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Cálculo da corrente que penetra a terra durante


faltas em cabines primárias
(ELETRICIDADE MODERNA FEV 2004)

Gilberto de M. Falcoski1
Aderbal Arruda Pentado Jr2

1) Objetivo:

Fornecer todas as equações para que engenheiros responsáveis por cabines primárias possam
calcular a corrente que penetra a terra pela malha, durante faltas à terra. Esta corrente é chamada
também corrente de terra, ou corrente de malha, e é utilizada para o dimensionamento da malha de
terra da cabine, determinando-se as tensões de toque e passo, exatamente como é feito em
subestações de maior porte. Sem o conhecimento desta corrente é praticamente impossível o
dimensionamento de uma malha de terra para cabines, pois neste caso a corrente de falta total seria
assumida para a corrente de malha, o que levaria a valores altíssimos da extensão de cobre, assim
como da área, necessários.

2) Cabines primárias aterradas por meio de 3 hastes em triângulo:

Em cabines aterradas desta forma, ocorrendo uma falta fase-terra no lado de alta tensão dos
transformadores, teremos o surgimento de potenciais no solo conforme figura 1, durante o
escoamento de corrente para a terra através das hastes. Para as linhas equipotenciais próximas às 3
hastes, a ddp entre elas não é elevada, porém para as equipotenciais mais distantes, a ddp entre estas
e as hastes aumenta consideravelmente. A tensão entre as hastes e uma equipotencial muito afastada
é denominada “sobretensão em relação ao infinito” ou “sobretensão em relação ao terra remoto”, e
os cálculos mostram [1,2] que pode variar entre 300 V e 1500 V aproximadamente, para uma rede
primária com neutro multi-aterrado e tensão nominal 13,2 kV. Para redes primárias sem neutro,
somente com as 3 fases, este valor pode atingir até 7000 V, para a mesma tensão nominal. Uma
pessoa tocando qualquer parte metálica da cabine, ou abrindo a porta no instante da falta, terá
portanto entre a mão e os pés uma ddp com estes valores, muito além do que as normas atuais
permitem [ NBR 5410, NBR 14039, IEEE 80] . O controle destas situações perigosas [8] se dá por
meio de uma malha de terra localizada abaixo da cabine (não pode estar deslocada), para a qual se
deve calcular as tensões de toque e passo nos piores casos. Ou seja, as cabines primárias devem ser
aterradas por meio de malhas adequadamente dimensionadas e não por algumas hastes, como na
figura 1.

1
Engenheiro projetista de sistemas de potência, da Eletrizar Eng., mestrado em sistemas elétricos de
potência pela USP, GilbertoMagFalc@aol.com
2
Professor Doutor da Politécnica da USP, consultor em sistemas de potência, Aderbal@pea.usp.br
2

cabo
terra

ENTRADA DISJ
2.4 TRAFO 1 TRAFO 2

U = 5 KV
11.2

U=TERRA
U=O VOLT
linhas equipotenciais

Figura 1 - Cabine primária com situação de perigo

3) Rede primária alimentando cabine primária em falta para terra:

Em sistemas de média e alta tensão são comuns as faltas para terra, por exemplo, um isolador do
transformador, que falha. Temos abaixo o esquema desta situação em uma cabine de transformação
de consumidor.

TRAFO 138/13,8 KV introd01


A
B
C
If
I1+Ian I2
N CABO NEUTRO
It

solo

Malha da SE da Aterramento It Malha da SE do


concessionaria nos postes consumidor
Figura 2 - Rede primária em falta para terra na cabine primária de consumidor

A corrente de falta fase-terra If é obtida por componentes simétricas, considerando-se as


impedâncias seqüenciais fornecidas pela concessionária, procedimento este bem estabelecido nos
livros de sistemas de potência. Para o cálculo da corrente de terra It temos inúmeros artigos na
língua inglesa, porém é inexistente atualmente a bibliografia em português. Uma compilação de
vários métodos é encontrada em [1].

