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Biorrefinería Integrada en la

Indústria de Pulpa Celulósica

Cortesía del Profesor Dr. Jorge L. Colodette. colodett@ufv.br. www.lcp.ufv.br


SUMÁRIO
• Energia no Brasil e no Mundo
• O Moderno Conceito de Biorrefinaria
• Integração com a Indústria de polpa
• Matérias primas
• Processos de Biorrefinaria
• Produtos da Biorrefinaria
Energia no Brasil e no Mundo
Consumo de Energia per Capita (2009)
Previsões sobre a Demanda Global por Tipo de
Combustível

Fonte: The Outlook for Energy: A View to 2040 (2012)


Histórico do Uso da Biomassa na Geração de Energia

Fonte: IIASA (1998) e UN. EIA (2002)


Consumo de Petróleo per Capita

Cada brasileiro consome em média 4,2 barris de


petróleo por ano, o que corresponde a
aproximadamente 668 litros de petróleo.
Expectativas Americanas para Biocombustíveis
Celulósicos
25

21

20
18
Biocombustíveis celulósicos
Bilhões de galões

16,0
15
15
13,5
13
Requerimento de biocombustíveis
11
10,5
10 9
8,5
7,25 7,0
5,5 5,5
5 4,3
3,75
2,75 3,0
2 1,8
0,95 1,35 1,0
0,1 0,3 0,5
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Evolução da Estrutura Interna Brasileira da Oferta de Energia

Fonte: Plano Nacional de Energia 2030 (2007)


O Moderno Conceito de
Biorrefinaria
Refinaria vs. Biorrefinaria
Combustíveis e energia
Combustíveis e energia
• Etanol, butanol
• Biodiesel; biogás
• Hidrogênio

Petróleo Biomassa

Materiais e química
Química • Químicos básicos e especialidades
• Biopolímeros e bioplásticos

REFINARIA BIORREFINARIA

Fonte: Status Report Biorefinery (2007)


Conceitos
Biorrefinagem: É o processamento da biomassa
em bio-produtos (combustíveis, energia,
materiais e químicos), de maneira sustentável.

Biorrefinaria: É uma unidade industrial que


integra equipamentos e processos de conversão
de biomassa, para produzir combustíveis,
energia, materiais e produtos químicos.
Oportunidades para as biorrefinarias
Mudança física
Secagem Biomassa seca
Pulverização Pó
-Recursos Florestais Briquetagem Briquetes
Folhosas/ Coníferas Peletização Peletes
Serragem Torrefação Biomassa torreficada
Resíduos florestais
Resíduos industriais
Conversão bioquímica
-Recursos Agrícolas Hidrólise enzimática &
Palha de milho Fermentação Butanol, etanol,
Gramíneas Esterificação Bio-diesel
Culturas de Curta rotação Fermentação Biogás, Hidrogénio
Resíduos agrícolas

-Outros recursos Metanol / DME


Conversão termoquímica
Lodos / Algas FT-diesel
Gaseificação
Resíduos Sólidos Urbanos Pirólise Etanol
Liquefação Hidrogênio
Combustão Bio-oleo
O Modelo da Petroquímica
• 42% do valor do petróleo resulta da conversão de
apenas 4% dessa matéria-prima em produtos químicos,
borracha, plásticos, polímeros em geral, etc.;
• Dos 96% restantes, 70% é convertido em combustíveis
líquidos gerando outros 43% do valor do petróleo;
• Os outros 26% são usados para gerar óleo combustível,
asfalto, óleos para aquecimento, betume e outros
produtos de baixo valor agregado, produzindo os
restantes 15% do valor total do petróleo.
O Modelo da Petroquímica
• Sozinha, a venda de gasolina, óleo diesel,
querosene de aviação, etc. não é suficiente para
garantir lucratividade, mas é vital para assegurar a
lucratividade da refinaria de petróleo;
• Similarmente, calor, energia e biocombustíveis não
devem ser vistos como garantia de lucratividade de
uma biorrefinaria; existe a necessidade de se ter
produtos de alto valor agregado obtidos de
pequenas quantidades de biomassa.
A Indústria de Polpa Celulósica como
Biorrefinaria
Porque a Indústria de Polpa Celulósica?

