Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A ERGONOMIA COGNITIVA,
OPERACIONAL E ORGANIZACIONAL E
SUAS INTERFERÊNCIAS NA
PRODUTIVIDADE E SATISFAÇÃO DOS
COLABORADORES
Simone Márcia Santos Correia (00000000000)
smcorreia1@bol.com.br
Carina Santos Silveira (00000000000)
carinassilveira@gmail.com
2
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
1. INTRODUÇÃO
No cenário das pequenas empresas é possível observar certo descaso com a questão
ergonômica e com o bem estar psicológico dos colaboradores. Com o objetivo de elevar seu
faturamento as empresas adquirem um volume de trabalho superior a sua capacidade de
produção, e busca resultados para esta demanda promovendo uma sobrecarga e
consequentemente um desgaste dos colaboradores que são submetidos a condições de trabalho
inadequadas.
Esses aspectos observados no parágrafo anterior fazem parte do conjunto de
motivações geradas para o desenvolvimento deste trabalho. Compõe esta iniciativa a
observação e constatação da necessidade de se adequar um sistema homem-tarefa-máquina
aos seus usuários. O sistema homem-tarefa-máquina deve ter sintonia e conforto. A condição
a que o trabalhador é submetido no seu ambiente de trabalho deve promover o mínimo de
satisfação para um bom desempenho das atividades e alcance dos resultados pretendidos.
O objeto deste estudo é uma empresa de pequeno porte, do ramo da engenharia,
inserida no mercado a mais de 10 anos. Suas atividades estão relacionadas ao
desenvolvimento de projetos de instalações para empreendimentos comerciais e residenciais,
e seu objetivo é atender aos seus clientes com qualidade, seriedade e agilidade nas entregas do
seu produto final.
Focado nos conceitos de ergonomia cognitiva, operacional e organizacional e na
análise de fatores que podem interferir na produtividade será aplicada a metodologia de
intervenção ergonomizadora, e a partir dos resultados serão propostas condições adequadas
que viabilize a melhoria da produtividade associada a satisfação dos colaboradores.
3
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
1
VIDAL CESAR, Mario, Introdução à Ergonomia. Disponível em: Acesso: 04 de março de 2007.
4
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
Em muitos casos as equipes alocadas para as atividades operacionais não são suficientes para
atender a demanda, gerando sobrecarga de trabalho e mental, o que prejudica a adequação do
ritmo, a implementação de pausas necessárias e o controle da qualidade do serviço.
Por se tratar principalmente dos fatores ligados a sobrecarga a Ergonomia Operacional
visa adequar demanda a produção, de forma humanizada e produtiva, sem o
comprometimento da saúde física e/ou mental dos indivíduos envolvidos nas atividades e
buscando alcançar o melhor índice de qualidade possível.
2.3 Ergonomia Organizacional
A Ergonomia Organizacional é caracterizada por Moraes e Mont’Alvão (2003) através
dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das atividades, participação, gestão,
jornada de trabalho com avaliação de horário, turnos e escalas, bem como a falta de seleção e
treinamento de pessoal, visando capacitação para as atividades produtivas. A implementação
dessas ações, que encontram-se em falta, viabiliza a objetividade, responsabilidade,
autonomia e participação dos colaboradores envolvidos no processo produtivo.
Também conhecida como macroergonomia, a ergonomia organizacional está
relacionada com a otimização dos sistemas socio-técnicos, incluindo sua estrutura
organizacional, políticas e processos. Tópicos relevantes incluem trabalho em turnos,
programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em
equipe, trabalho à distância e ética.
Reforçando o conceito anterior, Moraes e Mont’Alvão (2003) faz referência a análise
macroergonômica como responsável pelo trato dos níveis gerenciais hierárquicos, da
comunicação na empresa, da participação dos trabalhadores e da organização do trabalho.
5
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
Para Couto (2002) “organização do trabalho é todo o conjunto de ações feitas pelo
gestor e pelos facilitadores para que a prescrição de trabalho, objetivos, planos e metas, ditada
pela direção da organização sejam cumpridos”.
A organização do trabalho tem o objetivo de estabelecer regras, procedimentos e um
fluxo ordenado das tarefas visando motivar o rendimento e a qualidade das atividades
produtivas, bem como atender as necessidades de seqüenciamento das tarefas para aliviar a
sobrecarga de trabalho. No contexto organizacional é necessário que seja adotada uma política
de gestão capaz de conciliar produtividade, segurança e satisfação, que atendam aos anseios
do trabalhador e do empregador.
