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Abrantes 25/01/2005
Sebenta
De
Aulas Teóricas
Variável dinâmica é qualquer parâmetro físico que pode variar, ao longo do tempo,
espontaneamente ou por influências externas.
Exemplos:
• Temperatura;
• Pressão;
• Caudal;
• Nível;
• Força;
• Luminosidade;
• Humidade;
? • Etc.
Sistema de Controlo
É fazer com que uma variável dinâmica fique fixa sobre ou perto de um valor específico
desejado.
Entrada Fluido
Visor
H
Saída Fluido
Válvula
Processo
Medida
Para efectuar o controlo de uma variável dinâmica num processo, temos de ter
informação sobre a própria variável. Esta informação é determinada através de uma
medida da variável. Em geral uma medida é uma transdução (transdutor) de uma
variável num correspondente analógico da variável que pode ser uma pressão
pneumática, uma tensão ou uma corrente eléctrica.
Avaliação
Elemento de controlo
Elemento
Controlador Processo
de controlo
Medida
Tipos de Sistemas
Referência
Detector Actuador Processo
de erro Saída
Sensor
Sinal de realimentação
“Feedback”
Referência
Condicionamento Actuador Processo
Detector
de sinal Saída
de erro
Condicionamento
de sinal
Sensor
Sinal de realimentação
“Feedback”
Condicionamento
de sinal
Display
Perturbações
Tipo de controlo
- Controlo Manual
Controlador
Processo
Variável controlada
Variável manipulada
Referência Perturbações
Valor v.
manipuladas
Variáveis Processo
manipuladas Variáveis controladas
São usados sensores para medir as perturbações e com base nestes valores
medidos os controladores calculam os valores que as variáveis manipuladas devem
tomar para compensar o efeito dessas perturbações.
Perturbações
Medida
Detector de erros
Produz um sinal que é dado pela diferença entre a entrada de referência R(s) e o sinal de
realimentação do sistema de controlo:
R(s) + E(s)
-
Y(s)
E(s) = R(s) – Y(s)
Função de transferência
E(s) Y(s)
G(s)
Controladores
Calcula com base no erro de saída do comparador as variações necessárias a introduzir
na variável manipulada
Electrónicos;
Pneumáticos;
Mecânicos;
Hidráulicos.
- Controlo Proporcional - P
Kc * E
E
Kc
- Controlo Integral – I
Estabilidade
Imaginária
SPE SPD
Real
Exercício
r + e S
G
-
Resolução
e = r - s
(= ) (= ) (= ) (= )
_____ _____ _____ _____
s = G * e s = G * (r - s) s = G * r - G * s G * r = s + G * s G * r = s * (1 + G)
_____ e = r - s
(= ) G * r (= )
G
s = 1 + G s = 1 + G * r
G
Função de transferência em anel fechado --- s = *r
1+ G
θ (s) 1
=
δ (s) s 2 θ ref (s) + erro δ (s) θ (s)
Kc 1/s2
Binário do motor -
Resolução:
Controlador proporcional
θ ( s) Kc
Função transferência em anel aberto – F.T. em A.A. = =
θref ( s ) s2
erro θ (s)
erro = θref Kc
δ (s) 1/s2
1
θ ( s ) = 2 .δ ( s ) s1 = 0
s s2 = 0 ⇔
δ ( s ) = Kc.erro s 2 = 0
Imaginária
SPE SPD
Real
O sistema é simplesmente estável, pois o s1 e s2, estão sob acção do eixo imaginário;
como estão em cima do outro tem um efeito de atraso.
θ (s) Kc
Função transferência em anel fechado – F.T. em A.F. = =
θref ( s) s + Kc
2
Imaginária
s + Kc = 0 ⇔ s = − Kc
2 2
j Kc
⇔ s = ± − Kc
⇔ s = ± j Kc Real
− j Kc
θ (s)
Condicionamento de sinal:
• Amplificação de sinal;
• Atenuação;
• Filtragem;
• Conversão D/A , A/D;
• Circuitos “matching”.
Variável controlada
Exemplos:
Nota:
Divisor de tensão
O divisor de tensão pode ser usado como conversor de variações das
resistências, em variações de tensões (largamente utilizados para condicionamento de
sinal).
VE
R1 R2
VS = .VE
R1 + R 2
VS
R2
VS tensão saída
VE tensão entrada
Quer R1 quer R2 pode ser o sensor cuja resistência varia com uma grandeza
mensurável.