• Tem grande experiência nas operações de produção,


colheita, transporte e armazenamento de grandes
volumes de biomassa;
• Tem experiência e infra estrutura para processamento
químico de biomassa, dentro de padrões e normas
internacionais;
• Está localizada em áreas rurais e pode obter
importantes sinergias entre madeira e resíduos
florestais e agriculturais.
A indústria de Celulose como Biorrefinaria?
Borregaard Biorefinery - Sarpsborg (Norway)
De uma Indústria de Celulose para uma
Biorrefinaria Integrada
Base Kraft Mill
Chipper &
Screens Brown
Logs Debarking Pulp
Drum Chips Storage

Pulp &
White Liquor Black Liquor Wash
Water
Na2S, NaOH
Wash
Lime Lime
Water
Kiln CaO
Digester
Screens &
Cleaners Bleach
Caustic Washers Pulp Plant
Plant
Lime
Mud Evaporators
Weak Black Bleach
CaCO3
Liquor Pulp
Green
Recovery Storage
Liquor
Boiler
Turbine Na2S, Na2CO3
Generator
Steam Strong Black To Paper Machine
Power Liquor
Matéria Primas
Ocupação Territorial Brasileira

Tipo de uso ou ocupação 106 ha %


Floresta Amazônica e áreas de proteção ambiental 1 405 47,6
Áreas urbanas, vias, cursos d’água e outros 20 2,4
Áreas disponível para produção agropecuária 366 43,0
Pastagens 210 24,7
Culturas temporárias e permanentes 61 7,2
Florestas cultivadas 5 0,6
Fronteiras agrícola 90 10,6
Outros usos 60 7,1
TOTAL 851 100
1Inclui Mata Atlântica, Pantanal mato-grossense, terras indígenas, áreas de proteção formalmente constituídas e
outras

Fonte: Plano Nacional de Energia 2030 (2007)


Oferta de Biomassa no Brasil em 2009
106 t/ano 106 bep/dia 1
TOTAL 558 4,24
Resíduos agrícolas 478 3,54
Soja 185 1,25
Milho 176 1,43
Arroz (palha) 57 0,42
Cana de açúcar (palha) 60 0,44
Resíduos agroindustriais 80 0,59
Cana de açúcar (bagaço) 58 0,46
Arroz (casca) 2 0,02
Lixivia 2 13 0,08
Madeira 3 6 0,04
Florestas energéticas 13 0,11
Madeira excedente 4 13 0,11
1 Considerou-se na conversão 1 bep = 5,95 GJ;
2 Licor negro com concentração entre 75 e 80% de resíduos sólidos
3 Resíduos de madeira da indústria de celulose: Lenha, cavaco e cascas de árvore;
4 Diferença entre a quantificação teórica da produção potencial nas áreas ocupadas pela silvicultura e o consumo de madeira em tora para

uso industrial oriundo de florestas plantadas.

Fonte: Plano Nacional de Energia 2030 (2007)


Expansão da Produção Brasileira de Cana de
Açúcar e Derivados
2005 2010 2020 2030
Cana de açúcar
Produção (106 t) 431 518 849 1140
Área ocupada (106 ha) 5,6 6,7 10,6 13,9
Açúcar (106 t)
Produção 28,2 32,0 52,0 78,0
Exportação 17,8 21-23 28-30 31-37
Etanol (106 m3)
Produção 16,0 24,0 48,0 66,6
Exportação 2,5 4,4 14,2 11,5
Biomassa (106 t)
Bagaço 58 70 119 154
Palha 60 73 119 160

Fonte: Plano Nacional de Energia 2030 (2007)


Madeira vs. não-madeira
 “Madeira não compete com a cadeia alimentar”;

 Madeira pode ser altamente produtiva:


→ 1ha de madeira produz 9500 L de etanol/ano
→ 1 ha de milho produz 3400 L de etanol/ano
→ 1 ha de cana produz 8000 L de etanol/ano
(desconsiderando palha e bagaço)

 A madeira é mais eficiente quanto a emissão de gases


de efeito estufa (usa menos combustíveis fósseis na
produção e processamento).
Madeira vs. não-madeira
 Armazenamento no tronco (living inventory)
 Baixo custo de armazenamento
 Baixa perda por degradação
 Colheita durante todo o ano
 Menor infra estrutura e capital para colheita e transporte
 Rotação multianual
 Menor área plantada por ano
 Períodos longos com pouco distúrbios na plantação (fertilização,
irrigação, colheita, etc.) - menor impacto ambiental
 Mercado bem estabelecido
 Sistema de produção sustentável bem estabelecido
 Sistema de colheita e transporte muito desenvolvido
Consumo de Energia no Pre-processamento
Comparação entre Biomassas
Composição Química da Biomassa Lignocelulósica

