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ECONOMIA

Dólar chega R$ 5,75 e acumula alta de mais de


10% no ano
Na quinta-feira (21), a moeda dos EUA saltou 1,92% e fechou a R$ 5,6651.

Por g1
22/10/2021 09h01 · Atualizado há 13 minutos

Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar é negociado novamente em forte alta nesta sexta-feira (21), em meio aos
temores de piora do cenário fiscal do país após as manobras do governo para
driblar o teto de gastos e da debandada de secretários do Ministério da
Economia.

Às 13h05, a moeda norte-americana subia 1,54%, cotada a R$ 5,7525 – uma alta de


mais de 10% no acumulado do ano. Veja mais cotações.

Segundo o blog do Valdo Cruz, o presidente Bolsonaro teria dado sinal vermelho
para a sondagem de nomes para substituir o ministro da Economia Paulo
Guedes.

Já a Bovespa opera em queda, na contramão dos mercados externos.

A exemplo da véspera, o Banco Central ainda não anunciou ofertas líquidas de


dólar para esta sessão.

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Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 1,92%, a R$ 5,6651 – maior cotação


desde 14 de abril e a maior valorização diária da moeda desde 8 de setembro. Com
o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular avanço de 4,03% no mês
e de 9,21% no ano.

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O Assunto

A implosão do teto e da equipe econômica


00:00 / 35:02

Variação do dólar em 2021


Cotação de fechamento, em R$
Dólar comercial Dólar turismo (sem IOF)

6,00

5,90
5,8894
5,80

5,70
5,6651
5,60

5,50

5,40

5,30

5,20

5,10

5,00

04/01 04/02 11/03 14/04 18/05 21/06 22/07 24/08 27/09

Fonte: Valor PRO

Furo do teto de gastos


Na noite desta quinta-feira, a comissão especial criada na Câmara para analisar a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios aprovou uma mudança
no teto de gastos para viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que deve
substituir o Bolsa Família. O texto agora segue para o plenário.
A proposta de furar o teto para bancar o programa social repercutiu negativamente
no mercado, elevando os temores de piora do quadro fiscal e de descontrole dos
gastos públicos para financiar medidas vistas como populistas.

"Já estamos falando de um quadro inflacionário bastante


preocupante e o gestor tem que perceber que está fazendo
alguma coisa errada. Se a inflação no Brasil começou a subir
antes de todo mundo e sobe mais forte, com o dólar
descolado dado o cenário internacional, o gestor de política
econômica tem que desconfiar. Então, é obvio que
necessitava um maior cuidado na questão macroeconômica.
Não é sair fazendo e a inflação é problema do BC. Tem erros
sistemáticos cometidos", disse a economista Zeina Latif, em
entrevista à GloboNews.

Veja vídeo abaixo:

Economista sobre teto de gastos: 'Não entendo o silêncio do Tribunal de Contas da União'

Em meio ao retorno de ameaças de greve de caminhoneiros em razão da alta dos


combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro também anunciou que o governo vai
oferecer uma ajuda de R$ 400 a cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos
para compensar o aumento do preço do diesel, sem informar de onde vai tirar os
recursos nem a partir de quando o benefício será pago.

Após a equipe econômica ter sido atropelada pela ala política do governo
Bolsonaro na discussão sobre a fonte de financiamento do novo programa social
do governo, quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão
dos cargos nesta quinta-feira.

A explosão da dívida pública e o risco de um descontrole da situação fiscal é


apontado por analistas e investidores como um dos principais fatores de
incerteza doméstica, podendo inclusive inviabilizar uma retomada sustentada
da economia brasileira.

"Tirar o teto de gasto e precatórios com limitações podem


ser entendidos como abertura de porteira para mais gastos
ineficientes, tendo em vista as próximas eleições polarizadas
de 2022. Vamos perder a âncora, sem colocar nada no lugar",
afirmou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco
Modalmais.

Na visão do mercado, as manobras para furar do teto dos gastos colocam ainda
mais pressão no dólar e para o Banco Central elevar a taxa básica de juros,
atualmente em 6,25% ao ano. "Isso compromete a expansão do PIB em 2022. Para
as classes de renda baixa, o efeito parece ser de dar com uma mão e tirar com a
outra, considerando inflação ascendente e desemprego elevado", acrescentou
Bandeira.
Comissão aprova PEC dos Precatórios com mudança no teto de gastos para viabilizar Auxílio Brasil

Por que o dólar sobe? Assista no vídeo abaixo:

Entenda a alta do dólar

G1 - Educação Financeira

O que você precisa saber sobre o dólar Oq


00:00 / 12:14
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