A corrente de falta If divide-se nas seguintes parcelas: If = It + I1 + Ian + I2 ,


3

sendo: It, corrente de malha, nossa incógnita ; Ian, corrente auto-neutralizada, que retorna pelo
neutro devido exclusivamente à mútua entre os cabos fase e neutro ; I1 e I2 as correntes no neutro
que saem para a terra pelos vários aterramentos.

4) Circuito equivalente entre o ponto em falta e a terra:

Na cabine primária sob falta, um cabo fase foi curto-circuitado com o cabo neutro e a barra terra.
Entre este ponto da rede primária e a terra temos o seguinte circuito equivalente:

Ponto em falta
lader01
Zs Zs Zs Zs Zs Zs

Zp Zp Zp Rf Zp Zp Zp

Figura 3 - Circuito equivalente entre o ponto em falta e a terra

Onde: Rf – resistência para terra no ponto em falta, no caso, a da malha da cabine primária
Zs – impedância própria de Carson devida ao cabo neutro (é necessário que se use a
chamada “impedância de Carson”, pois ela leva em conta circuitos elétricos
com retorno de corrente pela terra; ver item 6)
Zp – impedância para terra do cabo neutro, no caso das hastes de aterramento nos postes

Desta figura definimos o vão como sendo a distância entre 2 postes aterrados, que na maioria dos
casos é constante.

Sob as hipóteses (não sendo satisfeitas, contornar o problema conforme itens 6,7 e 9):

1) Todas as Zs iguais.
2) Todas as Zp iguais.
3) Circuitos laders infinitos, ou seja, muito extensos (sendo que este conceito é univocamente
determinado abaixo, item 8, por equações).
4) Todos os vãos iguais.

Podemos substituir cada lader por sua impedância equivalente Zinf, obtendo o circuito simplificado:

impedancia unica representando todo o circuito lader


lader02
ponto em falta

I1 It I2
Zinf Zinf

Rf = resistencia terra malha consumidor

curto circuito representando a terra


Figura 4 - Impedância única equivalente a cada circuito lader
Esta impedância é calculada por [6,7]:
4

Zs Zs 2
Zinf = + + Zp Zs
2 4

No caso geral Zs e Zp são ambos complexos, porém na prática Zp é número real, pois representa a
resistência para terra nos postes, que é resistência ôhmica (sem parte imaginária). O número Zs é,
na prática, de fato complexo, apresentando partes reais e imaginárias significativas.

5) Circuito equivalente completo para a rede primária em falta:

Ocorrendo a falta entre fase e terra, uma parcela da corrente de falta, denominada corrente auto-
neutralizada Ian, retorna pelo cabo neutro devido à mutua entre cabos neutro e fase. Esta corrente é
calculada por meio do fator de acoplamento definido como [6]:

µ = Zm / Zs

onde: Zm é a impedância mútua, de Carson, entre cabos fase e neutro, para um vão
Zs como acima

Temos então a definição [7] para a corrente denominada auto-neutralizada:

Ian = µ If

Podemos agora estabelecer o circuito completo para a rede primária em falta, circuito este
equivalente à situação representada na figura 2 :

Z cabo fase falta01

+ If
fem trafo
Ian
ponto P em falta
It'

I1 I2
Zinf Up It Zinf

resist terra malha concessionaria


Figura 5 - Circuito equivalente para cálculo da corrente de malha

Temos entre o ponto em falta e a fonte um gerador de corrente de valor Ian, representando a
corrente que retorna à fonte diretamente pelo cabo neutro, não saindo para a terra em ponto nenhum
do sistema elétrico. As correntes I1 e I2 saem para a terra pelos circuitos lader do cabo neutro.
Observar que Ian e I1 correm pelo mesmo cabo neutro, sendo a separação acima apenas um recurso
matemático para a solução do circuito. A corrente procurada é It, facilmente calculada deste
circuito, bastando aplicar um divisor de corrente em It’. A impedância do cabo fase não precisa ser
conhecida, pois já foi considerada no cálculo de If, por componentes simétricas. Pelo mesmo
motivo, também não entra neste cálculo a fem do transformador, que é igual a Ufase nominal. Para
5

a resistência terra da malha da concessionária, em geral podemos despreza-la, pois é um valor muito
baixo (aproximadamente entre 0,1 e 0,5 ohm).

