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Universidade Do Estado De Santa Catarina

Centro De Ciências Tecnológicas


Departamento de Engenharia Elétrica

Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia

Relatórios 2

Relatório para a disciplina de CEE1001

Aluno: Gian Dias de Siqueira

Professor: Ricardo Luiz Scheufele

Joinville
2021
5. ENSAIOS DE EFICIÊNCIA E REGULAÇÃO DE TRANSFORMADORES

5.1 INTRODUÇÃO

O principal objetivo deste experimento é obter a curva de eficiência e


regulação de tensão para diferentes cargas em um transformador monofásico.

5.2 PROCEDIMENTO PRÁTICO

Para esse experimento foram utilizados 1 transformador, 1 conjunto de


lâmpadas, 2 voltímetros, 2 amperímetros, 2 wattímetros. Variando a carga no
transformador desde zero até a potência nominal do transformador, mantendo a
tensão de 220V na carga foram realizadas as medições de tensão, corrente e
potência ativa nos dois lados do transformador.

5.3 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

5.3.1 QUESTÕES

Para o transformador monofásico de valores nominais 500VA, 220V /


220V, 60Hz, para o qual foram realizados os ensaios de circuito aberto e curto
circuito:

Medições

Lâmpadas I1(A) V1(V) P1(W) I2(A) V2(V) P2(W)


2 0,16 220 30 0,14 216,4 20
4 0,34 220 50 0,32 212,1 35
6 0,49 220 70 0,49 207,9 50

Os parâmetros que foram determinados no ensaio de curto circuito e


circuito aberto. (Recalculados)

Ensaio CC (Curto Circuito)


Lado 220V 110V
Z1 [Ω] 3,02+j0,447 2,91+j0,707
Z2 [Ω] 0,754+j0,112 0,728+j0,177

Ensaio CA (Circuito Aberto)


Lado 220V 110V
Zm1 [Ω] 1527,8+j1013,4 1458,3+j1130,2
Zm2 [Ω] 382,0+j253,4 364,58+j282,54
5.3.1.1 Utilizando o circuito equivalente completo do transformador, e com
os parâmetros que foram determinados no ensaio de curto circuito e
circuito aberto, supondo uma carga de 500W, com fator de potência
unitário, na tensão de 220V, calcule.

Circuito equivalente completo do transformador:

a) As perdas de potência ativa e reativa no transformador

Considerando que a tensão V2 = 220 V podemos calcular a corrente I2


através da seguinte equação, sabendo que a carga tem potência real de 500 W.

𝑃 500
𝐼2 = = = 2,27 𝐴
𝑉2 220

𝑉1 1
Sabemos que a relação entre as tensões desse transformador é: = ,
𝑉2 2
assim temos que 𝑉1 = 1100 𝑉 e que a corrente 𝐼1 = 4,55 𝐴.
Para calcular a tensão Vm basta somar a tensão V1 com a queda de
tensão na impedância de (0,754 + 𝑗0,112) 𝛺, dessa forma teremos:

𝑉𝑚 = 𝑍. 𝐼1 + 𝑉1 = (0,754 + 𝑗0,112). 4,55 + 110 = 113,43∠0,26°

A corrente Im pode ser dada simplesmente ao dividirmos a tensão Vm


pela impedância de magnetização.

A corrente Io fornecida para o sistema pode ser dada ao se somar as


correntes Im e I1.
Para calcular a tensão Vo fornecida para o sistema, precisamos apenas
somar a tensão Vm com a queda de tensão na impedância (0,754 + j0,112) Ω,
assim teremos:

Por fim para calcular a potência fornecida para o sistema, só precisamos


multiplicar a tensão Vo pela corrente Io.

Para calcular as perdas de potência ativa e reativas no transformador


apenas precisamos fazer a diferença entre a potência So de entrada e a potência
Ss de saída, assim teremos:

b) A potência aparente suprida ao transformador

A potência aparente fornecida para o sistema é de:

𝑆 = 556,85 𝑉𝐴

c) O fator de potência com que opera o conjunto (transformador +


carga).