3.4 Fatores Humanos
São características humanas que interferem no desempenho de atividades produtivas
no trabalho. Guimarães (2006) salienta que se forem considerados os fatores humanos e
organizacionais envolvidos no trabalho é possível alterar aspectos como ambiente físico,
ambiente psicossocial, jornada de trabalho, rigidez organizacional e remuneração, visando
gerar maior satisfação com o trabalho.
São fatores humanos que interferem nas atividades produtivas:
a) Ritmo circadiano e as diferenças individuais
Para Guimarães (2006) o ritmo circadiano corresponde as oscilações das funções
fisiológicas do organismo num ciclo de aproximadamente 24 horas. Aspectos ligados as
diferenças indivíduais podem classificar os indivíduos como matutinos e vespertinos, a partir
dos estudos sobre ritmo circadiano é observado que os indivíduos matutinos apresentam
melhor disposição e eficiência na parte da manhã, enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposição na parte da tarde (IIDA, 2003).
b) Fadiga
IIDA (2003) “fadiga é o efeito de um trabalho continuado, que provoca uma redução
reversível da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa desse trabalho. A fadiga
é causada por um conjunto complexo de fatores, cujos efeitos são cumulativos”.
c) Estresse
Para Selye (1956, apud Grandjean 1998)2 estresse é a reação do organismo a uma
situação ameaçadora proveniente de causas externas. O estresse prejudica ou impede a
realização normal do trabalho
d) Motivação
Motivação é o processo pelo qual se mantém ativado e em funcionamento um
sentimento de determinação, impulso, objetivo e necessidade (IIDA, 2003). Motta e
Vasconcelos (2005) fazem referência aos estudos de Abraham Maslow (1943), que
considerava o homem como um ser complexo que possui necessidades ligadas ao seu ego, ao
desenvolvimento pessoal, a aprendizagem e a realização.
4. METODOLOGIA PROPOSTA
Apreciação Ergonômica, composta pela sistematização; problematização inerentes ao
sistema e parecer Ergonômico com aplicação da técnica GUT.
Diagnose Ergonômica que consiste na interpretação e estudo dos dados colhidos, através
de questionários, da observação sistemática e da análise das tarefas produtivas.
2
SEYLE, H.: The Stress of Life. McGraw-Hill,NewYork (1956)
6
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
7
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
5. APLICAÇÃO PRÁTICA
A empresa objeto do estudo é de pequeno porte, com atividades na área de engenharia
de instalações presente no mercado há 10 anos. As atividades desenvolvidas pela mesma estão
relacionadas ao desenvolvimento de projetos comerciais de instalações (elétrica, automação
comercial, hidráulica e combate a incêndio), com o objetivo de atender aos seus clientes com
qualidade, seriedade e agilidade nas entregas do seu produto final. Os estudos foram
realizados basicamente na área técnica que é formada por uma coordenação de projetos e
pelos setores de projetos e desenho.
Os projetos desenvolvidos visam atender as necessidades de cada cliente, além de
atender as adequações constantes decorrentes de alterações solicitadas pelo cliente final. As
atividades de cada profissional foram avaliadas considerando as condições de trabalho e o
nível de envolvimento na tarefa.
A aplicação da metodologia proposta permite identificar os níveis de conforto e
satisfação que o sistema deve oferecer ao homem e como intervir para adequá-lo caso este não
esteja atendendo de forma satisfatória.
O sistema em questão é ordenado hierarquicamente pelos níveis de subordinação
decrescente iniciado na coordenação de projetos, seguido do setor de projetos e desenho
respectivamente. Este sistema obedece a um fluxo de atividades que se inicia no recebimento
do projeto de arquitetura, pela coordenação, de onde é direcionado para elaboração do projeto,
desenho das peças gráficas e suas respectivas revisões até chegar ao produto final que é
entregue para o cliente.
5.1 Apreciação Ergonômica
Para compreensão da Sistematização é relevante se entender o conceito de sistema,
bem como a descrição do sistema estudado. Segundo Stair e Reynolds (2006) “sistema é um
conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam, manipulam e
disseminam dados e informações e ainda oferecem um mecanismo de realimentação para
atingir um objetivo”.
Nesta fase a análise requer a descrição do sistema homem-tarefa-máquina foco do
estudo em questão.
Homem – Profissionais de nível técnico e/ou superior da área de engenharia com
conhecimento em projetos de instalações;
Tarefa – Elaborar projeto de instalações com o objetivo de atender aos anseios do cliente.