6) Observações sobre as impedâncias de Carson:

Fundamentais para o cálculo de It são as impedâncias de Carson, bastante diferentes das


impedâncias seqüenciais. A impedância própria é definida como a relação entre tensão e corrente
para um circuito constituído por um cabo apenas, para a ida da corrente, sendo a volta pela terra. A
definição de impedância mútua considera a proximidade de 2 cabos, tendo a terra como elemento
do circuito elétrico. A determinação destas impedâncias está bem estabelecida em Handbooks
tradicionais [3,4,5], e depende da disposição dos condutores no poste e da resistividade do solo.
Considerando que tanto esta resistividade como a disposição dos condutores nos postes podem
variar ao longo do circuito, é necessário que se assuma alguns valores para estes dados, valores
estes que provavelmente não serão precisos, mas que conduzirão a erros conservativos (ou seja, a
favor da segurança). Para a medição da resistividade do solo podemos utilizar os procedimentos
indicados em [10].

7) Resistências para terra nos vários postes:

O cálculo da impedância equivalente do lader assume Zs e Rp constantes para toda a extensão,


porém é esperada grande variação da Rp. Neste caso vale a mesma observação do item anterior, isto
é, um valor será assumido que leve a erros conservativos. Por exemplo, 20 postes apresentam
resistência de terra 3 ohm, e 20 apresentam 20 ohm; assim assume-se 20 ohm para os 40 postes.
Desta forma a corrente incógnita It será maior que o valor correto, o que conduz a um fator de
segurança no cálculo das tensões de toque e passo.

8) Constante de espaço (CE):

Vamos utilizá-la para validar a impedância equivalente do lader, que conforme mencionado apenas
vale para lader infinito. Este poderá ser considerado infinito se [6]:

extensão do lader > 2 CE

sendo a constante de espaço CE calculada por [7]:

−S
CE =
ln(K1)

Zp
onde: S - comprimento do vão ; K1 - módulo do complexo K =
Zp + Zinf

Sucintamente, ela é definida como (ver [1]) a distância do circuito lader em que a corrente que sai
para a terra pelo aterramento no poste, é (1/e) vezes a corrente que sai para a terra no primeiro poste
(ao lado da falta). Ou seja, após a distância de 1 constante de espaço a corrente que sai para a terra
pelo poste é 37% da corrente no primeiro poste ao lado da falta.

9) Falta em local a menos de 2CE da subestação da concessionária:

Demonstra-se que neste caso uma corrente ainda maior que a dos itens anteriores será drenada pelo
cabo neutro, tendo portanto a corrente de terra, calculada conforme acima, certo erro, porém
conservativo. Este erro será tanto maior quanto mais próxima da fonte for a falta, porém sempre a
favor da segurança. Lembrar, contudo, que a corrente de falta If é bem maior do que a corrente If
6

no ponto situado a 2CE da subestação, sendo importante que se use a If correta. Resumindo,
calcula-se a corrente de terra como se a falta fosse em 2CE, todavia considerando-se para a corrente
de falta fase-terra o seu valor no ponto de fato em falta.

10) Circuito lader a juzante da falta:

Se este circuito tiver extensão inferior a 2CE, não poderemos substitui-lo por sua impedância
equivalente Zinf, logo na figura 5 ficaremos com apenas um lader (a montante da falta), o que
evidentemente piorará a drenagem da corrente de falta.

