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DIMENSIONAMENTOS

Condutores

O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma


análise detalhada das condições de sua instalação e da carga a
ser suprida.
Tipos de Condutores
9.1.2 Classificação de condutores

(a) Pelos materiais utilizados na isolação:


• polímeros termoplásticos: PVC, PE, polipropileno, etc.;
• polímeros termofixos: XLPE, EPR, borracha de silicone, etc.;
(b) Pela Utilização:
• cabos de potência – utilizados para transportar energia elétrica em
instalações de geração. Transmissão, distribuição ou utilização de energia
elétrica;
• cabos de controle – utilizados em circuitos de controle de sistemas e
equipamentos elétricos.
(c) Pela bitola/seção transversal:
• utiliza-se a chamada série métrica adotada internacionalmente (pela IEC)
e são os seguintes valores de cabos em mm²: 0.5; 0.75; 1; 1,5; 2,5; 4; 6;
10; 16; 25; 35; 50; 70; 95; 120; 150; 185; 240: 300; 400; 500; (630; 800;
1000; sob encomenda).
(d) Pelo comportamento em condições de fogo e incêndio:

• propagador de chama – quando submetido a ação direta da chama,


mesmo por curto intervalo de tempo, entra em combustão e a mantém,
mesmo após a retirada da chama ativadora; exemplo: XLPE, EPR;
• não propagador de chama – a chama se auto-extingue após cessar a
causa ativadora da mesma; exemplo: PVC;
• resistente a chama – a chama não se propaga mesmo em caso de
exposição prolongada; exemplo: PVC aditivado;
• resistente ao fogo – o cabo permite manter o circuito em funcionamento
em presença de incêndio. Tais cabos são recomendados para os circuitos
de segurança, conforme a NBR 13418/1995.
9.1.3 Dimensionamento

Dimensionar corretamente os condutores de um circuito é determinar a


seção dos condutores e a corrente nominal dos dispositivos de proteção
contra sobrecorrentes ligados a estes circuitos. Para isso, é preciso
considerar os seguintes critérios:

• critério da capacidade de corrente (ampacidade) – verifica-se o limite de


temperatura dos cabos em função da corrente;
• limite de queda de tensão;
• escolha da proteção contra correntes de sobrecarga e aplicação dos
critérios de coordenação entre condutores e proteção;
• escolha da proteção contra correntes de curto-circuito e aplicação dos
critérios de coordenação entre condutores e proteção;
• verificação da bitola mínima estipulada pela NBR5410/2004 para os
circuitos.
9.1.3.1 Critério da Capacidade Corrente

Em primeiro lugar cabe esclarecer que este critério se aplica ao


dimensionamento da seção dos condutores fase, os quais servirão de base
para o dimensionamento das seções dos condutores neutro e de proteção
(terra).
Em condições de funcionamento normal, a temperatura de um condutor,
isto é, a temperatura da superfície de separação entre o condutor
propriamente dito e a isolação, não pode ultrapassar a chamada
temperatura máxima de operação. A tabela 9.1 indica os valores destes
limites para diversas condições.
A temperatura no condutor em regime permanente é a
temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor em
condições estáveis de funcionamento, sendo denominada
A temperatura do condutor em regime de sobrecarga, denominada θsc, é
estabelecida para um regime não superior a 100 horas em doze meses
consecutivos e de modo que nunca supere 500 horas.

A temperatura do condutor em regime de curto-circuito, denominada θcc,


deve ser considerada de tal forma que, para cabos de potência, a duração
máxima de um curto-circuito seja de 5.s. Durante este período o condutor
suporta as temperaturas máximas para as quais foi construído.