O fator de potência do sistema pode ser calculado através dos resultados


obtidos na Equação. O fator de potência pode ser calculado como se segue:

como a potência reativa é negativa podemos dizer que o fator de potência é


adiantado.

d) O rendimento e a regulação do transformador para cada nível de


carga

O rendimento é dado pela seguinte expressão:

como a tensão de saída é mantida fixa em 220 V calcularemos a regulação no


terminal de entrada do transformador, se considerarmos que não existe carga
em V2 o valor da tensão V1 será:
portanto como regulação:

𝑅% = 0,155%.

5.3.1.2 Com os valores obtido no ensaio.

a) Determinar o rendimento e a regulação do transformador para


cada nível de carga.

Potência
Carga Rendimento 𝜼 Regulação 𝑹%
carga
135Ω 360 88,9 5,455
270Ω 180 87,8 3
540Ω 80 72,7 1,364

b) Determinar a curva de rendimento do transformador em função


da potência de carga.

O gráfico mostra a curva de rendimento do transformador em função da


potência da carga:

c) Determinar a corrente suprida a carga em função da potência de


carga.

Realizando o cálculo para as correntes em função da potência do


circuito
Potência
Carga Corrente
carga
135Ω 360 1,633

270Ω 180 0,816

540Ω 80 0,385

O gráfico mostra as correntes em função da potência do circuito:

d) Calcular o rendimento e a regulação de forma analítica supondo


as cargas utilizadas no ensaio.

Considerando o circuito da Figura 1 com o acréscimo da carga, podemos


calcular a potência de entrada da seguinte forma:

Para o cálculo da potência precisa-se da tensão e da corrente de entrada.


Sabe-se que a corrente no secundário é dada pela relação de espiras pode-se
encontrar a corrente no primário.

Analisando o circuito, retira-se algumas equações necessárias para o


cálculo da potência:
Com os valores das correntes I1 e Im, pode-se calcular a corrente na
entrada, e assim calcular a tensão de entrada.

Com as equações da tensão e da corrente de entrada, pode-se reescrever


do seguinte modo:

Carga Potência carga Rendimento 𝜼 (%) Regulação 𝑹%


135Ω 358,5 89,86 4,51
270Ω 179,3 86,65 2,26
540Ω 89,63 78,52 1,13

e) Comparar os valores medidos com o cálculo analítico.

Pode-se calcular o erro percentual entre os valores medidos e os


calculados.

Erro do Rendimento Erro da Regulação


Carga
𝜼 𝑹%
135Ω 1,08% 17,32%

270Ω 1,31% 24,67%

540Ω 8,01% 17,16%


Observa-se analiticamente que o rendimento chega a, no máximo, 90%
para uma potência de aproximadamente 440W o mesmo fenômeno pode ser
observado experimentalmente, onde o rendimento é uma função côncava. Com
um único valor de carga que maximiza o rendimento. Ou seja, o comportamento
das duas curvas foi igual, porém houve erro entre os valores.
A regulação também possuí o mesmo comportamento nos dois casos,
porém com um erro relativo entre os valores alto.
6. FORMAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR TRIFÁSICO

6.1 INTRODUÇÃO

O principal objetivo é a verificação experimental das diferentes conexões


dos enrolamentos primários e secundários para formar um banco trifásico.

6.2 PROCEDIMENTO PRÁTICO

Para este experimento foram utilizados 3 transformadores monofásicos, 1


reostato trifásico, um conjunto de lâmpadas como carga, 2 voltímetros, 2
amperímetros e 2 wattímetros. Fazendo as conexões dos transformadores
monofásicos e conectando a carga em Y, foi colocado os instrumentos de
medição no primário e no secundário, para obtenção dos valores experimentais,
obedecendo as escalas de medição dos instrumentos. As saídas das fases do
varivolt se conectam cada fase para um transformador.

6.3 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

6.3.1 QUESTÕES

a) Preencher a tabela I com os dados teóricos e experimentais.


Apresente os cálculos e comente sobre as diferenças entre os
valores teóricos e experimentais.