15- 30%

30- 50%

10- 25%
Biocombustíveis – Química da Biomassa
Modelo Estrutural da Parede Celular de uma Planta Lignificada

Região
Cristalina

Região
Amorfa

Região
Cristalina

Fonte: Terashima et al., in Forage Cell Wall Structure and Digestibility, ASA-CSSA-SSSA, Madison, WI,
1993, p.264
Classificação das biorrefinarias
quanto a matéria-prima
 Biorrefinarias Verdes: principalmente gramíneas –
ex: cana-de-açúcar, sorgo sacarínico, etc.);
 Biorrefinarias de Cereais: cereais tais como trigo,
arroz, centeio, cevada, milho, etc.;
 Biorrefinarias de Lignocelulósicos: fracionamento de
biomassas lignocelulósicas (celulose, hemiceluloses e
ligninas);
 Biorrefinarias Marinhas: Macro e microalgas capazes
de acumular significante quantidades de bio-produtos
(óleos, carboidratos, amido, proteínas, etc.).
Processos de Biorrefinaria
Processos de Conversão da Biomassa
Biomassa

Conversão Conversão
Conversão Biológica Conversão Física
Termoquímica Química

Digestão Extração
Liquefação Hidrólise
anaeróbica mecânica

Extração com
Pirólise Fermentação Briquetagem
Solvente

Conversão
Gasificação Enzima supercrítica da Destilação
biomassa

Combustão
Processos de Conversão
Biocombustíveis

Pirólise Gaseificação

Hidrólise
D Fermentação
Bio-óleo Syngás
Energia Energia
Combustíveis Etanol Etanol
Químicos Combustíveis
Combustíveis Químicos
Químicos
Duas Importantes Plataformas para
Conversão da Biomassa
Hidrólise
Amido
do Amido Fermentação
de Açúcares

Açúcares Glicose • Etanol


Fermentáveis • Químicos
Açúcares C6

Hidrólise da Açúcares C5
Celulose
Resíduo de
Pré-tratamentos Lignina

Conversão Termo- • Calor e eletricidade


Biomassa Química • Combustíveis/químicos
Lignocelulósica  Bio-óleo
 Syn Gas
Rota Bioquímica para Produção de Etanol
Enzimas Levedura

Quebra de
Aumento da área polisacaríedeos
de Superfície em açúcares

Biomassa Hidrólise Conversão


Pré-tratamento Fermentação de açúcares
Enzimática
em etanol
Lignina

Calor e Geração Vapor


Destilação
Energia de Energia

Etanol
Pré- Tratamento
Pré-tratamentos da Biomassa
Tem por objetivo tornar os materiais lignocelulósicos mais
reativos e digestíveis, com mínima produção de inibidores da
fermentação, por meio de ações especificas:
 Perturbar a estrutura da lignina e/ou remove-la;
 Perturbar as estruturas das hemiceluloses e/ou remove-las;
 Reduzir a cristalinidade da celulose;
 Aumentar a porosidade das matérias-primas.

Fonte: Mosier et al., 2004


Pré-tratamentos da Biomassa

Aditivos do Vapor ou gás


pré- (inclui aditivos do
tratamento pré-tratamento)

Biomassa Sólidos (Celulose,


Pré-tratamento
hemiceluloses,
lignina e resíduos
Energia
de aditivos)
Mecânica
Calor
Líquidos (contém
oligossacarídeos mais aditivos
do pré-tratamento)
Pré-tratamentos da Biomassa
* Pré-tratamento físico: * Pré-tratamento alcalino:
– Redução do tamanho; – Pré-tratamento com hidróxido
– Irradiação. de sódio;
– Pré-tratamento com amônia;
* Pré-tratamento de rápida – Pré-tratamento com licor verde.
descompressão:
– Steam explosion; * Pré-tratamento com solvente:
– Ammonia fiber expansion (AFEX). – Pré tratamento com solvente
orgânico;
* Pré-tratamento com auto-hidrólise: – Dissolução de celulose com
– Pré-tratamento com água quente. solventes.

