando
atualmente entre 1 e 4 Mb. A velocidade é medida em CPS, caracteres por segundo, no entanto,
comercialmente costuma-se medir em folhas por minuto.
O resultado é uma impressão de alta qualidade. Não apenas a impressora laser produz cópias mais
rapidamente do que a impressora matricial, mas as páginas impressas a laser têm detalhes mais
nítidos do que a maioria das impressoras matriciais.
Scanner
O scanner é um equipamento que permite que uma foto ou imagem seja convertida em um código de
forma que o programa gráfico ou de editoração eletrônica possa produzi-la na tela, imprimi-la através de
uma impressora ou converter páginas datilografadas em páginas possíveis e editoradas.
Existem três principais tipos de scanners:
• Scanner de mesa
Necessita de uma série de espelhos para guardar a imagem capturada pela cabeça de varredura em
movimento e focalizada nas lentes que alimentam a imagem para um banco de sensores. Como
nenhum espelho é perfeito, a imagem sofre uma certa degradação cada vez que é refletida.
• Scanner manual
Os scanners manuais dependem da mão humana para mover a cabeça de varredura. É mais barato
por que não precisa de um mecanismo para mover a cabeça da varredura e nem o papel.
Placas Fax-Modem
Modem é a junção de dois termos: MODULATE and DEMODULATE.
É o mesmo princípio da transmissão de um sinal de rádio FM (Freqüência Modulada), ou seja, utiliza-se
uma determinada técnica de modulação/demodulação só que via cabos. Esta placa é conectada a saída
serial de um microcomputador. Também temos os modens internos, nos quais ocupam o endereço e
uma interrupção de uma saída serial. O modem recebe o sinal na forma digital modulando-o em onda
senoidal e transmitido via linha de transmissão até a outra ponta onde temos outro modem para fazer a
demodulação e retornar o sinal á forma original.
Os modens diferem pelo padrão e velocidade de transmissão. Na prática podemos ter modens
trabalhando desde 2400, 14400 bps (Bits por segundo), 33.6 Kbps até 56 Kbps. O padrão mais
conhecido é o HAYES onde os comandos de configuração do modem são especificados por seqüências
de teclas sempre começando por AT. Veja exemplos desses comandos na tabela a seguir:
Comando Descrição
ATDT Discagem por tons.
ATDP Discagem por pulsos.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 25
5. Sistema Operacional
Assim como o BIOS faz a interação entre o Hardware e o Sistema Operacional, esse cuida da interação
entre a máquina, como um todo, e o usuário. Todos os programas, para funcionarem, baseiam-se no
software mais importante do computador: o Sistema Operacional.
O Windows é o sistema operacional mais utilizado, ainda, nas estações de trabalho, mas o Linux vem
avançando significativamente na medida que são introduzidos recursos para torna-lo mais amigável aos
usuários menos especializados. No segmento de servidores o Linux mantêm uma disputa mais acirrada
face a estabilidade, a portabilidade e a quantidade de recursos disponíveis.
O funcionamento de um microcomputador implica na instalação de pelo menos um Sistema Operacional,
que deve ser escolhido de acordo com a finalidade a qual se destina.
Na tabela abaixo apresentamos algumas informações sobre SO:
Quantidade de memória
SO Principais Características Comentários
Recomendado / ideal
MS-DOS Monotarefa, Apesar de obsoleto, ainda é
monoprocessador, bastante utilizado em aplicações
monousuário, 16 bits comerciais desenvolvidas em
512 KB / 1 MB Clipper. Há também uma versão
livre - o FreeDos – que vem
sendo mantido pela comunidade
do Software Livre.
Windows/95 Multitarefa, Fora de linha e sem suporte.
monoprocessador, 8 MB / 16 MB
monousuário, 32 bits
Windows/98 Multitarefa, Muito utilizado ainda, mas não é
monoprocessador, 32 MB / 64 MB mais comercializado.
monousuário, 32 bits
Windows/Me Idem Win/98 Pouco utilizado e também fora
64 MB / 128 MB
de linha.
Windows/NT Multitarefa, multiusuário Fora de linha e sem suporte.
– voltado para servidores 64 MB / 128 MB
de rede
Windows/2000 Multitarefa, multiusuário Servidor de rede que disputa
– voltado para servidores 64 MB / 128 MB mercado com o Linux.
de rede.
Windows/XP Multitarefa, multiusuário, Produto atual da Microsoft.
substituiu o win/98 e 128 MB / 256 MB Bastante exigente quanto aos
win/me. recursos do computador.