Tabela I: Dados experimentais de tensão, corrente e potência com diferentes


ligações.

Y-d Vl1(V) Vf1(V) Il1(A) P1(W) Vl2(V) Vf2(V) Il2(A) P2(W)

Teórico 380 220 0,14 30,8 110 110 0,47 29,8


Exp 380 220 0,13 20 106,4 106,4 0,08 20

Considerando que a carga resistiva acoplada ao secundário do


transformador estava no formato de estrela e tinha o valor de 135Ω. E que a
𝑁
relação entre o número de espiras N1 do primário para o secundário N2 é: 𝑁1 = 2.
2
Para o caso do transformador ligado em Y-d analisando apenas uma das
fases temos: a tensão no enrolamento primário é imposta pela fonte de tensão,
ou seja, 220V e assim a tensão nas bobinas do secundário é igual 110V, como
a carga está ligada em Y a tensão na qual a carga está imposta é igual à:

para calcular a corrente na carga basta dividir a tensão pelo valor da resistência.
para calcular a potência na carga podemos multiplicar a tensão e a corrente:

A corrente encontrada em (A.2) que passa na carga é igual a corrente de


linha do circuito, portanto a corrente que passa por uma das bobinas segue a
seguinte relação para uma ligação em delta:

Através da relação entre as espiras do transformador sabemos que a


0,27
corrente que passa no enrolamento primário é igual à: 2 = 0,14𝐴, como o
enrolamento primário está ligado em formato de Y então a corrente de linha é
igual à corrente de fase. Podemos calcular a potência ao multiplicar a tensão na
bobina pela corrente.

Como o secundário tem formato delta a corrente que passa por ele segue
a relação (A.4), portanto a corrente que passa pelo enrolamento do primário do
transformador é igual à: 0,14A. Como queremos a corrente de linha basta fazer
a seguinte operação:

para calcular a potência basta multiplicar a tensão na bobina pela corrente de


linha:

b) Calcule a relação de transformação para cada uma das


configurações da tabela 1, lembrando que a relação de
transformação para o transformador trifásico é a relação das tensões
de linha.

Considerando que a é igual ao número de espiras do primário sobre os


números de espiras do secundário.

Sabemos que na configuração estrela a corrente de fase é igual a corrente


de linha e que a tensão de fase é dada pela seguinte relação:
Na configuração triângulo têm-se que a tensão de fase é igual a tensão
de linha e que a corrente de fase é dada pela relação:

Para a relação de transformação de tensão na conexão estrela triângulo, temos


que:

Substituindo as equações e levando em consideração a relação entre as


tensões de linha e de fase na configuração triângulo, temos que:

Para a relação de transformação de corrente na conexão estrela triângulo,


temos que:

Substituindo as equações e levando em consideração a relação entre as


correntes de linha e de fase na configuração estrela, temos que:

c) Pesquisar na literatura sobre as diferenças das ligações delta-delta


e vv. Qual a potência fornecida pelos dois transformadores no caso
da ligação em delta aberto?

Figura 1: Comparação ligação delta-delta e V-V.


A figura 1 nos mostra uma comparação de como se comportam as
tensões e as correntes em um transformador trifásico em ligação delta-delta e
em V-V.
Como podemos ver, ao remover uma das bobinas a tensão nas demais
não sofre nenhuma alteração, em compensação existe uma mudança nas fases
das correntes fornecidas pelas bobinas, isso se deve, pois, as correntes devem
chegar na carga resistiva com a mesma fase que na ligação delta, outra
mudança é que a corrente que chega na carga resistiva não está multiplicada
por √3. Portanto se a carga exigir manter a mesma corrente de quando estava
ligada no transformador em delta a corrente que a bobina terá de oferecer uma
corrente um pouco maior.
Para calcular a potência em uma das bobinas podemos realizar a
seguinte operação:

as duas bobinas possuem a mesma potência, portanto a potência total fornecida


pelo transformador é igual:

sabemos que a potência total fornecida pelo transformador ligado em delta é


igual à:

Dessa forma podemos calcular o valor da razão entre as potências,


obtendo o seguinte resultado:

assim vemos que a ligação em V consegue fornecer uma potência igual à 57,7%
da original trifásica.
d) Os terminais de alta tensão de um banco trifásico de três
transformadores monofásicos são ligados a um sistema trifásico de
três fios, 13800 V (de linha). Os terminais de baixa tensão são ligados
a uma carga trifásica de três fios, com as especificações nominais
de 1500 KVa e 230 V (de linha). Especificar as características
nominais de tensão, corrente e potência aparente de cada
transformador (para os enrolamentos de alta e baixa tensão) para as
seguintes ligações.

Figura 2: Relações entre correntes e tensões para diferentes associações dos


transformadores trifásicos.

Sabe-se que

𝑉1 = 13800 𝑉

𝑉2 = 230 𝑉

Desta forma:

𝑁1 13800
𝑎= = = 60.
𝑁2 230

A. Enrolamentos de alta tensão em Y, enrolamentos de baixa em delta.


A carga total tem uma potência de 1500 kVA. Resultando em uma
potência de 500kVA em cada carga.
Na configuração delta a tensão de linha é igual a tensão de fase. Desta
forma, a tensão sobre cada bobina é igual a tensão sobre cada carga, V2=230V.
Assim, pode-se obter a corrente no secundário pela relação

𝑆
𝐼=
𝑉

𝐼2 = 2173,9𝐴.

Para esta associação tem-se


𝐼2
𝐼1 =
𝑎

Assim

2173,9
𝐼1 =
60

𝐼1 = 36,2𝐴

No lado de baixa temos 𝑉𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 = 𝑉2 = 230 𝑉 e para o lado de alta a


tensão sobre a bobina 𝑉1 = 13800 𝑉.
Para obter-se a potência em cada bobina basta multiplicar-se a corrente
pela tensão. Assim temos:

𝑆1 = 𝑉1. 𝐼1

𝑆1 = 13800𝑉. 36,2𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

𝑆2 = 𝑉2. 𝐼2

𝑆2 = 230 𝑉. 2173,9𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

B. Enrolamentos de alta tensão em delta, enrolamentos de baixa em Y.


Considerando que as bobinas estão em formato estrela, a corrente da
carga será a mesma das bobinas. E a tensão da carga relacionada a tensão de
linha pela equação,

𝑉𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎
𝑉2 =
√3

230
𝑉2 = = 132,8𝑉
√3

Considerando que o circuito equilibrado, a potência sobre uma bobina do


secundário é de 500kVA, como:
𝑆
𝐼=
𝑉

𝐼2 = 3765,3𝐴

Sabe-se que:

𝑉1 = 𝑉2

𝐼2
𝐼1 =
𝑎

então
𝑉1 = 7968𝑉

𝐼1 = 62,8𝐴

Para obter-se a potência em cada bobina basta multiplicar-se a corrente


pela tensão. Assim temos:

𝑆1 = 𝑉1. 𝐼1

𝑆1 = 7968𝑉. 62,8𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

𝑆2 = 𝑉2. 𝐼2

𝑆2 = 132,8𝑉 . 3765,3𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

C. Enrolamentos de alta tensão em Y, enrolamentos de baixa em Y.


Em formato estrela a tensão sobre a bobina obedece a relação:

𝑉𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎
𝑉2 =
√3

230
𝑉2 = = 132,8𝑉
√3

Considerando uma potência de 500kVA nas bobinas, temos:

𝑆
𝐼=
𝑉

500𝑘
𝐼2 =
230

𝐼2 = 3765,3𝐴

Sabe-se que

𝑉1 = 𝑉2. 𝑎

𝐼2
𝐼1 =
𝑎

então

𝑉1 = 7968𝑉

𝐼1 = 62,8𝐴

Para obter-se a potência em cada bobina basta multiplicar-se a corrente


pela tensão. Assim temos:
𝑆1 = 𝑉1. 𝐼1

𝑆1 = 7968𝑉. 62,8𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

𝑆2 = 𝑉2. 𝐼2

𝑆2 = 132,8𝑉 . 3765,3𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

D. Enrolamentos de alta tensão em delta, enrolamentos de baixa em


delta.