Nota:
Exemplo:
Suponha que R2 é um transdutor cuja resistência varia de 4 a 12K com a variação numa
certa gama de uma variável dinâmica, sabendo que R1=10K e VE=5V. Determine:
a) Variação de Vs;
Solução: R2 4
Para R2=4K temos: VS = .VE = .5 = 1,43V
R1 + R 2 10 + 4
R2 12
Para R2=12K, a tensão é: VS = .VE = .5 = 2,73V
R1 + R 2 10 + 12
Ponte de Wheatstone
R3 R4
Va = .V ; Va = .V
R1 + R 3 R2 + R4
R3 R4 (R + R 4 ).R 3 − (R 1 + R 3 ).R 4
∆V = Va − Vb = .V - .V = 2 .V
R1 + R 3 R2 + R4 (R 1 + R 3 )(. R 2 + R 4 )
R 2 .R 3 + R 4 .R 3 − R 1 .R 4 − R 3 .R 4 R 3 .R 2 − R 1 .R 4
⇔ ∆V = .V = .V
(R 1 + R 3 )(. R 2 + R 4 ) (R 1 + R 3 )(. R 2 + R 4 )
- Serve para medir impedâncias por uma técnica de igualização de potências.
Exemplo:
Solução:
R 2 .R 3 842.500
R 1 .R 4 = R 2 .R 3 ⇔ R 4 = = = 421Ω
R1 1000
Circuitos Passivos
Circuitos Passivos
Filtros RC – Um filtro tem por função eliminar o ruído de um sinal, eliminando certas
frequências ou bandas de frequências.
Filtro RC “passa-baixo”
R1
VS
VE C VS
VE
f
fc
1
Frequência de corte: f c = [Hz] VS 1
2.π .R 1 .C =
VE f
2
1 +
- Passa somente as baixas frequências e “rejeita” as altas frequências. fc
Exemplo:
Um sinal de medida tem uma frequência <1KHz, mas há ruído indesejável a 1MHz.
Projecte um filtro passa-baixo que atenue o ruído para 1%.
Solução:
2
1
2 2
VS 1 1 1
= ⇔ 0,01 = ⇔ 1 + =
VE f
2
1
2
f c 0,01
1 + 1 +
fc fc
1 1 2 1
= −1 + ⇔ fc = ⇔ f c = 1 × 10 −4 = 10KHz
fc
2
0,01 2
1
−1+
0,012
1 1
Supondo que: C=0,01µF, então: f c = ⇔ 10 = ⇔ R 1 = 1,59Ω
2.π .R 1 .C 2.π .R 1 .0,01
O resultado pode ser visto pelo gráfico ou pelo cálculo de VS/VE determina-se o valor
da rejeição.
1. Gráfico
f 1KHz
= = 0,1
f c 10KHz
2. Equação VS/VE
VS 1 1
= = = 0,995
VE f
2
1
2
1 + 1+
fc 10
Filtro RC Passa-Alto
C
VS
VE R1 VS VE
f
VS
= fc f
VE f
2
fc
1 +
fc
Exemplo:
Solução:
V
P(dB) = 20 log S ; y = log10 x ⇔ x = 10 y
VE
−3
VS
= 10 20 = 0,707
VE
A frequência crítica é a frequência para a qual a saída é atenuada de 3dB. Assim, neste
caso fc=2KHz e o efeito no ruído a 60Hz obtém-se usando a equação VS/VE com
f=60Hz.
f 60
VS
= fc = 2000 = 0,03
VE f
2
60
2
1 + 1+
fc 2000
Filtro passa-banda
R1
VE C VS
L
- Entrada inversora (-) : um sinal positivo aplicado nessa entrada produz na saída um
sinal negativo;
- Entrada não inversora (+): um sinal positivo aplicado nesta entrada produz na saída
um sinal positivo.
R2
R1 If
VE R2
VS VS = − .VE
Ii R1
?
Como chegar à fórmula?
- VE + I i .R 1 = 0 If .R 2 + VS = 0 Ii = If + IS => Ii = If (sendo IS = 0)
; ;
VE V R
Ii = If => = − S => VS = − 2 .VE
R1 R2 R1
VS
VE
VS = VE
Amplificador somador
Este circuito soma aritmeticamente duas parcelas (podendo incluir outro número de
parcelas).