* Pré-tratamento ácido: * Outros pré-tratamentos:


– Pré-tratamento com ácido diluído. – Pré-tratamento com fluidos
supercríticos;.
– Pré-tratamentos biológicos
Steam Explosion = Explosão a Vapor

• Steam Explosion = Auto-hidrólise explosão a


vapor = cozimento explosão a vapor, auto-
hidrólise rápida = craqueamento a vapor):
– Técnica em que a biomassa é tratada com vapor
saturado em pressões de 40-50 atm e
temperaturas equivalentes por tempos que varia
de alguns segundos a alguns minutos;
– Após o tratamento a biomassa é descomprimida
(explodida) para 1 atm.
Efeitos da Explosão a Vapor
• Auto-hidrólise da biomassa (ácido acético)
• Desfibrilação e rompimento da estrutura lenhosa

Antes da Explosão Depois da Explosão


Auto-hidrólise
Características do Processo:
Sem catalizador;
Água sob pressão sem descompressão rápida;
Ácido Fraco vindo das hemiceluloses;
Baixo custo do reator.
Características da biomassa pretratada:
– Açúcar liberadas em forma oligomérica;
– Necessita hidrólises secundária do filtrado;
– Fração sólida pronta para o processo de sacarificação.

Condições Operacionais:
– 160-190 oC;
– Licor/Biomassa: 4-6/1;
– Tempo: 5-60 min.
Pré-tratamento Ácido
• Características do Processo:
- Ácido: H2SO4 0,8 - 1,5%;
- Carga de sólido: 10 - 30%;
- Temperatura: 160 - 200 0C;
- Tempo: 1 - 20 min;

• Características da biomassa pré-tratada:


- Solubilização completa ou parcial das hemiceluloses;
- Redistribuição da lignina nas superfícies da fibra.

• Desvantagens:
- Degradação dos açúcares derivados das hemiceluloses;
- Condicionamento do hidrolisado antes da fermentação em
reazao de inibidores (furfural, hidroximetilfurfural, ácido
fórmico, ácido levulínico, ácido acético, etc.
Pré-tratamento Alcalino

• Características da biomassa
pré-tratadas :
- Hidrolisa hemiceluloses e
lignina;
- Causa inchamento da fibra,
levando a um aumento da
área interna superficial e uma
diminuição da cristalinidade.
• Pré-tratamento com licor
verde:
• (Na2CO3 + Na2SO4 +
Na2S);
• Eficiente na remoção de
lignina
Sacarificação ou Hidrólise da
Biomassa Pré-tratada
Sacarificação

Endoglucanase
Celulose

Exoglucanase

Celulose
cristalina
Celobiose

ß- glicosidase

Glicose
A hidrólise enzimática dos materiais
lignocelulósicos é limitada pelas características da
biomassa
Conteúdo e estrutura das hemiceluloses
Conteúdo e estrutura da lignina
Área de superfície acessível
Tamanho das partículas
Cristalinidade da celulose
Grau de polimerização
Inibidores
Fermentação do Material
Hidrolisado
Fermentação de Glicose a Etanol

C6H12O6 2CO2 + 2C2H5OH

A enzima utilizada na
reação que gera o etanol
é produzida por
leveduras.
Sacarificação e Fermentação
C6H12O6 Fermentação 2 C2H5OH + 2CO2
• Levedura comum: saccharomyces cerevisiae. Eficiente para
açucares C6. Novas Leveduras estão sendo desenvolvidas para
lidar com açúcares C5.

• Processos básicos para fermentação do hidrolisado:


• SHF: sacarificação e fermentação separadas com
fermentação dos açucares C6 e C5 separados
• SSF: sacarificação e fermentação simultânea com
fermentação dos açucares C6 e C5 separados
• SSCF: sacarificação e fermentação simultânea com
cofermentação dos açucares C6 e C5
• CBP: processo bio-consolidado: produção de enzimas,
sacarificação e fermentação de forma simultânea.
Sacarificação e Fermentação Simultânea
• Vantagens:
• Único reator, maiores velocidades, maiores rendimentos e
mais elevadas concentrações de produto (etanol)
• Minimiza a inibição da enzima pela remoção de açúcares do
processo
• Reduz a complexidade do processo: "um passo – um reator"
• Minimiza contaminantes - baixa conc. de açúcar livre
• Desvantagens:
• Mesma temperatura e pH na hidrólise e fermentação
• Presença de lignina no reator
• Os organismos não podem ser re-utilizados
• Não permite o uso do hidrolizado para outro propósito
Destilação do Etanol
Destilação: Concentração Inicial muito relevante

