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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INSTITUTO DE CULTURA E ARTE

CURSO DE FILOSOFIA

JABER FELIPE FAKER LAVADO

A DIMENSÃO DA REVOLTA NA ARTE EM ALBERT CAMUS: o picho


como expressão da desobediência.

FORTALEZA

2017
INTRODUÇÃO

O seguinte trabalho foi realizado para a obtenção da aprovação na disciplina


ICA1634 - Existencialismo (2016.2 - T01), ministrada pelo professor doutor Emanuel
Ricardo Germano Nunes, no curso de filosofia da Universidade Federal do Ceará.

Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância da revolta para o


artista e, por consequência, para a arte. O desenvolvimento do estudo sobre a
revolta em Camus aqui explanado está em “O Homem Revoltado”, enquanto sobre a
arte está no “Discours de Suède”. Em 1957 houve no encerramento da cerimônia do
prêmio Nobel de literatura uma conferência com Albert Camus chamada “L’artiste et
son temps” na Universidade de Uppsala, Suécia.

Em seguida, relacionar-se-á a pichação para ilustrar essa dimensão


engendrada da arte e revolta, e como ela se revela por toda a sociedade. Com base
no documentário de 2009 “Pixo” e no atual momento brasileiro.
DESENVOLVIMENTO

2 A ARTE NA ATUALIDADE

2.1 O artista e a visão opaca da realidade.

A arte é produto da criação de um artista. Portanto, é evidente que depende


de como esse artista se relaciona com a realidade. No entanto, em um mundo onde
a arte é banalizada, o realismo trágico e grotesco é enfiado garganta abaixo junto
com o almoço em programas televisivos, o papel da arte fica questionado.

“Não é suficiente dizer, a este respeito, que a arte está ameaçada pelos
poderes do Estado. Se isto fosse verdade, o problema seria simples: o
artista lutaria ou cederia. A partir do momento em que se percebe que o
combate reside dentro do próprio artista, o problema se torna mais
complexo, e também mais mortal. O atual ódio pela arte, do qual nossa
sociedade oferece tão belos exemplos, é eficaz porque é mantido pelos
próprios artistas. A dúvida dos artistas que nos precederam estava ligada ao
seu talento pessoal. A dos artistas de hoje está ligada à necessidade da sua
arte, portanto, da sua própria existência.” (CAMUS, A. Discours de Suède
– pag 3)

Aos olhos do artista a realidade apresenta um véu difícil de ser retirado, um


véu espesso e translúcido, do qual mal se pode ver através. Sua arte, portanto,
representa uma realidade que não é clara. As preocupações do artista muitas vezes
não conseguem tocar a profundidade da vida, apenas os assuntos mais banais.

“Desde então, não é surpresa que essa sociedade não tenha solicitado
que a arte fosse um instrumento de liberação, mas um exercício de
simples divertimento. Assim, por dezenas de anos foi satisfeito todo um
belo mundo no qual as dores são principalmente as dores relacionadas ao
dinheiro e as preocupações são unicamente as do coração. A prova disso
está nos romances mundanos e na arte mais fútil possível, da qual Oscar
Wilde, pensando nele mesmo antes de conhecer a prisão, dizia que o
maior de todos os vícios era o de ser superficial.” (DS – pag 5)

Não se pode submeter a arte a trivialidades, a arte precisa ser concisa.


Precisa tratar de assuntos que sejam relevantes na esfera da história, que visem
uma mudança objetiva no mundo. A arte deve denunciar a realidade.

“Na maior parte dos casos, o artista tem vergonha de si mesmo e de seus
privilégios, se é que ele os possui. Antes de qualquer coisa, deve responder
à questão dirigida a si mesmo: a arte é um luxo enganoso? A primeira
resposta honesta é a seguinte: de fato, a arte é um luxo enganoso. Perante
tanto mistério, se esta arte deseja continuar sendo um luxo, ela deve aceitar
ser também uma mentira” (DS – pag 4)

