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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra

a Mulher da comarca de rio verde

Autos n. 5439644-47.2020.8.09.0137

CARLOS DIOGENES MONTEIRO já devidamente qualificado nos autos vem mui


respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, nos termos
do art. 396 do CPP, conforme os fatos e fundamentos que serã o exarados a seguir.

I – DOS FATOS

O acusado foi denunciado pela por suposta prá tica do crime tipificado no art. 147, caput, do
Có digo Penal c/c a Lei 11.340/2006..

Segundo narra a peça acusató ria de pá gs. 03, A vitima teve um programa com o acusado, que o
mesmo insiste em ter um relacionamento serio com a vitima e que acusado tentou agredir  a 
mesma, 

Que conforme a denú ncia, o acusado apesar da relativa gravidade dos fatos noticiados no
presente feito, nã o há elementos suficientes para que se conclua pela possibilidade de
reiteraçã o das condutas imputadas ao autuado, bem como evasã o do distrito da culpa,
frustrando a aplicaçã o da lei penal.

Em juízo de cogniçã o sumá ria, enfim, nada aponta nos autos à nociva caracterizaçã o do
periculum libertatis, encontrando-se sobremodo afastadas as situaçõ es de necessidade de
garantia da ordem pú blica ou econô mica, ou mesmo qualquer ameaça ou efetivo risco para a
regular instruçã o processual, somando-se a isso o fato dA denú ncia fora devidamente autuada
e levada conclusa.

Na ocasiã o, Vossa Excelência recebeu a denú ncia e ordenou a citaçã o do acusado.

Devidamente citado, o acusado deixou transcorrer o prazo em branco.

Este causídico fora nomeado para atuar no feito.

É o sucinto relato.

RAZÕES DA DEFESA
Ao acusado, foi responsabilizado pela em razã o da suposta prá tica das infraçõ es penais
tipificadas nos arts. 140, caput e 147, caput, ambos do Có digo Penal c/c a Lei 11.340/2006, a
sançã o nã o merece guarida.

Os elementos carreados nã o demonstram a lei da Maria da penha pelo  fato que os dois nã o
tinham nada entre eles

E tais fatos nã o foram apontados na denú ncia, o que está em desencontro nos termos do art.
41 do CPP, tornando-a inepta nos termos do art. 395, I do CPP.

Os argumentos estã o embasados nos arts. 396 e 396a Do CPP, in verbis:

CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do
comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
2008).
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua
defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. (Incluído pela
Lei nº 11.719, de 2008).

§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz
nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008).

 “EMENTA: HABEAS CORPUS. AMEAÇA. PREVALÊ NCIA DA RELAÇÃ O DOMÉ STICA. LEI MARIA
DA PENHA. PREDICADOS PESSOAIS. REVOGAÇÃ O DA PRISÃ O PREVENTIVA. APLICAÇÃ O DE
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃ O. POSSIBILIDADE. A medida constritiva, em
qualquer de suas modalidades, deve ser considerada exceçã o e só pode ser mantida se
expressamente justificada a sua necessidade para assegurar a ordem pú blica, a instruçã o
criminal ou a aplicaçã o da lei penal, nã o lhe servindo como fundamentaçã o meros indícios,
ainda que revestidas de gravidade. Portanto, se ausentes os requisitos que autorizam a
manutençã o da prisã o preventiva, deve-se conceder liberdade provisó ria ao encarcerado,
impondo, no presente caso, medidas cautelares previstas no art. 319 e observado os critérios
constantes do art. 282 do mesmo codex. Ordem conhecida e concedida.” (2ª Câ mara Criminal
do TJGO, HC nº. 274702-19, Relatora Des. Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, DJ nº. 1.625
de 10/09/ 2014). (grifo nosso). “

PEDIDOS
Ante o exposto, requer:

a) Rejeiçã o da denú ncia nos termos do art. 395, I, do CPP, pois nã o preenchidos os requisitos
do art. 41 do CPP;

b) Caso Vossa Excelência entenda que nã o seja o caso de rejeitar a denú ncia, requer a
absolviçã o do acusado nos moldes do art. 397, II do CPP;

c) Concessã o do benefício da assistência judiciá ria e

d) Fixaçã o dos honorá rios advocatícios.

Nestes Termos,

Pede-se Deferimento

Andre Luiz Matias miranda

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