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Nome: Dayanne Muniz dos Santos RA: N566086

Turno: Noite Turma: PS1Q20 Semestre: 1


Professor: Arlete Galhardi Sales

Reflexões sobre o filme “Um Estranho No Ninho”

Introdução
Título: One Flew Over the Cuckoo's Nest (Original)
Ano produção: 1975
Direção: Miloš Forman
Estreia: 28 de Maio de 1976 (Brasil)
Duração: 133 minutos
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama
País de Origem: Estados Unidos da América
Randle Patrick McMurphy, um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma
instituição para doentes mentais, onde estimula os internos a se revoltarem contra as rígidas normas
impostas pela enfermeira-chefe Ratched, mas ele não tem ideia do preço que irá pagar por desafiar
uma clínica "especializada"
Desenvolvimento
O sentido de loucura, sempre esteve presente na sociedade. Ao longo da história da
humanidade a mesma teve diversas interpretações. Na Grécia Antiga, era visto como algo divino, um
mensageiro de Deus. Mais tarde, na Era Medieval, com a influência da igreja e sendo considerada a
mensageira entre Deus e o homem, a louco era associado a bruxos, e assim algo maligno que deveria
ser punido.
A última mudança neste contexto, se dá no Século 17, como analisado na leitura de A
Construção do eu na Modernidade e com a nova concepção de "eu" racional, dentro do mundo. As
relações para com o "diferente" é alterada de forma extrema, surgindo uma zona de exclusão com os
que divergem da norma social, se antes esses indivíduos tinham uma visão dentro da sociedade, de
intervenção divina,boa ou ruim, que não afetava a sociedade de forma extrema. Nesta nova

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concepção, a loucura vem como uma ameaça para com a racionalidade, podendo, trazer malefícios
para a sociedade e assim devendo ser temida e evitada, nasce assim o parecer da loucura nos tempos
atuais.
O contexto do longa gira em torno de Randle Patrick McMurphy, um presidiário condenado
que após abusar de uma menor de idade, alega ter problemas psicológicos para burlar o sistema e
conseguir uma transferência para uma instituição psiquiátrica, onde acredita que o estilo de vida é
melhor. Randle é transferido e logo percebe que a facilidade que previa não existe, tendo que seguir
rígidas regras da enfermeira Mildred Ratched, personagem controladora e fria com os pacientes, que
se mostra mais interessada na imagem da instituição do que no bem estar daqueles que a frequentam.
O embate ao longo da história entre os dois personagens se agrava, quando McMurphy
cria amizade e empatia para com os outros pacientes do local, os estimulando a questionar as regras e
terem consciência de si de seus desejos e personalidades, arquitetando neles o sentido de liberdade
nunca antes sentido.
O longa tem como base, a denúncia das instituições psiquiátricas (manicômios) e como a
sociedade lida com os considerados diferentes da normalidade, dentro do contexto histórico, é
analisado como pouco a pouco, eles foram colocados à margem da sociedade, ignorados e internados
em locais que a opção de tratamento se davam pela punição até anulação total do indivíduo. Outro
ponto levantado, se dá na concepção de o que seria a loucura, que se apresenta como uma
experiência social, se alterando ao longo da história e servindo de base para diversos preconceitos.
Pensando em contexto nacional, o livro Holocausto Brasileiro, retrata como essas instituições
servirão para "despejo" de pessoas que não tinham onde ir, rejeitadas pela família ou que possuíam
algum transtorno que necessitava cuidados. Denunciando como viviam em situações precárias e
eram ignorados pelos poderes políticos e de sociedade.

Conclusão
Um Estranho no Ninho, filme importante na reflexão de loucura dentro da sociedade tem
como missão principal, denunciar as instituições psiquiátricas, lugares que nascem para “tratamento
moral” por meio de punições e anulações de problemas psicológicos, realizados por profissionais da
saúde, que deveriam estar realizando o cuidado e restituição do indivíduo. Além de questionar o
sentido de liberdade, que existe dentro de cada um. Dentro do contexto da Psicologia, cabe a nós,
profissionais da área mudar essa visão, alterando o paradigma de que Psicologia é “coisa de louco”,
para que se crie na sociedade o sentido de importância do cuidado à saúde mental

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Referências
ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro – 1. ed. – São Paulo: Geração Editorial, 2013.
SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP: Holos,
2009.
MATTA, T. S. R. Abordando a História da Loucura. Psicologado, 2015. Disponivel em
<https://psicologado.com.br/psicopatologia/saude-mental/abordando-a-historia-da-loucura> Acesso
em: 30 de março. de 2020
“UM ESTRANHO NO NINHO”, liberdade e loucura. A mente é maravilhosa, 2018.
Disponivel em <https://amenteemaravilhosa.com.br/um-estranho-no-ninho/> Acesso em: 30 de
março. de 2020

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