Linux Multitarefa, multiusuário, Diversas distribuições
multiprocessador, 32 disponíveis com características
32 MB / 64 MB
bits. Servidores e especiais para determinados
estações de trabalho. tipos de usuários e aplicações.
Atualmente tem sido oferecidas algumas distribuições Linux que não necessitam ser instaladas no disco
rígido. Podem ser carregadas diretamente do CD-ROM: Kurumin, Knoppix. Até a Conectiva lançou o
LIVE CNC, baseado no Conectiva Linux 10.
Essas distribuições facilitam os usuários de microcomputador que querem iniciar-se no mundo Linux,
sem comprometer a configuração atual (não altera o contéudo do winchester) e sem exigir
conhecimentos aprofundados para sua instalação.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 27
6. Instalações e Manuseio
Eletricidade Estática
Nós não podemos vê-la, mas ela existe e danifica os componentes eletrônicos. Por isso os fabricantes
afixam em seus produtos, etiquetas que advertem sobre os cuidados a serem tomados.
Figura 6.1
O corpo humano acumula eletricidade estática à medida que a pessoa anda, senta em uma cadeira,
retira um casaco, abre uma porta, ou mesmo quando toca em um outro material já carregado com
eletricidade estática. Ao tocar em um componente eletrônico, as cargas estáticas são transferidas
rapidamente para este componente, uma espécie de "choque" de baixíssima corrente, mas o suficiente
para danificar parcialmente ou totalmente os circuitos internos existentes dentro dos chips. Esses chips
podem danificar-se imediatamente, ou ficarem parcialmente danificados, passando a exibir erros
intermitentes, ficando sensíveis à temperatura, e podendo até mesmo queimar sozinhos depois de algum
tempo.
Figura 6.2
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 28
Figura 6.3
Figura 6.4
Figura 6.5
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 29
Figura 6.6
Figura 6.7
Manuseio de componentes
Usuários ou técnicos inexperientes podem, ao invés de consertar, estragar mais o PC se não o
manusearem corretamente. Devemos lembrar que estamos lidando com computadores, que são
equipamentos extremamente delicados. Apesar de muitas placas, drive e componentes serem baratos,
mesmo assim são sensíveis e necessitam dos mesmos cuidados dispensados aos equipamentos caros.
O mais importante cuidado a ser tomado por quem manuseia equipamentos é o seguinte:
Antes de fazer ou desfazer qualquer conexão, seja ela de chips, placas, cabos, conectores,
periféricos e drives de qualquer tipo, todos os equipamentos devem estar desligados
A maioria dos chips e placas ficam danificados permanentemente caso sejam removidos ou colocados
com o computador ligado. O mesmo se aplica a periféricos. Quando uma impressora, mouse, teclado,
scanner, ZIP Drive ou câmera é conectada ou desconectamos, devemos desligar o computador e o
periférico, caso este possua alimentação própria. Se esta regra não for respeitada e mesmo assim nada
for danificado, trata-se simplesmente de uma questão de sorte.
Uma outra boa prática é desligar o computador para fazer também conexões mecânicas. Para
aparafusar ou desparafusar drive’s de disquetes, discos rígidos e drive de CD-ROM, fonte, conectores
seriais ou qualquer outra peça presa por parafusos, o computador deve ser antes desligado. Uma peça
metálica qualquer, como por exemplo, um parafuso, ao cair sobre uma placa pode causar um curto-
circuito caso o computador esteja ligado, causando danos irreversíveis.
Igualmente importante é o correto manuseio de cabos. Ao retirar qualquer tipo de cabo, devemos puxar
sempre pelo conector, e não pelo cabo. Puxando pelo cabo, as ligações elétricas entre o cabo e o
conector são desfeitas, causando mal contato. Essa regra é aplicada para qualquer tipo de cabo.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 30
Deve ser lembrado que todo cabo tem uma forma certa de encaixe. Uma ligação invertida pode, em
certos casos, causar dano. Muitos conectores têm um formato tal que impede a ligação errada. Isto é
particularmente verdadeiro naqueles que ficam na parte exterior do computador. Já as conexões
internas, por exemplo, as ligações de cabos flat nas respectivas placas, muitas vezes não possuem esse
tipo de proteção, já que teoricamente devem ser manuseados por quem sabe o que faz.