I1 R1
V1
I2 R2 I If R3
V2
R R
VS = − 3 .V1 + 3 .V2
VS R1 R2
Aplicando as leis das malhas e dos nós e sabendo-se que o potencial da entrada
inversora está ao mesmo potencial da entrada não inversora (ui=0), então:
VS V1 V2 V1 V2
I f .R 2 + VS = 0 ⇒ I f = − ; I1 = ; I2 = I = I1 + I 2 ⇒ I = +
R3 R1 R2 R1 R 2
V1 V2 V V V
I = If ⇒ + = − S ⇒ VS = − R 3 . 1 + 2
R1 R 2 R3 R1 R 2
Se R3=R1=R2, obtém-se outra expressão mais simplificada: VS = -(V1+V2)
Amplificador não-inversora
O sinal de entrada VE está aplicado à entrada não inversora. Considerando o
amplificador operacional é ideal, a tensão na entrada inversora(VR1) é igual à tensão da
entrada não inversora (VE).
R2
R2 V S = .VE + VE
R1
VS
VE
R1
VS
R2
?
A tensão da entrada não inversora é a tensão na resistência R1. VR1
Temos na presença de um divisor de tensão! R1
VR1 =
R1 R1 (R 1 + R 2 ) = R 2 .V + V
.VS como VE = VR1 ⇒ VE = .VS ⇒ VS = VE .
(R 2 + R 1 ) (R 2 + R 1 )
E E
R1 R1
Ou R2
I2
I1 VD VS
VE
R1
VE
VD = 0 ⇒ V1 = V2 = VE ; V1 = R 1 .I1 = VE ; I1 = − I 2 ; VS = VE − I 2 .R 2 = VE + .R 2
R1
Amplificador diferencial
R1 R2
Va
V1
I1 I2
R2
R1
Vb VS VS = (V2 − V1 )
V2 R1
R2
- V1 + R 1 .I1 + Vb = 0 ; - Vb + R 2 .I 2 + VS = 0
V1 − Vb V − VS V1 − Vb Vb − VS R
I1 = ; I2 = b ; I1 = I 2 ⇒ = ⇔ 2 .(V1 − Vb ) = Vb − VS
R1 R2 R1 R2 R1
R2 R R R R2 R R
⇔ VS = Vb + .Vb − 2 .V1 ⇔ VS = Vb .1 + 2 − 2 .V1 ⇔ VS = .V2 .1 + 2 − 2 .V1
R1 R1 R1 R1 R1 + R 2 R1 R1
R2 x R1
⇔ VS = .(V2 − V1 )
R1
R1 R2
VE
R2
I=− .VE
R5 R3 R 1 .R 3
I
R4 RL
Conversor corrente-tensão
VE VS = I.R
VS
Integrador
C
R 1
R.C ∫
VE VS = − VE dt
VS
Exemplo:
Desenvolva um circuito com Amp que dê uma tensão de saída relacionada com a tensão
de entrada por: VS = 3,4.VE + 5
Solução:
R1=10K
I1
V1=+5
R2=2,94K R3=10K
I2 I If R5=10K
Vin=V2
R4=10K Ik
VS’=VE Ii VS
1º C. somador
VS' V1 V2 V1 V2
I f .R 2 + VS = 0 ⇒ I f = − ; I1 = ; I2 = I = I1 + I 2 ⇒ I = +
R3 R1 R2 R1 R 2
V1 V2 V V V
I = If ⇒ + = − S' ⇒ VS' = − R 3 . 1 + 2
R1 R 2 R3 R1 R 2
2º C. inversor
- VE + I i .R 4 = 0 I K .R 5 + VS = 0 I i = I K + I S => I i = I K (sendo I S = 0 )
VE V R
I i = I K => = − S => VS = − 5 .VE
R4 R5 R4
R5 V V R .R R .R 10.10 10.10
VS = − .− R 3 . 1 + 2 = 5 3 .V1 + 5 3 .V2 = .5 + .V2 = 5 + 3,4.Vin
R4 R 1 R 2 R 1 .R 4 R 4 .R 2 10.10 10.2,94
Conversores
Código Gray
Regra a utilizar:
1.º 11001 2.º 11001 3.º 11001 4.º 11001 5.º 11001
1 10 101 1010
Gray Decimal
10101
000 0
001 1
Resultado em Gray 10101 011 2
Conversão Gray – Binário 010 3
110 4
111 5
Regra a utilizar: 101 6
100 7
1. o bit mais significativo em binário é o mesmo que
corresponde em gray.
1.º 11011 2.º 11011 3.º 11011 4.º 11011 5.º 11011
Conversor Digital-Analógico
O sinal de entrada pode ser do tipo série ou paralelo. O sinal de saída pode ser um sinal
de corrente ou um sinal de tensão.
