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Parecia impossível
Até 10 anos atrás, parecia impossível enfrentar os grandes bancos, e para
nós, brasileiros, investir era uma tarefa complicada.

Percebendo a grande dificuldade que era investir e a dependência dos


investidores nos “bancões”, a XP viu uma grande oportunidade.

Guilherme Benchimol, fundador da XP, queria mudar a forma como os


brasileiros investem.

Parecia impossível, mas a XP bateu de frente com os “bancões” e mudou


completamente o mercado de investimentos do Brasil.

A empresa que mudou nosso jeito de investir está prestes a realizar seu
“IPO” agora, aqui no Brasil, e pode ser uma ótima oportunidade.

Propaganda XP. Fonte: XP Inc..

O que parecia impossível e revolucionário vem dando ótimos resultados.

A XP entendeu seus clientes, focou na educação e vem roubando mercado


dos grandes bancos.

Com o seu “IPO” na B3, será mais fácil e acessível investir na empresa
que facilitou a vida dos investidores.

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Na raça
Na raça, assim como o título do seu livro, Guilherme Benchimol deixou o
Rio de Janeiro sem emprego para recomeçar sua vida em uma pequena
corretora de Porto Alegre/RS.

Mesmo com a crise dos anos 2000 pesando nos mercados, Benchimol
decidiu montar seu próprio negócio.

Em 2001, em uma sala de 25 metros quadrados e alguns computadores


comprados de uma lan house, Benchimol e seu sócio Marcelo Maisonnave
fundaram a XP Investimentos.

Ainda como um
escritório de
Agentes Autônomos
de Investimentos
(AAI), o cenário
era extremamente
desafiador com a crise
financeira.

Com poucos clientes e


muita dificuldade em
Primeiro escritório da XP Investimentos. Fonte: XP.
conseguir novos, a XP
lutava para sobreviver, mas Benchimol e seu sócio entenderam cedo as
dificuldades dos seus clientes.

Os dois sócios compreenderam que ensinando os investidores poderiam


ganhar sua confiança e transformá-los em clientes.

Impulsionado pela educação


Se investir em ações já parecia arriscado, a crise dos anos 2000 deixava
os investidores ainda mais receosos.

A XP entendeu rapidamente que ensinando o básico sobre bolsa poderia


convencer seus clientes a investirem.

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Com um pequeno empréstimo, Guilherme Benchimol alugou o salão do
prédio onde era seu escritório e anunciou em um jornal o curso “Aprenda
a investir no mercado financeiro”.

Nesse momento, a XP
descobriu um dos seus
grandes diferenciais,
entender seu cliente para
atendê-lo melhor.

Com o novo modelo


de negócio, o pequeno
escritório de AAI começou
a crescer e expandir para
outras cidades do Rio
Anúncio do curso da XP Investimentos. Grande do Sul.

Muito grande para ser um AAI


Parecia impossível, os desafios foram gigantescos, mas com essa estratégia,
a XP estava próxima de começar a transformar o mercado de investimentos
do país.

O bom momento do mercado a partir de 2001 também ajudou sua


expansão.

Ibovespa entre 2000 e 2008. Fonte: Bloomberg.

Com o forte crescimento, a XP percebeu que ser apenas um escritório de


AAI não seria o bastante, e em 2007 adquiriu duas pequenas corretoras.

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Agora, como uma corretora de valores, a XP poderia escalar ainda mais
seu modelo de negócios, acelerar sua expansão e começar a incomodar
os “bancões”.

No entanto, em 2008, a crise do subprime nos EUA derrubou os mercados


e levou junto os resultados da XP e sua ambição.

Para enfrentar a crise, a empresa reduziu seu tamanho, cortou despesas


e diversificou seu portfólio de produtos.

A crise de 2008 freou por um momento o crescimento da XP, mas a


recuperação do mercado no ano seguinte trouxe fôlego necessário para a
XP voltar para o caminho do crescimento.

Um shopping de investimentos
A crise trouxe ensinamentos, Benchimol e seus sócios entenderam que
não poderiam ser dependentes apenas da corretagem e do vaivém da
bolsa.

Buscando soluções para diversificar suas receitas e bater de frente com


os “bancões”, em 2010 os sócios da XP conheceram nos EUA a corretora
Charles Schwab.

A corretora americana era um shopping de investimentos, oferecendo


uma ampla oferta de produtos financeiros por meio de uma imensa rede
de assessores.

Era o que faltava para a XP ser a empresa que conhecemos hoje e atrair
com mais facilidade os clientes dos “bancões”.

Os investimentos para replicar o modelo da Charles Schwab eram elevados,


mas avaliada em cerca de meio bilhão de reais, a XP recebeu um aporte
de 100 milhões da gestora inglesa Actis.

