Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2. CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................... 5
2.1 O CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO (CAD) ............................................... 5
2.2 COMPOSIÇÃO DO CAD .......................................................................................... 5
CIMENTO PORTLAND.............................................................................................................. 6
AGREGADOS MIÚDOS ............................................................................................................ 6
AGREGADOS GRAÚDOS ........................................................................................................ 7
ADITIVOS QUÍMICOS ............................................................................................................... 8
ADITIVOS SUPERPLASTIFICANTES (SUPERFLUIDIFICANTES) .................................. 8
ÁGUA ........................................................................................................................................... 9
MATERIAIS CIMENTÍCIOS SUPLEMENTARES .................................................................. 9
SÍLICA ATIVA ........................................................................................................................... 10
ESCÓRIA DE ALTO FORNO ................................................................................................. 11
CINZA VOLANT ........................................................................................................................ 11
2.3 CLASSIFICAÇÃO DO CAD ................................................................................... 12
2.4 PROCESSAMENTO DO CAD ............................................................................... 12
2.5 O CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO (CAD) E SUAS RELAÇÕES COM
ELEVADAS E BAIXAS TEMPERATURAS ..................................................................... 13
2.5.1 BAIXAS TEMPERATURAS ........................................................................... 13
2.5.2 ELEVADAS TEMPERATURAS ..................................................................... 15
2.5.3 NORMAS QUE REGULAM O CAD NO BRASIL ....................................... 16
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 16
3.1 TEMPERATURAS ELEVADAS ............................................................................. 16
3.1.1 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS ................................................................... 16
3.1.2 ENSAIO DE ULTRASSOM ............................................................................ 18
3.2 BAIXAS TEMPERATURAS ................................................................................... 19
3.2.1 DOSAGEM DE CAD ........................................................................................ 19
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 21
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 22
3
1. INTRODUÇÃO
4
porosos por sua natureza, tem a capacidade de absorver líquidos para seu
interior, o que no caso em estudo, pode vir a se tornar um fator prejudicial ao
concreto, pois, a água absorvida nos seus poros, ao congelar, tem seu volume
aumentado, ocasionando assim, possíveis trincas, desplacamentos e até
rompimento do concreto (GROSZEWICZ, 2014).
A análise comportamental da temperatura elevada foi feita para uma situação
emergencial de incêndio com o CAD empregado na construção, já a baixa
temperatura foi analisada para o uso do CAD em estruturas destinadas a guarda
e conservação de alimentos
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
5
CIMENTO PORTLAND
AGREGADOS MIÚDOS
6
Figura 2: Exemplo de agregado miúdo
Fonte: SINICESP
AGREGADOS GRAÚDOS
7
ADITIVOS QUÍMICOS
8
ÁGUA
9
Figura 7: Exemplos de cimentícios suplementares
Fonte: Docplayer
SÍLICA ATIVA
10
ESCÓRIA DE ALTO FORNO
CINZA VOLANT
11
Figura 10: Cinza volant
Fonte: Alibaba
12
Quanto a mistura do CAD, a mesma pode ser feita em escala menor (na
obra, por exemplo) ou em larga escala (em usinas). Vale lembrar que deve ser
observado as condições do local de produção do CAD, o tipo de misturador, o
tempo de mistura, dentre outros fatores.
Quanto ao lançamento, o mesmo pode ser feito de maneira mais simples,
quando comparado com o concreto usuais, devido a sua melhor trabalhabilidade.
O lançamento pode ser feito com bombas, caçambas, guindastes, etc.
Quanto ao adensamento, deve ser feito altas vibrações no CAD a fim de
não permitir que fiquem retidos os agregados no fundo da aplicação e para
diminuir os espaços vazios entre as partículas constituintes do CAD, bem como
favorecer a elevação de água da mistura para a superfície da mistura, de modo
a obrigar a água evaporar. Vale ressaltar, também, o uso de plastificantes e
aditivos ao CAD. Eles possuem partículas muito pequenas, que preenchem os
vazios e, assim, melhoram a trabalhabilidade do CAD e melhoram suas
propriedades mecânicas.