VR
Latch
b0
b1
b2
b3 Vo
b4 DAC
.
.
.
bn
+V Terra -V
Estrutura de um DAC
De uma forma geral, um DAC é usado como uma caixa preta e não é necessário o
conhecimento do funcionamento interno. O modelo mais usado é a rede de escada de
resistências para dar a função de transferência.
R
R R R
VS=V0
2R 2R
b4 2R
b3 2R
b2 2R
b1
VR
N10 = an 2n + ...+ a0 20
Resolução da conversão
Este conversor, cuja resolução é igual a 8 bits, possui duas saídas complementares em
corrente sendo necessário utilizar um conversor corrente-tensão para obter na saída do
circuito total um sinal de tensão.
Exemplo:
Uma válvula de controlo tem uma variação linear na abertura, com a variação de tensão
de entrada entre 0 e 10V. O microcomputador tem uma saída de palavras de 8 bits que
controlam a abertura da válvula, por isso, usa-se um DAC de 8 bits para produzir a dada
tensão na válvula.
a) Determine a tensão de referência necessária para obter a abertura completa da
válvula (10V).
b) Determine a percentagem de abertura da válvula correspondente a uma variação
VR
de 1 bit na palavra de entrada.
Solução: 00000000
a) DAC 0…10V
8bits Válvula
11111111
( −1
Vo = VR . b1 .2 + b 2 .2 −2
+ ...b 8 .2 −8
) ⇔ 10 = V R
1 1
. + + ... +
1
⇔ VR =
10
= 10,039V
2 4 256 0,9961
b)
1 0,0392.100
∆Vo = VR .2 − n = 10,039.2 −8 = 10,039. = 0,0392 ⇒ percentagem = = 0,392%
256 10
Conversor Analógico-Digital
ADC - Sigla de Analogic to Digital Converter), que significa conversor analógico-
digital.
b0
b1
VE=Vin b2
b3
ADC b4
.
.
.
bn
Clock
Estrutura de um ADC
A maioria dos ADC’s podem ser obtidos na forma de montagens de circuitos integrados
que podem ser montados num único chip (caixa preta).
(
Vin = VR . b 1 .2 −1 + b 2 .2 −2 + ...b n .2 − n )
∆Vin = VR .2 − n
Exemplo:
Solução:
1. b1=1
( ) ( )
Vin = VR . b 1 .2 −1 + b 2 .2 −2 + ...b n .2 − n = 5. 1.2 −1 + 0.2 −2 + 0.2 −3 + 0.2 −4 = 2,5V
2. b2=1
( ) ( )
Vin = VR . b 1 .2 −1 + b 2 .2 −2 + ...b n .2 − n = 5. 1.2 −1 + 1.2 −2 + 0.2 −3 + 0.2 −4 = 3,75 V
3. b3=1
( ) ( )
Vin = VR . b 1 .2 −1 + b 2 .2 −2 + ...b n .2 − n = 5. 1.2 −1 + 0.2 −2 + 1.2 −3 + 0.2 −4 = 3,125 V
4. b4=1
( ) ( )
Vin = VR . b 1 .2 −1 + b 2 .2 −2 + ...b n .2 − n = 5. 1.2 −1 + 0.2 −2 + 1.2 −3 + 1.2 −4 = 3,4375 V
1100 3,75V
1011 3,4375V
1010 3,125V
1000 2,5V
0000 0V
Exemplo:
Solução:
a) Interface
VR=10V
000000
K…100ºC y…0,65V Vin…9,84375V ADC
Sensor C.S. 6bits
6,5mV/ºC ∆VT x15,14 ∆Vin 111111
( ) ( )
Vin = VR . b 1 .2 −1 + b 2 .2 −2 + ...b n .2 − n = 10 . 1.2 −1 + 1.2 −2 + 1.2 −3 + 1.2 −4 + 1.2 −5 + 1.2 −6 = 9,84375 V
b) Resolução em temperatura
∆Vin = VR .2 − n = 10 .2 −6 = 0,15625 V
∆Vin 0,15625
∆VT = = = 0,01032 V = 10,32mV
G 15,14
∆VT 10 ,32
∆T = = = 1,58º C
sensibilid ade 6,5
Apresentação
Num processo automático pode-se utilizar dois tipos de variáveis analógicas ou digitais,
para que, após o processamento das informações contidas nessas variáveis, o
controlador tome decisões como: ligar/desligar um motor, acender uma lâmpada,
ligar/desligar um sistema de aquecimento, entre outras.