Os custos do crescimento
Com dinheiro em caixa, a XP estava pronta para crescer e transformar o
mercado de investimentos do país.

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Entre 2010 e 2011, a XP intensificou seu marketing e as operações de M&A
(fusões e aquisições), com a compra das corretoras Interfloat e Senso e
do canal InfoMoney.

Os altos investimentos abriram a possibilidade de um IPO, que foi deixado


de lado com a chegada da gestora General Atlantic e do aporte de R$ 570
milhões.

Os conflitos entre sócios já não eram novidade, e a diluição das


participações com a chegada da gestora na sociedade piorou o clima
entre os antigos sócios.

Tudo isso levou à saída de vários sócios e à troca da direção da empresa


em 2013.

As mudanças impactaram os resultados, o que fez Benchimol perceber


que era o momento de acelerar o crescimento.

Acelerando o crescimento
Ainda parecia impossível realmente incomodar os “bancões”, mas com
sua rede de assessores e uma ampla oferta de produtos, a XP acelerou as
aquisições.

Entre 2014 e 2016, a empresa adquiriu as corretoras Clear e Rico.

O exército de mais
de 5 mil assessores
de investimentos
espalhados pelo
país impulsionava
o crescimento de
clientes e os ativos
sob custódia.

Com ritmo Ativos sob custódia (AUC) em bilhões de reais e clientes ativos
em milhares. Fonte: XP Inc.
acelerado,
Benchimol estava transformando o jeito dos brasileiros de investir.

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Parecia impossível, mas a XP incomodava os grandes bancos e despertava
interesses.

Estratégia dual track


O modelo vencedor da empresa era uma realidade, e os fortes resultados
eram atraentes.

Com o mercado em alta entre 2016 e 2017, o cenário era perfeito para a XP
retomar o seu plano de finalmente abrir capital.

Índice Ibovespa entre 2014 e 2019. Fonte Bloomberg.

A XP contratou bancos e começou a estruturar seu IPO, mas o conselho


de Martin Escobari, sócio da General Atlantic (fundo de investimento com
participação na XP), em ter um plano B fazia todo o sentido.

Escobari propôs um dual track, uma segunda via. Basicamente, a empresa


seguiria com o plano do IPO, mas ficaria aberta para novos grandes
investidores.

E, no Brasil, não existe ninguém tão grande quanto o Itaú.

Foi aí que o banco fez o trade da sua vida, comprando 49,9% da XP por
“apenas” R$ 6 bilhões em 2017.

IPO na Nasdaq
A XP não parou, com o caixa reforçado e com o Itaú como sócio, a companhia
continuou o seu forte ritmo de expansão até 2019.

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Multiplicando seus ativos sob custódia e seus resultados, a XP era uma
gigante e estava preparada, enfim, para o seu IPO.

Em dezembro de 2019, valendo R$ 62 bilhões, a XP estreou na Nasdaq.

O IPO na bolsa americana fazia todo o sentido, além de questões de


governança, o valuation era bem mais generoso que aqui no Brasil.

Parecia impossível um
pequeno escritório de AAI
conseguir transformar o
mercado financeiro do
Brasil, mas a XP conseguiu.

E, claro, essa
transformação trouxe
ótimos resultados
crescentes.
IPO XP Inc. na Nasdaq.

Crescimento de dois dígitos


Os fortes resultados não são por acaso, a XP entendeu cedo e, sendo um
shopping de investimentos, diversificou suas receitas.

Tudo isso com uma rede de mais de 9 mil assessores, a empresa atingiu
mais de 3 milhões de clientes.

Somando mais de 800 bilhões sob custódia, sua receita ultrapassa os


R$ 10 bilhões
e cresce 59%
ao ano. Com
uma margem
elevada, o
lucro cresce
em média
+77% desde
2016.

Receita, lucro líquido e margem líquida desde 2016. Fonte: XP Inc.

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Apesar do bom crescimento em outras receitas, o foco da XP é no varejo,
que representa cerca de 75% da receita da companhia.

A XP já é um banco digital com vários tipos de serviços – como cartão


de crédito –, mas tudo para atrair mais investidores e impulsionar sua
custódia.

Participação na receita por segmento de negócio dos 12 meses acumulados no 2T21. Fonte: XP Inc.

Os resultados são robustos, e como sabemos bem, no longo prazo a boa


performance das ações é reflexo de resultados crescentes.

Com a XP não foi diferente.

Itaú e XP: o divórcio


O Itaú foi inteligente, entendeu que seria difícil competir com a XP e se
associou a ela.

É inegável o sucesso do investimento do banco na XP. O Peter Lynch e o


nosso analista Ragazi, da série Nord 10x , ficaram com inveja.