Pelo critério da capacidade de corrente, para a determinação do condutor e


proteção a serem utilizados, os seguintes fatores devem ser determinados:
(a) maneira de instalar – ao final deste capitulo, é apresentada a tabela que
define as diversas maneiras de instalação dos condutores, codificando-
as com letras e números. Isto é importante, pois o meio onde os
condutores serão colocados influenciará na troca térmica entre o cabo e
o ambiente e, consequentemente, na capacidade de condução de
corrente do condutor (Iz). Se em um percurso houver variação na
maneira de instalar, deve-se considerar o percurso que apresentar as
condições mais desfavoráveis de troca térmica (menor Iz);

(b) corrente de Projeto (Ip) – é a corrente que circulará pelo circuito em


condições nominais. Pode ser calculada pelas equações a seguir:
(c) tipo de condutor – determinar em função das características do
local, qual condutor será usado:
• PVC, EPR ou XLPE;
• Unipolar ou multipolar;
A escolha do condutor pode ser feita a partir de informações
fornecidas pelo fabricante. Para exemplificar, os catálogos de
condutores da Pirelli/Prysmian, anexos(próxima sequencia de
slides), apresentam informações específicas dos condutores.

(d) número de condutores carregados – deve corresponder ao


esquema de condutores vivos do circuito. A tabela 9.2 apresenta
esta relação:
Tabela 9.2 Número
de condutores
carregados X tipo
de circuito.
(e) fator de correção de temperatura (FCT) – pode ser obtido a partir das
tabelas anexas ao final deste capítulo, sendo determinado em função da
isolação do condutor, da temperatura ambiente ou da temperatura do solo
de acordo com a maneira de instalar previamente determinada.

(f) fator de correção da resistividade do solo (FCRS) – normalmente é


utilizado para a maneira de instalar “D”. Aplica-se apenas quando a
resistividade do solo for um fator considerável na instalação dos condutores
e diferente de 2,5 K.m/W;
caso contrário, o considera igual a 1. Pode ser obtido nos anexos ao final
deste capítulo.
(g) fator de correção de agrupamento (FCA) - determinando em função do
trecho mais crítico do circuito. As tabelas anexas ao final deste capítulo
permitem a escolha do FCA, conforme o tipo de agrupamento e outros
fatores apresentados nestas tabelas. Para condutores em paralelo, cada
grupo de condutores fase neutro, independente do número de condutores
por fase ou número de condutores por neutro, deve ser considerado um
circuito unitário.

(h) fator de correção de harmônicas (FH) - é utilizado para a determinação


da corrente de neutro, caso a presença da 3ª harmônica nas correntes de
fase seja superior a 33%, em circuitos trifásicos com neutro ou em circuitos
com duas fases e neutro. O FH pode ser obtido nos anexos, ao final deste
capítulo.
(i) corrente corrigida (Ic) – é calculada pela seguinte equação:

onde,
• Ic – corrente corrigida [A];
• Ip – corrente de projeto [A];
• FCT – fator de correção de temperatura;
• FCA – fator de correção de agrupamento;
• FCRS – fator de correção de resistividade do solo;
• FH – fator de correção de harmônicas;
o utilizar os fatores FCRS e FH apenas quando aplicáveis; caso contrário,
considerar ambos igual a 1;
(j) bitola (seção) do condutor – tendo-se o valor da corrente corrigida (Ic), o
tipo de cabo e a maneira de instalar previamente determinados, a bitola (ou
seção) do condutor pode ser obtida a partir das tabelas em anexo, fazendo
as seguintes considerações:
• isolação PVC, EPR ou XLPE;
• condutor de cobre ou alumínio;
• temperatura ambiente de 30ºC;
• temperatura no solo de 20ºC;
• 2 ou 3 condutores carregados;
• Iz’ ≥ Ic onde,
o Ic - corrente corrigida;
o Iz’ - capacidade de condução de corrente tabelada;
(k) seção mínima dos condutores - a NBR5410/2004 estabelece que as
seções mínimas dos condutores fase em corrente alternada (CA) e dos
condutores vivos em corrente contínua (CC) não sejam inferiores às
indicadas na tabela 9.3, reproduzida a seguir.
Tabela 9.3 Seção
mínima dos
condutores.
(l) proteção - o condutor não pode ser dito corretamente até que seja
verificada a sua proteção. Em função dos diversos critérios estabelecidos
em normas e dos diversos dispositivos de proteção, estes e àqueles serão
apresentados oportunamente, de forma mais detalhada. Apenas para
ilustrar, de maneira simples e objetiva, na proteção de um condutor pode
ser utilizado um disjuntor, cujo valor de corrente nominal (Id) esteja
compreendido entre o valor da corrente de projeto corrigida (Ic) e o valor da
corrente máxima suportada pelo condutor (Iz’), ou seja:
Slide 96
Slide 83
Slide 95
Slide 87
6

