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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL CONECTADO


PEDAGOGIA - LICENCIATURA

GRACIELLE SOUZA RIBEIRO DA SILVA


MÁRCIA REGINA BONIFÁCIO DE AMORIM.
SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL CONECTADO
NAIARA DA COSTA LUCAS CAMARA
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ROSIMERE CUNHA- GUIMARÃES
LICENCIATURA
TELMA PEREIRA DE OLIVEIRA DA SILVA

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E


CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

São João de Meriti


2021
GRACIELLE SOUZA RIBEIRO DA SILVA
MÁRCIA REGINA BONIFÁCIO DE AMORIM.
NAIARA DA COSTA LUCAS CAMARA
ROSIMERE CUNHA GUIMARÃES
TELMA PEREIRA DE OLIVEIRA DA SILVA

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E


CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso de


Licenciatura em, como requisito parcial para a obtenção
de média semestral. Disciplinas: Avaliação na Educação;
História da Educação; Teorias e Práticas do Currículo;
Sociologia da Educação; Educação Formal e Não
Formal; Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula;
Didática.

Tutor à Distância: Isabel Cristina Alves

Tutor Presencial: Mônica Magalhães Sant'Anna Lima

São João de Meriti


2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO................................................................................................
2.1 Avaliação da Aprendizagem - Pressupostos teóricos e práticos das concepções
avaliativas: classificatória e formativa..........................................................................4
2.2 História da Educação - A relevância de o professor conhecer como se deu a
construção do percurso histórico da educação............................................................5
2.3 Currículo Escolar - Pressupostos teóricos e práticos das teorias curriculares: não
crítica ou tradicional, crítica e pós-crítica.....................................................................5
2.4 Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula - Práticas de ensino e melhoria
da aprendizagem..........................................................................................................7
2.5 Didática - A atuação docente para o desenvolvimento das aprendizagens...........7
3 CONCLUSÃO............................................................................................................9
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
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1-INTRODUÇÃO

Na proposta de trabalho interdisciplinar para esse semestre, será feita uma


discussão teórica sobre “A formação do professor frente às teorias e
concepções pedagógicas contemporâneas”.
A temática é de grande relevância para os futuros pedagogos e para todos
que atuam na área da educação.
O objetivo desse trabalho é conhecer toda trajetória da educação e nos levar
como futuros pedagogos a compreensão de todas as metodologias e refletir todo
conhecimento e nos levar a pensar que educador será na prática.

Aprofundar nos conceitos teóricos e práticos das concepções das avaliações


e dos currículos e nos aprofundar na trajetória da História da Educação desde seus
primórdios a até atualidade onde veremos que a educação está presente em todas
as sociedades e mesmo passando por mudanças e até mesmo com tanta tecnologia
e recursos ainda a necessidade de repensar a formação docente nos permitindo
uma autoavaliação crítica.

O trabalho está mostrando que uma boa gestão é essencial, em que seu
trabalho diário e atento às mudanças faz uma grande diferença no desenvolvimento
dos alunos, onde podemos colocar em prática a melhor didática.
.
4

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Avaliação da Aprendizagem
No final do século XIX, a concepção tradicional da pedagogia surgiu
iniciativas visando à implantação de novas formas de ensino no qual o aluno passa a
ser o centro do processo e o professor se torna o facilitador da aprendizagem.
As práticas são estudadas em diversos aspectos como assumir contornos e
limites diferenciadas sendo práticas sociais exercidas com a finalidade de
concretizar processos pedagógicos.
Necessária ao docente a compreensão do seu novo papel que é ajudar ao
aluno a interpretar dados a relacioná-los a contextualização na formação de um
sujeito integrado a nova era iminentemente relacional, apto a viver inverso na
informação, crítico de seu papel social num universo cada vez mais globalizado
multifuncional e sem antigas fronteiras.
Tendência Tradicional Primeira a ser instituído no Brasil na década de 30, por
motivos históricos com a estimativa de uma educação liberal, atendendo os anseios
da burguesia, mantendo a sociedade de classes, originário do sistema capitalista.
Nesta tendência o professor é a figura central e o aluno é receptor passivo
dos conhecimentos considerados como verdades absolutas.
Tendência Tecnicista adotada no final da década de 60 e início dos anos 70.
Ela pode ser entendida a partir do momento da sua inserção no processo
produtivo, ou seja, a escola adere os conceitos produtivistas e os insere no contexto
pedagógico, pois é ela quem forma o sujeito necessário para atender as demandas
da sociedade, sobretudo no mercado de trabalho.
Nesse contexto, a avaliação se concretiza em saber se houve ou não
mudanças no comportamento inicial do estudante.
A primeira, que acontece ao longo do processo de aprendizagem, tem como
finalidade a correção de falhas nos programas e no repasse dos conteúdos, tendo
em vista ajustá-los para a melhoria da aprendizagem e a segunda é utilizada no final
de um bimestre, semestre ou ano para classificar os alunos conforme seu nível de
aproveitamento.
Tendência Renovada Não Diretiva com suas ideias difundidas no Brasil nos
anos 70 surgiu com o objetivo de reconfigurar o cenário da sala de aula e propõe
uma educação centrada no aluno, possibilitando a liberdade de expressão.
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Enfatiza a formação de atitudes, o método e baseado na facilitação da


