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Epidemiologia, Atividade Física e Saúde

O autor Francisco José Gondim Pitanga em seu artigo relata todo um contexto
histórico da atividade física e de como ela era vista e representada na sociedade de cada
época. Porém, em nenhuma das visões ou papéis que a atividade física se propunha
antigamente, a saúde estava relacionada ou objetivada.
Devido a transições demográficas, nutricionais e epidemiológicas, a população
hoje vem apresentando um crescimento do envelhecimento, uma coexistência tanto da
desnutrição como da obesidade e as doenças crônicas não transmissíveis vem ganhando
protagonismo. Ou seja, a saúde não se baseia apenas na ausência de doença, mas
somado a isso, uma boa qualidade de vida, psicologicamente e socialmente bem.
Segundo Hallal (2011), um estudo de revisão documentou a evolução temporal
da epidemiologia da atividade física no Brasil, até 2005. Os autores buscaram identificar
investigações epidemiológicas brasileiras, com amostras representativas de populações
definidas e com pelo menos 500 indivíduos em estudo. Além de buscas eletrônicas em
bases indexadas, os autores do referido estudo realizaram contatos com pesquisadores
para mapear a distribuição das pesquisas nessa área no país. Foram localizados 42
trabalhos, com maior concentração de publicações a partir de 2000. Os pesquisadores
também notaram uma disparidade regional desse conhecimento, pois até 2005 não
encontraram estudos com dados exclusivos do Norte e Centro-Oeste do Brasil.
A inclusão do profissional de Educação Física (PEF) na saúde é um fato recente
(2020). Nela, o PEF passa a integrar, de forma mais clara e objetiva as equipes dos
Programas de Atenção Básica do SUS. Mas do que vale essa inserção se no meio
acadêmico ainda há poucas discussões sobre o assunto? Inexiste, por exemplo, uma
disciplina na grade curricular voltada para tal, visto que seria um passo importante para
questionamentos, esclarecimentos e mais uma oportunidade de atuação deste
profissional recém-formado. Logo, percebe-se que se este acadêmico não procurar se
integrar e conhecer seus campos de atuação ou a própria coordenação dos cursos de
Educação Física não incluírem uma disciplina de Saúde Coletiva, por exemplo,
discussões como essa ainda serão escassas e muitas oportunidades serão perdidas.

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