11) Tensões de toque e passo na cabine primária:

Tendo-se o valor da corrente de terra na cabine em falta, aplica-se equações tradicionais conforme
IEEE 80 [8,10] para encontrar-se as tensões de toque e passo. Estando estes valores dentro do
suportável pelo corpo humano, conforme estabelecido em normas (NBR14039, NBR 5410), pode-
se considerar o projeto da malha de terra encerrado. Caso contrário, a malha deve ser modificada
(aumentar extensão dos cabos, quantidade de hastes, área total, etc...), as tensões de toque e passo
devem ser recalculadas e comparadas novamente com os limites suportáveis pelo corpo humano.

12) Caso prático:

Assumindo-se uma rede de distribuição 13,2 kV com as características:

- disposição dos condutores nos postes conforme figura


- solo homogêneo em toda a extensão do circuito com resistividade 100 ohm*m
- potência de curto-circuito 120 MVA na origem do circuito (na prática esta potência chega,
de acordo com normas de concessionárias, a 250 MVA)

podemos então calcular as impedâncias de interesse pelos métodos relatados, obtendo:


7

0,8 m 0,8 m rdprim09

fases 13,8 KV
cabos ACSR 1/0
1,5 m
neutro multi-aterrado
cabo ACSR 1/0

12 m

solo
Figura 6 - Disposição dos condutores no poste

- Impedância própria dos cabos fase (de Carson), com retorno pela terra:
Za = 0.986 + j 1,537 = 1,826  57,32 ohm/mi
- Impedância própria do cabo neutro, com retorno pela terra:
Zn = Za
- Impedância mútua entre fase e neutro, com retorno pela terra:
Zm = 0,093 + j 0,76 = 0,766 83,02 ohm/mi
- Impedância de sequência zero da linha trifásica:
Zo = 1,48 + j 2,14 ohm/mi
- Impedância de sequência positiva da linha trifásica:
Z1 = 0,893 + j 0,72 ohm/mi
- Impedâncias sequenciais do transformador:
Z1 = Zo = j 1,45 ohm

NOTAS:

1) Foram assumidos cabos com alma de aço meramente pela facilidade de se encontrar seus
parâmetros em livros, enquanto que para cabos de alumínio sem alma de aço, bastante comuns
em redes de distribuição, temos que recorrer aos fabricantes.

2) A seção do cabo neutro está igual à dos cabos fase, conforme norma interna Eletropaulo
[9]. Havendo redução da seção do neutro em relação aos cabos fase, evidentemente a
drenagem da corrente de falta piora, e como mostram os cálculos deste artigo, pioram também
as condições para a cabine do consumidor. Ou seja, o neutro com mesma seção que as fases é
um fator positivo para a segurança nas instalações do consumidor.

3) Evidentemente, um cálculo desta natureza, apesar de simples, exige cooperação mútua


entre engenheiros do consumidor e da concessionária, pois sem um mínimo conhecimento da
rede de distribuição as incógnitas não podem ser encontradas.
8

4) Para resistividades do solo com relativamente pequenas variações em torno de 100 ohm*m,
podem ser adotados os valores acima para as impedâncias da rede. Para variações maiores
naturalmente as impedâncias devem ser recalculadas.

Vamos supor esta rede primária alimentando uma cabine primária a 1,5 km da origem (distância
maior que 2 CE), que sofre uma falta entre fase e terra nos barramentos de alta tensão.
Consideraremos também as seguintes resistências de aterramento:

- Na própria entrada, devida à malha do consumidor: 5 ohm


- Nos postes, nos aterramentos do neutro: 1 ohm (valor típico para o caso de haver um
transformador alimentando uma rede de baixa tensão, por exemplo 220V; nesta rede temos as
hastes terra de inúmeros consumidores, sendo a resistência equivalente total muito baixa) .