aprendizagem, onde aprender e modificar as percepções da realidade.
O professor não está mais no centro do processo, sendo-lhe atribuída a
função de facilitador da aprendizagem.
Avaliação se dá por meio da auto avaliação possibilita a autocritica e auto
realização do aluno e desconsidera a necessidade de aplicação de outros
instrumentos avaliativos.
Tendência Renovada Progressista, amparada no construtivismo, instala-se
nas salas de aula a partir da década de 70.
Com objetivo de ressignificar as práticas escolares, propõe que elas estejam
voltadas ao desenvolvimento mais livre e integral dos educandos, no intuito de
favorecer a descoberta de si mesmo.
Essa tendência defende a ideia da autoaprendizagem, basicamente, de que o
aluno em que aprender a aprender, ou seja, aprende fazendo.
O próprio sujeito desenvolve o seu processo de aprendizagem, de acordo
com as suas necessidades e inclinações individuais.
Nessa tendência, o ato de avaliar faz parte do processo de ensino e
aprendizagem, pois levanta os pontos que ainda necessitam de aprofundamentos,
tornando-os objetos de reflexão, o importante é o diagnóstico das dificuldades para
reorientação das intervenções do professor, cabendo a esse profissional auxiliar os
alunos a identificação dos equívocos, tendo em vista orientá-los na busca de outras
formas para compreender.
Tendência Crítico-Social dos conteúdos, no final dos anos 70 e início dos
anos 80, são difundidos os pressupostos da tendência crítico-social dos conteúdos,
a qual, amparada nos pressupostos da educação progressista, parte de uma análise
crítica das realidades sociais, tendo em vista a sua transformação.
Essa tendência faz parte da tendência progressista, e, no âmbito escolar, visa
preparar o aluno por meio da aquisição dos conteúdos e da sua socialização para
uma participação ativa no mundo adulto, diante das contradições da sociedade.
Avaliar, portanto, é favorecer o ensino e a aprendizagem, recolhendo as
informações e redirecionando as ações no sentido de promover conhecimento nos
estudantes.
A avaliação é o processo que acontece continuamente, comtemplando
momentos de autoavaliação em grupo.
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2.2 História da Educação -


É uma disciplina curricular de diferentes cursos de licenciaturas em
Pedagogia.
O francês, historiador de ofício, Jacques Le Goff, afirmava que a preocupação
do historiador era a de relacionar a ordem de permanência e a ordem de
transformação, por isso não entendia a história como ciência do passado, mas sim
como a ciência da mutação.
Diante da tantas diferenças de concepções que enriquecem o campo da
educação é uma disciplina acadêmica que percorreu um grande caminho.
Estudar a História da Educação nos permite compreender que não há
mudanças sem educação e podemos pensar os indivíduos com agentes
construtores de história, ou seja, podemos perceber a importância da educação na
sociedade e na formação cultural social e econômica dela.
O Brasil apresenta, em cada período de sua história, realidades e contextos
diferentes.
No período colonial, tivemos os jesuítas que trouxeram a moral, os costumes
e religiosidade europeia, mas trouxe também os métodos pedagógicos.
Nesse contexto, a Companhia de Jesus, que foi fundada para contrapor-se ao
avanço da Reforma Protestante, foi trazida para o Brasil para desenvolver um
trabalho educativo e missionário, com o objetivo de catequisar e instruir os índios e
colaborar para que estes se tornem mais dóceis e consequentemente, mais fáceis
de serem aproveitados como mão de obra.
A obra educativa dos jesuítas estava integrada à política colonizadora, além
de ser um ensino acrítico e alheio à realidade da vida da colônia, foi aos poucos se
transformando em uma educação de elite, em consequência, num instrumento de
ascensão social.
A Companhia de Jesus, que tinha inicialmente em seus objetivos catequisas e
instruir o índio, de acordo com Ratio, foi aos poucos se configurando como forte
instrumento de formação da elite colonial, ficando os indígenas e as classes mais
pobres à mercê da instrução.
Em 1759, Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro
ministro de Portugal, após entrar em conflito com os jesuítas, os expulsou de todas
as colônias portuguesas, suprindo todas as escolhas.
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Com a supressão das escolas jesuíticas, a educação brasileira vivenciou uma


