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TEMA DA SEMANA

05 de agosto de 2016

A questão da jornada de trabalho no Brasil -


aumentar ou reduzir?

PROPOSTA

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre
o tema: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou
reduzir? Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1

Com o avanço da tecnologia, pensava-se que as máquinas nos fariam trabalhar menos. Décadas depois, apesar de
pequenos avanços, pouca coisa mudou: a maioria segue uma rotina de oito horas ou mais de trabalho por dia.

No período em que foi estabelecido, no início do século 20, a proposta era equilibrar as 24 horas do dia em oito de
atividade laboral, oito de lazer e oito de descanso, além de reduzir as extenuantes jornadas industriais, que passavam
das 12 horas. Atualmente, considerando o tempo gasto com deslocamento, essa conta fica difícil de fechar.

Diminuir a jornada de trabalho poderia ser um caminho para que a sociedade tivesse mais tempo livre. Contudo, no
Brasil, não há mudança neste sentido desde 1988, quando a jornada máxima de 44 horas semanais foi estipulada pela
Constituição.

“Nesse período, houve um aumento da produtividade que justifica a redução de jornada, pelo menos para as 40 horas
semanais, conforme o patamar internacional”, diz o economista Cássio Calvete, professor da UFRGS (Universidade
Federal do Rio Grande do Sul). Do ponto de vista técnico e econômico, imaginar uma jornada menor ainda, de 30 horas
semanais, por exemplo, não seria uma realidade distante se o mundo se organizasse dessa forma. “Esse modelo faz
parte de uma construção social, um país não vai reduzir se os outros não funcionam assim”, explica.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2015 teve a menor jornada média de trabalho
já registrada no Brasil, com 39,9 horas semanais. Para Giuseppina De Grazia, doutora em sociologia pela USP
(Universidade de São Paulo) e professora aposentada da UFF (Universidade Federal Fluminense), considerando o
conjunto da população de empregados, desempregados e trabalhadores parciais, esse índice não reflete uma redução
real. “Enquanto uns trabalham de 50 a 60 horas, fazendo extra para não perder o emprego ou aumentar o salário,
outros são obrigados a sobreviver de bicos temporários e precarizados”, diz.

Disponível em : http://www.jornalcontabil.com.br/?p=10145

TEXTO 2
Brasileiro trabalha 44 horas por semana, mas Confederação Nacional da Indústria quer flexibilização, a partir de
acordos pontuais, e usa França como exemplo
A carga de trabalho no Brasil é, legalmente, de 44 horas semanais para quem tem carteira assinada. O número é alvo
de constantes críticas do empresariado, que defende a possibilidade de flexibilizar a jornada, aumentando ou
diminuindo a carga de acordo com a demanda.

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05 de agosto de 2016

No dia 8 de julho, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, causou polêmica ao
falar sobre a possibilidade de uma carga de 80 horas semanais e citou como exemplo a reforma trabalhista francesa.

Oitenta horas semanais significariam quase 11 horas e 30 minutos de trabalho diário sem folga no sábado ou
domingo. Ou então 16 horas diárias de segunda a sexta.(...) A grande reclamação do setor empresarial é com a rigidez
do horário definido em lei hoje no Brasil. Já as centrais sindicais defendem a redução da jornada de 44 horas para 40
horas semanais, sem redução desalários. Veja abaixo a jornada de trabalho no Brasil hoje comparada à de outros países
do mundo.

LÁ FORA

(...) O caso francês

A França, um dos países que mais privilegia o modelo de bem-estar social no mundo, recentemente flexibilizou algumas
regras trabalhistas. Mas o aumento das horas trabalhadas é uma exceção, não uma regra.

A carga horária para os trabalhadores franceses pode ser aumentada para até 60 horas semanais, mas isso precisa ser
previamente acordado com o sindicato, aprovado pelo governo e só vale em casos específicos. As autoridades devem
liberar caso haja a necessidade de ampliar a produção de um medicamento ou de um alimento em caso de escassez de
oferta.

As novas regras, que ainda não estão em vigor, não podem ser usadas caso uma empresa precise apressar uma entrega
a um cliente, por exemplo. O tempo trabalhado a mais tem de ser pago de acordo com as regras de horas extras.

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/07/12/Brasil-discute- jornada-de- trabalho-como-


ela-%C3%A9-aqui-e-no-mundo

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TEXTO 3

O bem estar da população é assunto sério na Suécia. Esforçando-se para se manter na vanguarda no que diz respeito
aos direitos trabalhistas, a Suécia começou, em 2015, a testar reduzir a jornada de trabalho, de 8 para 6 horas diárias,
sem redução de salário. E os resultados começaram a aparecer.Passado um ano, as autoridades garantem que o saldo
é totalmente positivo: redução de faltas, maior produtividade e melhora até mesmo na saúde dos empregados.
https://br.noticias.yahoo.com/a-su%C3%A9cia- reduziu-a- jornada-de- trabalho-para-
6-132509991.html?soc_src=social-sh&soc_trk=fb

ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO TEXTO SOBRE O PROJETO REDAÇÃO

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: O Projeto Redação cá está para ajudá-lo a
realizar o seu sonho. Acreditamos na
- Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”. colaboração mútua como meio de evolução
- A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo e nossa proposta é trabalhamos de forma a
dissertativo-argumentativo. orientar sua experiência com temas e
- Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. avaliações que sejam as mais próximas
possíveis do Enem.

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