O transporte do Concreto de Alto Desempenho deve ser feito de forma
cuidadosa e criteriosa, de forma a prever o tempo estimado de viagem, o custo
de transporte, bem como a qualidade do CAD, afim de que não perca as
propriedades mecânicas esperadas. Um dos maiores problemas no transporte
do concreto é a perca de fluidez e consistência do material ao longo do percurso,
pois o mesmo começa a entrar em processo de cura. Isso pode ser resolvido
com adição de retardadores de cura, no entanto deve-se atentar ao equilíbrio
que deve existir entre o retardador e o plastificante.
Por fim, um dos processos mais críticos na produção e, também,
transporte do CAD: a cura. É a cura que tem função de manter a umidade do
material, de modo a permitir uma hidratação dos constituintes do CAP e atingir
uma resistência inicial esperada. É uma boa hidratação que reduz, de forma
significativa, a retração do concreto. Isso só é possível com uma boa hidratação.
Com estas condições satisfeitas, a estrutura de Concreto de Alto Desempenho
atingi porosidades descontínuas, tornando o material pouco permeável com
poucos dias de hidratação.
13
Powers (1945) e Helmuth (1953). Primeiramente (1945), Powers iniciou seus
estudos e, posteriormente (1953), Helmuth ajudaria Powers a descobrirem algo
muito importante. Eles descobriram dois fenômenos que ocorrem no concreto: a
geração de pressão hidráulica e a difusão de água gel e água capilar.
14
concreto apresentar diferentes tamanhos de grãos, favorece ainda mais o
fenômeno, já que quanto maior o vazio, maior será a temperatura de
congelamento. Com a existência simultânea de água em dois estados físicos
(líquido e sólido) implica em níveis diferentes de energia, sendo que quanto
menor o vazio e quanto maior o grau de saturação, maior será a energia
acumulada nesses vazios. Este fenômeno é denominado difusão capilar.
Os vazios preenchidos podem ser visualizados na figura 11, onde do lado
esquerdo há vazios preenchidos com cristais de gelo e, na direita, os mesmos
cristais após a sublimação do gelo:
15
Segundo Meneses (2011) as estruturas podem, ainda, resistir a temperaturas
na ordem de 700ºC a 800ºC, conservando resistência suficiente em um tempo
hábil para que os resgates sejam feitos sem o colapso da estrutura. Quando em
temperaturas mais elevadas o concreto perde praticamente todas as suas
propriedades mecânicas, ficando a estrutura totalmente comprometida.
3. METODOLOGIA
A metodologia foi dividida em duas partes, os métodos para elevadas
temperaturas e em seguida para baixas temperaturas, respectivamente.
16
corpos de prova e submetendo eles as seguintes temperaturas 500ºC, 750ºC e
900ºC na autoclave. Foram realizados ensaios de resistência à compressão e
módulo de deformação longitudinal para os corpos de prova afetados pela ação
de temperaturas elevadas e comparados estes com corpos de prova de concreto
íntegros. Por fim, foi realizado ensaios de ultrassom nos corpos de prova
submetidos a elevadas temperaturas (SILVA et al., 2018).
Para a realização da pesquisa foram confeccionados doze corpos de prova
cilíndricos de acordo com a NBR 5738:2015, com 10 cm de diâmetro e 20 cm de
comprimento. O traço utilizado na confecção deste concreto está descrito abaixo.
Os valores correspondem a unidades de Kg (SILVA et al., 2018).
Tabela 2 – Traço utilizado para confecção do concreto. Fonte: (SILVA et al., 2018).
Cimento Sílica ativa Ag. Miúdo Ag. Graúdo Água Aditivo superplastificante
1 0,085 1,94 2,58 0,33 0,012
17
Figura 1 - Classificação dos corpos de prova em função da temperatura de exposição. Fonte:
(SILVA et al., 2018).
Figura 2 - Os dados foram obtidos por meio de transmissão direta. Fonte: (SILVA et al., 2018).
18
Após o resfriamento dos corpos de prova foram realizadas leituras do
tempo de ondas ultrassónicas longitudinais. Depois de coletados os dados todo
os corpos de prova (A, B e C que foram submetidos a temperaturas elevadas, e
D que permaneceram em temperatura ambiente) foram submetidos ao ensaio
de resistência à compressão, conforme a ABNT NBR 5739:2007 (SILVA et al.,
2018).
