Você está na página 1de 8

Física - Eletromagnetismo

Aula 8

Circuitos elétricos:
tensão e corrente elétrica

Theo Coleone
Sumário
1. Corrente elétrica............................................................................. 3
2. Intensidade da corrente elétrica ...................................................... 4
Gráfico i x t:...................................................................................... 5
3. Circuito elétrico simples .................................................................. 5
4. Energia e potência elétricas ............................................................ 6
5. Consumo de energia elétrica residencial .......................................... 8
Referências ............................................................................................. 8
1. Corrente elétrica
A corrente elétrica é o movimento ordenado de portadores de carga por um
fio, por uma solução iônica ou um gás ionizado. Para que se forme uma cor-
rente elétrica, existe a necessidade de uma diferença de potencial (ddp),
também denominada tensão elétrica ou voltagem.

Para que a diferença de potencial seja estabelecida num circuito, é necessário


o que chamamos de geradores.

À esquerda, bateria de automóvel e a direita, símbolo elétrico que repre-


senta o gerador.

No polo positivo se encontra o potencial maior (+) e no polo negativo, o


potencial menor (-). Quando ligado, o gerador cria um campo elétrico dentro
do condutor e os portadores de carga ficam sujeitos a uma força elétrica.
Esse campo se forma no sentido que vai do potencial maior para o potencial
menor.

No caso dos fios condutores, o movimento é de elétrons, e esses se movi-


mentam no sentido oposto ao do campo elétrico, ou seja, os elétrons se mo-
vimentam do potencial menor para o potencial maior, como a figura seguinte.

Por motivos históricos, adota-se o sentido convencional da corrente elétrica


(i) como sendo o do movimento dos portadores de carga positiva, ou seja,
do potencial maior para o menor, que é o sentido do campo elétrico.

O sentido do movimento dos elétrons é conhecido como sentido eletrônico ou


sentido real da corrente elétrica.

3
2. Intensidade da corrente elétrica
Considere um condutor metálico, no qual se forma uma corrente elétrica e
suponha que, em um determinado intervalo de tempo Δt, uma carga absoluta
Q passe por essa seção reta S do condutor.

Definimos a intensidade da corrente elétrica média (i m) como sendo a razão


entre quantidade de carga elétrica (Q) que atravessa a seção reta do condutor
em um determinado intervalo de tempo (Δt). Matematicamente, temos:

𝑄
𝑖𝑚 =
𝛥𝑡
Para condutores metálicos, onde a corrente elétrica é constituída apenas por
elétrons, podemos determinar a carga absoluta por 𝑄 = 𝑛 ⋅ ⅇ, onde
−19
ⅇ = 1,6 ⋅ 10 𝐶 é a carga elementar. Assim, temos:
𝑛⋅ⅇ
𝑖𝑚 =
𝛥𝑡
No Sistema Internacional de Unidades, a unidade da corrente elétrica é em
ampere (A).

Podemos classificar as correntes elétricas em dois tipos: corrente elétrica


contínua e corrente elétrica alternada.

A corrente elétrica contínua (CC) é aquela em que o sentido do movimento


de cargas não se altera. São exemplos as correntes elétricas geradas por
pilhas e baterias.

No caso da corrente elétrica alternada (CA), presente na maioria dos sistemas


elétricos, a intensidade da corrente é variável com o tempo, e o sentido dessa
corrente varia periodicamente.

OBS: é bastante usual, na pratica, utilizarmos os múltiplos e submúltiplos da


unidade ampere (A):

- 1mA (um miliampere) = 10 -3 A - 1 nA (um nanoampere) = 10 -9 A


- 1 μA (um microampere) = 10 -6 A - 1 pA (um picoampere) = 10 -12 A

4
Gráfico i x t:

Podemos esboçar um gráfico da intensidade da corrente elétrica instantânea


em função do tempo onde a área sob a curva será numericamente igual ao
valor absoluto da carga elétrica transportada neste intervalo de tempo,
veja:

3. Circuito elétrico simples


Considerando a teoria de Lavoisier – “Na natureza nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma” -, é possível compreender que a energia elétrica
fornecia a um sistema não pode surgir do nada. Nos aparelhos elétricos de
uso cotidiano, e energia elétrica encontra-se em um estágio intermediário de
conservação de energia, que é feito pelos processos mais comuns.

Nas quedas d’agua de usinas hidrelétricas, por exemplo, a energia potencial


gravitacional armazenada nas barragens é convertida em cinética nas turbi-
nas e posteriormente, por meio de processos eletromagnéticos, em energia
elétrica.