- Na subestação da concessionária: aproximadamente 0 ohm

Temos então o circuito para o problema em questão:

rede01
cabo fase

+ If
fem trafo
ponto P em falta
cabo neutro multi-aterrado

300 m 300 m 300 m 300 m 300 m 300 m

1 1 1 1 5 1
ohm ohm ohm ohm ohm ohm

Figura 7 - Circuito para o caso prático

Aplicando-se as equações fornecidas, reduzimos este circuito para o circuito da figura 5, onde:

Corrente de falta FT: If = 2,8 |_ -68 kA (por componentes simétricas)


Impedância equivalente do lader infinito: Zinf = 0,75 |_ 36,44 ohm
Fator de acoplamento: µ = 0,419 |_ 25,7 (adimensional)
Corrente auto-neutralizada (gerador de corrente) : Ian = 1,16 |_ -42,71 kA

Para o circuito da figura 5, conhecidos os parâmetros acima, a solução é trivial, não sendo
necessário um computador para resolve-lo. A solução final consta na figura 8.
9

2,8 kA |_ -68

1,2 kA |_ -43 1,8 kA |_ -85


ponto P
em falta
Imped.
equival. resistencia cabine
rede = prim. = 5 ohm
0,75/2 |_ 36 ohm =
0,38 |_ 36 ohm
It = corrente que penetra
a terra = 127 A |_ -50
Figura 8 - Solução final

13) Conclusão:

Utilizando-se as equações fornecidas neste artigo pudemos calcular a corrente de terra em uma
cabine primária, valor bem inferior à corrente de falta FT calculada por métodos tradicionais. Para o
caso real utilizado como exemplo obtivemos 127 A para a corrente que penetra a terra pela malha
da cabine primária, enquanto que a corrente total de falta FT é 2,8 kA. Com a corrente 127 A
podemos dimensionar a malha de terra da cabine e calcular tensões de passo e toque segundo os
procedimentos tradicionais usados no Brasil, considerando a norma IEEE 80 [8,10] (pois não há
norma brasileira equivalente). Se o cálculo da corrente de terra não tivesse sido executado teríamos
que supor 2,8 kA para a corrente de terra, o que levaria a valores absurdos de extensão de cobre e
área necessários, praticamente inviabilizando o projeto rigoroso de uma malha.

14) Bibliografia:

[1] FALCOSKI, G. M. Cálculo da distribuição da corrente de falta em sistemas de


aterramento de redes primárias. São Paulo, 2001. Dissertação de Mestrado, Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo.

[2] PENTEADO JR., A. A. Análise de sensibilidade da influência dos sistemas de aterramento


e dos valores de resistência de terra nas redes de distribuição de energia elétrica. São Paulo,
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, setembro 1995. (Estudo Técnico No. CED
206/PROT 002/NT 006/OR, realizado para a CESP, CPFL e Eletropaulo)

[3] WESTINGHOUSE ELECTRIC CORP. Electrical transmission and distribution reference


book. 4. ed. East Pittsburgh, Pa, 1964. Cap. 3.

[4] CLARKE, E. Circuit analysis of AC power systems. New York, John Wiley, 1943. V. 1,
cap. 11.

[5] MELIOPOULOS, A.P. Power systems grounding and transients. Marcel Dekker Inc., 1988.

[6] ENDRENYI, J. Analysis of Transmission Tower Potentials During Ground Faults. IEEE
Transactions on Power Apparatus and Systems, v. PAS-86, n. 10, p. 1274-1283, October 1967.
10

[7] SOBRAL, S. T.; FLEURY, V. G. P. ; VILLALBA, J. R.; MUKHEDKAR, D. Decoupled


method for studying large interconnected grounding systems using microcomputers - Part I -
Fundamentals. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 3, n. 4, p. 1536-1544, october 1988.

[8] THE INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS IEEE Guide for
safety in AC substation grounding. Norma técnica ANSI/IEEE Std 80-1991.

[9] ELETROPAULO Redes de distribuição aérea urbana 15 kV - Padronização. Norma


interna No. PD4-1, jan/87.

[10] KINDERMANN, G.; CAMPAGNOLO, J. M. Aterramento elétrico. Porto Alegre, Brasil,


Editora Sagra Luzzatto, 1998

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