Em qualquer tipo de placa de circuito impresso, devem ser tomados os seguintes cuidados:
Não tocar nas partes metálicas dos chips
Não tocar nos conectores
Segurar a placa sempre por suas bordas laterais
Não flexionar a placa
O toque nas partes metálicas dos chips pode causar descargas estáticas que os danificam. Uma placa
tem duas faces: a face dos componentes e a face da solda. Não se deve tocar na face da solda, pois
nela existem contatos elétricos com todos os seus chips. Da mesma forma não se deve tocar na face dos
componentes pois se pode acidentalmente tocar as pernas dos chips, causando o mesmo efeito
negativo. Os conectores também não devem ser tocados, por duas razões. A primeira é que possuem
contatos elétricos com os chips, podendo danificá-los com a eletricidade estática. A segunda é que a
umidade e a gordura das mãos podem causar mal contato nos conectores. Uma placa deve ser sempre
segura por suas bordas laterais, como indicado na figura:
As partes metálicas das placas (com exceção dos conectores) podem ser tocadas em apenas dois
casos:
a) se o técnico estiver usando a pulseira antiestática
b) se o técnico se descarregar imediatamente antes de tocar na placa, tocando em algum elemento
metálico (gabinete, mesa, armário, etc.) que esteja aterrado. Conecte o cabo de força do micro
em uma tomada aterrada e quando você tocar na parte metálica do gabinete (que normalmente
se encontra aterrada junto à fonte de energia) você vai estar descarregando sua eletricidade
estática.
Em qualquer operação mecânica como fixar a placa por parafusos ou espaçadores, encaixar ou
desencaixar placas de expansão na placa de CPU, encaixar ou desencaixar conectores, etc. deve ser
tomado muito cuidado para que a placa não sofra nenhum tipo de flexão. A flexão pode causar o
rompimento de trilhas de circuito impresso, o que resulta em um mau contato dificílimo de ser detectado
e consertado. Pode também causar o rompimento das ligações entre soquetes e a placa. A flexão não
deve ser apenas evitada a qualquer custo: deve ser proibida. Por exemplo, na placa de CPU, para
encaixar o conector da fonte basta colocar a mão por baixo da placa ao encaixar o conector da fonte,
evitando assim que ocorra o flexionamento.
Sempre que qualquer placa ou conector for encaixado ou desencaixado, a operação nunca deve ser feita
de uma só vez. Deve ser feita por partes, um pouco em cada extremidade do conector, até que a
operação esteja completa.
Não deve ser esquecido que as placas de expansão são presas ao gabinete através de parafusos. Em
alguns casos, o técnico pode esquecer de colocar esses parafusos. Se isto acontecer, o grande perigo é
uma conexão na parte traseira do gabinete (Ex: conectar uma impressora) ocasionar um afrouxamento
no encaixe da placa no seu slot. Se essa conexão for feita com o computador ligado (o que, por si só, já
é um erro), o problema pode ser mais sério ainda: a placa pode soltar-se do seu slot com o computador
ligado, o que provavelmente causará dano na referida placa, ou até mesmo na placa de CPU.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 31
Sistemas de Proteção
• Filtros de linha
Devemos tomar cuidado pois muitos são apenas extensões. Para saber se é realmente um filtro deve-se
verificar em sua embalagem se constam o nome do dispositivo de proteção contra sobretensão e do filtro
contra interferência. O ideal seria que os nossos estabilizadores já viessem com esta proteção, mas
como não é assim estes filtros são uma boa ajuda.
• Estabilizadores de Tensão
Este equipamento protege o seu aparelho contra variações da tensão elétrica e interferências. Deve-se
adquirir um estabilizador que comporte a soma da potência gasta pelos aparelhos que irão ser ligados
nele, normalmente um estabilizador de 1.0 Kva é mais do que suficiente.
• No-Break
Este equipamento é um estabilizador com uma bateria. A diferença é que a bateria alimenta o sistema
para que possamos desligar o equipamento sem perder dados quando ocorre alguma queda no sistema
elétrico externo. Deve-se observar a quantidade de energia fornecida e o tempo que a carga da bateria
suporta. Quanto mais equipamentos ligados no mesmo no-break, menor é o tempo de disponibilidade.
Outro aspecto importante é a revisão periódica da bateria e o teste de sua eficiência: é recomendável
efetuar simulações periódicas de falta de energia para verificar se o no-break não virou um “yes-break”.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 32
7. Montagem e Configuração
Verificação inicial
Faça uma inspeção visual em todos componentes para atesta-los quanto a um aparente bom estado de
conservação. Telas de monitores, pinos do processador e dos conectores de dados de HD, CD-ROM e
floppy são alguns dos itens que devem ser verificados antes de se iniciar a montagem. Esta precaução
evita que um problema detectado seja atribuído ao processo de montagem.