Pelos sistemas de linhas de transmissão, a energia elétrica é levada às nossas


casas, onde é convertida novamente em outro tipo de energia de acordo com
a necessidade (energia luminosa, térmica, sonora etc.).

Quando os dispositivos que utilizam energia elétrica para seu funcionamento


são submetidos a uma diferença de potencial (U) e são percorridos por uma
corrente elétrica (i), ocorre a transformação de energia elétrica em outra mo-
dalidade de energia. Denominam-se bipolos todos os aparelhos com dois ter-
minais com capacidade de converter energia elétrica em outra modalidade ou
vice-versa. Exemplos de bipolos: pilhas, baterias, liquidificadores, computa-
dores, chuveiros, lâmpadas e muitos outros.

Quando esses aparelhos estão em Exemplo de circuito elétrico sim-


funcionamento, formam um cir- ples:
cuito elétrico – em todo circuito
deve existir:
-> um gerador;
-> fios condutores;
-> um aparelho a ser acionado.

5
Para representar um esquema de circuito, é mais simples utilizar símbolos
elétricos. No esquema a seguir, está representado o circuito da figura anterior
com símbolos elétricos da lâmpada e do interruptor.

4. Energia e potência elétricas


Como já é sabido, quando uma carga é colocada em uma região onde existe
um campo elétrico, ela armazena energia potencial elétrica. A razão entre a
energia potencial e o valor da carga elétrica é definida como potencial elé-
trico.

Na figura a seguir está representado um condutor metálico com um campo


elétrico no seu interior. Quando uma carga elétrica está no ponto A, armazena
uma energia potencial elétrica E pA e no ponto B, E pB.

Então, os potenciais elétricos nos pontos A e B da figura são determinados


da seguinte maneira:

Agora considere que um bipolo elétrico esteja submetido a uma diferença de


potencial em seus terminais.

A variação da energia potencial elétrica entre seus terminais pode ser calcu-
lada por:

6
Essa variação ocorre em um determinado intervalo de tempo Δt. A grandeza
que, de forma geral, mensura a variação da energia transformada ou trans-
ferida em um processo pelo tempo em que isso ocorre é denominada potên-
cia. Matematicamente, temos:

𝛥𝐸
𝑃=
𝛥𝑡
No SI, a unidade de medida da potência é o watt (W = J/s)

Se a variação de energia for mecânica, a potência é mecânica; caso a varia-


ção de energia for solar, a potência é solar; no caso do bipolo elétrico, a
variação é de energia potencial elétrica, portanto:

𝛥𝐸𝑝 𝑄⋅𝑈
𝑃= ⇒𝑃=
𝛥𝑡 𝛥𝑡
𝑄
Como temos a definição de corrente sendo 𝑖𝑚 = , podemos substituí-la na
𝛥𝑡
equação anterior, obtendo como resultado a potência elétrica em relação às
variáveis relacionadas à eletricidade:

𝑃 = 𝑖𝑚 ⋅ 𝑈
No caso de a corrente elétrica ser contínua e constante, im = i, temos:

𝑃 = 𝑖 ⋅𝑈
Onde:

• i é a intensidade da corrente elétrica (A);


• U é a diferença de potencial (V);
• P é a potência elétrica (W).

7
5. Consumo de energia elétrica residencial

Hoje em dia é nítida a dependência que temos dos aparelhos elétricos. Es-
ses aparelhos convertem energia elétrica em outra modalidade, e a energia
consumida por eles depende da sua potência e do tempo de funcionamento.
Para calcular essa energia, basta manipular a equação da definição de po-
tência. Assim:

𝛥𝐸 = 𝑃 ⋅ 𝛥𝑡
Nas unidades do SI, a potência é dada em watts (W), o tempo em segundos
(s), e a energia em joules (J). No entanto, existe uma unidade mais adequada
para se medir a energia elétrica consumida por uma residência ou por uma
indústria, por exemplo. Usando a potência em kW (kilowatt) e o tempo em
hora (h), a unidade resultante é o kWh (kilowatt-hora). A relação entre kWh
e J é dada por:

Potência: 1 kW = 1 000 W

Tempo: 1 h = 3 600 s

1 kWh = 1 000 W ⋅ 3 600 s

1𝑘𝑊ℎ = 3,6 ⋅ 106𝐽

Referências

Google Imagens

Apostila COC Pré Vestibular Semiextensivo – coleção 500


Livro de teoria e atividades nº4 – vol. 2
Ciências da Natureza e suas tecnologias
2018 – Pearson Education do Brasil

Você também pode gostar