grande ruptura num processo já implantado e consolidado com modelo educacional.
Mesmo com a expulsão dos jesuítas, mudaram-se os professores e até
rebaixou o nível de ensino, porém não houve ruptura em suas estruturas, pois os
substitutos foram pessoas preparadas pelos jesuítas, e deram continuidade à sua
ação pedagógica.
O ensino brasileiro, ao iniciar o século XIX, estava quase que acabado, pois a
reforma pombalina, nenhum sistema educativo comparado ao jesuítico passou a
existir.
Após a chegada da Família Real, em 1808, o Brasil apresentou
desenvolvimento cultural considerável, mas o direito à educação permanecia restrito
a alguns. O ensino superior era de caráter classista da educação, ficando a classe
dominante expandia cada vez mais seus privilégios.
O objetivo fundamental da educação do Período Imperial era formação de
classes dirigentes.
Em 1823, foi instituído o Método Lacaster ou ensino mútuo, em que após
treinamento, um aluno (decurião) ficaria incumbido de ensinar um grupo de dez
alunos (decúria), diminuindo, a necessidade de vários professores.
A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, garantia apenas, em
ser Art. 179 a instrução primária e gratuita a todos os cidadãos. Em 1827, uma lei
determinou a criação de escolas de primeiras letras em todos os lugares e vilas,
além de escolas para meninas.
O ato adicional de 1834 e a Constituição de 1891descentralizaram o ensino,
mas a desigualdade continuou, acentuando ainda mais o caráter classista e
acadêmico, gerando assim um sistema dual de ensino: de um lado, uma educação
voltada para formação das elites, com os cursos secundários e superiores, de outro,
o ensino primário e profissional, de forma precária, para as classes populares.
A dualidade do sistema educacional brasileiro, que conferia ao povo uma
educação dessemelhante daquela conferida à elite, é herdada pela Primeira
República juntamente com a desorganização que arrastou durante o período
monárquico.
Inúmeras reformas surgiram para resolver a desorganização do sistema
educacional, entre elas a Benjamin Constant, a Lei Orgânica Rivadávia Corrêa, a
Carlos Maximiliano, porém foram apenas reformas paliativas, pois não se buscava
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mudar a estrutura educacional.


O modelo educacional que privilegiava a educação da elite, em detrimento da
educação popular, é posto em questão na Primeira República. Mas os ideais
republicanos que pretensamente alimentavam projetos de ver um Brasil traziam,
intrinsecamente, resquícios de um velho tempo, cujas bases erguiam as colunas da
desigualdade social, em que, no cenário real, estava de um lado à classe pobre,
sempre relegada a segundo plano; de outro, a classe dominante, expandindo cada
vez mais os seus privilégios.
A Revolução de 1930 criou uma efervescência ideológica que operou
importantes discussões e transformações no campo educacional. O Decreto nº
19.850, de 11 de abril de 1930, criou o Ministério da Educação e as secretarias de
Educação dos estados; em 1932, com o ideal de educação obrigatória, gratuita e
laica, entre outros, surgiu o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, com o
objetivo de tornar público o que era e o que pretendia o Movimento Renovador.
Surgiram vários projetos, di8scussões importantes que deram origem à
Constituição de 1934, que visava à organização do ensino brasileiro e incluía um
capítulo exclusivo sobre educação, no qual o Governo Federal passou a assumir
novas atribuições.
As discussões e reivindicações do período anterior e as conquistas do
movimento renovador, expressos na Constituição de 1934, são consideravelmente
enfraquecida e até em alguns casos suprimidas pela Constituição de 1937.
O Estado se desincumbiu da educação pública através de sua legislação
máxima, assumindo apenas um papel subsidiário. O ordenamento relativamente
progressista alcançado em 34, quando a letra da lei determinou a educação com
direito de todos e obrigação dos poderes públicos, foi substituído por um texto que
desobrigou o Estado de manter e expandir o ensino público.
Com o fim do Estado Novo, o país retornou à normalidade democrática e
passou a adotar uma nova constituição. Na área educacional, o texto de 1946
estabelecia alguns direitos garantidos pela Constituição de 1934 e suprimido pela do
Estado Novo.
Apesar da mudança de regime e da nova constituição, a legislação
educacional herdada do Estado Novo vigorou até 1961, quando teve início a
vigência da Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional.
Durante esse período, a luta pela escola púbica e gratuita intensificou-se.
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Numerosas campanhas com participação popular reivindicavam a ampliação e a