Sensor
Definição: Dispositivo de entrada que converte um sinal de qualquer espécie em outro
sinal que possa ser transmitido ao elemento indicador, para que este mostre o valor da
grandeza medida.
Ou seja,
O sensor é um elemento que "sente" uma grandeza física e a traduz para que ela possa
ser vista ou utilizada por um sistema eléctrico ou electrónico.
Classificação
Assim temos:
Sensor contínuo
Sensor discreto
Com alimentação externa (passivos): Estes requerem entrada de energia para poder-
se obter um sinal de saída. Um exemplo é um termo resistência, o qual requer uma
entrada de energia.
Resolução – define a mínima variação de entrada que produz uma variação da saída.
Erro Dinâmico – traduz o erro introduzido pelo sensor quando o sinal de entrada varia
no tempo, sabendo-se que o erro estático é nulo.
Nota:
Tipos de Sensores
Em processos industriais para monitorizar um dado sistema temos de levar em conta
três tipos de variáveis como:
- Posição;
- Velocidade (aceleração);
- Força.
Influência da Resistividade
Nota:
Exemplo:
Solução:
A A 8
R = ρ . = s = ρ . = 0,42. = 0,03mm 2
s R 110
π .d 2 s.4 0,03.4
s= ⇔d= = = 0,2mm
4 π π
Legenda:
R2 = R1.[1 + α (t2 − t1 )]
R1 Resistência inicial
R2 Resistência final
α Coeficiente de temperatura
( t2 - t1) Variação da temperatura
Exemplo:
Solução:
ρ .A 0,017.100
L = 100m Resistência a 20ºC R1 = s = 0,5 = 3,4Ω
S = 0,5mm
ρ = 0,017Ω.mm2/m
α = 0,004
t2 = 60ºC
Resistência a 60ºC R2 = R1.[1 + α (t2 − t1 )] = 3,4[1 + 0,004(60 − 20 )] = 3,94Ω
Numa estufa temos uma termorresistência de níquel que tem a 20ºC uma resistência de
50Ω. Em funcionamento normal da estufa a resistência é de 65Ω. Calcule a temperatura
atingida nesta em funcionamento normal, sabendo que o coeficiente de temperatura do
níquel é de 0,006.
Solução:
Devido à presença de contactos eléctricos móveis, a vida útil destes sensores é muito
curta (não superior a 1 milhão de operações) e com precisão pequena nas medidas,
sendo ainda sujeita a erros causados por ruídos induzidos, como por exemplo, ruídos de
rede de alimentação e ruído branco (ruído ambiente, que cobre todo o espectro de
frequências).
Sensor Potenciométrico
O sensor potenciométrico é simples sensor que opera como um divisor de tensão, onde
existe contacto físico entre as partes fixa e móvel. Sendo o seu tempo de vida útil
limitado, aplicando-se a situações normalmente estáticas.
Vs
R2
VD = .VS
R1 + R2
R1
VD
R2
Exemplo:
Solução:
Sensor LVDT
O output de um LVDT tem uma forma sinusoidal (corrente a.c.) e por isso, não tem
polaridade. A magnitude do output aumenta independentemente da direcção do
movimento, a partir da posição zero estabelecida de início.
Aplicações:
- Sistemas de suspensões de automóveis
- Sistemas de medidas de peso
- Manipuladores robóticos
Sensor Indutivo
ACCIONADOR METÁLICO
CAMPO ELECTROMAGNÉTICO
Legenda:
L – indutância
m – permeabilidade do núcleo m.N 2 .A
L=
N – número de espiras A
A – largura do enrolamento
A – comprimento do enrolamento
Sensor Capacitivo
A
ε = K + ε0 C = K .ε 0 .
d
em que,
K - constante dieléctrica
ε 0 - permitividade = 8,85pF/m
S - área comum das placas
d – separação das placas
Curva Capacitância
Exemplo:
em que:
R = 5,75cm = raio médio
L = distância ao longo do eixo do cilindro
Solução:
Sensor Extensométrico
Estes tipos de sensores são utilizados para medir deformações de corpos sólidos,
baseando-se no princípio em que a resistência de um condutor é proporcional ao seu
comprimento.
Efeito força
F
R1
R2
V Inactivo (ENA)
a D b
∆R
R0 ∆A
FE = ; Deformação =
Deformação A0
∆R
Variação relativa na resistência do sensor devido à deformação;
R0
∆A
Variação relativa no comprimento
A0
1. Extensómetro activo
V a D b
R.R = R.EA
R
EA
R
R
V a D b
ENA.R = R.EA
ENA EA
VE ∆A
∆V = − .FE.
