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Educação Musical e Pessoas Com Necessidades Especiais
Educação Musical e Pessoas Com Necessidades Especiais
Casa Amarela
ARTIGO DE PESQUISA
Música
Unidade Executiva
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a toda equipe do CDRM e a direção da Unidade executiva de Casa Amarela no nome de
todos os funcionários desta Unidade, bem como a meus familiares e colegas de curso pelo apoio e
aprendizado ao longo desta caminhada.
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RESUMO
O presente artigo trata da música voltada para pessoas com necessidades especiais. Para tanto foi
realizada pesquisa bibliográfica acerca do assunto. Procurou-se verificar a legislação específica
voltada para pessoas com necessidades especiais, fazer uma breve indicação das necessidades
especiais mais conhecidas e relatar metodologias identificadas para o objeto de pesquisa. Chegou-se
à conclusão de que compreender os métodos ativos de pedagogia musical associados aos princípios
da psicomotricidade são o ponto de partida para uma educação musical voltada para pessoas com
necessidades especiais.
Palavras chave: música; educação musical; pessoa com necessidades especiais; deficiência.
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SUMÁRIO
1. Introdução ….....................................................................................................................06
2. Método ..............................................................................................................................07
3. Discussão...........................................................................................................................08
3.1. Pessoa com deficiência e legislação específica..........................................................08
3.2. Necessidades Especiais..............................................................................................10
3.3. Metodologias .............................................................................................................11
4. Considerações Finais.........................................................................................................14
5. Referências........................................................................................................................15
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1 – Introdução
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2 – MÉTODO
Esta pesquisa caracteriza-se pelo método qualitativo de caráter descritivo. Como estratégia
de pesquisa foi utilizada a pesquisa bibliográfica. A coleta de dados se deu de maneira primária
através de observações, e sua análise foi de caráter qualitativo documental e interpretativo.
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3 – DISCUSSÃO
Atualmente a pessoa com necessidades especiais tem, através dos dispositivos legais, acesso
a bens e serviços que em outros tempos lhes eram negados. Citaremos, portanto, alguns destes
dispositivos, voltados para este público especificamente.
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LEIS
- Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as
peculiaridades da clientela de educação especial.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às
suas necessidades;
II – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses
educandos nas classes comuns.
- Lei nº 8069/90 – Estatuto da Criança e Adolescente
Art. 54 É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
- Lei nº 10.098/94 – Estabelece as normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências.
- Lei nº 10.436/02 – Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências.
- Lei nº 7.853/89 – CORDE – Apoio às pessoas portadoras de deficiência.
DECRETOS
- Decreto nº 6.094/07 – Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pels
Educação;
- Decreto nº 6.215/07 – institui o Comitê Gestor de Políticas de Inclusão das Pessoas com
Deficiência- CGPD;
- Decreto nº 6.571/09 – Dispõe sobre o atendimento educacional especializado;
- Decreto nº 5.626/05 – Regulamenta a Lei nº 10.436/02 que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais – LIBRAS;
- Decreto nº 2.208/97 – Regulamenta a Lei nº 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional;
- Decreto nº 5.296/04 – Regulamenta as Leis 10.048 e 10.098 com ênfase na Promoção de
Acessibilidade;
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PORTARIAS
- Portaria º. 1.793/94 – Dispõe sobre a necessidade de complementar os currículos de formação de
docentes e outros profissionais que interagem com pessoas com deficiências;
Recomenda a inclusão da disciplina:
“ASPECTOS ÉTICO-POLÍTICOSEDUCACIONAIS DA NORMALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
DE PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS”, prioritariamente nos cursos de
Pedagogia, Psicologia e em todas as Licenciaturas.
Portaria nº 3.284/03 – Dispõe sobre requisitos de acessibilidade e autorização de reconhecimento de
cursos e de credenciamento em instituições;
RESOLUÇÂO
Resolução CNE/CEB nº 2/01 – Institui Diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica;
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indispensáveis, bem como os mesmos em filmes e documentários. Aquele com deficiência motora
necessitará de rampas de acesso à instituições educativas, elevadores adaptados, transporte público
adaptado.
No atendimento á pessoa com necessidades especiais é necessário evitar alguns
comportamentos como a superproteção, a negação da deficiência, a piedade, a generalização, a
infantilização e a supervalorização dos mesmos. É importante ter consciência das limitações de cada
um, potencializar as habilidades e dar autonomia ao aluno.
3.3- METODOLOGIAS
É importante que o professor possua conhecimento das deficiências com a qual ele lida de
forma que o mesmo possa planejar sua aula voltada, também, para os alunos com necessidades
especiais. Conhecer o diagnóstico e o prognóstico de seus alunos, conhecer detalhadamente o aluno,
intercambiar informações com profissionais que acompanhem a pessoa (geralmente são vários), e
definir metas claras e realistas (Louro, 2012) são o caminho. A metodologia adotada por Louro é
descrita pela autora:
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responsabilidade mas, dentro dela, procuro conduzir cada aluno diferenciadamente,
respeitando suas necessidades naquele dado momento. (LOURO, 2012, p 61).