• A destilação é o modo de
separação baseado no equilíbrio
líquido-vapor de misturas. As fases
devem ter volatilidades diferentes
entre si.
• Exemplos:
 Destilação de petróleo bruto
 Destilação de água para
remover impurezas
 Destilação do etanol a partir
do fluxo de fermentação
(mistura etanol-água)
Fonte: M. Galbe · G. Zacchi, A review of the production of ethanol from softwood, Appl Microbiol
Biotechnol (2002) 59:618–628
Concentração do Etanol
From
55% ethanol Fermentation
Molecular 96% ethanol
Sieves
98%+% ethanol

Distillation

Still bottom

Water
Destilação

• A destilação industrial é feita em colunas com estágios, que


proporcionam enriquecimento do vapor produzido e depleção
do destilado
Processos de Conversão Térmicos
Biocombustíveis

Processos de conversão térmica da


biomassa

Excesso de O2 Atmosfera controlada Ausência de O2

Pirólise e liquefação
Combustão Gaseificação
hidrotérmica

Combustíveis gasosos
Calor e syngás Líquidos

Síntese Fischer-
Tropsch Refino

Combustíveis Combustíveis
Gaseificação
Biocombustíveis

Ar (0,3)
O2 (0,3) Gases produzidos Gás de síntese
Vapor (mol%) (mol%)
CO 24 CO 39
H2 13 Gases H2 20
CH4 3 combustíveis CH4 17
CO2 8 C2H2 6
N2 52 CO2 18
N2 0
(alcatrão &
(alcatrão &
particulados)
particulados)
CALOR
Gaseificação
Biocombustíveis

Usos para o Gás de Síntese


• Energia;
• Etanol;
• Combustíveis;
• Produtos químicos.
Pirólise
Biocombustíveis

 Decomposição térmica na ausência de oxigênio;


 É sempre a primeira etapa nos processos de combustão e gasificação;
 Tecnologia conhecida na produção do carvão.
Pirólise
Biocombustíveis
Processo de Pirólise
• Rápida transferência de calor;
• Realizada em ausência de oxigênio;
• 60 –70% de rendimento em líquidos;
• 10-15% de rendimento em sólidos;
• 10-15% de rendimento em gases.

Maior facilidade de
armazenamento do
produto formado
Pirólise
Biocombustíveis
Composição do Bio-óleo
Constituintes % em peso
Água 20-30
Fragmentos de lignina: lignina pirolítica insolúvel 15-20
Aldeídos: formaldeídos, acetaldeídos, hidroxiacetaldeído,
10-20
glioxal
Ácidos carboxílicos: fórmico, acético, propiônico, butírico,
10-15
pentanóico, hexóico
Carboidratos: celobiose, levoglicosana, oligosacarídeos 5-10
Fenóis: fenois, cresol, guiacóis, siringóis 2-5
Furfurais 1-4
Alcoóis: metanol, etanol 2-5
Cetonas: ciclopentanona, aceto (1-hidroxi-2-propanona) 1-5
Produtos da Biorrefinaria
Classes de Produtos da Biorrefinaria

• Sólidos (Coque, lignina, bagaço)


Biocombustíveis • Líquido (Etanol, metanol, óleo combustível)
• Gasoso (gás de síntese, metano, Hidrogênio)

• Carvão ativado, aditivos de combustíveis,


Bioquímicos fenóis e furfural,óleos e ácido acético,
surfactantes, agroquímicos.

• Óleos, pigmentos e tintas, vernizes,


detergentes e desifetantes, adesivos
Biomateriais industriais, biopolímeros e filmes, materiais
compostos
Classificação Quanto à Geração

Geração MatériasPrimas Produtos


Açúcar, amido, óleo Bioetanol, óleo vegetal,
Primeira Geração vegetal, ou gordura biodiesel, biosyngas,
animal biogas

Plantações não-
alimentares, palha de Bioetanol, bio-óleo, bio-
Segunda Geração trigo, milho, madeira, lixo DME, bio-hidrogênio, Bio-
sólido, plantações para Fischer-Tropsch diesel
fins energéticos

Terceira Geração Algas Óleo vegetal, biodiesel

Quarta Geração Óleo vegetal, biodiesel Bio-gasolina


O Etanol não é a Única Tecnologia de
Biocombustíveis
Baixa Maturidade da Tecnologia Alta
Etanol
Biodiesel
Diesel Verde