4 A0
Exemplo:
Solução:
∆R ∆A ε0
= 2.R 0 .
R0 A0
(= ) ∆R = 2.120.1000 x10 −6 (= )
120
(= )∆R = 2.120.1000 x10 −6.120 = 28,8Ω
Exemplo:
Solução:
R1=350Ω
R2=350Ω
V=10V
a ∆V
b
ENA EA
VE ∆A 10
a) ∆V = - .FE. = − .2,03.1450 x10 −6 = −7,35 x10 −3 V
4 A0 4
VE ∆V VE 10
b) ∆V = - .FE.ε 0 (= ) =- .FE = - .2,03 = −5,075V
4 ε0 4 4
Sensores Ópticos
São constituídos por foto-díodos ou foto-transistor e uma fonte luminosa, lâmpada, LED
ou laser. Há dois tipos básicos:
- Sensor de reflexão;
- Interrupção de luz.
No sensor de reflexão um feixe luminoso atinge um furo do disco ou uma marca de cor
contrastante, que está a girar. O sensor recebe o feixe reflectido, mas quando acerta no
furo o feixe é interrompida (ou pode ser feita a reflexão do feixe se estivermos na
presença de uma cor clara), onde é gerado um pulso pelo sensor.
O sensor de interrupção de luz usa também um disco com furo, onde a fonte de luz e
o sensor ficam em lados opostos. Na passagem pelo furo, o feixe atinge o sensor,
gerando um pulso.
São mais precisos e apresentam uma vida útil praticamente infinita, se alguns cuidados
elementares forem tomados em relação à sua utilização.
Sensores
Fotoeléctricos
Encoders Incrementais
Led Fototransistor
Sinais eléctricos
Marca de referência
Encoders absolutos
O disco é dividido em 2n sectores com n bits ( Leds) a serem detectados por n foto-
transistores alinhados radialmente, permitindo definir 2n ângulos distintos.
Neste tipo de sensor é utilizado o código gray e não o binário para codificar os números.
Sensor Magnético
Estes sensores são sensíveis aos dois pólos do imã NORTE ou SUL ou apenas um pólo.
Funcionamento:
Bobina alimentada
Imã permanente
Estes sensores podem medir uma ampla faixa de pressão, porém são sensíveis a
vibrações e campos magnéticos.
Alguns cristais a sua rede cristalina desenvolvem cargas eléctricas, quando submetidos a
um esforço mecânico.
Este tipo de sensor é também conhecido por "strain gage" e é bastante utilizado em
estruturas conhecidas, como células de carga (medição de peso).
A configuração acima é chamada de "ponte de Wheatstone" e fará com que o medidor
ao centro registe proporcionalmente a pressão aplicada no sensor.
Transdutores temperatura
Medida escalar que determina a direcção do fluxo de calor entre dois corpos; uma
medição estatística.
Medição Temperatura:
- Sensores Mecânicos;
- Sensores Eléctricos.
- Condução
- Radiação
- Convecção
Sensores Mecânicos
Termómetro bimetálico
• Fraca precisão
• Histerese
Termómetro líquido
Tinta Térmicas
- Mudança irreversível;
- Fraca resolução;
- Úteis para grandes áreas.
Sensores eléctricos
Pirómetro Óptico
São sensores metálicos cuja resistência eléctrica varia com a alteração da temperatura.
Esses sensores podem ser de platina, cobre ou níquel com diversos revestimentos de
acordo com a utilização.
O tipo usado na indústria é denominado Pt100, uma vez que a resistência eléctrica tem o
valor de 100 °C a 0 °C.
Termistores
Sensores Integrados
AD590
- Saída elevada;
- Muito linear;
- Exactidão em ambientes fechados;
- Gama limitada;
- Necessita fonte V;
- Barato.
Termopar
Quando submetemos as
juntas a diferentes
temperaturas, há uma
geração de tensão
(Força Eletromotriz ou
f.e.m.), facilmente
detectável por um
milivoltímetro ligado à
junta de referência.
Verifica-se que quanto
maior for a diferença de
temperatura, maior será
a f.e.m. gerada (Efeito
Seebeck).
Com base neste fenómeno é feita a medição da temperatura, desde que se conheça a
temperatura da junta de referência e a correlação f.e.m. versus temperatura. É norma
considerar-se a temperatura da junta de referência igual a 0°C, de modo que a f.e.m.
gerada, corresponde sempre à temperatura medida.
