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Aluna: Emanuella Casanova Campos

Disciplina: História Contemporânea II


Professor: Paulo Haiduke
Turno: Matutino – 4º Ano

Reflitam, a partir da categoria de Contemporâneo de Agamben, o final do Longo Século


XIX. Busquem articular as análises de Hobsbawm e Le Rider, bem como o
documentário "Nós que aqui estamos por vós esperamos".

Segundo o texto de Giorgio Agamben, ser contemporâneo é compreender o próprio


tempo, com isso, quando se fala em história contemporânea estamos falando da história
do nosso tempo, a história atual. Mas em que momento acontece a passagem do que se
era considerado moderno para o contemporâneo, e como isso modificou conceitos,
costumes e ideais em diversas nações?

Analisando a problemática da modernidade Vienense descrita no texto de Jacques Le


Rider, entendemos que a passagem para o contemporâneo se deu principalmente nas
questões de identidade, Viena seria uma cidade “atrasada” em relação as outras, e isso
se dá não apenas por um sentimento de nacionalismo que começou a se desenvolver,
mas também por questões raciais. Com o crescimento do nacionalismo no início do
século XX, as nações começaram a perceber que alguns povos, não se encaixavam em
sua cultura, portanto, o antissemitismo surge não apenas como uma forma de tentar
impor uma identidade, mas também como uma maneira de tentar mostrar como uma
nação ou um povo é “melhor” que outras, a idade contemporânea se deu,
principalmente, por conflitos e mortes em nome de uma nação.

A idade moderna foi muito conhecida como Belle Époque, um período de


modernização e industrialização, nações cresceram nesse período, existiram conflitos
pela busca do crescimento econômico e cultural, mas eram conflitos que não somaram
tantas perdas, em compensação as guerras mundiais da idade contemporânea tiveram
perdas significativas, a modernidade e a industrialização levaram a produção de armas,
nesse sentido temos Hobsbawm em seu texto afirmando que a guerra se transformou
numa indústria, e não temos como negar isso. Essa passagem do moderno, que era sobre
crescimento industrial e nacional, na idade contemporânea se transformou em guerra e
morte.
As discussões a respeito da passagem para o século XX se dão também pela percepção
do tempo nesse período. O século XIX foi um século de evolução tecnológica, com a
revolução industrial no século anterior a Europa começou a se desenvolver nas
produções fabris e industriais. Enquanto a ideia de progresso, vinda da industrialização
ocorria o tempo parecia passar de forma lenta e controlada, as coisas demoravam a
“evoluir”, o processo industrial foi se espalhando pelos continentes bem devagar. Em
contraposição, com a passagem para o século XX as coisas mudam rapidamente,
enquanto essa era industrial parecia ser pacífica, iniciou o que Hobsbawm vai chamar de
“Era dos extremos”, em que o mostra como esse século XX desenvolveu de forma
rápida e violenta, guerras de tamanhos inimagináveis ocorreram nesse período,
enquanto no século XIX as batalhas se limitavam a um certo número de perdas
humanas, no século XX as duas guerras mataram mais que várias batalhas antigas
juntas. E além desse desenvolvimento na indústria da guerra e das armas, muitas
questões políticas e geográficas foram alteradas, o que transformou o mundo em algo
completamente diferente do que as pessoas conheciam na idade moderna.

Esse mundo contemporâneo que se iniciou com guerras e armamento pesado, continua
vigente nos dias de hoje, o que entendemos por idade contemporânea, é essa velocidade
em que vemos os anos passar e como mudanças políticas, culturais e tecnológicas se
alteram em um curto período de tempo.

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