Em um mundo onde há uma transvaloração dos valores, onde o ter é mais


importante do que o ser, a obra em si do artista muitas vezes não é nem
considerada. Como ocorreu com Mersault em O Estrangeiro, onde ele foi julgado
muito mais pelos seus atos diante o velório de sua mãe do que pelo seu crime, o
artista de hoje em dia é muito mais julgado por sua aparência do que pela sua obra.
“De fato, quanto mais a arte se especializa, mais necessária se torna a
vulgarização. Milhões de homens terão, assim, o sentimento de conhecer
este ou aquele grande artista da atualidade porque saiu no jornal que ele
cria canários ou que seu casamento durou apenas seis meses. A maior
celebridade de hoje é admirada ou detestada sem ter sido lida.” (DS – Pag
6)
Diante deste cenário desolador, o artista prefere por vezes a reclusão.
Começa a produção artística voltada para si próprio, em um mundo ilusório criado
por si mesmo. Nesse âmbito, sua obra não terá profundidade histórica e nem
exercerá seu real objetivo.
“No entanto, longe de sua sociedade, ele não criará nada além de obras
formais ou abstratas, emocionantes como experiências, porém privadas da
fecundidade própria da arte verdadeira, da qual a vocação é a de agrupar. O
intelectual do nosso tempo, pois, não deixa de se endurecer para crescer.
Porém, uma vez que recusa tudo, até mesmo sua tradição artística, o artista
contemporâneo se dá a ilusão de criar sua própria regra e acaba
acreditando que é Deus. Da mesma forma, ele acredita poder criar sua
própria realidade (...) Este ideal de comunicação universal é, de fato, o ideal
de todo grande artista. Contrariamente ao preconceito vigente, se há
alguém que não possui direito à solidão, este alguém é o artista. A arte não
pode ser um monólogo. Quando apela para a posteridade, o artista solitário
e desconhecido não faz nada além de reafirmar sua vocação profunda.” (DS
– pag 6 e 7)

2.2 O objetivo da arte


A arte deve partir da realidade, mas não apenas copiá-la. A obra do artista
deve visar um engajamento histórico, deve denunciar a realidade sem renunciá-la.
“O objetivo da arte, pelo contrário, não é legislar ou reinar, mas o de, em
primeiro lugar, compreender. Às vezes ela reina, como um resultado da
compreensão. Mas a genialidade de uma obra nunca foi baseada em ódio
ou desprezo. É por isso que o artista, no final de seu lento avanço, absolve
em vez de condenar. Ao invés de julgar, ele justifica. Ele é o perpétuo
defensor da criatura viva, por ela estar viva. Ele realmente defende o amor
pelo próximo, e não por aquele amor distante que degrada o humanismo
contemporâneo até ele se tornar o catecismo da corte de justiça.” (DS – Pag
13)
Quando a arte se desvirtua desse propósito, cria uma realidade que hoje pode
ser vista em ampla escala. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) em 2014, 97,1% das residências brasileiras possuíam
televisores. A arte contemporânea está praticamente reduzida à finalidade financeira
e comercial e atinge diretamente a população através desse veículo de propagação
em massa. A barbárie e a violência estão presentes em todos os telejornais, atingem
diretamente grande parte da população, independente de classe social.
“Quando se fizer justiça, em um futuro ainda impreciso, a arte ressuscitará.
Nas matérias da arte é assim aplicada esta regra de ouro da inteligência
contemporânea, a regra que insiste na impossibilidade de se fazer uma
omelete sem que se quebrem os ovos. Mas este poderoso bom senso não
deve nos enganar. Não basta quebrar milhares de ovos para se fazer uma
boa omelete e, ao que me parece, a qualidade do cozinheiro não está ligada
à quantidade de cascas quebradas. Se os cozinheiros artísticos do nosso
tempo derrubam mais caixas de ovo do que eles pretendiam, a omelete da
civilização pode nunca mais dar certo e a arte pode nunca mais ressuscitar.
A barbárie nunca é provisória. Nunca é feita uma compensação suficiente
para ela e é normal que, a partir da arte, a barbárie se estenda aos
costumes. Assim, da desgraça e do sangue dos homens nascem as
literaturas insignificantes, as boas imprensas, os retratos fotográficos e as
peças patrocinadas nas quais o ódio substitui a religião. A arte culmina aqui
em um otimismo forçado, que é justamente o pior dos vícios, uma das
mentiras mais ridículas” (DS – pag 10)

