Segundo Dubos (1965), citado por Heller (1997), "Saúde é o resultado do
equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o meio ambiente". Ou seja, existem variáveis externas que interferem no processo de saúde do indivíduo que estão estreitamente ligados a fatores geográficos e políticos. Dentro dessa perspectiva o Sistema Único de Saúde também é regido por princípios que garantem que a saúde é um direito de todos e para auxiliar e facilitar um atendimento que atinja toda a população o serviço vem sendo feito através de uma estratégia chamada territorialização da saúde.
“A territorialização consiste em um dos pressupostos da organização dos
processos de trabalho e das práticas de saúde, considerando-se uma atuação em uma delimitação espacial previamente determinada. ” (MONKEN & BARCELOS, 2005).
A apreensão e a compreensão do território, levando em consideração toda a sua
riqueza e complexidade, evidenciam uma etapa primordial para a caracterização descritiva e analítica das populações humanas e de seus problemas de saúde. Além disso, também permitem a avaliação dos reais impactos dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população, permitindo, ou efetivamente abrindo, espaços para o desenvolvimento de práticas de saúde voltadas para a realidade local, o chão concreto, para o lugar da vida cotidiana das pessoas. (SANTOS, 2008).
Norteadores
HELLER, L. Saneamento e saúde. Organização Panamericana de Saúde da
Organização Mundial da Saúde. Representação do Brasil. Brasília, 1997. MONKEN, Maurício; BARCELLOS, Christovam. Vigilância em saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 898-906, maio-jun. 2005 SANTOS, Alexandre Lima. A comunidade do mangue do bairro Vila Velha, Fortaleza/CE: o território e o cotidiano vivido a partir da perspectiva dos moradores e dos profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF). Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, 2008.