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COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba 1

(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

EVAPORADORES

1. Pré-evaporadores

1.1. Objetivos
Auxiliar na evaporação da água contida no caldo e gerar maior quantidade
possível de vapor vegetal, resultando um caldo clarificado na primeira caixa de
evaporação mais concentrado.

1.2. Temperatura do caldo clarificado


A temperatura do caldo clarificado tem uma relação direta com a superfície
necessária neste primeiro efeito.
Normalmente a temperatura do caldo clarificado que entra no pré é de
aproximadamente de 115 °C (após pré-aquecimento) que entrará em ebulição
dentro do corpo. Se a temperatura de alimentação for inferior a 115 ºC parte da
superfície disponível no pré-evaporador será destinada, exclusivamente a aquecer o
caldo até 115 °C e posteriormente evaporar.

1.3. Tipos de Pré-evaporadores


- Caixa de Evaporação (modelo Convencional);
- Reboillers ou Trocadores a Placas;
- Falling film
- Balcke Durr

Vapor de
Escape

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Açúcar e Álcool
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2. Evaporadores

2.1. Objetivos
Retirar água presente no caldo para promover a concentração do mesmo e
possibilitar o processo de formação do cristal aproveitando os vapores gerados.
Concentra-se o caldo inicialmente a 15º Brix até 70º Brix e obtém-se um
produto chamado xarope.

2.2. Fatores que influenciam na eficiência dos pré-evaporadores e


evaporadores

2.2.1. Incrustações
A formação de incrustações nos evaporadores, aquelas pertinentes à parte
interna dos tubos, se deve, principalmente a uma crescente redução de água no
caldo em concentração, redução esta que permite aos não-açúcares atingirem, com
mais intensidade, nos últimos vasos, a condição de supersaturação e precipitarem.
Entretanto não só o efeito da concentração, mas também o da temperatura pode
provocar precipitações de alguns sais.
E depende das seguintes condições:
a) Composição do caldo:
- Variedade de cana;
- Tipo der solo cultivado;
- Sistema de colheita de cana;
- Estado de limpeza da cana;
- Sistema de lavagem de cana ;
- Grau de extração pela moenda, etc.
b) Peneiragem do caldo;
c) Qualidade da cal, do enxofre e dos aditivos da clarificação;
d) Processos de clarificação;
e) Nível de caldo nas calandras dos evaporadores;
f) Velocidade de circulação de caldo nos diversos vasos;
g) Condição de vácuo nos evaporadores;
h) Sistema operacional e qualidade de mão-de-obra utilizada na evaporação;
i) Pressão e temperatura do vapor de alimentação.
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2.2.2. Métodos de limpeza


- Limpeza mecânica; efetuada com rasquete ou roseta rotativo;
- Limpeza com jato de água sob alta pressão;
- Limpeza química, CIP – (Clean In Place)

3. Monitoramento

3.1. Nível do caldo


Em todos os corpos deve-se manter aproximadamente 1/3 da altura dos
tubos, tendo como objetivo reduzir o efeito da pressão hidrostática no ponto de
ebulição do caldo, aumentando assim a circulação do caldo e conseqüentemente
obter uma máxima taxa de evaporação.
Se o nível do caldo for:
MUITO BAIXO - O caldo tende a ferver e não consegue chegar à parte
superior dos tubos, concentrando.
MUITO ALTO - Os tubos ficam submersos e a evaporação é prejudicada.
Proporciona maior arraste e perda de açúcar, e contaminação do condensado para
as caldeiras.

3.2. Recomendações
- O funil coletor de caldo situado no interior do tubo central deve ser
posicionado a 1/3 da altura dos tubos.
- Instalar medidor de nível em todas as caixas de evaporação.
- Um outro meio prático é observar através das lunetas, de tal forma o caldo
se mantenha jorrando dos tubos sobre toda a superfície do espelho, molhando-o
sem submergí-lo.
- Sistema de retirada de condensado com sifão ou sistema automático.

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3.3. Retirada de gases incondensáveis


Em qualquer equipamento que se utiliza vapor como fonte de calor, após a
sua condensação é necessária uma continua retirada de incondensáveis, pois
ocupam espaço e impedem a entrada de vapor naquela região, reduzindo
significamente o processo de transferência de calor.

3.3.1. Origem da formação dos gases


- Ar trazido pelo vapor de escape geralmente pouco;
- Gases dissolvidos no caldo, liberados pela ebulição nos vapores vegetais.

3.3.2. Efeitos dos gases


Se estes gases não forem retirados continuamente eles irão se acumular e
num caso extremo, tomam toda calandra interrompendo rapidamente a evaporação.
Além de problemas relacionados com a diminuição da transferência de calor,
normalmente estes são os principais causadores de corrosão.

3.3.3. Extração dos gases


- É efetuada por diferença de pressão.
- Nos corpos sob vácuo, aos tubos vindos da calandra se unem em um
coletor. Normalmente irá condensar no último efeito.
- A regulagem da retirada desses gases podem ser feita por válvulas ou
placas de orifício dimensionadas.

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