2.3 A revolta como motor do artista


O sentimento que faz com que o artista busque combater o mundo é a
revolta. A obra de arte que perpassa pela revolta possui uma universalidade. O
sentimento particular do artista é compartilhado pelo interlocutor, que também vive a
realidade do artista. “Há em toda revolta uma adesão integral e instantânea do
homem a uma certa parte de si mesmo (...) retira de sua solidão, fornecendo-lhe
razões para agir (...) algo que não pertence apenas a ele, mas que é comum a todos
os homens” (CAMUS, A. O Homem Revoltado – pag 423 - 425)

A revolta funciona como uma lente para o artista. Sem a revolta, o artista não
conseguirá passar o plano do individual. Seus sentimentos serão expostos, mas não
compartilhados. A opacidade da realidade e a densidade histórica dos tempos atuais
promovem uma difícil tarefa para o artista. Não cair na reclusão, não se esconder do
mundo e não tornar sua arte apenas particular. A solução está em saber mensurar a
realidade, em saber de uma forma singular transformar determinado assunto em
universal.

“Ora, a realidade é mais complexa. E Balzac o sugeriu em uma frase: “O


gênio se parece com todo mundo e ninguém se parece com ele”. O mesmo
acontece com a arte, que não é nada sem a realidade e sem a qual a
realidade é insignificante. Como, afinal, a arte dispensaria o real e como
poderia ser subordinada a ele? O artista escolhe seu objeto tanto quanto é
escolhido por ele. A arte, de certa forma, é uma revolta contra tudo que é
transitório e inacabado no mundo. Consequentemente, seu único objetivo é
o de dar outra forma a uma realidade que é coagida, no entanto, a preservar
por ser a própria fonte de sua emoção.” (DS – pag 11)

Desta forma, o artista responde com absurdidade artística o próprio absurdo


histórico e metafísico da condição humana. Revela tudo aquilo que não quer ser
desvelado. O meio artístico hoje é pobre de experiência, carente de realidade. O
artista deve mudar isso. A experiência da pobreza, da guerra, da miséria, da
violência e barbárie gera a revolta que promoverá no artista a ânsia de denunciar
uma realidade que é compartilhada por todos os homens. Na vida das cidades, o
artista também vive uma pobreza da natureza. A experiência da natureza mostra ao
homem como sua existência é frágil, e sua vontade é de ser eterno. A percepção
dos limites do homem também deve nortear essa revolta do artista. Portanto, a
revolta pode nascer não somente através de uma situação particular, mas também
através do sentimento de alteridade, quando o artista se solidariza pela condição do
outro, por se enxergar no outro.

“a revolta não nasce, única e obrigatoriamente, entre os oprimidos, podendo


também nascer do espetáculo da opressão cuja vítima é um outro (...) Na
revolta, o homem se transcende no outro, e, desse ponto de vista, a
solidariedade humana é metafísica.” (HR – pag 426)

“A partir do movimento de revolta, ele ganha a consciência de ser coletivo, é


a aventura de todos (...) o mal que apenas um homem sentia torna-se peste
coletiva.” (...) “Eu me revolto, logo existimos.” (HR – pag 431-2)

2.4 A arte da pichação: desobediência e revolta urbana


A arte que melhor representa a revolta nas cidades, sem dúvida, é a
pichação. O pichador é aquele indivíduo que quer dar voz à sua realidade, que
possui a experiência da pobreza, que conhece sobre a fragilidade da existência
humana. Reflexo desse clamor é a impopularidade das pichações, odiadas pela
burguesia, que não entende sua realidade e que se recusa a olhar para o lado
marginalizado das cidades.
“O pixo não é Arte. A Arte é sublime, pertence ao Olimpo social cuja
população periférica não possui ticket de entrada. O pixo é uma contra-arte,
contra-estética, contra-cosmética social, não é feito para ser agradável. A
assinatura do pixador no ponto mais alto da cidade demarca uma
subjetividade, uma identidade a quem está acostumado a ser número, mera
estatística. O pixo invade, se impõe, ele não é feito para ser estético ou bem
quisto, se o for perde o propósito. A pixação é um grito de resistência, de
existência. É uma luta pessoal do pixador e de seu grupo contra o
apagamento social cotidiano de sua classe, de sua cor.” (JANKOWSKI, A.
A pixação não é arte...e não é para ser. 2017)

