Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Site: direitomilitarnozoom.wordpress.com
prof.atalibaramos
prof.atalibaramos
prof.atalibaramos
2
Abreviaturas dos nomes de autores quando
mencionados:
3
SETE DICAS que podem salvar a sua vida
NOTA DO AUTOR
4
“se safar”, para ter uma resposta coerente quando
perguntado acerca da temática.
BONS ESTUDOS!
5
DICA 1 – Use as Sandálias da Humildade:
Sistematize a classificação dos crimes
militares de modo simples em sua cabeça.
Boa diversão!
6
soldado”). O crime impropriamente militar pode ser
praticado por qualquer pessoa;
7
militar é aquele só previsto no CPM (ex:
insubmissão). Crime impropriamente militar é
previsto tanto no CPM e CP e pode ser cometido
por qualquer pessoa.
9
Há discussão na doutrina sobre a classificação
desse crime. Há quem entenda que ele seja:
10
crime propriamente militar é aquele cuja ação só
pode ser intentada contra militar. Embora, quando
da prática do delito o agente seja civil, para a
propositura da ação, figura como condição de
procedibilidade a aquisição da condição de militar.
11
Já que estamos falando da classificação de
crime militar, não deixe de pesquisar os seguintes
temas em relação ao civil:
12
DICA 2 – Lembre-se dos crimes militares por
extensão (crimes militares por equiparação à
legislação penal comum ou crimes extravagantes)
13
previstos, qualquer que seja o agente,
salvo disposição especial;
(...)
14
extensão e a nova competência da Justiça Militar
(Lei 13.491/17)”. No esmo sentido JCA:
15
Coimbra – usa a expressão crimes militares
extravagantes. Veja, por exemplo, o artigo “Crime
militar extravagante de lavagem de dinheiro”
16
tão só adequar os demais crimes praticados
por militares à configuração do "crime militar",
o que criou, em termo cunhado pela doutrina, a
nova categoria dos "crimes militares por
extensão", destacada no magistério de
Ronaldo João Roth, Cícero Coimbra e Jorge
César de Assis, dentre outros conceituados
autores de obras jurídicas. Diferentemente da
posição recorrida, constata-se que essa lei não
objetivou a derrogação das determinações
próprias do CPM em favor daqueles de outros
Diplomas. VI(...) X - Recurso admitido e conhecido
como Agravo em Execução e, no mérito, negado
provimento. Decisão Unânime. (Superior Tribunal
Militar. Recurso em Sentido Estrito nº 7000222-
55.2020.7.00.0000. Relator(a):Ministro(a)
PÉRICLES AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ. Data
de Julgamento: 04/06/2020, Data de
Publicação: 12/06/2020)
17
EMENTA: HABEAS CORPUS. DEFESA
CONSTITUÍDA. ART. 282 DO CÓDIGO PENAL
COMUM. ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊNCIA.
INDEFERIMENTO. PRELIMINAR DE NÃO
CONHECIMENTO ARGUIDA PELA
PROCURADORIA-GERAL DA JUSTIÇA
MILITAR. REJEIÇÃO. MAIORIA. MÉRITO.
DELITO MILITAR POR EXTENSÃO. ARTIGO 9º,
INCISO II, DO CÓDIGO PENAL MILITAR.
DENEGAÇÃO DA ORDEM. UNANIMIDADE. (...).
A arguição de incompetência foi apreciada pelo
Conselho Julgador de primeiro grau, tendo sido
rejeitada, dando ensejo ao presente writ,
observando-se, portanto, a dicção do art. 143 do
Código de Processo Penal Militar. Preliminar de
não conhecimento rejeitada. Decisão por maioria.