Confira também se os manuais e os drivers de software (discos) estão inclusos nas embalagens dos
produtos. Isso evitará transtornos na hora da instalação do sistema do sistema operacional, uma vez que
na ausência de algum driver o dispositivo correspondente não poderá ser configurado adequadamente,
implicando no não funcionamento ou até em inconsistências e degradação no sistema.
Fabricantes de placas e demais componentes sempre disponibilizam os respectivos drives’s e manuais,
por isso, exija-os junto ao fornecedor.
Antes de iniciar a montagem deve-se ler os respectivos manuais, principalmente o da placa-mãe, para
identificar as instruções dos fabricantes relativas as características específicas de cada componente:
processador suportado pela placa-mãe, tipos e configurações de memórias utilizáveis, conexões e
configurações da placa-mãe, etc.
Recursos necessários
- Chave Philips
- Chave de fenda
- Alicate de bico
- Recepiente para colocar parafusos
- Bancada com filtro de linha
Roteiro de Montagem
1. Verificar se a voltagem selecionada está correta (110 ou 220 Volts);
2. Abrir o gabinete;
3. Remover, do gabinete, a parte lateral (chassi) onde vai ser fixada a placa mãe;
4. Fixar a placa-mãe utilizando corretamente os espaçadores e parafusos de fixação – figura 7.1;
5. Instalar o processador verificando o posicionamento correto em relação ao socket ;
6. Fixar o cooler sobre o processador – atentar para os procedimentos de instalação, específicos de
cada modelo;
7. Colocar o(s) pente(s) de memória, atentando para o correto posicionamento em relação aos
socket’s e às restrições de configuração dos bancos de memória explicitados no manual da placa
mão. Verificar se as presilhas estão fechadas corretamente e se o(s) pente(s) está(ão) alinhado
(s) (horizontalmente) em toda sua extensão. Vide figura 7.2;
8. Configurar a placa-mãe
Os jumpers (conjunto de pinos que podem ser circuitados entre si) e dip-switches (conjunto de
chaves que pode ser ligadas/desligadas) presentes nas placas-mãe servem, basicamente, para
configurar as freqüências de barramentos, as
características de alguns componentes e o
tradicional “Clear CMOS”, utilizado para apagar o
conteúdo da memória que contém os dados
definidos no programa setup. Atualmente muitas
dessas configurações são efetuadas exclusivamente
no BIOS e, dessa forma, essa etapa de configuração
pode não ser necessária. Vai depender sempre das
características da placa-mãe.
Algumas controladoras ON-BOARD (vídeo, rede,
modem, etc.) podem ser habilitadas ou não por Figura 7.3 - jumpers
jumpers.
9. Recolocar o chassi no gabinete;
10. Conectar a alimentação na placa-mãe – cuidar para o posicionamento correto dos conectores
AT:
Os 4 Fios pretos
devem ficar no
centro.
SETUP
Passado o POST, devemos configurar a máquina pelo setup, isto é, inserir as características dos
componetes instalados (drives, memória, processador, etc.) e algumas caracterisicas operacionais
importantes para o bom desempenho do computador (gerenciamento de energia, endereços de portas
paralelas e seriais, habilitação de porta USB, quantidade de memória usada para a controladora de
vídeo, etc.) de acordo com o manual da placa principal.
O acesso ao programa de SETUP normalmente é feito pressionando-se a tecla DEL durante o teste
inicial de memória. Algumas BIOS apresentam outras maneiras de acessar o SETUP: tecla F2, por
exemplo. Observar no manual da placa ou na própria tela qual a opção disponível.
É muito importante a configuração correta do winchester em termos de número de cilindros, cabeças e
setores. Se isto for feito incorretamente, o winchester não será acessado ou trará problemas futuros. As
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 36
BIOS atuais tem a opção de auto-detecção da geometria dos HD e dispositivos de CD, o que facilita
bastante a operação.
Normalmente as BIOS tem opções para coleção de senhas de proteção contra acessos não permitidos.
O bom senso indica que se o usuário não utiliza o equipamento em locais com grande acesso de
pessoas a colocação de uma senha apenas é um dado a mais que o usuário terá de lembrar. Além disso,
caso esqueça a senha, terá que retirar a bateria interna para apagar os dados de configuração.
Normalmente o SETUP oferece a possibilidade de duas configurações: uma considerando os valores
padrão para o BIOS e outra com valores que apresentam uma desempenho melhor. Os resultados vão
depender das características dos componentes instalados e de como estão configurados. Somente com
testes comparativos podermos deduzir se uma configuração apresenta melhor ou pior desempenho que
outra.