melhoria do atendimento escolar para que de fato, o direito constitucional “a
educação é um direito de todos” fosse consolidado.
No Período Ditatorial, continuou privilegiando a classe dominante com ensino
de qualidade e deixando de fora as classes populares, oficializou o ensino
profissionalizante e o tecnicismo pedagógico, que visava unicamente preparar mão
de obra para atender as necessidades do mercado e desmobilizou o magistério com
inúmeras e confusas legislações educacionais.
O ensino técnico oferecido para as classes populares delineou muito bem a
sua função na sociedade, atendendo as necessidades do mercado.
Nesse período o governo promoveu a Reforma Universitária, reformulou o
ensino de 1º e 2º graus.
Nos últimos 28 anos foram promovidos grandes modificações na educação
brasileira. Em 05 de outubro de 1988 foi promulgada uma nova Constituição, que
cuida da educação e do ensino de maneira especial com referência aos direitos, aos
deveres, aos fins e aos princípios norteadores.
Algumas das mudanças foram; gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais; Ensino Fundamental obrigatório e gratuito; Atendimentos
em creches; Valorização dos profissionais de ensino, com planos de carreira para o
magistério público.
Com base na nova Constituição, foi criada a nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, a Lei nº 9.394, promulgada em 20 de dezembro de 1996. A
Carta Magna e a nova LDB dão suportes legais para que o direito a uma educação
de qualidade seja realmente consubstanciado, assegurando a formação integral do
indivíduo e a sua inserção consciente, crítica e cidadã na sociedade.
Em 1996, o Governo Federal elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais,
estabelecendo diretrizes para estruturação e reestruturação dos currículos escolares
de todo o Brasil, em função da cidadania do aluno e de uma escola realmente de
qualidade. Contudo, ainda falta muito para que o texto legal realmente se consolide,
contribuindo para a formação de seres passivos, eximindo-se de compromisso de
formar cidadãos ativos e conscientes.
Incapaz de ampliar e organizar a consciência crítica dos educandos, essa
educação se converte em inutilidade formal, ainda que recheada de discurso sobre a
importância e o valor de conhecimento crítico e de atenções proclamada de se fazer
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educação política.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), criado em
1968, mantém vários programas que objetivam proporcionar mais autonomia às
escolas, suprir as carências e oferecer aos alunos melhores condições de acesso e
permanência na escola e de desenvolvimento de suas potencialidades. Estes são
alguns deles: Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE); Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE); Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE);
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD); Programa Nacional do Livro Didático
para o Ensino Médio (PNLEM); Programa Nacional do Livro Didático para a
Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA); e Programa Nacional de Transporte
Escolar (PNTE), entre outros.
Com a finalidade de democratizar o acesso ao Ensino Superior, em 2005 foi
aprovada a Lei nº 11.096, que instituiu o Programa Universidade para Todos (Pro
Uni), que concede bolsas de estudos em instituições de ensino superior particulares
a estudantes de escolas públicas de baixa renda e/ou estudantes de escolas
particulares na condição de bolsistas utilizando como referência a nota do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). As bolsas podem ser parciais, com descontos de
25% ou 50%, e integrais. Também foi criado o Sistema de Seleção Unificada – Sisu,
que visa substituir os exames tradicionais das universidades públicas; criado pelo
Governo Federal seleciona estudantes com base na nota do Enem, assim como o
Pro Uni; dentro dele, as vagas estão divididas em ampla concorrência e as cotas
para estudantes de escolas públicas e de baixa renda, entre outros aspectos.
Em 2007, foi promulgada a lei do Fundeb, que se caracteriza como a maior
fonte de recursos destinados para a educação; eles são distribuídos de acordo com
o número de alunos matriculados nas redes estaduais e municipais estabelecido
pelo Censo Escolar.
Em março de 2007 houve o lançamento do Plano de Desenvolvimento da
Educação – PDE, que, por meio de inúmeros programas, objetiva suprir as
deficiências e carências da educação brasileira e superar um estágio de educação
ainda limitado.
Leis e projetos que visam sanar as deficiências da educação brasileira não
faltam. Falta efetivação séria, que de fato minimize a distância entre o texto legal e o
real. É sabido que o processo é lento, e enquanto as leis não proporcionam
mudanças realmente satisfatórias às escolas públicas continuarão apresentando
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sucateamento e condições de ensino e aprendizagem decadentes. Falta estrutura