Slide 84
Slide 82
Slide 66
Nos catálogos de fabricantes (Ex.:Pial Legrand), são apresentados
alguns disjuntores e suas respectivas características, de forma a permitir
a escolha de um deles, em função de sua corrente nominal (Id).
9.1.3.2 Critério da Queda de Tensão

Devido às exigências de certos equipamentos, uma tensão abaixo da


nominal pode acarretar falha ou até mesmo o não funcionamento destes. A
NBR 5410/2004 estabelece limites máximos de queda de tensão, conforme
a tabela 9.4:
Observações:
• as quedas de tensão máximas indicadas na tabela 9.4 são referidas a
distância entre o ponto de entrega de energia da concessionária e o ponto
energizado mais distante do primeiro (ver figuras 9.5 a 9.8). De maneira
mais precisa, a distância a ser considerada é a soma dos comprimentos
dos condutores que interligam os dois pontos mais distantes do circuito,
de forma serial;
• para circuitos terminais a queda de tensão não deve ser superior a 4%;
• nos casos B e C, quando as linhas principais da instalação tiverem
comprimento superior a 100 m, as quedas de tensão podem ser
aumentadas em 0,005% para cada 1 metro de comprimento excedente,
desde que a soma destes incrementos não ultrapasse 0,5%;
• quedas de tensão maiores que as indicadas na tabela 9.4 são admitidas
para equipamentos que possuam corrente de partida elevada durante o
tempo de partida, observando-se os limites impostos pelas normas relativas
a estes.
QUEDA DE TENSÃO

Sugestão de aplicação de percentuais de queda de tensão nos diversos


trechos de uma instalação alimentada diretamente por subestações de
transformação, de forma a obedecer o limite máximo admissível de 7%
de queda de tensão.
Sugestão de aplicação de percentuais de queda de tensão nos diversos trechos de
uma instalação alimentada em baixa tensão.
Em anexo ao final deste capítulo, são apresentadas as tabelas no catálogo
da Pirelli Prysmian, indicando os valores de resistências e reatâncias por
comprimento de condutor, a serem utilizados no cálculo da queda de
tensão.
As figuras 9.3 e 9.4 ilustram um circuito simplificado contendo alguns
parâmetros utilizados nos cálculos da queda de tensão:
Onde: é queda de tensão total nos condutores em [V];
Para cálculo da queda de tensão em um circuito é necessário que se
conheça previamente o valor da queda de tensão unitária
, determinada em função do tipo de condutor e em função das
condições de instalação, bitola, etc.. Normalmente, os valores das quedas
de tensão unitárias são encontrados em catálogos de fabricantes, como os
da Pirelli, por exemplo, em anexo ao final deste capítulo.
9.1.3.2.1 Cálculo da queda de tensão em circuitos
concentrados

Circuitos concentrados são circuitos onde a carga está concentrada em um


único ponto. Os dados a serem utilizados para o cálculo da queda de
tensão em circuitos concentrados (alguns deles devem ser observados nos
anexos, caso não sejam comentados) são:
• maneira de instalar;
• tipo de material do qual o eletroduto é constituído (magnético ou não
magnético);
• tipo do circuito (monofásico ou trifásico);
• condutor a ser utilizado;
• fator de potência do circuito;
• corrente de projeto (Ip) em [A];
• comprimento do circuito em [km];

• - queda de tensão percentual máxima, considerada para o


trecho calculado;
• tensão nominal do circuito (Vn) em [V];
A tabela 9.5 resume os parâmetros e valores indicados na figura 9.5:
O primeiro passo é escolher o pior caminho do circuito, sendo este aquele
que apresente maior queda de tensão causada ou pela maior distância, ou
pelo maior acúmulo de cargas. Em caso de dúvidas, deve-se calcular para
duas situações.