Para o formato delta a tensão de fase é igual a tensão de linha. Assim:

𝑉𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 = 𝑉2 = 230𝑉

Considerando que cada bobina tem uma potência de 500kVA, tem-se:

𝑆
𝐼=
𝑉

𝐼2 = 2173,9𝐴

Sabe-se que:

𝑉1 = 𝑉2

𝐼2
𝐼1 =
𝑎

𝑉1 = 13800𝑉

𝐼1 = 36,2𝐴

Para obter-se a potência em cada bobina basta multiplicar-se a corrente


pela tensão. Assim temos

𝑆1 = 𝑉1. 𝐼1

𝑆1 = 13800𝑉. 36,2𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

𝑆2 = 𝑉2. 𝐼2

𝑆2 = 230𝑉 . 2173,9𝐴 = 500 𝑘𝑉𝐴

Para que os resultados possam ser visualizados com mais clareza, foi
feita a Tabela 2 em que os dados estão dispostos. Os dados da tabela são
referentes aos valores sobre as bobinas.
Tabela 2: Tensões e correntes sobre as bobinas do transformador.
V1 I1 S1 V2 I2 S2
Y-d 13800V 36,2A 500kVA 230V 2173,9A 500kVA
D-y 7968V 62,8A 500kVA 132,8V 3765,3A 500kVA
Y-y 7968V 62,8A 500kVA 132,8V 3765,3A 500kVA
D-d 13800V 36,2A 500kVA 230V 2173,9A 500kVA
7. CONTATORES CA E CC

7.1 INTRODUÇÃO

O principal objetivo é a verificação experimental das diferentes conexões


dos enrolamentos primários e secundários para formar um banco trifásico.

7.2 PROCEDIMENTO PRÁTICO

Nesta experiencia foram utilizados 1 contator de CA, 1 fonte de corrente


alternada, 1 fonte de corrente contínua, 2 multímetros, realizando assim dois
experimentos para observar o fechamento do contato do contator. O contator é
utilizado para simular as condições de um dispositivo com entreferro e que sofre
influência das forças magnéticas. A bobina do contator é energizada e a corrente
é elevada até que o ponto que ocorre o fechamento das duas partes do núcleo
magnético
No primeiro com corrente contínua e 2 multímetros para medição de
corrente e tensão no contator. Observou-se os valores nominais de tensão e
corrente antes da operação, para após isso realizar o experimento. O contator
então foi energizado com a fonte de tensão contínua e os valores de tensão e
corrente medidos para o processo de fechamento do núcleo.

7.3 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO.

Tabela 1 –Valores de tensão e corrente em CA para observar o


fechamento do contato.

Medições Vca
Vref V (V) I (mA)
0 0,03 0
10 10,54 17
20 19,59 30,4
30 30,03 50
40 39,68 65,7
50 49,72 82,3
60 60 100,2
70 69,9 117,2
80 80,3 131,3
90 89,6 145,7
100 99,4 161,1
140 140,1 180
180 180,4 210
Tabela 2 – Valores de tensão e corrente em CA para observar a abertura do
contato

Medições Vca
Vref V (V) I (mA)
180 180,4 210
140 140,1 160
100 99,2 140,1
90 90,8 121,2
80 80,8 100,6
70 70,3 82,3

Tabela 3 – Valores de tensão e corrente em CC para observar o fechamento do


contato.

Medições Vcc

0 0 0,02
10 10,06 21,2
20 19,79 41,7
30 30,4 64,2
40 40,24 84,8
50 50,35 105,5
60 60,21 125
70 70,3 142,4
80 80 158,4

Tabela 4 – Valores de tensão e corrente em CC para observar a abertura do


contato.