A novel redação do art. 9º do Código Penal
18
Militar, dada pela Lei nº 13.491/2017, trouxe
verdadeira revolução no âmbito desta Justiça
Especializada no que tange ao aumento de sua
competência, fazendo inserir no rol dos crimes
militares não só os definidos no próprio Códex
Castrense, como também "(...) os previstos na
legislação penal (...)" no contexto das alíneas
do inciso segundo do referido dispositivo, aí
incluído o caso de agentes militares em
situação de atividade, "(...) contra o patrimônio
sob a administração militar, ou a ordem
administrativa militar." (artigo 9º, inciso II,
alínea "e"). Trata-se daquilo que a doutrina
passou a denominar "crime militar por
extensão". Nesse contexto, embora o bem
jurídico tutelado pela norma penal incriminadora
prevista no art. 282 do Código Penal comum tutele
a saúde pública, não se pode olvidar que o delito
militar por extensão, por integrar o Código Penal
19
Militar nas circunstâncias descritas pelo inciso II do
artigo 9º do referido Códex, passou a tutelar os
bens jurídicos diversos tais como a saúde, o
patrimônio, a fé pública, a dignidade sexual, entre
outros, como também objetiva assegurar a ordem,
a hierarquia e a disciplina castrenses, preceitos de
índole constitucional com base nos quais são
forjados os militares das Forças Armadas, nos
termos do art. 142 da Carta Magna. Denegação da
ordem. Decisão por unanimidade. (Superior
Tribunal Militar. Habeas Corpus nº 7000231-
17.2020.7.00.0000. Relator(a): Ministro(a)
CARLOS VUYK DE AQUINO. Data de
Julgamento: 07/05/2020, Data de Publicação:
22/05/2020)
20
Gaivotas andam em bando:
(...)
(...)
§ 2° Se o homicídio é cometido:
23
(...)
24
DICA 3 – Tenha sempre uma carta na manga:
Decore alguns crimes “próprios militares”:
25
Exemplos de crimes próprios militares:
26
Já que falamos sobre o artigo 204 do CPM,
saiba que há discussão na doutrina acerca desse
delito. Lobão, por exemplo, entende que a conduta
deveria ser resolvida na esfera administrativa. JCA
concorda.
27
EMENTA: HABEAS CORPUS. EXERCÍCIO DE
COMÉRCIO POR OFICIAL. INEXISTÊNCIA DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL OU DE
IRREGULARIDADE NA INSTAURAÇÃO DA
AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE PERIGO DA
AFETAÇÃO DO STATUS LIBERTATIS DA
PACIENTE. DENEGAÇÃO ORDEM.
UNANIMIDADE. I - Descabe falar em atipicidade
da conduta quando não há ato de ilegalidade,
constrangimento ou afetação do status libertatis da
Paciente ante o curso da apuração do fato. II - O
remédio constitucional do habeas corpus visa
preservar a liberdade de locomoção do indivíduo
que a tem por prejudicada ou ameaçada, o que
não se constatou no presente caso. Ordem de
Habeas Corpus denegada. Decisão unânime.
(STM - HC 7000068-42.2017.7.00.0000, Relator
Ministro ODILSON SAMPAIO BENZI. Publicação
em 22/2/2018.) (Superior Tribunal Militar. Habeas
28
Corpus nº 7000068-42.2017.7.00.0000.
Relator(a): Ministro(a) ODILSON SAMPAIO
BENZI. Data de Julgamento: 08/02/2018, Data de
Publicação: 22/02/2018)
Gaivota extra:
32
DICA 4 – Saiba a consequência de um crime ser
considerado propriamente militar (militar
próprio, essencialmente militar).
33
2ª) Artigo 18 do CPPM (pode ser aplicado
somente em casos de crimes propriamente
militares):
Detenção de indiciado
34
3ª) Artigo 64, II do CP (não será considerado
reincidente)
(...)
35
II - não efetuar, sem motivo
justificado, a reparação do dano;
36
modo diverso na lei penal comum, ou nela não
previstos, qualquer que seja o agente, salvo
disposição especial, verifica-se que, para o juízo
de tipicidade de tais delitos, basta a descrição
típica da parte especial do Código Penal Militar, na
medida em que o inciso I do art. 9º não contém
qualquer circunstância que possa ser constitutiva
de um tipo penal. A título de exemplo, temos que
tanto o delito de deserção, previsto no art. 187 do
CPM, quanto o delito de ingresso clandestino,
previsto no art. 302 do CPM, e o de furto de uso
(CPM, art. 241) são crimes militares de tipificação
direta, pois não estão previstos na legislação penal
comum. Nesse caso, ao se fazer o juízo de
tipicidade, basta fazer menção ao artigo da Parte
Especial do Código Penal Militar, sem
necessidade de se apontar qualquer inciso ou
alínea do art. 9º do CPM. Não se pode confundir o
conceito de crime propriamente militar com o
37
conceito de crime militar de tipificação direta.
