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Potencial gravitacional
~
~g = −∇ψ (3)
1
Utilizando (3), temos
~ = −G M
~g = −∇ψ r̂
r2
Como o campo só tem variação em r, o gradiente da função potencial se torna uma derivada
em uma dimensão multiplicada pelo versor r̂, com isso, integrando em relação a r, temos
M
ψ = −G (4)
r
De maneira análoga ao campo, o potencial denido por uma distribuição contínua de matéria
será
Z
ρ(~a)
ψ = −G dV
V r
Como o potencial só tem sentido física quando calculamos a diferença dele, não há necessidade
da inclusão de uma constante de integração. Se usarmos r → ∞ teremos ψ → 0, logo, o resultado
(4) está correto.
Para uma visão mais geral e precisa do potencial, podemos denir o trabalho gerado por
ele. Tomando um corpo de massa unitária imerso em um campo magnético ~g , o trabalho dW
necessário a ser feito por um agente externo com o intuito de deslocá-lo em d~r será dado por
~
dW = −~g .d~r = ∇ψ.d~
r
Utilizando a notação de somatório e a característica radial do campo
X ∂ψ
dW = dxi = dψ
∂xi
i
Portanto, o trabalho necessário para mover o corpo de uma posição para outra no campo é igual
a variação do potencial.
Podemos denir também a energia potencial U como
U = mψ
que resulta em
F~ = −∇U
~ (5)
Um campo ~g associado a uma massa pontual M pode ser representado através das linhas de força
de maneira análoga a feita no eletromagnetismo. No caso de ~g , temos que essas linhas de força
são radiais "para dentro", como se em M houvesse um sorvedouro como visto na gura abaixo.
As superfícies equipotenciais são denidas pela superfície na qual o potencial possui o mesmo
valor, ou seja, se um corpo qualquer percorrer essa superfície ele não perceberá variação no
potencial. No caso de uma corpo pontual, as superfícies equipotenciais são cascas esféricas.
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Figura 1: Linhas de força de campo gravitacional
Como vemos no Exemplo 5.1 em "Dinâmica Clássica de Partículas"(Thorton and Marion, ) para
uma esfera sólida e maciça de massa M, seu campo gravitacional será como o de uma partícula
pontual de mesma massa M, portanto, trataremos o nosso corpo como pontual.
Inicialmente colocaremos a folha innita como sendo o plano xy, a partir dessa simetria se
torna fácil observar que Fx = Fy = 0 devido a simetria do problema, essas forças se cancelam,
atuando assim somente a componente em z da força. Queremos calcular através do raio da
folha (que pode ser considerado um disco de raio innito), com isso, tomando uma contribuição
innitesimal de massa dm desse disco teremos
Z Z ∞
GM cos(θ)dm
Fz = dFz =
r=0 r 2 + h2
onde a distância entre os corpos é = r2 + h2 . dm pode ser encontrado a partir de
d2
h
dm = ρs 2πrdr. O cosseno pode ser substituído por cos(θ) = √ . Com isso,
2 2 r +h
Z ∞
rdr
Fz = 2πρs GM h
0 (r2 + h2 )3/2
que pode ser facilmente integrado por uma substituição simples, resultando em
∞
1
Fz = −2πρs GM h
(r2 + h2 )1/2 0
Fz = 2πρs GM
Ou seja, a esfera atrai a folha innita somente no eixo z.
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Figura 2: Simetria do problema 5.16.