Também cabe ressaltar que apesar de o ideal ser calcular a queda de


tensão para todos os circuitos, isto não é necessário, bastando os cálculos
daqueles que apresentarem as situações mais adversas, tais como grande
comprimento (geralmente maior que 15 m), ou alta potência relativa.
/
PVC

PVC
90m
9.1.3.3 Critério da Proteção Contra Sobrecarga

Como já foi mencionado anteriormente, só se pode dizer que o condutor


está corretamente dimensionado se a proteção a ele associado garanta o
seu desempenho e funcionamento, sem que as temperaturas limites sejam
ultrapassadas. Para isso, as seguintes prescrições devem ser verificadas:
onde,
Ip - corrente de projeto;
INop - corrente nominal do dispositivo de proteção (levar em conta a
temperatura de
instalação);
Iz - corrente máxima suportada pelo condutor;
I2 - corrente convencional de atuação do dispositivo de proteção.
A curva do disparador térmico corresponde à unidade temporizada de
disparo do disjuntor e a curva do disparador magnético corresponde à
unidade instantânea de disparo.
A tabela 9.9 mostra qual a aplicação recomendada para cada tipo de curva.
9.1.3.4.1 Fundamentos teóricos
O cabo é aquecido em função de dois fatores:
• corrente elétrica;
• tempo;
E esta energia é dada pela integral de Joule:

Para aquecer um cabo desde a sua temperatura de trabalho até a


temperatura de curto-circuito, é necessária uma quantidade de energia
que pode ser calculada pela equação:
9.1.3.4.2 Critérios normalizados
O tempo limite de atuação do dispositivo de proteção (DP), ou seja, o
tempo que os condutores suportam antes de ser atingida a temperatura
limite, pode ser calculado por:
2

A equação anterior para o cálculo do tempo de atuação, é derivada da


integral de Joule e é válida apenas no caso em que as correntes de curto-
circuito simétricas ou assimétricas tenham um tempo de duração entre 0,1
s e 5 s. Os valores normalmente de K podem ser obtidos da tabela 9.10, a
seguir:
Estes valores são válidos para casos genéricos, mas nos casos
mencionados a seguir, os valores de K ainda não estão normalizados:
• condutores de pequena seção (menores que 10 mm²);
• curto-circuito com duração maior que 5 s;
• condutores nus;
• emendas diferentes das soldadas com estanho.
Outra maneira válida para a verificação do tempo suportado pelo cabo, sem
que este atinja a temperatura limite, é o gráfico da corrente máxima de
curto-circuito no condutor. Os gráficos referentes aos diversos tipos de
condutores podem ser obtidos através de catálogos dos fabricantes, como
por exemplo, os da Pirelli/Prysmian ao final deste capítulo. Na abscissa do
gráfico são representadas as bitolas dos condutores, uma vez que já se
conhece esta pelos critérios de dimensionamentos verificados
anteriormente. Na ordenada do gráfico são representados os valores das
correntes de curto-circuito presumidas. As linhas inclinadas indicam o
tempo limite em ciclos, sendo este, o parâmetro requisitado.
9.1.4 Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro

Nos circuitos trifásicos equilibrados e sem presença significativa de


harmônicos o condutor neutro pode ter bitola menor que a do condutor
fase, de acordo com a tabela 9.11.
9.1.5 Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor de Proteção

O condutor de proteção, conhecido vulgarmente como fio terra, deve existir


em uma instalação a fim de garantir que as correntes de falta e de fuga
escoem para
terra, de modo que não represente perigo para as pessoas e para as
instalações.
Este condutor deve ser interligado ao terminal de aterramento principal e a
partir deste, para a terra, através dos condutores de aterramento. Os
condutores de
aterramento serão apresentados oportunamente, mais detalhadamente, em
outro
capítulo.
9.1.5.1 Seção mínima do condutor de proteção

Pode ser determinada pela equação seguinte, desde que o tempo de


atuação do dispositivo de proteção seja inferior a 5 s:
Ainda, cabe lembrar que:

• o condutor de proteção pode ser comum a vários circuitos;


