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MM.

JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA


COMARCA DE IVAIPORÃ – PARANÁ.

Diemes dos Santos Ruas, brasileiro, casado, encarregado administrativo,


portador do RG 9.772.618-3 e do CPF 058.858.599-81, residente e domiciliado
na Rua Sertanópolis, 675, centro, na cidade de Ivaiporã-PR, CEP 86870-000,
endereço eletrônico: diemes.santos@bol.com.br; e

Jessica da Silva Leite Ruas, brasileira, casada, secretária, portadora do RG


10.774.173-5 e do CPF 069.171.019-82, residente e domiciliada na Rua
Sertanópolis, 675, centro, na cidade de Ivaiporã-PR, CEP 86870-000.

Pelos advogados que esta subscrevem, conforme procurações anexas, vêm à


honrosa presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 731, do
CPC e artigo 1.571, IV do Código Civil e no artigo 226, paragrafo 6 º, da
Constituição Federal (com redação dada pela Emenda Constitucional nº.
66/100, propor homologação de

DIVÓRCIO CONSENSUAL,

Expondo e requerendo o que segue:

INICIALMENTE – DA CONCESSÃO DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, as partes requerem os benefícios da gratuidade


da justiça na sua integralidade, com esteio nos incisos I a IX, do §1º do artigo
98, do CPC, face sua insuficiência de recursos, tudo conforme termos de
declaração anexadas, não tendo a mínima condição de arcar com o pagamento
das custas, despesas processuais e honorários advocatícios.

I – DOS FATOS

Os requerentes contraíram matrimônio em 18/12/2014, pelo


regime de comunhão parcial de bens, conforme certidão de casamento anexa.
Desta união nasceu um filho, ainda menor, a saber: Arthur
Leite Ruas, nascido em 06/07/2016, conforme certidão anexa.

Os requerentes acordam por promoverem a presente ação


de divórcio, porque não possuem mais o ânimo em continuar a vida conjugal.

Sendo assim, decidem, de comum acordo e nos termos da


lei, pela ruptura da vida em comum, bem como o vínculo conjugal.

É o breve relato.

II – DO DIREITO

Como é mais do que sabido, o procedimento de divórcio foi


simplificado, sendo dispensado o período de necessidade de período mínimo
de separação de fato.

A Emenda Constitucional nº. 66/2010, publicada no DOU de


14 de julho de 2010, que entrou em vigor a partir da sua publicação, dispensou
a necessidade da separação de fato.

Portanto, a Constituição da República afirma, em seu artigo


226, §6º, que:

Art. 226. (…)

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo


divórcio.

Portanto, a Constituição não mais exige a prévia separação


do casal por mais de um ano como era anteriormente.

Não obstante, o Código Civil dispõe sobre as hipóteses de


extinção a sociedade conjugal. Vejamos:

Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:

I – pela morte de um dos cônjuges.

[…]
IV – pelo divórcio.

§ 1o O casamento válido só se dissolve pela


morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio,
aplicando-se a presunção estabelecida neste
Código quanto ao ausente. (Grifo
acrescentado).

Assim, é mais do que claro que inexiste qualquer empecilho


para o deferimento do divórcio aos requerentes, uma vez que há convergência
das partes nesse sentido.

III - DA GUARDA E DAS VISITAS

Os requerentes acordam sobre a guarda compartilhada, em


conformidade com o artigo 1.583, § 2º, do Código Civil, de tal sorte que o filho
terá assistência mútua dos pais que em conjunto e harmonia levarão a efeito os
necessários cuidados comuns, possuindo os mesmos direitos e deveres sobre
a criação e convívio da criança.

A criança terá como residência o domicilio da mãe, e o pai


terá período de convivência e de visitação livre, respeitando o repouso noturno.
Os pais optam por não estabelecerem limites aos períodos de visitação, visto
que concordam que a formação plena e saudável de uma criança carece da
convivência do pai e da mãe.

No que diz respeito às férias escolares, feriados, feriados


prolongados, datas comemorativas e às festividades de final de ano, os
requerentes acordarão previamente com quem a criança permanecerá durante
os referidos períodos.

IV – DOS ALIMENTOS

Os requerentes declaram possuírem rendimentos próprios


suficientes a prover o próprio sustento, dispensando reciprocamente o
pagamento de pensão alimentícia.
Com relação ao filho menor, acordam a título de pensão
alimentícia que o genitor contribuirá mensalmente com 50% das despesas
havidas com escola; aulas e cursos extracurriculares e particulares; lazer;
vestuário; material escolar; medicamentos; despesas médicas; despesas com
plano de saúde que os 50% incidirá sobre a sua cota parte; dentista, bem como
demais despesas extraordinárias, excetuada as despesas com habitação.

O valor referente às despesas supracitadas será pago


mediante transferência bancária em conta de titularidade da requerente mulher,
a qual já é de conhecimento do requerente homem, todo dia 10 de cada mês,
sendo prorrogado para o primeiro dia útil seguinte caso recaia em finais de
semana ou feriados.

V – DOS BENS

Declaram os requerentes inexistirem bens imóveis ou


móveis a ser objeto de partilha.

Por fim, os móveis e utensílios que guarneciam a residência


já foram partilhados pelos divorciandos.

VI – DA ALTERAÇÃO DO NOME

A requerente mulher passará a usar o nome de solteira, qual


seja: Jessica da Silva Leite.

VII – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, em conformidade com o artigo 731, do CPC, requerem a


Vossa Excelência:

a) Requer sejam deferidos os benefícios da Gratuidade da Justiça, nos


termos do artigo 98 e seguintes do CPC e artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituição Federal, visto que os requerentes são pessoas pobres na acepção
jurídica do termo, conforme declarações anexas.

b) A intimação do I. Representante do Ministério Público;


c) A procedência do pedido, homologando o acordo, nos termos da
presente, declarando o divórcio do casal e expedindo-se o competente
mandado de averbação ao Cartório de Registro Civil;

Dá-se a causa o valor de 1.100,00 (mil e cem reais) para fins


de distribuição.
Termos em que
Pede deferimento
Ivaiporã/PR, 26 de agosto de 2021.

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