Foi feito uma análise numérica do efeito de temperaturas elevadas no
concreto utilizando-se do software de análise por elementos finitos ANSYS. O
primeiro passo para formular uma análise no software é definir a geometria do
elemento a ser modelado, nesse caso foi utilizada uma geometria que representa
um corpo de prova cilíndrico de 10x20 (em cm). Para análise do efeito da
temperatura no concreto, nesse trabalho foram utilizados dois tipos de análise
térmica, um estado estacionário e um estado transitório. Para ambos os estados
a temperatura a que o corpo de prova foi submetido foi a de 1000°C, a partir da
qual, segundo a literatura, o concreto perde quase que por completo as suas
propriedades mecânicas (SILVA et al., 2018).
19
melhor, fato este atribuído à presença de bolhas de ar que facilitam a mistura, o
lançamento e o adensamento do concreto. Estas características do concreto
com ar incorporado foram confirmadas quando da moldagem dos corpos-de-
prova cilíndricos, e principalmente dos corpos-de-prova prismáticos (LIMA;
LIBORIO, 91).
Nove corpos-de-prova, prismáticos com seção transversal quadrada de
100 x 100 mm e comprimento de 500 mm foram moldados para cada série. O
período de cura dos corpos de prova foi de 28 dias. As justificativas para escolha
deste período são duas: uma técnica, e outra construtiva. A justificativa técnica
baseia-se no objetivo de eliminar o máximo de água congelável no concreto,
além de atingir maior resistência à tração para melhor suportar a ação da
pressão hidráulica e da expansão causados pelo congelamento dos corpos-de-
prova. A justificativa construtiva baseia-se na experiência na construção de
sistemas para armazenamento de produtos congelados, onde a construção dos
elementos de concreto precede à montagem dos equipamentos de frios,
instalações elétricas, mecânicas e sistemas de isolamento, sendo que estas
atividades exigem, normalmente, mais de 28 dias para serem executadas. A cura
foi realizada em câmara úmida (LIMA; LIBORIO, 91).
Com a definição dos parâmetros do projeto para o CAD para ambientes
com baixas temperaturas, tais como: consistência, dosagem de aditivos,
composição do aglomerante, teor de argamassa, consumo de cimento, relação
a/agl e a relação 1:m, foram definidos os traços de concretos a serem
submetidos a baixas temperaturas (LIMA; LIBORIO, 91).
Tabela 4 - Traços para estudo do CAD para ambientes com baixas temperaturas. Fonte: (LIMA;
LIBORIO, 91).
20
Tabela 5 - Resistência à compressão simples para os concretos que serão submetidos à
temperatura de - 35±2°C. Fonte: (LIMA; LIBORIO, 91).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
22
DA COSTA, Rodrigo Eduardo Niquini. PROJETO DE PILARES MISTOS
PREENCHIDOS COM CONCRETO REFRATÁRIO DE ALTO DESEMPENHO À
TEMPERATURA AMBIENTE E EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO. Engenharia de
Estruturas, [S. l.], p. 1-176, 20 jul. 2005.
COSTA, Carla Neves. ASPECTOS TECNOLÓGICOS DOS MATERIAIS DE
CONCRETO EM ALTAS TEMPERATURAS. NATAU 2002, [S. l.], p. 1-12, 20 fev.
2002.
REVITA IBRACON DE ESTRUTURAS E MATERIAIS. A influência das baixas
temperaturas na evolução das resistências do concreto. IBRACON, [S. l.], p. 1-
18, 27 jun. 2018.
ABNT NBR 5738. Concreto — Procedimento para moldagem e cura de
corpos de prova. 2015.
TECNOSIL. O QUE CARACTERIZA UM CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO
(CAD)?. In: O QUE CARACTERIZA UM CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO
(CAD)?. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-
caracteriza-um-concreto-de-altodesempenho-cad/. Acesso em: 28 nov. 2019.
CONHEÇA os tipos de cimento Portland e suas funções. [S. l.], 2019. Disponível
em: Conheça os tipos de cimento Portland e suas funções. Acesso em: 28 nov.
2019
SINICESP. Conceitos básicos para uma escolha apropriada. In:
Http://www.sinicesp.org.br/materias/2016/bt05a.htm. [S. l.], 2019. Disponível
em: http://www.sinicesp.org.br/materias/2016/bt05a.htm. Acesso em: 28 nov.
2019.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM FOCO.
