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O dimensionamento dos cabos para-raios deve ser realizado considerando aspectos elétricos,
mecânicos e térmicos, mantendo a integridade do cabo com margem de segurança para as
condições de trabalho, minimizando as ocorrências de vibração eólica e suportando eventuais
correntes de curto circuito monofásicas.
Sendo assim, no projeto de uma LT, a quantidade e posição dos cabos pararaios devem ser
determinados por estudos de desempenho frente a descargas atmosféricas, de forma a se
obter uma adequada proteção contra incidência direta de descargas nos cabos condutores.
Cálculo de corrente:
O cálculo correto da parcela de corrente que circula pelos cabos para-raios, bem como da
parcela injetada no solo através dos sistemas de aterramentos das torres, é importante pois
influencia diretamente
Os cabos para-raios devem possuir uma seção transversal suficiente para conduzir a corrente
de falta esperada sem danos térmicos. Materiais como liga de alumínio, e alumínio-cobreado
possuem maior capacidade de condução, em comparação aos cabos de aço galvanizado.
As máximas correntes admissíveis nos cabos são definidas em função do tempo máximo de
eliminação do curto-circuito, devendo estas ser inferiores aos valores passíveis de circular nos
cabos durante sua vida útil, considerando as expansões e alterações do sistema.
Equação:
é apresentada uma equação que permite determinar a corrente que irá provocar uma
elevação de temperatura nos cabos. É considerado que, no período transitório a variação da
tensão de esticamento do cabo é baixa e que, para cabos que possuam alma de aço, sua alma
não é afetada pelo curto tempo de exposição a temperaturas elevadas. Adicionalmente é
assumido que a corrente de curto-circuito irá circular apenas pelo alumínio, uma vez que, em
regime permanente, apenas 2% da corrente nominal flui pela alma de aço. As perdas por
convecção e radiação são desprezadas para faltas inferiores a 1 minuto. A máxima corrente
admissível é calculada pela equação