Num contexto atualíssimo, a prefeitura da cidade de São Paulo está


promovendo a campanha “projeto Cidade Linda”, iniciativa do prefeito e empresário
João Dória, para retirar de suas ruas, de seus muros e de seus prédios as
pichações. Para tal, mobilizou o Departamento Estadual de Investigações Criminais
(Deic) para tentar punir os pichadores. Segundo Dória, as pichações não podem ser
consideradas arte, diferente dos grafites. No entanto, Eleilson Leite, autor da obra
“Graffiti em São Paulo: tendências contemporâneas” destaca “muitos dos grafiteiros
que hoje são idolatrados, que estão nos painéis e galerias, são os antigos
pichadores que sofriam perseguições”
A pichação tenta mostrar que existe uma periferia e que ela vive, mesmo
sendo marginalizada pelo Estado. A pichação não é pra ser agradável, ela realmente
é uma afronta ao Estado. Segundo o pichador Cripta Djan, o picho “é pra afrontar
mesmo. É não estar nem aí mesmo […] é anarquia pura. É ódio”. A arte de pichar é
além de tudo, um ato de resistência. Portanto, essa arte tenta unir o conceito com a
imagem. O conceito da resistência e do ódio, com a imagem estética da pichação
desenvolvida pelo movimento de pichadores, em busca de respeito e valorização de
sua arte. A pichação é a voz do povo nos muros da cidade. Por isso, muitas vezes
só os pichadores conseguem entender as pichações. Há, entretanto, pichações que
são diretas, recados a toda a sociedade, não apenas uma conversa da periferia.
Figura 1

(Foto: Reprodução / Facebook Mães de Maio)


2.4.1 O surgimento da pichação
Desde maio de 1968 nas paredes de Paris encontramos frases de protesto
colocadas por jovens universitários, o que também ocorreu no Brasil durante a
época da ditadura. Nesse primeiro momento, a preocupação dos pichadores era
apenas política, não estética. No entanto, foi a partir dos anos 80 que a pichação
ganhou sua singularidade. Além da preocupação política, começou a desenvolver
toda uma estética. Ela acompanhou o crescimento desordenado das cidades,
principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde ganharam características
próprias. A pichação é oriunda do movimento punk, suas primeiras letras foram
espelhadas nas fontes utilizadas em capas de álbuns de rock, hardcore e punk-rock.
Esse estilo de grafia foi retirado de modelos mais antigos, dos primeiros alfabetos
europeus, utilizados pelos povos germânicos e escandinavos. Portanto, a pichação é
uma antropofagia cultural, pois não só copiou como aprimorou e desenvolveu essa
escrita.
2.4.2 O “pixo” como expressão da periferia
Associada diretamente ao crime e ao vandalismo, o pixo é visto com maus
olhos por aqueles que não vivem a realidade periférica. O pixo, mais que
uma expressão, tece uma rede de sociabilidade, apropriação dos espaços
urbanos e reconhecimento que eles estabelecem de suas próprias
identidades. O pixo é composto em sua massiva maioria por homens,
jovens entre 13 e 25 anos, pobres e moradores de bairros periféricos de
São Paulo. O pixo estabelece relações entre pixadores, seja de competição,
demarcação de territórios, desbravamento dos espaços urbanos ou de feitos
(quanto mais alta a pixação, maior o reconhecimento do pixador no seu
meio). (JANKOWSKI, A. A pixação não é arte...e não é para ser. 2017)

