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Qualquer superfície que absorve luz parece negra, e a superfície que reflete a luz
parece completamente branca. Considerando que a radiação visível ocupa uma faixa
muito estreita do espectro, de 0,4 a 0,76 µm, não podemos fazer quaisquer
julgamentos sobre a escuridão da superfície com base em observações visuais. A lei
de Stefan-Boltzmann na Figura 1 fornece o poder emissivo do corpo negro total Eb,
que é a soma da radiação emitida sobre todos os comprimentos de onda.
A relação da potência essiva do corpo negro espectral E bλ foi desenvolvida por Max
Planck em 1901, em conjugação com sua famosa teoria quântica. Essa relação é
conhecida como Lei de Planck, expressa como:
A integração da potência emissiva do corpo negro espectral Ebλ sobre todo o espectro
de comprimento de onda fornece a potência emissiva total do corpo negro Eb:
RADIAÇÃO INSIDENTE
Todas a superfícies emitem radiação, mas também recebem radiação emitida ou
refletida por outras superfícies. Portanto, o fluxo de radiação incidente sobre a
superfície em todas as direções representa a taxa na qual a energia de radiação incide
sobre a superfície por unidade de área da superfície.
ÂNGULO SÓLIDO
O ângulo sólido pode ser definido como aquele que, visto do centro de uma esfera,
percorre uma dada área sobre a superfície dessa esfera. Se nós considerarmos como
estando no centro de uma esfera que abarca na sua superfície essa área visível,
então, esse ângulo, que chamamos de "ângulo de visão", é o nosso ângulo sólido.
Um ângulo ordinário é confinado por duas retas, este será confinado presumivelmente
por uma superfície de cone (se a superfície vista no céu tiver uma forma circular).
Para calcular o ângulo sólido de um objeto, a partir do seu centro, subentende, basta
calcular o tamanho da área direcionada a partir do centro do objeto, sobre a esfera
que tem como centro o próprio objeto e dividir esse valor pelo quadrado do raio dessa
esfera.
Assim, o ângulo sólido é dado por:
RADIOSIDADE
A teoria da transferência de calor descreve radiação como a transferência de energia
de uma superfície quando aquela superfície foi excitada termicamente. Isto inclui
ambas superfícies as quais são emissoras básicas de energia, assim como as fontes
de luz, e superfícies que recebem energia de outras superfícies e deste modo têm
energia para transferir.
Como na transferência de calor, o método básico de radiosidade para a geração de
imagens por computador supõe que superfícies são difusos emissores e refletores de
energia, emitindo e refletindo energia uniformemente sobre toda a sua área. Deve-se
notar que o método básico de radiosidade é independente do ponto de vista: a solução
será a mesma de qualquer ponto de vista da imagem.
Observando que radiosidade de uma superfície é a taxa pela qual a energia deixa a
superfície (energia / tempo / área), técnicas de modelagem da transferência de energia
entre superfícies baseada em radiosidade foram usadas primeiro em análise de
transferência de calor entre superfícies em um ambiente fechado.
A Equação de Radiosidade “J” descreve a quantidade de energia que pode ser emitida
de uma superficie, como a soma de energia inerente à superfície (uma fonte luminosa,
por exemplo) e a energia que atinge a superfície, sendo emitida de alguma outra
superfície.
Onde:
● J = πIe+r; (w/m2) (emissor e refletor difuso);
● Ie+r = Soma das intensidades emitidas e refletidas;
GRANDEZAS ESPECTRAIS
Na radiação térmica é necessário considerar a variação da radiação com comprimento
de onda e com direção e expressar as quantidades em determinado comprimento de
onda λ ou por intervalo de comprimento de onda unitário em torno de λ.
A intensidade de radiação espectral I λ (λ, θ, φ), por exemplo, é simplesmente a
intensidade total de radiação I (θ, φ) por unidade de comprimento de onda sobre
intervalo λ. A intensidade espectral para a radiação emitida I λ,e (λ, θ, φ) pode ser
definida como taxa na qual a energia de radiação dQe é emitida no comprimento de
onda λ na direção (θ, φ) poe unidade de área normal para essa direção, por unidade
de ângulo sólido sobre essa direção, e pode ser expressa como:
Quando difusos:
PROPRIEDADES RADIOATIVAS
A maioria dos materiais encontrados na prática, como metais, madeira e tijolos, é
opaca à radiação térmica, e a radiação é considerada um fenômeno de superfície
desses materiais, isto é, a radiação térmica é emitida ou absorvida dentro dos
primeiros poucos mícrons da superfície, portanto falamos de propriedades radioativas
das superfícies de materiais opacos.
Alguns materiais, como vidro e água, permitem a penetração de radiação visível a
consideráveis profundidades antes que qualquer absorção significativa ocorra.