• as bitolas da tabela 9.12 são válidas, desde que os materiais que
constituem o condutor de proteção e o condutor fase sejam os mesmos;
• se o condutor de proteção não estiver no mesmo invólucro que os
condutores vivos, a bitola mínima deve ser:
- 2,5 mm² se possuir proteção mecânica;
- 4,0 mm² se não possuir proteção mecânica.
Podem ser utilizados como condutores de proteção:
• veias, em cabos multipolares;
• condutores isolados ou cabos unipolares num invólucro comum aos
condutores vivos;
• proteções metálicas ou blindagens de cabos;
• eletrodutos metálicos;
• outros elementos condutores;
• barramentos blindados com invólucros metálicos, desde que sua
continuidade elétrica seja assegurada, sua condutância esteja de acordo
com a bitola S calculada e permita a ligação de outros condutores de
proteção nas derivações.

Não podem ser utilizados como condutores de proteção: canalizações de


água ou gás.
Ainda devem ser seguidas as seguintes recomendações:

• o condutor de proteção deve ser identificado através da cor verde ou


verde-amarela (em condutores isolados);

• elementos estranhos à instalação nunca poderão ser usados como


condutor PEN (Proteção + Neutro);

• o condutor de proteção não deve seccionado;

• a partir de um ponto qualquer da instalação, caso os condutores de


proteção e neutro sejam separados, não será permitido religá-los após este
ponto.
9.1.6 Método simplificado para cálculo de curto-circuito

Para este método de cálculo são consideradas as seguintes hipóteses:

• despreza-se a impedância da concessionária e a impedância do circuito


de AT que alimenta o transformador;

• despreza-se a impedância interna dos dispositivos de comando;

• não se considerada a contribuição de motores e geradores em


funcionamento;

• o nível de curto-circuito é calculado pela falta trifásica simétrica


(geralmente a situação mais desfavorável);
• despreza-se a resistência de contato.
Este tipo de dimensionamento tende a ser conservativo, ou seja, a favor
da segurança e com um valor de corrente de curto-circuito (Icc) superior à
realmente atingida.
O único fator que pode prejudicar este tipo de dimensionamento é a
influência de motores e geradores, que colaboram com o aumento da
corrente de curto-circuito.
Porém, em instalações prediais dificilmente haverá geradores ou motores
com potência superior a 100 CV (quando a influência passa a ser
importante). Se uma destas condições for verificada, então é necessário
utilizar um método mais preciso, a ser visto oportunamente. A figura 9.11
apresenta um diagrama de impedâncias do circuito considerado, para o
cálculo da corrente de curto-circuito:
Neste método, o nível de curto-circuito no ponto de origem
(considerando-se o secundário do transformador) pode ser obtido através
da tabela 9.13:
Na tabela 9.13, determina-se a corrente de curto circuito (Icc) em função da
potência do transformador e da tensão no secundário.

Após isto, é possível determinar o valor da corrente de curto-circuito em


qualquer ponto, bastando para isto verificar cada trecho de cabo. Para isto,
é apresentado o seguinte método, denominado “Método das Expressões
Simplificadas”:
Estas fórmulas são empíricas e válidas para circuitos trifásicos; em caso de
linhas monofásicas, basta dobrar o valor do comprimento do circuito (l). Os
parâmetros indicados nas duas equações anteriores significam:
• Icc2 - corrente de curto-circuito presumida a determinar no ponto 2;
• Icc1 - corrente de curto-circuito presumida (já conhecida) a montante;
• l - comprimento do circuito (m);
• S - seção dos condutores (mm²);
• cos(φ) - fator de potência do curto-circuito, cujo valor aproximado pode
ser obtido da tabela 9.14:
EX.: Determinar a capacidade de ruptura do dispositivo de proteção geral no QD para
providenciar a proteção dos condutores do ramal alimentador trifásico do quadro, para
um curto circuito nos barramentos ou nos condutores na saída do quadro, ICC1 . E
também para o dispositivo de proteção de um circuito terminal bifásico na ocorrência de
um curto-circuito a 25m do quadro, ICC2
*** Monofásico 127 V
– Dobrando o valor do
comprimento

*** Monofásico 220 V


– Dobrando o valor do
comprimento
ICC1 = 9,01KA ...................................... Ir = 10KA ( Valor comercial)

ICC2 = 3,61KA........................................ Ir = 5KA (Valor comercial)

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