Butanol
Syngás Líquido
Bio-óleo e derivados

Hidrogênio da biomassa
Diesel de algas
Hidrocarbonetos de carboidratos
Etanol
Biocombustíveis
Produção anual de etanol por países (2007-2020)
10 maiores produtores mundiais
(bilhões de litros por ano)
Posição País 2020 2011 2009 2008 2007
1 EUA 75,00 53,00 40,69 34,07 24,60
2 Brasil 63,00 27,00 24,90 24,50 19,00
3 UE 3,94 2,78 2,16
4 China 2,05 1,90 1,84
5 Tailândia 1,65 0,34 0,30
6 Canadá 1,10 0,90 0,80
62,00 28,00
7 Índia 0,35 0,25 0,20
8 Colômbia 0,31 0,30 0,28
9 Austrália 0,22 0,10 0,10
10 Outros 0,94
Total 200,00 108,00 73,95 65,62 49,60
Etanol de 1ª Geração: Amido

Água Quente:
Amido Gelatinização
Inchamento

Hidrólise:
Alfa-amilase e
Glicoamilase

Glicose

Etanol Fermentação
Etanol
Biocombustíveis

Etanol de cana (1ª geração)

Pré-tratamento Tratamento

Moagem Fermentação
Caldo Destilação

Resíduos
Etanol
Biocombustíveis

Etanol celulósico (2ª geração)

Pré-tratamento Tratamento

X? Hemiceluloses Fermentação
e Celulose Destilação

Resíduos
Biodiesel
Biocombustíveis

Produção Biodiesel Mundial

Fonte: OECD-FAO (2008)


Biodiesel
Biocombustíveis
Produção de Biodiesel
Biodiesel
Biocombustíveis
Matérias-Prima Utilizadas para Produção de Biodiesel

Óleo de soja
83,97%

Gordura bovina
12,42%

Gordura de porco - 0,30%


Óleo de fritura usado - 0,54% Óleo de algodão
Outros materiais graxos - 0,70% 2,07%

Fonte: ANP (2011)


Lignina
Biocombustíveis
Produtos da Lignina

Fonte: STFI- Packforsk


Bioquímicos
Químicos Químicos
Biomassa Precursores Plataformas Intermediários Produtos/usos
primários secundários

Eter Aditivos para Industrial


Syngás Syngás Metanol combustíveis
Carboidratos ... Transportes
Solventes
Amido C1 Etanol Oleofinas
Açúcares Bio-solventes Têxteis
Hemicelulose - Glicose Glicerol Diácidos,
C2
- Frutose esteres Químicos
Alimentação
Celulose - Xilose Ác. lático
C3 Acrilato Emulsões
Ambiental
Ác. propiônico 1,3 - PDO PLA
C4
Lignina Lignina Comunicação
Ác. levulinico Furano Poliacrilato
C5
Furfural THF ... Doméstico
Lipídeos Lipídeos
oleos oleos C6 Coprolactam
Lisina Nilon Recreação

Proteínas Proteínas Aromáticos Ác. gálico Carnitina Poliuuretano Saúde


Fenólicos
Resinas
Higiene
Polissacarídeos
Polimerização direta
Biomateriais
Nanomateriais
Biomateriais
Principais Aplicações para Nanocelulose, por Tipo

Propriedades Aplicações
Biocompósitos, componentes automotivos, materiais de
Celulose nano
construção, filtros, papel e cartão, revestimento,
fibrilar aplicação superficial, aditivos

Polímeros reforçados, alta resistência em fibras têxteis,


melhoria de compósitos, filmes para retenção e outras
propriedades, aditivos para tintas, laquês e adesivos,
Celulose nano
dispositivos óticos, farmacêutico e medicamentos,
cristalina reposição óssea e reparo dentário, melhoria de papel,
embalagens e produtos de construção, aditivos para
alimentos, cosméticos, aviação e transportes

Celulose Espessante alimentar, membranas filtrantes,


bacteriana Fabricação de tecidos, papel, eletrônicos de impressão
Considerações Finais
Biorrefinarias
Desafios da Biorrefinaria

 Econômicos e barreiras tecnológicas:


→ Colheita da biomassa, transporte e estocagem;
→ Tecnologias de conversão da biomassa, pré-processamento;
→ Grande volume de co-produtos.

 Impactos ecológicos e ambientais:


→ Uso da terra;
→ Sustentabilidade;
→ Biodiversidade.
FIN

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