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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIDADE CARANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS HUMANAS

DANIELI GOMES CORDEIRO, GISELLE ROCHA E THALIANNE SOUZA

O TURIMSO NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ EM ATUAL CONTEXTO


DE PANDEMIA

CARANGOLA-MG
2021
DANIELI GOMES CORDEIRO, GISELLE ROCHA E THALIANNE SOUZA

O TURIMSO NO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ EM ATUAL CONTEXTO


DE PANDEMIA

Trabalho apresentado a Universidade Estadual


de Minas Gerais do departamento de ciências
humanas para cumprimento de parte do
processo avaliativo da disciplina de Geografia
da Zona da Mata de Minas Gerais.
Prof. responsável: Msc. Danielle Faria
Peixoto

CARANGOLA-MG
2021
Introdução
A zona da mata mineira, de uma forma bem genérica, é uma região geográfica, localizada na
Região Sudeste do país, no estado de Minas Gerais onde possui uma área de
aproximadamente 35,7 mil km² e uma população de mais de 2 milhões de habitantes, segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  A zona da mata mineira também
abriga diversas reservas biológicas de caráter nacional, uma delas sendo o Parque Nacional do
Caparaó, que se abriga duas entradas, sendo uma delas localizada na cidade de Alto Caparaó,
MG. Por coincidência, também se situa ao sudeste do estado, próxima à divisa dos estados
do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Diante disso, sua formação geográfica, sendo elas: estrutura geológica, relevo, solo, clima e
vegetação, vem sendo estudados por diversos pesquisadores ao longo da história, onde
podemos citar um dos artigos que será de suma importância para nossa pesquisa a cerca do
tema que será o turismo Regional em atual contexto de pandemia no Parque Nacional do
Caparaó. Onde temos por base bibliográfica o artigo de Elisângela Maria Barbosa Santos,
Doutora na universidade Federal de Minas gerais. O artigo Parque Nacional do Caparaó:
histórias de um lugar nos conta um pouco mais sobre a formação do parque, sua
geomorfologia, fauna, relevo e demais característica, além de nos ajudar a contextualizar com
momento atual de pandemia que estamos enfrentando em todos os lugares do mundo.

A formação do Parque Nacional do Caparaó e seus aspectos naturais

Em toda nossa trajetória da Geografia, consistimos em várias abordagens diferentes e


conceitos sobre o que seria a formação territorial, o conceito de paisagem/lugar e até mesmo a
relação global/lugar apresentada por Milton Santos (2003).
Social e culturalmente dizendo de uma forma bem simplificada, um lugar pode ter
significados múltiplos, dependendo dos sujeitos que com ele interagem e da relação que
estabelecem uns com os outros. O tema da nossa pesquisa tendo em vista o Parque, é a
variedade de significados formados a partir deste misto de cooperação e conflito,
compartilhado pelos diversos atores históricos na Serra do Caparaó.
Partiremos agora para os aspectos físicos do parque, a área do parque apresenta um clima
tropical de altitude, com temperatura média de 19 a 22ºC.
A pluviosidade gira em torno de 1.000 a 1.200 mm anuais, sendo que entre os meses de abril e
julho as chuvas são mais escassas, o que torna esse período mais propício para excursões
turísticas ao Pico da Bandeira, que tem seus 2890 metros como uma atração chamativa, além
das exuberantes cachoeiras em torno do parque.

Figura 1. Imagem da localização do Parque Nacional do Caparaó


Fonte: http://pelocaparao.blogspot.com.br/view/classic.

O Parque possui numerosos rios perenes, de pequeno e de médio porte, que, devido à
topografia,
apresentam forte declividade, favorecendo a ocorrência de quedas d’água. A vegetação
característica é de Floresta Pluvial Tropical, mas constitui uma formação de origem
secundária ou remanescente, em vários níveis de regeneração. A fauna, característica de
região de Mata Atlântica, foi reduzida com o passar dos anos.
Antes mesmo do parque apresentar uma linha ferroviária para o turismo, ou ser aberto
estradas dentro do parque para o mesmo, o principal meio de transporte utilizado até meados
da década de 90, eram os muares pois eram os mais eficientes para esse tipo de região, onde
predominam as formações montanhosas. As mulas conseguiam alcançar altitudes impensáveis
para os carros de boi, mais eficientes na condução em lugares planos como mostra na figura
abaixo:
Figura 2. Transporte realizado pela tropa de burros no Parque Nacional do
Caparaó. Exemplo de como era o transporte de café pela Serra antigamente.
Década de 1990.
Fonte: Acervo do “Projeto Caparaó” - COLTEC/UFMG.

