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Nas imediações da “cidade dormitório” há famílias vivendo as margens de ruas de terra, onde o

saneamento nunca chegou, mas a esperança aparentemente, nunca saiu.


Em um dia de tempo nublado o apartamento gelado me dá a falsa sensação de estar frio lá fora,
decido por vestir uma calça e uma bota, além de uma camiseta preta (será relevante mais pra
frente).
E é na rua de terra que meu caminho se cruza com um pequeno garoto que me avista em meio a
suas prendas de criança, e subitamente com brilho nos olhos chama minha atenção, “tio, meu pai
era segurança”, em sua espontaneidade e franqueza, o véu que separava meu ser e o ser alheio,
se rompeu, e de súbito faltaram as palavras, só consegui dizer – É mesmo? Que bacana!
e ele logo correu para voltar a brincar, dos encontros da vida que levamos para o travesseiro, e em
uma manhã nos trazem prazer e conforto em recordar.

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