A radiação através de materiais semitransparentes obviamente não pode ser
considerada um fenômeno de superfície, já que todo o volume do material interage
com a radiação.
Portanto, os materiais podem exibir comportamentos diferentes em diferentes
comprimentos de onda, e a dependência do comprimento de onda é um fator
importante a ser considerado no estudo das propriedades radioativas como
emissividade, absortividade, refletividade e transmissividade dos materiais.
EMISSIVIDADE
A emissividade de uma superfície representa a razão entre a radiação emitida pela
superfície em uma determinada temperatura e a radiação emitida por um corpo negro
na mesma temperatura.
A emissividade da superfície é denotada por ε, e varia entre 0 e 1, 0 ≤ ε ≤ 1.
A emissividade é a medida de quanto a superfície se aproxima de um corpo negro,
para o qual ε = 1.
A emissividade mais elementar de uma superfície a uma determinada temperatura é
emissividade espectral direcional, definida como a razão entre a intensidade da
radiação emitida pela superfície em um determinado comprimento de onda em
determinada direção e a intensidade da radiação emitida por um corpo negro à mesma
temperatura no mesmo comprimento de onda.
Note que a intensidade de radiação do corpo negro é independente da direção e,
portanto, não tem dependência funcional em θ e φ.
Emissividade total direcional:
Emissividade espectral hemisférica:
OU
Emissividade média:
Os metais geralmente possuem emissividades tão baixas quanto 0,02 para superfícies
polidas. Os cerâmicos e os materiais orgânicos ao contrário dos metais têm altas
emissividades. A emissividade dos metais pode aumentar em algumas situações,
como por exemplo: o aumento da temperatura do metal e em situações de oxidação
do metal, que quanto mais oxidado maior será sua emissividade que poderá ser
próxima dos níveis de emissividade dos não metais.
Nas interpretações dos dados, devem ser observados alguns fatores de influência,
logo as condições de superfície devem ser corretamente descritas, como: limpeza do
local, tipo de acabamento, condições de oxidação e rugosidade. Com essas variáveis
descritas é possível encontrar valores com menos incertezas e evitar grandes
discrepâncias.
LEI DE KIRCHHOFF
A lei da radiação térmica de Kirchhoff, postulada pelo físico alemão Gustav Robert
Kirchhoff, afirma que um corpo arbitrário que emite e absorve radiação térmica em
equilíbrio termodinâmico, a emissividade é igual à absorção.
Esta lei também deve ser válida para satisfazer a Segunda Lei da Termodinâmica.
Isso parece violar a Segunda Lei da Termodinâmica, que afirma que o calor não pode
fluir espontaneamente do sistema frio ao sistema quente, sem trabalho externo sendo
executado no sistema.
O paradoxo é resolvido pelo fato de que cada corpo deve estar na linha de visão direta
do outro para receber radiação dele.
O caso de diferentes emissividades é resolvido pela Lei de Kirchhoff da radiação
térmica, que afirma que objetos com baixa emissividade também possuem baixa
absorção.
Como resultado, o calor não pode fluir espontaneamente do sistema frio para o
sistema quente e a segunda lei ainda é satisfeita.
Em geral, tanto a emissividade (ε) quanto a absortividade (α) de uma superfície
dependem da temperatura e do comprimento de onda da radiação. A lei da radiação
térmica de Kirchhoff afirma que a emissividade e a absorção de uma superfície a uma
dada temperatura e comprimento de onda são iguais.
EFEITO ESTUFA
Em uma estufa, a radiação solar composta por comprimentos de onda desde o
ultravioleta até o infravermelho passa livremente através da cobertura de vidro, ou
plástico, sendo absorvida pelas plantas.
Entretanto, os raios infravermelhos ficam refletindo internamente dentro da estufa,
praticamente sem serem emitidos para fora, já que o vidro é opaco para essa
radiação. Então, através da queima de combustíveis, lançamento de gases compostos
de cloro-flúor-carbono (CFCs) e o excesso de dióxido de carbono na atmosfera, esse
efeito pode ser aumentado consideravelmente, contribuindo para o aquecimento
global.
A utilização da energia solar, dos ventos (eólica), das marés, geotérmica e da fusão
nuclear para gerar eletricidade devem ser incentivados.
Existem aqueles que argumentam que a Terra teria um efeito de compensação contra
o aquecimento global no qual o aquecimento crescente poderia levar a um aumento da
evaporação, o que produziria mais nuvens, bloqueando uma parcela da luz do sol de
chegar à superfície terrestre.
Podemos chegar a taxa líquida de transferência de calor por radiação para uma
superfície exposta à radiação solar e atmosférica, que é determinada através de um
balanço de energia: