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Direito Civil II –
Teoria Geral dos Contratos – 26194 - 68 h/a
Professora: Anair Isabel Schaefer
ALUNO (A) __________________________________________
DATA:
TÍTULO III
Do Domicílio
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à
profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um
deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual,
o lugar onde for encontrada.
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de
o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às
municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não
fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
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Domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde estabelece residência com ânimo
definitivo, convertendo-o, em regra, em centro principal de seus negócios jurídicos
ou de sua atividade profissional.
“Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
Para uma efetiva compreensão da matéria, faz-se mister fixar e distinguir as noções de
morada, residência e domicílio.
Morada é o lugar onde a pessoa natural se estabelece provisoriamente. Confunde-
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“Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja
autora a União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro
de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato
que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor
Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá
ser proposta no foro de domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na
capital do respectivo ente federado”.
“Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde
se exercitem e cumpram os direitos e obrigações
deles resultantes”.
Vale destacar, porém, que este dispositivo somente pode ser invocado em relações
jurídicas em que prevaleça o princípio da igualdade dos contratantes e de sua
correspondente autonomia de vontade.
Isto porque, na seara do Direito do Consumidor — e não seria exagero afirmar que a
maioria esmagadora dos contratos celebrados no país são negócios de consumo —,
consideramos ilegal a cláusula contratual que estabelece o foro de eleição em benefício
do fornecedor do produto ou serviço, em prejuízo do consumidor, por violar o disposto no
art. 51, IV, do CDC (considera-se nula de pleno direito a cláusula de obrigação iníqua,
abusiva, que coloque o consumidor em desvantagem exagerada, ou seja incompatível
com a boa-fé e a equidade).
Mesmo que seja dada prévia ciência da cláusula ao consumidor, o sistema protetivo
inaugurado pelo Código, moldado por superior interesse público, proíbe que o fornecedor
se beneficie de tal prerrogativa.
Não se pode negar a desigualdade econômica entre as partes contratantes, somente
mitigada pelos mecanismos legais de freios e contrapesos decorrentes do dirigismo
contratual do Código de Defesa do Consumidor. Compensa-se a desigualdade
econômica por meio de uma igualdade jurídica. A título de ilustração, imagine a aquisição
de um produto fabricado no sul do país, por um indivíduo morador da cidade de Maceió,
tendo o contrato estabelecido que o foro de Porto Alegre seria o competente para as
demandas porventura existentes entre as partes do negócio.
O mesmo raciocínio é aplicável para as relações de trabalho subordinado, em que o art.
9º da CLT (“Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”) tem
sido invocado para fulminar qualquer tentativa de utilização do instituto do foro de eleição
no Direito do Trabalho.
BIBLIOGRAFIA:
GAGLIANO, Pablo Stolze; Rodolfo Pamplona Filho. Manual de Direito Civil. Volume único. São
Paulo Saraiva 2017 CDU347(81)
GAGLIANO, Pablo Stolze; Rodolfo Pamplona Filho. Novo curso de direito civil, v. 1 parte geral. 20.
São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553172771. (Ebook).