No sistema estudado a tarefa envolve conhecimento intelectual e técnico;
Máquina – Para realização das tarefas pertinentes ao sistema são utilizados micro
processadores dotados de: sistemas próprios para produção das peças gráficas dos projetos
(AutoCAD), editores de textos, para a confecção dos memórias descritivos e
especificações técnicas dos matérias e serviços, bem como softwares de planilhas
eletrônicas para elaboração dos memoriais de cálculos referentes aos projetos.
a) Sistematização: mostra esquematicamente como o sistema é alimentado, quais as
restrições para alcançar as metas estabelecidas, os requisitos necessários, suas saídas, e os
resultados desapropriados que podem ocorrer, conforme figura 1.
b) Problematização das Tarefas: o quadro 1 mostra algumas das tarefas realizadas pelos
colaboradores, abrangendo todo o setor técnico e os problemas associados a essas tarefas,
sua categorização e os custos e constrangimentos adquiridos.
8
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
Restrição
Prazos Curtos e Mão de Obra escassa
Meta
Elaborar projetos de instalações
com qualidade, seriedade e
agilidade, visando atender as
expectativas do cliente.
Entradas Saídas
Sistema Contrato de elabo- Projetos bem
Sistema
ração do projeto; Sistema Alvo Ulterior
Alimentador elaborados;
Coordenadora; Coordenação de Prazos Cliente
Cliente Técnicos; Projetos cumpridos.
Software (Autocad);
Normas.
Requisitos Resultados Desapropriados
Projetos mal elaborados;
Ambiente adequado às atividades; Entregas com atraso;
Recursos necessários disponíveis; Retrabalho;
Carga de trabalho adequada; Desgaste e sobrecarga;
Clima organizacional satisfatório; Desordem organizacional.
Incentivo a motivação.
Figura 1 – Sistematização
Quadro 1 – Problematização das Tarefas
CATEGORIA DO CUSTOS E
SETOR TAREFA PROBLEMA PROBLEMA CONSTRAGIMENTOS
O projeto de arquitetura é
Coordenação 1.1 - Encaminhamento do encaminhado incompleto para o Organizacional Insatisfação,
de Projetos projeto de arquitetura início das tarefas de elaboração desânimo e
para os projetistas; dos projetos de instalações; desmotivação.
Má distribuição de tarefas,
1.2 - Distribuição dos devido aos diferentes níveis de Organizacional / Sobrecarga de
projetos de acordo com qualificação e experiência dos Operacional trabalho.
as disciplinas; projetistas;
2. Desenvolvimento dos Projetos
Percepção da falta de
2.1 - Análise do projeto de informações essenciais na Cognitivo Aumento da
Setor de arquitetura; ansiedade desânimo
Projetos arquitetura para elaboração do
projeto de instalações; e desmotivação.
O fluxo de informações vinda do
2.2 - Solicitação de cliente não acompanha os Organizacional / Sobrecarga de
Informações necessárias prazos de entrega do projeto, e Operacional trabalho, estresse e
para elaboração do ainda assim estes se mantêm aborrecimento.
projeto de instalações; inalterados;
3. Desenho dos Projetos
A falta de procedimentos
3.1 - Adequação do interfere no desenvolvimento da Organizacional Conflito e baixa
Setor de projeto de arquitetura produção.
Desenho tarefa quanto a sua
para instalações; padronização e qualidade;
Excesso de correções em
3.3 - Correção dos função das constantes Cognitivo / Sobrecarga de
projetos. Organizacional / trabalho, estresse,
9
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
10
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
O quadro 2 mostra que, através da análise GUT dos problemas listados para cada
setor, foi gerada uma ordem de prioridade visto a gravidade do problema, a urgência em
resolver este e a tendência que tais problemas possam apresentar caso não sejam
implementadas as ações de melhoria. É possível observar que o problema priorizado no mais
baixo nível na hierarquia é reflexo dos problemas tambem priorizados nos demais, logo é
possível perceber que os problemas apresentam um efeito cascata, ou seja, se na origem da
tarefa ocorre um problema este interfere em todos os demais níveis da tarefa.
5.2 Diagnose Ergonômica
A fim de investigar as interferências causadas pelos problemas ergonômicos, e
partindo do princípio que estes problemas podem ser identificados e categorizados dentro dos
aspectos Cognitivos, Operacionais e Organizacionais, foi implementada a aplicação de um
questionário. O questionário aplicado na área técnica teve o objetivo de identificar além do
perfil dos colaboradores, suas condições de trabalho e a carga e custos humanos relacionados
a estas condições.
As informações mais expressivas foram tabuladas e traduzidas em gráficos ilustrativos
das condições atuais do sistema.
a) Sistema de trabalho: com carga horária média de 9 horas por dia, trabalhando pelo menos
2 sábados por mês e em alguns casos 1 domingo no mês. 93% dos entrevistados fazem hora
extra, sendo que apenas 64% são remunerados pelas horas extras trabalhadas, como mostra as
figuras 2 e 3.
