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GRUPO DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS CURSO TURMA

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DIREITO

DISCIPLINA

DIREITO PENAL – IV

DOCENTE RESPONSÁVEL

PROF.º JÔNATAS PEIXOTO LOPES

2º Bimestre 2ª Nota Parcial Valor: 0 a 10 pontos

Acadêmico (a): Bruna Laves Marino Brazil Barbosa

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01) Conceitue Organização criminosa para a legislação extravagante, quanto aos

requisitos.

R: Conforme prevê artigo 1° da Lei 12850 da legislação extravagante: “Esta Lei

define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios

de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a

ser aplicado”.

O crime de associação criminosa consiste no fato de "associarem-se 3 (três) ou

mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes" (CP, art. 288, caput).

São dois os elementos que integram o delito: (1) a conduta de associarem três

ou mais pessoas; (2) para o fim específico de cometer crimes.

Trata-se de crime comum (aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa),

plurissubsistente (costuma se realizar por meio de vários atos), comissivo

(decorre de uma atividade positiva dos agentes "associarem-se") e,

excepcionalmente, comissivo por omissão (quando o resultado deveria ser

impedido pelos garantes – art. 13, § 2º, do CP), de forma livre (pode ser cometido

por qualquer meio de execução), formal (se consuma sem a produção do


resultado naturalístico, consistente na efetiva perturbação da paz pública), de

perigo comum abstrato (aquele que coloca um número indeterminado de

pessoas em perigo, mas não precisa ser demonstrado e provado, por ser

presumido pela lei), permanente (a consumação se prolonga no tempo),

plurissubjetivo (somente pode ser praticado por três ou mais pessoas), doloso

(não há previsão de modalidade culposa), transeunte (costuma ser praticado de

forma que não deixa vestígios, impossibilitando ou se tornando desnecessária a

comprovação da materialidade por meio de prova pericial).

Os requisitos para a organização criminosa são: Hierarquia estrutural;

Planejamento empresarial; Uso de meios tecnológicos avançados;

Recrutamento de pessoas; Divisão funcional das atividades; Conexão estrutural

ou funcional com o Poder Público (ex.: ajuda financeira para campanhas

eleitorais); Oferta de prestações sociais; Divisão territorial das atividades ilícitas.

02) Quais os requisitos e efeitos da delação premiada?

R: Os requisitos para os benefícios concedidos no acordo de colaboração

premiada, ocorrem desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos

resultados acerca da identificação dos demais coautores e partícipes da

organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas, a revelação

da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa, a

prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização

criminosa, a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações

penais praticadas pela organização criminosa, a localização de eventual vítima

com a sua integridade física preservada.

03) De acordo com a Lei de Organização Criminosa como se dará a ação

controlada?
R: Em conformidade com o dispositivo da Lei 12850, em seu artigo 08, a ação

será controlada quando: “Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a

intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização

criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e

acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais

eficaz à formação de provas e obtenção de informações.

De acordo com a redação no artigo 8°, a ação controlada deverá ser

comunicada previamente ao juiz competente, que, se for o caso, estabelecerá

seus limites e comunicará o Ministério Público.

§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente

comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites

e comunicará ao Ministério Público.

§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter

informações que possam indicar a operação a ser efetuada.

§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz,

ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito

das investigações.

§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da

ação controlada.”

04) Diferencie organização criminosa de associação criminosa do artigo 288 do

CP.

R: Com o advento da Lei 12.850/2013, temos que há uma diferença conceitual

e prática entre a chamada Organização Criminosa e a Associação Criminosa.

O § 1º, do art. 1º, da Lei 12.850/2013 preceitua que:


Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais

pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,

ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,

vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas

penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter

transnacional.

Ademais, o art. 288 do CP (alterado pela Lei 12.850/2013, art. 24) discorre

sobre o tipo penal da Associação Criminosa, definindo que o mínimo para a

sua configuração são 3 pessoas ou mais, sendo aplicado às infrações penais

cujas penas máximas sejam inferiores a 4 (quatro) anos.

Enquanto a associação criminosa:

a) associação de 3 ou mais pessoas;

b) a condenação é aplicada a penas máximas inferiores a 4 (quatro) anos; e

c) há aumento de pena até a metade se a associação é armada ou se houver a

participação de criança ou adolescente.

05) Discorra sobre o acesso a registros, dados cadastrais documentos e

informações de acordo com a Lei nº 12850.

O Art. 3º, IV, aduz que: Em qualquer fase da persecução penal, serão

permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de

obtenção da prova:

IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados

cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a

informações eleitorais ou comerciais.


§ 1º Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade

investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços

técnicos especializados, aquisição ou locação de equipamentos destinados à

polícia judiciária para o rastreamento e obtenção de provas previstas nos

incisos II e V. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

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