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ALERTA
LA FURIA ROJA
Ação. O jornalista Renard Campolina, 23, morador do bairro Santa Teresa, quis a atenção de empresas de Uma preliminar de luxo?
comunicação voltada para seu perfil. O jovem criou uma conta no Twitter para explicar o que eram as TTs
POLÍTICA INTERNACIONAL
- assuntos mais falados, mais tuitados - e um diretor da agência Jchebly o convidou para uma entrevista.
"Consegui cem seguidores por dia com o perfil. O diretor da empresa entrou em contato e me contratou", CARTA & CRÔNICA
Reunião dos Brics provoca ciumeira
conta o jovem, que começou como analista de redes sociais há mais de quatro meses. internacional
Atuando hoje como jornalista, Renard diz que seu chefe da época se interessou pela ideia inovadora. "Eu Jornal O TEMPO
tinha um projeto com uma base comercial, e as outras pessoas entrevistadas tinham perfis apenas como
usuários", explica.
Trinta anos de boa música
Por outro lado, a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Saad,
acredita que as redes profissionais, como o LinkedIn, são mais utilizadas por empresas para a contratação.
Porém, nada dispensa o currículo. Ela considera que essa avaliação dos sites de relacionamento depende
do estilo aberto ou conservador de cada empresa. "Eles não vão às redes para tirar conclusões de Três novos integrantes vão ser escolhidos hoje
personalidade ou de moral sobre alguém", opina. De qualquer forma, a recomendação da especialista é
mostrar sempre a realidade, no meio real e virtual. "Se a pessoa esconder a personalidade dela e for
contratada, não ficará na empresa. É como mentir em entrevista. Tem que preservar sua autenticidade",
diz. Minas perde para Univille e decide
vaga em Santa Catarina
"Bomba"
Microsoft. Em um levantamento recente feito pela empresa, 70% dos profissionais de recursos humanos
rejeitaram candidatos por causa das informações que compartilhavam nas redes sociais e web. Desatualização compromete
cadastro de desaparecidos
Estatísticas
- 21% das empresas no Brasil usam sites de relacionamento para checar candidatos.
- De 825 profissionais de recursos humanos avaliados em uma pesquisa nos EUA, 92% pretendiam usar
Filmes lançam olhar sobre os
redes sociais para contratar, em 2010. oprimidos
- Dos pesquisados, 78% preferiam checar perfis no LinkedIn, 55% usavam o Facebook e 45%, o Twitter.
- Levantamento da Microsoft mostrou que, para 86% dos profissionais de RH, boas referências digitais são
Próxima »
um sinal positivo.
Limpeza online
Celebridades e empresas costumam pagar especialistas para monitorar e "limpar" tudo o que for negativo
referente a eles. Conheça alguns desses serviços, que costumam sair caro:
-Reputation.com
Funciona como "gestor de reputação online".
- Removeyourname.com
Cuida da imagem de companhias que são associadas a itens negativos quando buscadas no Google.
Tentar uma solicitação para removals@google.com pode remover algo sobre você no Google.
Naquelas que mantém ativas, algumas dicas são valiosas Exemplo. O jornalista Renard
para ajudar na preservação da imagem (veja ao quadro). O Campolina foi contratado pela
empresa Jchebly após criar um perfil
especialista em orientação de carreira Alberto Cavalheiro,
profissional no Twitter
presidente do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), sugere
sempre prudência para postar. "Seja educado. Você pode
fazer comentários, mas eles têm que ser de qualidade, com conteúdo positivo", ressalta.
As críticas, por exemplo, podem esperar um momento diferente do virtual. Ofender é falta grave, pois
tudo que está na rede pode ser observado por um selecionador de empresas. "A melhor indicação é se
guiar pela consciência, ser prudente com seu marketing pessoal. A informação corre rápido, como uma
bola de neve", lembra.
Desvios. De uma maneira geral, as empresas que observam os perfis buscam desvios de conduta e
exageros, na opinião da psicóloga e mestre em administração Júlia Ramalho Pinto.
Sócia-diretora da Estação do Saber, onde trabalha com coaching e consultoria em gestão de pessoas, ela
acredita que é preciso ter base em nossas atitudes do mundo real para agir no virtual.
"A pergunta válida é: eu falaria isso no meio da empresa? O que você fala tem consequências. A internet
e as redes sociais tornaram as pessoas mais poderosas, mas resta saber se elas estão preparadas para a
responsabilidade desse poder", opina. Ela exemplifica, ainda, sobre questões explícitas de preconceito na
web.
"Se você coordena a área de gestão de pessoas de uma empresa e busca profissionais que sabem lidar
com equipes, que respeitam diferenças, não irá contratar alguém que explicitamente afirma ser
preconceituoso", argumenta.
Invasão. A especialista opina que o monitoramento das empresas levanta discussões sobre o limite
daquilo que pode ser invasão de privacidade e o que é de domínio púbico. Júlia acredita que a postura nas
redes sociais não deve ser determinante para a contratação.
"Mas tenho clientes de consultoria que já deram !bomba! em candidatos por acharem que era uma pessoa
muito imatura; o tipo de linguagem, a frequência exagerada de situações como ressaca, baladas", revela
Júlia.
JUSTIÇA
A "pré-seleção" no meio virtual pode ser feita, mas a "vigília" da vida pessoal não pode servir para demitir,
segundo o advogado especialista em direito digital Alexandre Atheniense. "Não se pode demitir um
funcionário com base em algo que é relativo à esfera íntima da pessoa", ressalta, exemplificando com
casos de a pessoa ser vista bebendo em uma foto.
"É obvio que as pessoas têm que ficar atentas e monitorar as redes. Não só empresas, mas a polícia e o
Ministério Público checam as referências a partir das redes sociais", alerta.
Esse grande fluxo de informação na internet revela a necessidade de profissionais para cuidar da imagem
nos sites de relacionamento. É o que opina Cristiano d´Alcântara, designer e especialista em branding.
Para ele, o Twitter "possui poder impressionante de divulgação, sejam coisas boas, fúteis ou úteis".
Porém, no Brasil, essa especialidade fica ainda a cargo da Justiça. Quem se sentir lesado por alguma
difamação na rede pode procurar um advogado e entrar com recurso. (AJ)
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