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Tamanho e distribuição da Classe

Existe em média cerca de 250 gêneros de diatomáceas viventes com cerca de 100.000
espécies e podendo ser encontradas no mar, em água doce, rochas úmidas e no solo. O
fitoplâncton dos oceanos consiste em uma amplamente de diatomáceas. Em águas
temperadas ou geladas ricas em nutrientes, diatomáceas são largamente responsáveis pela
alta produção primária dos ecossistemas marinhos. Estima-se que a produção primária na
Terra (continentes e oceanos) gire em torno de 1.4 x 10^14 kg secos, sendo que 20-25% desse
valor provêm de diatomáceas. Acredita-se que essa produção represente até 45% da produção
primária dos mares.

A contínua morte e substituição das populações de diatomáceas cria uma espécie de


limo no fundo dos oceanos. O acumulo desse limo ao longo das eras (desde o Terciário)
produziu uma série de depósitos fósseis muito utilizados pela indústria de extração mineral
conhecidos como “terra de diatomácea”. Ao final das florações, quando sua capacidade de
flutuação está prejudicada pela escassez de nutrientes, os diatomáceos iniciam uma espécie de
corrida ao contrário, na qual os mais capazes tendem a permanecer nos níveis superiores da
coluna d’água enquanto os menos capazes vão afundando em uma típica névoa de flocos de
diatomáceas (neve marinha). Muitos indivíduos morrem nesse processo e continuam a decida
até o fundo, se depositando como sedimento. Entretanto, alguns permanecem na camada
termoclina: a fronteira entre as águas quentes e leves da superfície e as águas frias e densas
das profundezas. La eles se transformam em sua forma dormente de esporo e permanecem
até que surjam condições para uma floração novamente.

Além dos indivíduos planctônicos da coluna d’água existem também os bentônicos,


que se localizam na interface entre o substrato sedimentar e o fundo oceânico. As águas do
Mar Frísio, ao largo da Holanda, são ricas em flora diatomácea bentônica, contendo centenas
de espécies. A produtividade primária dessas espécies costuma ser baixa se comparada a das
espécies planctônicas. A baixa produtividade pode ser atribuída às condições geográficas da
região, que, por apresentar um inverno rigoroso, com mares agitados e águas turbulentas, o
Mar Frísio adquire uma coloração barrenta e sedimentosa, devido a força com que as
correntes varrem o substrato. Há também espécies que vivem em na areia ou lama durante a
maré alta, buscando proteção para não ser atingida pelas fortes correntes. Quando a maré
baixa e o substrato é exposto novamente à intensidade luminosa aumenta e elas voltam à re-
emergir do substrato a fim de aproveitar a oferta de luz.

Vários diatomáceos bentônicos são heterótrofos facultativos e podem utilizar vários


substratos orgânicos para crescimento. A maioria das espécies é aquática, entretanto, algumas
são algas terrestres, vivendo em locais úmidos, e podendo sobreviver a longos períodos de
seca e calor em sua forma dormente. Em regiões úmidas tropicais, diatomáceas vivem em
unidas a algas verde-azuis nas folhas das árvores.

Em comparação com vários outros grupos de algae, a sistemática dos diatomáceos é


relativamente fácil de se investigar, por conta dos característicos padrões da concha de sílica.
Entretanto, existe uma quantidade considerável de variáveis de padrões de concha entre as
espécies. Por possuir uma gama diferente de espécies marinhas e de água doce, os
diatomáceos podem ser utilizados para determinar se certos sedimentos têm origem marinha
através do estudo de seus fósseis, preservados por conta da concha de sílica.

Os exemplos de gêneros a seguir servem para ilustrar a diversidade presente família


Bacillariophycea:

1. Gêneros com ocorrência em território nacional:

a. Achnanthes
i. Cerca de 20 espécies registradas;
ii. Acnanthes inflata:

b. Achnanthidium
i. Cerca de 15 espécies registradas;
c. Actinella
i. Cerca de 35 espécies registradas;

d. Amphora
i. Cerca de 40 espécies registradas;

e. Brachysira
i. Cerca de 70 espécies registradas;
ii. Sendo que as mais comuns foram encontradas em material brasileiro;
iii. Brachysira brebissonii

iv. Brachysira zellensis


f. Caloneis
i. Cerca de 25 espécies registradas;
ii. Sendo que 20 já foram citadas em trabalhos brasileiros;

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