Como visto acima, crime propriamente militar é
aquele que só pode ser praticado por militar. Já os
crimes militares de tipificação direta podem ser
praticados tanto por militar quanto por civil.
38
administração militar das Forças Armadas, não
basta que o órgão do Ministério Público Militar, ao
oferecer denúncia, faça menção ao art. 251, caput,
do CPM – cuja redação é idêntica à do art. 171 do
CP –, devendo, ademais, apontar a alínea “a” do
inciso III do art. 9º do CPM, haja vista tratar-se de
crime praticado por civil contra o patrimônio sob a
administração militar. Somente assim estará
aperfeiçoado o juízo de tipicidade, tipificando-se o
estelionato como crime militar. Na mesma linha de
raciocínio, caso um Soldado da Polícia Militar
ofenda a integridade corporal de outro Soldado da
Polícia Militar, ter-se á caracterizado o crime militar
de lesão corporal – art. 209, caput, c/c art. 9º,
inciso II, “a”, ambos do CPM.
39
DICA 6 – Fixe em sua mente a diferença entre a
Justiça Militar da União e a Justiça Militar
Estadual.
40
mas também os previstos mas também os previstos
na legislação penal; na legislação penal;
41
5. Órgãos jurisdicionais de 5. Órgãos jurisdicionais de
1ª instância: a) Juízes 1ª instância: a) Juiz de
Federais da Justiça Militar: Direito do Juízo Militar:
têm competência julga, monocraticamente,
monocrática para o os crimes militares
processo e julgamento de cometidos contra civis e as
civis, e militares, quando ações judiciais contra atos
estes forem acusados disciplinares militares; b)
juntamente com aqueles Conselhos Especial e
no mesmo processo; b) Permanente de Justiça:
Conselhos Especial e julgam os demais crimes
Permanente de Justiça: militares;
julgam os crimes militares
praticados apenas por
militares federais;
42
7. Órgão jurisdicional de 2ª 7. Órgão jurisdicional de 2ª
instância: Superior Tribunal instância: Tribunal de
Militar. Justiça Militar, nos estados
de Minas Gerais, São
Paulo e Rio Grande do Sul;
Tribunal de Justiça do
Estado, nos demais
estados da Federação.
43
Sem querer dar spoiler, só vamos adiantar que há
entendimento no sentido de que, no âmbito
estadual, os crimes previstos no CPM praticados
pelo civil serão processados e julgados na justiça
comum somente se houver tipificação na
legislação penal comum (ex: violência contra
militar de serviço será processado e julgado como
lesão corporal).
44
DICA 7–Tenha sempre em mente o artigo 47 do
CPM quando estiver diante de uma situação de
crime militar envolvendo superior e inferior
hierárquico.
45
BRIGA NA BOATE
46
1ª Corrente (STF e STJ) – Para atrair a
competência da Justiça Militar (nesse caso a
JMU), não basta que o crime seja cometido por
militar contra militar (artigo 9º II, “a” do CPM).
47
E qual será o crime em questão?
I – a qualidade de superior ou a de
inferior, quando não conhecida do
agente;
II – a qualidade de superior ou a
de inferior, a de oficial de dia, de
serviço ou de quarto, ou a de
sentinela, vigia, ou plantão, quando a
ação é praticada em repulsa a
agressão.
48
OBS: É óbvio que, na sua prova, a expressão “que
não se conheciam”” não virá iluminada e negritada
como aqui. Mas, sinceramente, esperamos que,
em sua mente, seja como se estivesse, como
resultado desta dica, que fará acender a luz!
BONS ESTUDOS!
49