Após a conclusão do SETUP devemos atualizar (gravar) os novos valores na CMOS e encerrar o
programa para iniciar o BOOT. Se não quiser salvar as alterações promovidas nos parâmetros, basta sair
sem salvar.
Cabe salientar que é no SETUP que definimos a ordem dos dispositivos que serão pesquisados para
carga do Sistema Operacional. Está opção normalmente inclui HD, CD-rom e disquete. Mas também
pode ser possível o BOOT via rede. Se for efetuada a seguinte configuração:
1o. – CD-rom
2o. – HD
3o. – disquete
Inicialmente será pesquisado o drive de cd-rom para identificar algum cd bootável; caso não seja
localizado, o próximo dispositivo da lista será pesquisado: HD. Se também não tiver Sistema, prossegue
a pesquisa no 3o., o disquete. Note que com esta ordem, o disquete será pesquisado somente se não for
possível carregar o SO do HD (isto normalmente só ocorre na primeira vez ou quando há algum
problema com o HD).
BOOT
Após o teste inicial do microcomputador (POST), entra o processo de BOOT do micro. Mas o que é esse
tal de BOOT?
Para executar qualquer programa, antes de qualquer coisa necessitamos carregar o sistema operacional
desejado via disquetes ou pelo HD. O famoso BOOT nada mais é que uma verificação da BIOS do
equipamento, em busca de um programa que inicialize o sistema operacional. Este processo inicial está
gravado na BIOS da motherboard onde existem as instruções básicas par ele começar a operar este
programa e é lido pela CPU onde existe a instrução para leitura dos arquivos do sistema operacional (no
MS DOS 6.2 são IO.SYS e o MSDOS.SYS) que estão gravados no primeiro setor do harddisk ou do
disquete colocado no drive A. Se um HD ou disquete estiverem com os primeiros setores danificados
eles tornam-se inutilizáveis para carregar o sistema operacional.
No caso do MS DOS podemos dizer que um disquete ou harddisk é BOOT-VEL quando ele contém os
dois arquivos do sistema operacional já mencionados e mais um arquivo chamado COMMAND.COM.
Este arquivo é lido e carregado na memória.
Podemos dizer que o BOOT nada mais é que um processo básico que o microcomputador realiza para
carregar qualquer tipo de sistema operacional.
Quando carregamos um S.O. o KERNEL deste fica normalmente residente em memória. Kernel é o
núcleo do S.O.
O que nos apresenta no monitor é o SHELL (interpretador de comando), que no caso do MS DOS nos é
dado pelo COMMAND.COM e no Linux o mais utilizado é o BASH. Alguns sistemas operacionais
fornecem vários tipos de shell, como é o caso do Linux, cada uma prestando-se melhor a uma
determinada função.
Configurando os dispositivos
Durante a instalação do Sistema Operacional, alguns dispositivos podem ter seus drivers instalados e
configurados automaticamente (isto ocorre tanto no Windows, quanto no Linux), mas se o Sistema não
dispuser do driver correto ou não puder detectar as características dos dispositivos, deve-se efetuar a
instalação dos drivers manualmente e utilizar as ferramentas apropriadas para sua configuração.
As placas principais atuais vem com um cd-rom contendo todos os drivers dos dispositivos, normalmente
compatíveis apenas com Windows. Os drivers para Linux podem ser localizados no site do fabricante ou
em sites especializados em bibliotecas de drivers.
No caso do Windows: Após a instalação do Sistema Operacional, alguns dispositivos apresentaram
problemas de configuração e o sistema passará a tentar configurá-los. Cancele essa operação
automática e insira o cd-rom que acompanha a placa. Se o cd-rom corresponder à placa instalada, será
iniciado automaticamente um programa de configuração dos recursos dessa placa. Caso o programa não
inicie é provável que o cd-rom não seja compatível com essa placa – contate o fornecedor para obter o
cd correto.
HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 38
9. Glossário
10.Links
VASCONCELOS, Laércio.(http://www.laercio.com.br).
TORRES, Gabriel. (http://www.gabrieltorres.com.br/)
Guia do Hardware (http://www.guiadohardware.net/)
PC mais (http://www.pcmais.com/)
UNICAMP (http://www.ccuec.unicamp.br/)
Blackdown (http://www.blackdown.org/~hwb/hwb.html)
HKR micro (http://www.hkrmicro.com/personal/index.html)
Laboratorio de Informatica - FACENS (http://www.li.facens.br/eletronica)
Electronic Support (http://www.esupport.com/)
Compinfo (http://www.compinfo.co.uk/)
Tec (http://www.tec.sci.fi/tecref)