A XP é a tenbagger (termo em inglês para ações que se multiplicam por


10x ou mais) do Itaú, em 4 anos o banco multiplicou em quase 10 vezes
seu investimento.

Mas o mercado não soube dar valor ao ótimo investimento. Enquanto a


XP crescia seu valor de mercado, o Itaú continuava de lado.

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Valor de mercado XP e ITUB desde dez/2019. Fonte: Bloomberg.

Percebendo a dificuldade do mercado em precificar seu investimento, o


Itaú anunciou, em novembro de 2020, a cisão da sua participação.

O Itaú decidiu destravar esse valor de XP e distribuir para os seus


acionistas.

Com a cisão da participação de 41% do Itaú, a XP vai fazer o “IPO” dos


seus BDRs (recibos que representam as ações negociadas na Nasdaq).

Os BDRs da XP vão estrear na bolsa brasileira no dia 4 de outubro, com


o código XPBR31.

Cronograma da oferta do BDR de XP. Fonte: XPart.

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Não vai existir uma oferta de novas ações da XP, os BDRs vão ser distribuídos
aos acionistas do Itaú e serão negociados na B3.

Ou seja, a cada 43,3 ações de Itaú (ITUB3 e ITUB4), os acionistas do banco


vão receber 1 BDR de XP.

Com resultados robustos e crescentes, entrar no “IPO” da XP pode ser


uma ótima oportunidade.

O importantíssimo preço
O forte crescimento desde 2016 é indiscutível e parece que continuará no
futuro.

A XP divulga seu guidance no qual estima um crescimento de 35% da receita


e uma margem líquida entre 24 e 30%, o que parece bem conservador.

Receita Bruta, lucro líquido e guidance da XP. Fonte: XP Inc..

Preferimos ser conservadores e usamos o guidance para fazer uma conta


rápida. Pelos valores que chegamos, no preço atual da XP, ela negociaria
cerca de 24x seus lucros futuros (2024).

Projeção de resultados e P/L da XP. Fonte: XP Inc. e elaboração: Nord Research.

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O múltiplo pode parecer alto, mas a XP cresce em níveis elevados e,
atualmente, negociando a 45x lucros, parece uma ótima oportunidade.

Além disso, em um país desbancarizado e com um número baixo de


investidores, a XP tem um grande mercado em potencial.

Em vista disso, na série Nord Deep Value, vimos uma boa oportunidade
na XP.

O valor escondido
Em 2001, era impossível imaginar que a XP transformaria o mercado
financeiro do Brasil.

A evolução foi constante, o pequeno escritório de AAIs virou uma corretora


e hoje é um banco completo.

A XP mudou o jeito dos brasileiros investirem e continua mudando.

A meta para 2021 é atingir R$ 1 trilhão em ativos sob custódia e continuar


aumentando seu market share, que hoje é de 20%.

Com resultados crescentes e ótima visibilidade futura, no Deep Value


vimos uma ótima oportunidade para adquirir XP através do Itaú.

Com o Itaú negociando a múltiplos atrativos (8x lucros) e abaixo da média


histórica, vimos o valor escondido e mal precificado de XP.

Preço lucro de XP e Itaú desde outubro de 2020. Fonte: Bloomberg.

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A dificuldade do mercado em precificar o ótimo investimento do Itaú
abre uma oportunidade para recebermos a participação da XP, além
de aproveitarmos todo o crescimento e potencial da empresa que
revolucionou o mercado financeiro brasileiro.

No Deep Value, além de empresas fora do consenso, buscamos valores


escondidos, como o da XP no Itaú.

Teremos contato direto via Telegram, um serviço premium mais do que


necessário para acompanharmos juntos as nossas empresas e o mercado.

Seja em casos mais extremos, seja em valores escondidos, buscamos


sempre ótimas oportunidades, por isso convido você para conhecer a
nossa estratégia do Nord Deep Value.

Fabiano Vaz, CNPI

Em observância à Resolução CVM nº 20/2021, o Analista Fabiano Vaz declara:


1. Que é o responsável principal pelo conteúdo do presente Relatório de Análise;
2. Que as recomendações constantes no presente Relatório de Análise refletem única e exclusiva-
mente suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação
NOSSA CENTRAL DE AJUDA
à Nord Research;
Em observância à Resolução CVM nº 20/2021, a Nord Research esclarece:
1. Que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes es-
tratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor CONHEÇA A NOSSA PLATAFORMA
mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As
indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no con-
texto da estratégia que o norteia.

Nord Research, 2021. Todos os direitos reservados. Rua Joaquim Floriano, 100 - Itaim Bibi, São Paulo - SP, 04534-000

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