O LDR é um pequeno sensor capaz de detectar o grau de luminosidade que incide sobre
a sua superfície. Ele tem um comportamento idêntico a uma resistência, o seu valor é
inversamente proporcional à quantidade de luz que incide sobre a sua superfície
sensível.
Com a máxima luminosidade quase não há resistência eléctrica entre os dois terminais,
elevando-se a muitos milhões de ohms na escuridão. Este é geralmente aplicado na
regulação de luminosidade.
Sensor Ultra-Sonicos
Actuadores
Dentro de uma malha de controlo, o elemento de controlo final, tem o objectivo de
reposicionar uma variável, de acordo com um sinal gerado por um controlador, é
chamado de actuador, pois actua directamente no processo, modificando as suas
condições. São dispositivos utilizados para a conversão de sinais eléctricos provenientes
dos controladores, em acções requeridas pelos sistemas que estão a ser controlados.
Actuadores Pneumáticos
1. Processos de Manufacturados
2. Processos Contínuos
Actuadores Hidráulicos
Actuadores Eléctricos
Este tipo de actuador é o mais empregado em aplicações industriais de uma forma geral.
As facilidades de instalação, os baixos custos de instalação e o desenvolvimento de
circuitos electrónicos para o seu accionamento, fizeram deste tipo de actuador o mais
popular, não apenas de uso industrial mas também para uso geral.
Aplicações
• Bombas;
• Válvulas de controlo (actuador eléctrico);
• Eixos de máquinas ferramenta;
• Articulações de Robôs;
• etc.
Motor de passo
Devido à simplicidade do accionamento admitido por este
tipo de motor, foi o accionamento mais utilizado para
controlo de posicionamento em máquinas-ferramenta, até o
final da década de 70.
Os motores de passo podem ser bipolares, que requerem duas fontes de alimentação ou
uma fonte de alimentação de polaridade comutável, ou unipolares, que requerem apenas
uma fonte de alimentação. Em ambos os casos as fontes utilizadas são de tensão contínua e
requerem um circuito digital que produza as sequências de para produzir a rotação do
motor.
Relé
Os relés são dispositivos comutadores
electromecânicos
Nas proximidades de um electroíman é instalada uma armadura móvel que tem por
finalidade abrir ou fechar um conjunto de contactos. Quando a bobina é percorrida por
uma corrente eléctrica é criado um campo magnético que actua sobre a armadura,
atraindo-a. Nesta atracção ocorre um movimento que activa os contactos, os quais
podem ser abertos ou fechados, dependendo de sua posição.
Isso significa que, através de uma corrente aplicada à bobina de um relé, podemos abrir
ou fechar os contactos de uma determinada forma, controlando assim, correntes
externas. Quando a corrente deixa de circular pela bobina do relé, o campo magnético
criado desaparece e com isso, a armadura volta a sua posição inicial pela acção da mola.
Sistemas Autónomos
Sonar
- é um dispositivo muito utilizado em algumas embarcações, principalmente
militares, que emite ondas sonoras sob a água para detectar e localizar a posição de
objectos submersos. É possível com o sonar, mapear o fundo do mar, localizar
cardumes, navios, submarinos ou mergulhadores perdidos.
O Sonar pode ser utilizado também, para medir distâncias, detectar obstáculos,
entre outras aplicações. O cientista inventor do sonar foi Paul Hangevin, em 1917.
Na figura abaixo, é possível observar as ondas emitidas pelo navio, que são
reflectidas quando incidem no fundo da água, atingindo o submarino e permitindo assim
a sua localização.
Principio de funcionamento
Laser
Light Amplification by Stimulate Emission of Radiation - Amplificação da
Luz por Emissão Estimulada de Radiação
Laser de CO2
Neste caso, a velocidade do fluxo do gás laser é superior a 500 m/s, que se alcançam
com compressores Root ou ventiladores turbinados. O arrefecimento do gás é feito por
permutadores de calor. Por cada metro de descarga obtêm-se no máximo 500 W de
potência de laser. Desta forma conseguem-se lasers compactos com potência de saída
mais elevada (até > 36kW). A excitação dá-se por corrente contínua ou alta frequência.
A maioria dos laser de CO2, actualmente utilizados no tratamento de materiais,
funcionam através deste princípio.
Laser Nd:YAG
O meio activo do laser Nd:YAG é um monocristal artificial dopado com iões Nd3+
(Neodym), que constitui o elemento activo. A energia é introduzida opticamente por
lâmpadas de flash.
