Você está na página 1de 4

COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba 1

(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

NAVALHA

1. Introdução
A navalha não é um elemento indispensável para a usina, considerando que
ela poderia funcionar sem a navalha. Antes de 1920 muitas usinas não a possuíam,
entretanto propiciou uma melhora na alimentação que hoje nenhuma fábrica a
dispensa.
Ela fornece a cana em pedaços muito curtos e pequenos. Enquanto as canas
inteiras apóiam umas sobre as outras formando arcos e deixando vazios entre elas,
estes pedaços se amontoam numa massa compacta, facilitando a entrada no
esmagador.

Maneira de carregamento kg/m3


Cana inteira mais ou menos emaranhada 125 a 150
Cana passada na navalha 250 a 300

A navalha preenche duas funções e apresenta duas vantagens:


- Aumenta a capacidade das moendas, transformando a cana numa massa
compacta e homogênea facilmente absorvida pelo esmagador;
- Aumenta a extração das moendas, rompendo o córtex da cana e facilitando a
moagem e extração do caldo.

2. Descrição
É formada por um eixo grosso com secções hexagonais ou octogonais,
montado sobre um rolamento e no qual são fixados suportes com 2 facas simétricas
e em relação a seu eixo.
As facas são removíveis, permitindo sua retirada para afiação ou sua fácil
substituição.

Máquinas e Equipamentos 1 Prof. Marcelo ZOCCA


Açúcar e Álcool
COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba 2
(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

3. Acionamento da navalha
As navalhas podem ser acionadas por 3 tipos de motores:
- Máquina a vapor;
- Motor Elétrico
- Turbina a vapor (é empregado para moendas acima de 150TCH, devido ao
alto custo)

Acionamento por máquina a vapor

Acionamento por motor elétrico

Acionamento por turbina a vapor

Máquinas e Equipamentos 2 Prof. Marcelo ZOCCA


Açúcar e Álcool
COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba 3
(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

4. Passo
O passo da navalha é o intervalo que separa os círculos de rotação ou os
planos de corte de duas facas sucessivas.
O passo mais freqüente é 50mm. Às vezes, devido a moagem de canas finas
e duras, é necessário utilizar passos de 20mm.

5. Número de Facas

L
N= −1
p
N = Número de facas na navalha
L = Largura do condutor de cana (mm)
p = Passo da navalha (mm)

Quando N for um número ímpar, adotar o número par imediatamente inferior.

6. Sentido de rotação
O costume geral é fazer girar a navalha no mesmo sentido do condutor.
Entretanto há usinas que fazem esta rotação em sentido inverso ao condutor. Neste
último caso a potência consumida é maior (±50%), porém a preparação da cana é
bem melhor.

7. Modo de utilização da navalha


Existem 2 categorias de navalhas, conforme o trabalho que devem
desempenhar:
- Navalha niveladora – deve regularizar a camada de cana. Trabalha com uma
regulagem alta, deixando, conseqüentemente uma grande proporção de cana
não picada;
- Navalha cortadeira – este segundo efeito só se obtém instalando-se 2
navalhas, onde a segunda seve ser regulada mais baixa.

Máquinas e Equipamentos 3 Prof. Marcelo ZOCCA


Açúcar e Álcool
COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba 4
(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

8. Velocidade de rotação
A rotação de uma navalha varia entre 400 a 720 rpm. O mais freqüente é
500rpm.
Certas usinas utilizam a rotação de 1200rpm, porém o desgaste das facas é
bem maior e a potência necessária também deve ser maior.
Recomenda-se 500rpm para a 1ª navalha e 600rpm para a 2ª navalha.

Máquinas e Equipamentos 4 Prof. Marcelo ZOCCA


Açúcar e Álcool

Você também pode gostar