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1- Introdução
2- Curatela
⇒ Ação de Interdição:
- É o meio pelo qual a curatela se materializa.
- É procedimento de jurisdição voluntária.
⇒ Curatela X Curadoria
- Curatela: é encargo imposto a uma pessoa de gerir o patrimônio e a pessoa de
um incapaz psicologicamente. É instituto protetivo.
- Curadoria: nomeação de uma pessoa para gerir os interesses de outra dentro de
uma determinada situação específica. Ex.: art. 9º, CPC – o juiz dará curadoria
especial: ao incapaz se este não tiver representante legal; ao réu preso, revel ou
citado por edital ou hora certa. Essa curadoria especial não é mais exercida pelo
MP, e sim pela DP (art. 4º, LC 80/94).
⇒ Legitimidade:
- O rol dos legitimados está no art. 1768:
• Pais
• Tutores – entre 16 e 18 anos quando sofre transtorno psicológico.
• Cônjuge
• Qualquer parente
• Ministério Público – hipóteses em que requer a interdição – art. 1769:
o Doença grave
o Se não existir ou não promover a interdição as pessoas
designadas anteriormente
o Se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas
anteriormente.
b) Interrogatório Obrigatório
- Contato físico do juiz com o interditando.
- Não podendo o interditando comparecer pessoalmente, o juiz comparecerá
aonde ele estiver.
f) Prova Oral
- Se for necessário.
- O STJ entende que a colheita de prova oral só será necessária se a prova
pericial não for conclusiva.
g) Intervenção do MP
- O MP intervém como fiscal da lei. Assim, é parte autônoma no processo,
podendo se manifestar livremente. Pode recorrer mesmo que as partes
interessadas não recorram – Súm. 99/STJ.
h) Sentença
- Natureza Jurídica: A.CONT
1ª C) Caio Mário, Carlos Roberto Gonçalves (civilistas) – afirmam que a
sentença de interdição é meramente declaratória, pois não é a sentença que
constitui a incapacidade.
2ª C) Barbosa Moreira, Fredie Didier (processualistas) – a natureza é
constitutiva, visto que somente pode existir sentença declaratória para declarar
situações jurídicas já existentes.
- Seja constitutiva ou declaratória a sentença possui efeitos retroativos.
- O juiz, na sentença, não está adstrito ao grau de interdição requerido na petição
inicial. O juiz vai livremente graduar a incapacidade.
- Se a sentença declarou a interdição, o eventual recurso será interposto
meramente no efeito devolutivo.
- Prazo prescricional contrário ao incapaz:
Resp. 652837/RJ – afasta-se a prescrição porque os efeitos da interdição são
retroativos.
- Validade dos atos praticados pelo interditado: os atos praticados pelo
interditado são nulos ou anuláveis a depender do grau de interdição. Porém, o
STJ entendeu que os atos praticados pelo interditado antes da sentença de
interdição com 3º de boa-fé e sem provocar prejuízos a si mesmo são válidos –
P. do Aproveitamento do Negócio Jurídico. Ex.: compra e venda com preço
justo.
3- Tutela
⇒ É a colocação de um menor órfão em família substituto.
⇒ É um substitutivo do poder familiar. É somente para o menor órfão de pai e
mãe.
- Se apenas um dos pais é morto, o outro assume na integralidade.
- Separação, Divórcio e Dissolução de União Estável não afetam o exercício do
poder familiar.
⇒ Família Substituta X Família Natural
- Lei 12010/09 (Lei Nacional de Adoção) estabelece 3 tipos de família:
o Família Natural – aquela em que já está inserida a criança ou adolescente
o Família Ampliada ou Estendida – inclui, até mesmo, os parentes por
afinidade
o Família Substituta – obtida através de: guarda, tutela ou adoção.
a) Documental
- Art. 1729
- Quando pai e mãe, através de ato inter vivos, nomeiam um tutor.
- Se pai ou mãe não estavam no exercício do poder familiar, não será válida.
b) Testamentária
- Art. 1729
- Quando pai e mãe, através de qualquer modalidade de testamento, nomeiam
um tutor.
- Se pai ou mãe não estavam no exercício do poder familiar, não será válida.
c) Legítima
- Se não há indicação nem em documento nem em testamento.
- Art. 1731 – a tutela incumbe:
o Aos parentes consangüíneos nesta ordem:
i. Ascendentes
ii. Colaterais até o 3º grau (tio, sobrinho), preferindo os mais
próximos aos mais remotos e, no mesmo grau, os mais velhos aos
mais moços.
Em qualquer dos casos, o juiz escolherá o mais apto a exercer a
tutela – Doutrina da Proteção Integral. Então, o juiz pode, por
decisão fundamentada, inverter o rol.
d) Dativa
- Art. 1732
- Se não existir parente consangüíneo ou nenhum dele for idôneo, o juiz nomeará
3º de sua confiança.
⇒ Em se tratando de irmãos, deverá o juiz dar um só tutor para ambos, em
nome da preservação da família natural.
⇒ A Lei 12010/09 REVOGOU a Tutela Funcional.
- O art. 1734 previa que os representantes dos abrigos seriam tutores funcionais.
⇒ Tese da Tutela Compartilhada:
- O CC não prevê, mas doutrina e jurisprudência defendem essa idéia, apesar da
insinuação contrária do §1º do art. 1733.
- Maria Berenice Dias e o TJ/RJ defendem essa idéia. Seria um exercício
simultâneo da tutela por duas ou mais pessoas.
⇒ Art. 1742 : Nomeação de Protutor
- O juiz de ofício ou a requerimento pode nomear, além do tutor, um protutor.
- O protutor é um auxiliar do juiz na fiscalização do tutor.
- O protutor responde solidariamente com o tutor por eventuais danos causados
ao pupilo.
- Eventualmente, o juiz pode fixar remuneração em favor do protutor.