O laser Nd:YAG não precisa de gás para funcionar. Para trabalhar, e consoante a tarefa
a ser executada, são necessários gases de corte ou gases de protecção. Os principais
campos de aplicação do laser Nd:YAG são o corte, a soldadura e a furação de precisão,
como também a realização de trabalhos em peças muito reduzidas.
GPS
GPS (Global Positioning System) é um sistema de
radionavegação baseado em satélites, desenvolvido e
controlado pelo departamento de defesa dos Estados
Unidos da América (U.S.DoD) que permite a qualquer
utilizador saber a sua localização, velocidade e tempo, 24
horas por dia, sob quaisquer condições atmosféricas e em
qualquer ponto do globo terrestre.
Componentes do Sistema
Funcionamento
Aplicações GPS
- Transportes
A ligação do GPS com o SIG (Sistemas de Informação Geográfica) gerou um
grande interesse por parte do mundo empresarial ligado ao sector do transporte de
mercadorias. Já muitas empresas adoptaram sistemas conjuntos GPS/SIG para fazer
gestão e monitorização de frotas.
Como exemplo de uma aplicação GPS aos transportes, temos um sistema nas
empresas de aluguer de automóveis “NeverLost”. Este sistema foi desenvolvido pela
Rockwell Automotive e permite localizar um veículo em qualquer lugar geográfico.
Este sistema equipa alguns veículos e está posicionado entre o condutor e o passageiro
do banco da frente do automóvel.
O sistema funciona da seguinte forma: o condutor (ou o passageiro do lado)
escolhe no ecrã o destino pretendido e o “NeverLost” calcula a rota; dando depois
indicações visuais e verbais como “vire à direita, “vá em frente”, etc. Se por acaso o
condutor se enganar no caminho o sistema pode recalcular a rota dando caminhos
alternativos.
- Desporto
Numa corrida de balões transatlântica.
Os receptores foram usados para ajudar na navegação, onde as informações de
direcção e velocidade dadas pelo GPS ajudavam as tripulações, a identificar as correntes
de ar e a posição. Permitiam aos salva-vidas encontrar rapidamente as tripulações em
perigo, devido às descidas rápidas.
- Protecção Civil
Alguns serviços de protecção civil já estão também a utilizar GPS. Uma
esquadra de uma equipa de salvamento Norte Americana utiliza desde 1992 um receptor
Trimble Transpak nas ambulâncias com o objectivo de guiar os helicópteros de serviços
médicos até elas, muito mais rapidamente e em situações onde a visibilidade é reduzida.
- Topografia
O GPS é hoje em dia utilizado em todas as aplicações topográficas, a sua
precisão milimétrica permite utiliza-lo para determinar ângulos, distâncias, áreas,
coordenar pontos, efectuar levantamentos, etc.
- Militares
Nos desertos devido à sua grande grandeza, o terreno parece-nos sempre igual
por muitos quilómetros. Sem um seguro sistema de navegação, as forças norte
americanas não poderiam realizar a Operação tempestade do deserto, durante a guerra
do Golfo. Com o GPS, os soldados estavam aptos a ir para qualquer lugar até mesmo à
noite e sobre tempestades de areia.
AGV
As instruções para um AGV indicam para onde o veículo se deve dirigir, como deve
chegar ao destino e o que deve fazer quando chegar ao destino.
Controlo
O sistema de navegação baseia-se no seguimento do
campo magnético criado por condutores implantados no
solo e percorridos por uma corrente eléctrica sinusoidal.
O campo magnético é detectado por duas antenas, uma
colocada à frente e outra atrás. Este sistema de
navegação é o mais comum nos AGVs actualmente
comercializados. Esses AGVs são tecnicamente
designados por AGVs filoguiados.
Colisão
Glossário
Transdutor – converte informação de um sistema de energia para outro.
Actuador – aparelho que converte uma variável de um sistema de energia para outro,
de forma a actuar no processo.
Precisão – o erro existente entre um valor medido comparado com o valor real.
Resolução – a maior variação no sinal de entrada que não produz variação detectável no
sinal de saída.
Não-linear – a relação entre duas variáveis não pode ser descrita de uma forma linear.
Tempo de resposta – o tempo necessário para que a saída atinja um determinado valor
ou dentro de uma determinada %, após a entrada ter sido alterada.
Atenuador – circuito com características lineares em que o sinal de saída é menor que o
de entrada.