física adequada das escolas, faltam recursos materiais e pedagógicos, falta
valorização dos professores, capacitação etc. Essas condições, entre tantas outras,
impedem que o Brasil suplante a herança de uma educação deficiente e excludente
para enfim escrever a nova história de uma educação libertadora, gratuita, universal,
democrática e de qualidade.

2.3 Currículo Escolar


Há uma grande preocupação no meio educacional com a formação de
professores da educação básica. Pensa-se em formar profissionais críticos e
reflexivos, conscientes e comprometidos com uma educação de qualidade. Cientes
do seu papel frente ao sucesso escolar. Em que nos leva ao desafio de falar sobre o
currículo, pois cada vez mais está assumindo um lugar importante no meio
educacional, nas áreas de conhecimento pedagógico.
Com interesse maior em pesquisar e compreender as teorias curriculares
crítica e pós-crítica e a influencia que podem exercer na formação inicial dos
professores.
A discussão em torno da teoria curricular crítica, que tanto contribuiu para a
educação como forma de combate à educação tradicional, numa perspectiva de
tornar o ensino e a aprendizagem mais críticos, formando sujeitos autônomos,
capazes de intervir na realidade existente e transforma-la.
Teoria crítica nos leva mencionar Paulo Freire, um grande pensador que se
preocupou intensamente com a educação popular, com os problemas educacionais
brasileiros e que contribuiu significativamente para a teoria crítica do currículo. Para
que ocorra uma mudança significativa na educação é preciso transformar a maneira
como o ensino está sendo concebido, para uma forma de emancipação, como
prática de liberdade.
O pensamento de Freire contribuiu fortemente para a teoria crítica do
currículo, mas atualmente o que se percebe é que ainda a teoria tradicional
prevalece nas práticas pedagógicas dos professores.
É clara a preocupação da teoria crítica com as classes sociais, com a
emancipação, conscientização e libertação dessas classes trabalhadoras, que são
obrigadas a aceitar a condição de aprender na escola a cultura dominante, de um
currículo voltado para os interesses da burguesia.
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As teorias tradicionais eram teorias de aceitação, ajuste e adaptação. As


teorias críticas são teorias de desconfianças, questionamento e transformação
radical.
As teorias pós-crítica abordam com ênfase as preocupações com a diferença,
com as relações saber-poder no âmbito escolar, o multiculturalismo, as diferentes
culturas raciais e étnicas.
O currículo, a partir da teoria pós-crítica, deve ser visto como um
complemento como uma forma de aprofundamento e ampliação às teorias críticas.
A proposta de um currículo crítico na formação de professores exerce
influência na mudança de atitudes desses profissionais, na preocupação de
transformação da realidade existente e, principalmente, em se conscientizar da
importância do seu papel como educador e transformar sua prática.
O professor não reproduz meramente saberes prontos e sistematizados, mas
caminha junto com o aluno numa relação com a experiência vivenciada.

2.4 Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula - Práticas de ensino e


melhoria da aprendizagem:

Sem uma boa gestão, mesmo com toda tecnologia do mundo a disposição,
fica muito difícil engajar os alunos com o conteúdo da aula.
Gestão da sala de aula são todas as ações realizadas pelo professor para
promover um ambiente de aprendizagem efetivo, em que todos os estudantes se
sintam seguros e estimulados a aprender, gestão é um trabalho diário em que o
professor está sempre atento a perceber como está o desenvolvimento do seu
aluno, identificando os problemas e traçando planos de ação para solucioná-los.
Temos que estar sempre atentos ao conteúdo que iremos transmitir; procurar
novas metodologias e linguagens para alcançar os alunos das novas gerações, criar
ambientes de participação, interação, disciplina e respeito também é importante para
o processo de ensino e aprendizagem da melhor forma.
Não podemos esquecer-nos de um bom relacionamento entre professor e
aluno que gera uma cultura de respeito mútuo e esse bom relacionamento deve
partir do professor, mostrando interesse, fazer contato, conhecer e se conectar com
a turma.
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2.5 Didática - A atuação docente para o desenvolvimento das aprendizagens.