A pichação é uma arte quase que exclusiva das periferias das cidades. É a
experiência da pobreza que leva os pichadores a almejarem um local para pichar.
Pode ser considerada a arte dos limites, pois em muitas situações os pichadores
correm o risco de vida para conseguirem deixar sua marca. Vários já morreram para
consegui-lo. Nesse momento, para os pichadores, a arte vale mais que a própria
vida, a qual eles diariamente colocam em perigo. Segundo o artista Adriano Choque,
em entrevista concedida no documentário “Pixo”, são três os motivos que levam um
artista a pichar: primeiro, o fato de o cidadão pobre estar sempre calado e sem
direito a expressão faz com que ele se manifeste através da pichação; segundo
porque é o ego do artista que está em jogo, ele se diverte e se populariza através do
picho, uma maneira de ser respeitado; e terceiro, porque quer denunciar que a
realidade é de exclusão e marginalidade, quando na verdade a cidade é composta
por todas as classes.
Portanto, querer calar essa voz é querer acabar com as periferias, com a
pobreza e com a injustiça. Pode-se observar isso na fala de Binho Ribeiro, grafiteiro,
à revista Carta Capital: “Como você vai abrir diálogo com quem está revoltado? Fica
difícil resgatar um jovem gerando tanto ódio ao poder público. Precisa de inclusão,
não de marginalização”
Figura 2

(Foto: Ravena Rosa/ Agência Brasil)

CONCLUSÃO
O elemento crucial para que a arte não se perca em objetos que só possuem
valor para a própria arte é a revolta. É através da revolta que o artista consegue
enxergar aquele sentimento em si que é pertencente aos outros, que é comum aos
homens de seu tempo. O que geralmente provoca a revolta é a experiência da
pobreza junto da experiência da natureza. Ambos mostram o absurdo histórico
metafísico da existência do homem. Mostram sua fragilidade, sua busca por se
eternizar. A pichação tem em sua gênese todos esses elementos, por isso pode ser
considerada genuinamente uma arte, produzida e vivida por artistas revoltados.
“A primeira e única evidência que assim me é dada, no âmbito da
experiência absurda, é a revolta. Privado de qualquer conhecimento,
impelido a matar ou consentir que se mate, só disponho desta evidência,
que é reforçada pelo dilaceramento em que me encontro” (HR - pag 418)

“Enquanto uma sociedade e seus artistas não consentirem neste longo e


livre esforço, enquanto se entregarem ao conforto de diversões ou do
conformismo, aos jogos da arte pela arte ou às pregações da arte realista,
seus artistas permanecerão no niilismo e na esterilidade. Dizer isso é
afirmar que o renascimento depende, hoje, de nossa coragem e do nosso
anseio pela lucidez” (DS – pag 14)

“A revolta clama, exige, ela quer que o escândalo termine e que se fixe
finalmente aquilo que até então se escrevia sem trégua sobre o mar. Sua
preocupação é transformar. Mas transformar é agir, amanhã, será matar,
enquanto ela não sabe ainda se matar é legítimo (...) É preciso que ela
consinta em examinar-se para aprender a conduzir-se” (HR – pag 419)

REFERÊNCIAS
CAMUS, A. Discours de Suède: L’artiste et son temps. Tradução de Lidia Rogatto.
26.ed. Paris: Gallimard, 1958.
CAMUS, A. O Estrangeiro . São Paulo. Victor Civita, 1982.
CAMUS, A. O Homem Revoltado. Record, 1993.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Acesso à
internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal. Rio
de Janeiro, 2016. ISBN: 9788524043758
JANKOWSKI, A. A pixação não é arte...e não é para ser. São Paulo, 17 jan. 2017.
Disponível em: < http://paragrafo2.com.br/2017/01/19/a-pixacao-nao-e-arte-e-nao-e-
para-ser/>. Acesso em: 28 jan. 2017.
MATUOKA, I. Na repressão de Doria contra a arte de rua, alvo é a juventude
periférica. Carta Capital. São Paulo, 28 jan. 2017. Disponível em: <
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/na-repressao-de-doria-contra-arte-de-rua-
alvo-e-a-juventude-periferica>. Acesso em: 28 jan. 2017.
PIXO. Documentário de João Wainer e Roberto Oliveira. São Paulo, 2009.
Disponível em < https://vimeo.com/29691112>. Acesso em: 28 jan. 2017.

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