Os impactos da Pandemia no setor do turismo e sobre o Parque Nacional do Caparaó

Perante a condição imposta pelas medidas de isolamento social, uma atividade onde tem total
dependência da mobilidade humana encontra-se altamente afetada. Apesar dos impactos da
pandemia do covid-19 sobre o setor de turismo seja visível, sua compreensão requer uma
análise multe escalar em consideração de aspectos qualitativos, como atividades, diferentes
segmentos, origem dos fluxos, etc.
Segundo cálculos da Organização das Nações Unidas para o Turismo (OMT), o tráfego
turístico internacional cairá 22% em 2020 e a receita gerada pelo setor cairá de 20% a 30%.
Embora esses dados revelem o impacto significativo da crise de saúde global no turismo
internacional, eles devem ser comparados com outras escalas analíticas (como escalas
regionais e locais). Dados da Organização Mundial de Viagens mostram que o fluxo
internacional de turismo de massa e as receitas que ele gera estão concentrados em algumas
regiões e países, que foram afetados pela interrupção repentina desses fluxos.
Tendo em conta o grave impacto da epidemia na indústria do turismo, estes países insulares e
algumas regiões altamente dependentes da economia do turismo tiveram um desemprego mais
grave e outros efeitos nocivos causados por interrupções repentinas e prolongadas na indústria
do turismo.
O movimento internacional de turistas tem um grande impacto em sua população. Os
principais subsetores que compõem a indústria do turismo – transporte, hospedagem, agências
de viagens e serviços de alimentação e lazer – foram bastante afetados, com perdas que se
aproximam de 100% em alguns casos.
É importante lembrar que, o turismo em massa no Brasil é geograficamente concentrado na
parte leste do território do país, especificamente em Estados litorâneos, com exceção do
estado de Minas Gerais- que é o nosso enfoque- com uma projeção também razoável sobre os
estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo estudo do
Instituto de Economia Aplicada (Ipea), em2013, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais respondiam por mais de 50% do total de instituições relacionadas ao turismo.
A priori, tem-se que os dados obtidos de visitações do parque do Caparaó desde o ano de
2011 obteve um crescimento até os últimos dados apurados no ano de 2020, mostrando assim
seu crescimento anual gradativo com o passar dos anos. Diante disso, nota-se na tabela a
seguir os dados de visitações registrados:
Tabela I: Registro dos dados de visitações no período de 2011 a 2020 em todos os parques e unidades de
conservação do estado de Minas Gerais
Fonte: Observatório de turismo de Minas gerais

Vale salientar que devido a situação pandêmica, o ano de 2020 apresentou uma queda
percentual de visitações devido os protocolos de segurança e restrições adotados pela
pandemia do covid-19.
Com base nas informações, cabe ressaltar através do gráfico de barras as quedas decrescentes
registradas sobre as visitações no Caparaó pela pandemia. Observe a seguir o gráfico:
Gráfico I: Números de visitantes em parques de Minas gerais
Fonte: IEF e ICMBio

Conclusões, mas não finais


Portanto, conclui-se que o estudo realizado na região Caparaó buscou trazer dados, alusões
históricas e referências no setor do turismo que nos ajudasse a compreender mais amplamente
como a pandemia trouxe vários impactos, dentre eles o da redução discrepante em relação ao
turismo na Zona da Mata, em especial a Serra do Caparaó como mostra o dado, onde mostra o
parque com um decréscimo caindo para a sexta posição nas visitações no ano de 2020,
contendo 17.529 visitantes.
Além dessa diferença, devemos levar em Consideração as normas da OMS para a segurança
de todos que buscam práticas e visitações na unidade de conservação em busca do Ecoturismo
de maneira não prejudicial e respeitando os critérios, pois, estamos enfrentando momentos
difíceis, onde devemos nos proteger e aos outros contra a COVID-19 até o momento dessa
pesquisa.

Referências Bibliográficas
SANTOS, Elisangela M. Barbosa. PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ: HISTÓRIAS
DE UM LUGAR. História Ambiental Latinoamericana y Caribeña (HALAC), v. 3, p. 117-
143, 2013.
SANTOS, Elisangela M. Barbosa. Memória Histórica de Caparaó. In: V Encontro de
História Oral, 1999, Belo Horizonte. Anais do V Encontro de História Oral.

SANTOS, Milton. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia
crítica. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1978

CRUZ, Rita de Cássia Ariza. Impactos da pandemia no setor de turismo. Jornal da USP. São
Paulo, 03 de julho de 2020. Disponível em:< https://jornal.usp.br/artigos/impactos-da-
pandemia-no-setor-de-turismo/> Acesso em: 14 de julho de 2021

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