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MUITOS ACHAVAM QUE ERA LENDA, MAS LEIA COM DETALHES A HISTORIA DO CEMITÉRIO ONDE

HOJE SE ENCONTRA A ESCOLA MARQUES DE SANTA CRUZ.

Na década de 70 do século XIX, Manaus enfrentou uma epidemia de varíola que foi responsável pela
morte de muitas pessoas. O primeiro surto dessa doença ocorreu na Capital entre 1872 e
1873.Foram tantas as vítimas fatais que a área do cemitério São José – até então, o único existente
na Cidade – ficou super lotada. O prefeito na Época ordenou que construísse outro cemitério e que
fossem enterrados somente os vitimados por doenças epidêmicas. Esse Cemitério – denominado São
Raimundo devido à igreja homônima ali existente – iniciou suas atividades como necrópole pública
em 13 de dezembro de 1888. Situado na área conhecida, à época, como Umirizal, anos mais tarde,
possivelmente devido ao seu nome, o bairro ali surgido também passou a ser chamado de São
Raimundo. No local dessa necrópole existe, hoje, o ginásio da Escola Estadual Marquês de Santa
Cruz, entre as atuais ruas Virgílio Ramos e Cinco de Setembro. Sua área era dividida em duas partes:
o lado da rua Virgílio Ramos destinava-se aos enterramentos dos variolosos, e o da Cinco de
Setembro, às demais inumações, sendo que cada lado possuía um cruzeiro. Menos de um ano
depois, em outubro de 1889, a Higiene Pública chamaria a atenção da Presidência da Província para a
falta de condições de se conti nuarem os enterros no São Raimundo devido à dificuldade ocasionada
pela ausência de ligação direta entre a Cidade e essa necrópole. Outro motivo foi o solo pedregoso
ali existente, o qual não impedia a passagem dos gases que se desprendiam dos cadáveres em
decomposição, produzindo um forte mau cheiro. Dois anos depois, foi fechado pelo governador
Eduardo Ribeiro (Decreto 95, de 2 de abril de 1891)

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