Http://cienciatecnologiafoco.blogspot.com/2018/11/agregados-graudos-
construcaocivil.html. In: AGREGADOS GRAÚDOS (CONSTRUÇÃO CIVIL). [S.
l.], 2019. Disponível em:
http://cienciatecnologiafoco.blogspot.com/2018/11/agregados-
graudosconstrucao-civil.html. Acesso em: 28 nov. 2019.
TECNOSIL. ADITIVOS PARA CONCRETO: PRINCIPAIS TIPOS E PARA QUE
SERVEM. In: ADITIVOS PARA CONCRETO: PRINCIPAIS TIPOS E PARA
QUE SERVEM. [S. l.], 2019. Disponível em:
https://www.tecnosilbr.com.br/aditivos-para-concretoprincipais-tipos-e-para-
que-servem-2/. Acesso em: 28 nov. 2019.
TEXSA FLEXCURESOL. ADITIVOS. In: TEXSA ADITIVOS. [S. l.], 2019.
Disponível em: http://texsa.com.br/aditivos/. Acesso em: 28 nov. 2019.
SILVA, Klayne Kattiley dos Santos; SILVA, Fernando Artur Nogueira; FILHO,
Amâncio da Cruz Filgueira; ALVES, Emerson Fernandes da Silva.
COMPORTAMENTO DO CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO SUBMETIDO
À TEMPERATURAS ELEVADAS UTILIZANDO DE ENSAIOS NÃO
DESTRUTIVOS E MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS: 6ª CONFERÊNCIA
23
DE PATOLOGIA E REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS. PATORREB, Rio de Janeiro
- RJ, 4 abr. 2018.
COLA NA WEB. TUDO SOBRE ÁGUA. In: TUDO SOBRE ÁGUA. [S. l.], 2019.
Disponível em: https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/tudo-sobre-a-
agua. Acesso em: 28 nov. 2019.
LIMA, Sandra Maria de; LIBORIO, Jefferson Benedicto Libardi. CONCRETO DE
ALTO DESEMPENHO APLICADO A SISTEMAS DE PROCESSAMENTO E
ARMAZENAGEM DE ALIMENTOS EM BAIXAS TEMPERATURAS. Cadernos
de Engenharia de Estruturas, São Carlos, ano 2009, v. 11, ed. 49, p. 91-107, 91.
ARGAMASSAS E CONCRETOS. In: ARGAMASSAS E CONCRETOS. [S. l.],
2019. Disponível em: ARGAMASSAS E CONCRETOS. Acesso em: 28 nov. 2019
TEM. TEM SUSTENTÁVEL. In: TEM SUSTENTÁVEL . [S. l.], 2019. Disponível
em: https://www.temsustentavel.com.br/como-economizar-agua-com-aditivos-
paraconcreto/. Acesso em: 28 nov. 2019.
DOCPLAYER. Definição, caracterização e propriedades. In: O betão: Definição,
caracterização e propriedades. [S. l.], 2019. Disponível em:
https://docplayer.com.br/18622882-O-betao-definicao-caracterizacao-
epropriedades.html. Acesso em: 28 nov. 2019.
SÍLICA Ativa (Microssílica). In: Sílica Ativa (Microssílica). [S. l.], 2019.
Disponível em: http://www.diprotec.com.br/produto/silica-ativa-microssilica/.
Acesso em: 28 nov. 2019.
ESCÓRIA de Alto-Forno. In: Escória de Alto-Forno. [S. l.], 2019. Disponível em:
https://brasil.arcelormittal.com/produtos-
solucoes/coprodutos/coprodutos/escoriaalto-forno. Acesso em: 28 nov. 2019.
ALIBABA.COM. Cinzas volantes para o Cimento. In: Cinzas volantes para o
Cimento. [S. l.], 2019. Disponível em: https://portuguese.alibaba.com/product-
detail/fly-ash-forcement-50014111327.html. Acesso em: 28 nov. 2019.
CORR, D. J., JUENGER M. C. G., MONTEIRO, P. J., BASTACKY, J.
Investigating entrained air voids And Portland cement hydration with low-
temperature scanning electron microscopy. Cement and Concrete
Composites, v. 26, p.1007-1012, 2004.
POWERS, T. C.; HELMUTH, R. A. Theory of volume changes in hardened
Portlandcement past during freezing. Proceedings Highway Research Board,
v. 32, p. 285- 297, 1953.
24