Hora Extra x Colaborador Horas Extras x Remuneradas
7%
36%
64%
93%
Faz Hora Extra Não Faz Hora Extra H.E. Remunerada H.E. Não Remunerada
11
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
22%
78%
Ocorrência de Incentivo a:
10
9
8
7
6
Motivação
5
Integração
4
3
2
1
0
Sempre Frequentemente Raramente Nunca
d) Carga e Custos humanos: a ocorrência de repercussões devido a carga física e/ou mental
resultante do trabalho existe e se apresenta de formas variadas, numa escala crescente de
ocorrências e manifestações, conforme ilustrado na figura 6.
12
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
60%
50%
50%
43%
40%
Carga e Custos
30%
Humanos
21%
20%
14%
10% 7%
0%
1 2 3 4 5
13
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
14
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
além do repouso aos finais de semana, a regularidade do gozo das férias, minimizando assim
o desgaste do colaborador ao ponto em que possa causar prejuízo a organização.
Analisando o ritmo de trabalho dos setores envolvidos na tarefa, observa-se que há
uma deficiência organizacional ou até mesmo motivacional, que interferem na produtividade,
este é um caso que requer adequação do modelo de gestão adotado, considerando
principalmente a implementação de programas de incentivos motivacionais, visto que os
indivíduos possuem necessidades sociais acompanhadas da auto-estima e auto-realização.
Entre as cargas e os custos humanos adquiridos em função da atual condição
organizacional da empresa, o cansaço excessivo, a tensão e a ansiedade se apresentam como
vilões. O que é ilustrado graficamente na figura 6 da etapa anterior. Em geral para estes
aspectos as recomendações estão voltadas também para a reestruturação operacional e
organizacional da empresa com foco no planejamento das atividades, além da intencificação
de programas de incentivos a integração e motivação, visando o bem estar dos colaboradores
e a consequente melhoria na produtividade.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Ergonomia permite o estudo não só de aspectos físicos, mas também de aspectos
cognitivos, operacionais e organizacionais, como evidenciado no estudo. O bem estar do
indivíduo em seu ambiente de trabalho está ligado ao envolvimento dos fatores psicológicos
individuais e sociais.
Este estudo pode proporcionar a empresas interessadas condições de avaliar as reais
condições que as mesmas oferecem aos seus colaboradores e conscientizá-las de que a falta de
atenção para estes aspectos pode estar comprometendo a sua produtividade. As
recomendações foram fundamentadas e baseadas em estudos e observações propondo
mudanças significativas com vistas em resultados positivos evitando o comprometimento da
saúde física e/ou mental dos funcionários.
A oportunidade de perceber questões tão subjetivas inerentes aos indivíduos mesmo
estando inserida num contexto da engenharia mostra o quanto é abrangente o conceito de
Ergonomia e as importantes vertentes que pode satisfazer.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA (ABERGO). Disponível em:
< http://www.abergo.org.br/oqueeergonomia.htm >. Acesso em 02 de agosto 2008.
ALMEIDA, Joelma dos Santos. Em busca de uma melhor produtividade no trabalho. Disponível em:
<http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/ergonomia>. Acesso em 12 de maio 2008.
COUTO, Hudson de Araújo. Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Prática dos Comitês de
Ergonomia. Belo Horizonte: ERGO Editora, 2002.
DANTAS, Julizar. Trabalho e coração saudável: aspectos psicossociais: impactos na promoção da saúde. 1.
ed. Belo Horizonte: ERGO Editora, 2007.
GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: Adaptando o trabalho ao homem. 4. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998.
GUIMARÃES, Lia Buarque de Macedo. Ergonomia de Processo: Macroergonomia e Organização do
Trabalho. 5. ed, Vol. 2 – Porto Alegre, 2006.
IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 6. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.
MORAES, Anamaria; MONT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: Conceitos e Aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro:
2AB, 2003.
15
Desenho do
projeto
MOTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administração. 2.
ed. São Paulo: 2005.
Santos, Bruno Freire. UNIVERSIDADE DE COIMBRA – Departamento de Engenharia Informática. Disponível
em: <http://www.stefem.org.br/downloads/3499541a59e3f9db2e6c6ef68ceebf33.pdf>,. Aceso em 05 de julho de
2008.
Santos, Neri dos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS Disciplina Ergonomia e Segurança Industrial. Disponível
em: <http://www.esp.ufsc.br/regon/disciplinas/EPS5225/conteudo.htm>. Acesso em 28 de abril 2008.
STAIR, Ralph M.; REYNOLDS, George W. Princípios de Sistema de informações. Tradução 4. ed. São Paulo:
2006.
16