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O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Por ser um crime classificado
como comum.
Obs.: Há alguns doutrinadores que entendem que se trata de crime de
mão própria, e outros que como crime próprio.
Cabe tentativa pela teoria finalista da ação, entretanto, tem que provar
que a finalidade do agente era praticar a conjunção carnal ou ato de
libidinagem.
Aluna : Ingrid Cristine de Andrade Ferreira – Matricula: 1092000001
Obs.: Quando o agente ativo tenta efetivar o crime sem se consumar, levando
o sujeito passivo (vitima) à morte, considerar-se-á o crime consumado e
majorado – trata-se de crime complexo.
Art. 213 “... ter conjunção carnal ou praticar ou permitir...” Quantos crimes?
Primeira corrente diz se tratar de tipo penal alternativo um verbo ou vários que
resulta em crime único. Já uma segunda corrente inicialmente a 6°turma do STJ
entendeu que era um tipo penal cumulativo, vários crimes descrito no mesmo
tipo penal, entretanto a 5° turma avocou para 3°seção que é um tipo penal
alternativo.
Obs.: Os processos que se iniciaram com ação penal privada antes da vigência
da lei 12.015 (27.08.2009), prosseguirão com natureza da ação penal privada,
não retroagindo a nova lei em virtude dos benefícios ou efeitos do art. 60, CPP.
Agora se o processo teve inicio com ação penal pública incondicionada e
a nova lei determinar que o processo prossiga com ação penal pública
condicionada, o juiz deverá intimar a vitima para que ela se manifeste a
vontade de dar prosseguimento ao processo.
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Exemplos
1- A mulher que se entrega a um homem na escuridão imaginando de que
se tratava de seu esposo.
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Por qual crime responde o sujeito que mantêm conjunção carnal com prostituta e
ao final do programa deixa de pagá-la? Tendo em vista que a prostituta só
manteve conjunção carnal em razão de promessa de pagamento, o crime será de
violação sexual mediante fraude – Art. 215, CP.
*** Existe uma semelhança entre a última parte do art. 215 e a terceira forma
do §1° do Art. 217-A (estupro de vulnerável). Na violação o agente dificulta ou
impede a capacidade de entendimento da vítima, enquanto no estupro de
vulnerável o agente de qualquer forma reduz a capacidade de resistência da
vitima, sendo assim, para que aja a compatibilidade entre os dispositivos
penais devemos concluir que na violação a perda da capacidade é relativa e no
estupro de vulnerável é absoluta.
Obs.: Com a nova redação foi revogada a qualificadora que incidia quando a
vítima fosse virgem e maior de 14 anos e menos de 18 anos. Hoje existe
apenas a aplicação de pena de multa cumulativamente com a pena privativa de
liberdade quando o agente visar vantagem econômica.
Esse crime se classifica como sendo crime próprio (tanto para o sujeito
ativo quando para o passivo), porque o sujeito ativo necessitará de ter a
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Crime Material
Sistemas de prostituição
Formas qualificadas:
§1°: quando a vítima for maior de 14 e menor de 18 anos, e quando o agente
for ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor, curador ou
pessoa que detenha o poder sobre a vítima.
Proxeneta Mercenário
§3°: quando o crime é cometido com fim de lucro.
Quando o agente visar obtenção de lucro além da pena privativa de
liberdade, o juiz aplicará pena de multa.
A consumação do crime:
A primeira corrente (majoritária) trata-se de crime habitual e sua
consumação ocorrerá com a reiteração da pratica da manutenção do
estabelecimento. Que tem como consequência: Não há prisão em flagrante e
não se admite tentativa.
Uma segunda corrente não há necessidade de o agente manter a casa
de prostituição, sendo suficiente a prova que o fim destinado para o
estabelecimento era de exploração sexual. Que admite flagrante e tentativa.
§2° quando houver violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça
ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima.
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Discursão doutrinaria:
Para uma primeira corrente, o tráfico tem natureza de cie material, sendo
indispensável à saída, entrada ou deslocamento e o exercício efetivo da
prostituição ou exploração sexual.
Para uma segunda corrente, tratando-se de crime formal, a mera saída,
entrada ou deslocamento é suficiente para a consumação do crime,
independentemente do exercício ou não da prostituição.