Grande parte do desenvolvimento humano ocorre nos ´primeiros anos de vida através da
coordenação das ações sensório-motoras, ou seja, através do perceber, se relacionar e
construir uma imagem interna do mundo exterior. O desenvolvimento, principalmente da
inteligência, depende das vivências que a pessoa trava com o mundo externo. Sendo assim,
a relação corpo-movimento-sentidos é de crucial importância para o amadurecimento
global do homem, para que ele possa assumir-se como ser no mundo e assim construir sua
estória. Esse processo de evolução, em princípio, natural a todos, é o que conhecemos por
psicomotricidade, ou seja: relação entre o pensamento e a ação, envolvendo também a
emoção. (Nascimento e Machado, 1986, apud LOURO, 2006, p. 53).
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autora destaca ainda a importância dos jogos no desenvolvimento e na aprendizagem musical.
Bertoluchi (2011) nos lembra que a educação musical deve começar em casa, e que o
objetivo da educação musical é a educação pela música, que por sua vez vai englobar o
desenvolvimento da manifestação artística e expressiva da criança, desenvolvimento do sentido
estético e ético, desenvolvimento da consciência social e coletiva, desenvolvimento da aptidão
inventiva e criadora, a busca do equilíbrio emocional e o reconhecimento dos valores afetivos.
Bertevelli (2010) relata que a educação musical será a mesma para a criança cega ou para a
criança vidente (que enxerga). Se utilizará da percepção auditiva e do fazer musical, lembrando
contudo, o quão importante são as vivências e estímulos que a criança cega necessitará para se
desenvolver. “devemos considerar que a criança cega é capaz de se desenvolver normalmente e
integralmente, mas necessita de auxílio para que isso ocorra.” (BERTEVELLI, 2010, p. 303). A
autora salienta que é necessário conhecer o aluno e o local onde o trabalho ocorrerá, criar rotinas,
promover interações, e destaca a importância das brincadeiras e jogos.
A educação especial e inclusiva, atualmente, não parte mais do pressuposto de que todos
são iguais, mas que todos devem ser considerados e respeitados em suas diferenças. Mais
ainda, se pensarmos uma atividade para a criança cega, com certeza ela funcionará para a
criança que enxerga também. O contrário já não é verdadeiro. O conteúdo sempre será o
mesmo, porém adaptações são necessárias; adaptações das atividades, do material e das
estratégias a serem utilizadas nas aulas. (BERTEVELLI, 2010, p 311).
o corpo é a condição primeira para que ocorra o pensamento; é o caminho das ações
sensório-motoras. É necessário desvendar o corpo, conhecer suas partes e possibilidades de
movimento, o que parece simples para qualquer um de nós que enxergamos. Iniciamos com
exercícios, repetições, sensações no espaço e tempo que devem ser exploradas. Começamos
com uma parte muito importante do corpo: a mão. Com ela o cego explora, conhece e
reconhece o mundo, os objetos, peso, textura, forma; reconhece o todo pelas partes. Mãos
em movimento, sozinha, em comunhão com outras mãos. As mãos que tocam, leem,
aprendem e interagem. Depois o rosto, com características físicas e étnicas; as emoções
sentidas e transmitidas, as partes e o corpo todo; braços e pernas, movimentos circulares,
pequenos e grandes, mas simplesmente, movimento. (BERTEVELLI, 2010, p 305).
Fica claro que movimento está intimamente ligado a aprendizagem na educação musical.
Pessoas com deficiência que não foram estimuladas quando crianças podem beneficiar-se das aulas
de música para desenvolver seu aparato psicomotor mesmo em idade avançada, observadas as
limitações próprias da deficiência e da idade em questão. O corpo é o caminho para a
aprendizagem, é através dele que se internalizará os conceitos musicais.
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4.3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica claro que um dos aspectos mais importantes no que concerne a educação musical
voltada para pessoas com necessidades especiais, é a adaptação. Está ai o segredo. O educador deve
adaptar currículo, objetivos, conteúdos, material, enfim, tudo que possa auxiliar no processo
educacional de seu aluno. Devem ser observados todos os pormenores inerentes a educação musical
de pessoas com necessidades especiais, como diagnóstico e prognóstico, características da
deficiência, possíveis adaptações, dentre outros.
Um recurso importante que, com certeza, irá auxiliar o trabalho do educador certamente são
as brincadeiras e jogos musicais. Já está comprovado que a ludicidade auxilia o processo de
aprendizagem. Suas funções lúdicas e educativas somadas podem render bons frutos ao educador
comprometido com sua missão.
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5 – REFERÊNCIAS
LOURO, Viviane dos Santos; ALONSO, Luís Garcia; Andrade, Alex Ferreira de. Educação Musical
e deficiência: propostas pedagógicas. São José dos Campos: Ed. do Autor, 2006. 191p.
LOURO, Viviane dos Santos. Fundamentos da Aprendizagem Musical da pessoa com deficiência.
1º edição. São Paulo: Editora Som, 2012. 296p.
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