Medições Vcc
80 80 141,5
70 70 125
60 60 106
50 51 90
40 40 72,5
30 29,7 54,3
20 18,85 34,9
10 2,3 18,1

7.1. Preencha os dados da tabela 5 e discuta se as afirmativas abaixo são


verdadeiras e justifique:
• na operação em corrente contínua, a corrente requerida para o
fechamento é menos que aquela da operação em corrente alternada.
• na operação em corrente alternada a tensão requerida para o
fechamento é maior.
Tabela 5 - Operação em corrente contínua.
Tensão (V) Corrente (mA)
Fechamento 80 158,4
Abertura 2,3 18,1

Tabela 6 - Operação em corrente alternada.


Tensão (V) Corrente (mA)
Fechamento 180 210
Abertura 70 82,3

As afirmações são verdadeiras. Assim sendo, na operação em corrente


alternada é requerida uma tensão maior e, portanto, uma corrente maior para o
fechamento dos contatos.
Na operação em corrente alternada é requerida uma tensão maior e,
portanto, uma corrente maior para o fechamento dos contatos. Isso se deve ao
fato de que a força magnética gerada pelo sinal de corrente alternada é
aproximadamente metade da força magnética gerada em um sinal de corrente
contínua (para o mesmo valor de corrente elétrica).
Além disso, a força magnética no contator está diretamente ligada a
corrente elétrica nas bobinas. Devido à natureza osciladora da corrente
alternada, a força magnética também oscila na mesma frequência. Isso faz com
que as forças magnéticas e elásticas existentes no contator (devido a sua
construção) movimentem o núcleo para cima e para baixo e o contator começa
a vibrar com um ruído bem alto. Ao colocar anéis condutores de cobre (ou espira
de sombra), a variação do campo magnético faz com que haja uma tensão
induzida nos anéis, que geram uma força magnética defasada da força
magnética original da bobina e se opõe a força elástica. Assim, a vibração do
núcleo diminui consideravelmente e ele se estabiliza muito mais rápido ao fechar
o contato.

7.2. Explique com suas palavras porque os anéis condutores de cobre


são usados na operação em corrente alternada.

A força magnética no contator está diretamente ligada a corrente elétrica


nas bobinas. Assim sendo, devido a natureza osciladora da corrente alternada,
a força magnética também oscila na mesma frequência. Tal fato faz com que as
forças magnéticas e elásticas existentes no contator atuam movimentando o
núcleo para cima e para baixo. Isso posto, ao colocar anéis condutores de cobre
(ou espira de sombra), a variação do campo magnético faz com que haja uma
tensão induzida nos anéis, que, por sua vez, geram uma força magnética
defasada da força magnética original da bobina e se opõe a força elástica. Por
fim, a vibração do núcleo diminui consideravelmente e ele se estabiliza muito
mais rápido ao fechar o contato.
7.3. Utilizando dos dados das Tabelas 1-4:

1. Faça um gráfico Corrente Vs Tensão.

2. Obtenha a partir do gráfico os valores de resistência e indutância.

Determinando o valor das resistências a partir dos gráficos e dos valores


obtidos na Tabela 1, temos:

𝑉 80
R= = = 505,05 𝛺
𝐼 158,4 𝑚𝐴

Isso posto, a indutância pode ser obtida por meio da Tabela 3, temos a
seguinte equação para a indutância:

2 2
√ (𝑉 ) − 𝑅 2 √( 180 ) − (505,05)2
𝐼 210𝑚𝐴
L= = = 1,837 𝐻
𝜔 2𝜋 60

Os valore de resistência e indutância obtidos a partir das curvas através do


SoftWare MatLab foram de 505,05 Ω e 1,837 𝐻 respectivamente.
3. Justifique, utilizando os valores obtidos de resistência e indutância,
se um contator CC pode ser utilizado em CA.

Um contator CA não pode ser utilizado em CC, pois parte da impedância


do contator vem da indutância, que não existe em CC. Assim, a resistência será
muito baixa e a corrente elétrica irá danificar o dispositivo.
Um contator CC utilizando sinais CA pode sofrer pois a resistência do
contator CC será maior, já que no contator CA parte da impedância vem da
indutância, assim a tensão do sinal deverá ser maior para fechar o contator.

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