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Causas de aumento:
No tráfico internacional e interno de pessoas as formas que
anteriormente qualificavam, agora são consideradas causas de aumento de
pena.
Quando o trafico visar lucro, além da pena privativa de liberdade, o juiz
aplicará cumulativamente multa.
Local:
Público: é aquele de acesso irrestrito. Ex.: ruas, avenidas.
Aberto ao público: são locais que o acesso é mais restrito, mas ainda é
frequentado pelo público. Ex.: cinema, teatro, shopping.
Exposto ao público: o local é privado mais com vista ao público. Ex.:
Varanda, jardim, escada, etc.
Obs.: Quando o local privado de vistas a outro local privado não haverá crime.
Ex.: uma casa de frente a outra.
Obs.: O crime somente existirá se a nulidade gerar efeito absoluto – Art. 1.548.
CC.
Obs.: A nulidade do casamento não poderá ser por casamento anterior, neste
caso haveria crime de bigamia.
Pratica o crime o agente que deixa, sem justa causa, de provê o mínimo
necessário (alimento, vestuário, saúde, habitação, etc.) para a subsistência do
cônjuge, filho menos de 18 anos ou inapto ao trabalho, ascendente maior de 60
anos ou invalidade e ainda o sujeito que deixa de pagar a pensão alimentícia
homologada judicial ou extrajudicialmente.
Não haverá o crime se o agente provar que por justa causa não tem a
condição de prove a subsistência, tendo em vista que ele só tem o mínimo para
si.
Exemplo: “A” é sustentado pela avó, esse se ressalva com a justa causa.
Porque ele já é sustentado pela avó, e não possui renda para manter as
pessoas descritas no tipo penal.
Recentemente na prova de magistratura de Mato Grosso do sul exigiu a
analise do abandono material a luz da teoria da imputação objetiva de Claus
Roxim.
Para Claus Roxim somente haverá o crime quando a conduta do agente
produz um risco intolerável ou inaceitável aumentando de qualquer forma o
risco de lesão ao bem jurídico. Assim, não haverá crime se a vitima já receber
proventos necessários para subsistência de outra pessoa.
Obs.: Haverá uma forma especial de omissão de socorro quando o agente
deixa de prestar socorro para ascendente ou descendente, gravemente,
enfermo.
CUIDADO! Só haverá o crime quando a vitima estiver gravemente enferma.
Obs.: Quando o agente propositadamente mesmo solvente frustra o
pagamento da pensão alimentícia ou perde propositadamente o emprega para
não haver desconto na folha de pagamento.
Pratica o crime o pai e/ou a mãe que deixa de matricular, sem justa
causa, filho em idade escolar, não provendo o mínimo do ensino primário.
Obs.¹: Se o pai e a mãe deixarem de matricular o crime serão cometidos em
coautoria.
Obs.²: O ensino a que se refere o tipo penal é o ensino formal, assim comete o
crime o pai que ensina o filho em casa.
Obs.³: Hoje a idade mínima para se matricular o filho na rede de ensino
primário é de 06 anos.
A consumação (majoritariamente) se dar no momento em que o pai e/ou
a mãe deixam de efetuar a matricula.
Obs.: Para alguns doutrinadores o momento consumativo ocorrerá quando
terminar o período de matricula escolar.
Obs.: Em relação aos dois primeiros verbos do tipo penal é alternativo, ou seja,
a prática de um ou de dois resulta em crime único. No entanto, com relação ao
terceiro verbo, o tipo penal é cumulativo.
Observações Gerais
Art. 267: O crime de epidemia com resultado morte tem natureza de
crime hediondo.
Art. 273: Transcreve os crimes “adulteração, corrupção, falsificação ou
alteração de produtos” destinados a fins terapêuticos ou medicinais.
Este crime tem natureza de crime hediondo, mas na forma equiparada
ele não é considerado hediondo. Exemplo: expor a venda.
Crimes contra a fé pública:
Não cabe o principio da insignificância no crime de moeda ou papel
falso. Só haverá crime de moeda ou papel falso, quando a
falsificação for capaz de iludir alguém, isto significa que a falsificação
grosseira descaracteriza o crime – súmula 73, STJ.
CUIDADO! Embora não caracterize crime de moeda ou papel falso, a
falsificação grosseira poderá caracterizar o crime de estelionato.
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