No contexto histórico da educação no Brasil, diferentes tendências foram
vivenciadas e a didática pode ser analisada de acordo com os momentos passados.
Tivemos momentos tradicionais, onde o aluno deveria decorar e reproduzir,
sendo o aluno receptor da matéria. A Escola Nova o aluno sujeito da aprendizagem,
manifesta atividade intelectual, verbal e escrita. A Tecnicista, o aluno deve cumprir
tarefas, exercícios repetitivos e ser obediente. Tivemos também as tendências de
cunho progressista, interessadas em propostas pedagógicas voltadas para os
interesses da maioria da população, foram adquirindo maior solidez e sistematização
por volta dos anos 1980 são elas: Libertadora e Pedagogia crítico-social dos
conteúdos.
As didáticas são geralmente aplicadas à formação de docentes, aqueles que
serão tendenciados e atuarão em sala de aula, no entanto o processo de ensino e
de aprendizagem tem ultrapassado os limites dos muros escolares, tornando-se
necessário, dessa forma, o estudo da didática nos ambientes não formais de
aprendizagem.
O trabalho docente diz respeito às estratégias e ações que os professores
adotam a fim de cumprir as expectativas de aprendizagem das instituições formais
de ensino. A escola dos saberes é dinâmica e por isso, cabe aos professores a
constante reavaliação do processo de ensino e aprendizado. Aos docentes cabe
também o papel de agentes transformadores da realidade; bem com o de
organizadores do trabalho escolar. O trabalho docente implica diretamente a
socialização do conhecimento, a formação ética dos discentes e a superação das
dificuldades inerentes à profissão.

.
14

3. CONCLUSÃO

Vivenciamos diferentes tendências, teorias e concepções no contexto


histórico da educação.
Diante de tudo podemos constatar que mesmo com o passar do tempo, as
mudanças, a chegada com a modernidade e período contemporâneo, onde o aluno
passou a ser o centro do processo e o professor o facilitador da aprendizagem,
muito se faz das antigas metodologias.
A avaliação classificatória ainda é predominante, mas não a única, hoje já
vimos nas práticas à avaliação diagnóstica sendo aplicada.
Muito se diz sobre a formação de professores, mas pouco é feito para mudar,
o ensino ainda é voltado para transmissão e assimilação do conhecimento. Para
tornar possíveis as mudanças de valores, concepções, ideias e consequentemente,
atitudes na formação dos docentes e professores são importantes entender todo
trajeto percorrido pela educação, pois em suas formações iniciais ainda encontra
dificuldade em relacionar teorias e práticas.
Devemos ser pedagogos reflexivos, estar sempre em busca de novos
conhecimentos, pois a forma como agimos irá refletir nos alunos que passarão por
nós.
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15

REFERÊNCIAS

Texto 1: NASCIMENTO, Mari Clair Moro; BARBOSA, Raquel Lazzari Leite;


ANNIBAL, Sérgio Fabiano. Avaliação das Aprendizagens: Representações
decorrentes de Práticas Instituídas na Formação Inicial. Educação em Revista,
Marília, v.18, n.1, p.7-22, Jan-Jun., 2017. Disponível em:
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/educacaoemrevista/article/view/6992.
Acesso em: 17 dez. 2020

Texto 2: NEVES, Fátima Maria; COSTA, Célio Juvenal. A importância da História da


Educação para a Formação de Profissionais da Educação. Rev. Teoria e Prática da
Educação, v.15, n. 1, p. 113-121, jan./abr. 2012. Disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/TeorPratEduc/article/view/18570/9795. Acesso
em: 17 dez. 2020.

Texto 3: PINHEIRO, Geslani Cristina Grzyb. Teoria curricular crítica e pós-crítica:


uma perspectiva para a formação inicial de professores para a educação básica.
Analecta, v.10, n. 2, p. 11-25 jul./dez. 2009. Disponível em: PRODUÇÃO TEXTUAL
INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PTG Pedagogia
https://revistas.unicentro.br/index.php/analecta/article/view/2096/1799. Acesso em:
17 dez. 2020.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico:


Elaboração de trabalhos de graduação. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Brasil no Século XX: o desafio da educação. In:
______. História da Educação. 2ª ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1996.

______. História da educação e da pedagogia. São Paulo: Moderna, 2006.

BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos
de metodologia: Um guia para a iniciação cientifica. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.

BELLO, Luiz de Paiva. História da Educação no Brasil. Disponível em:


http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/. Acesso em 20 mar. 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1993.

GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 1999.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas
1999.

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