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MANUAL DE DOCÊNCIA EM
PRÁTICAS DE QUÍMICA GERAL
PARA BOLSISTAS DO REUNI
Manual elaborado na
disciplina de Estágio em
Docência do curso de Pós-
Graduação do Departamento
de Química da UFMG.
Belo Horizonte – MG
2009
Universidade Federal de Minas Gerais
Instituto de Ciências Exatas e da Terra
Departamento de Química
Orientadora:
Profª Drª Cynthia Peres Demicheli
Colaboradores:
Prof. Dr. Eduardo Nicolau dos Santos
Profª Drª Ruth Helena Ungaretti Borges
Profª Drª Sandra Carvalho
ii
Sumário
Apresentação.................................................................................................... 4
Introdução ......................................................................................................... 5
iii
Apresentação:
4
Introdução:
5
Seção 1
Instruções Gerais
6
Informações importantes:
Regime: Semestral.
7
Dinâmica das Aulas Práticas
Discussão inicial dos aspectos teóricos e práticos relevantes;
Execução dos experimentos pelos alunos utilizando a apostila;
Interpretação e discussão dos resultados;
Conteúdo
Técnicas de laboratório. Alguns métodos comumente usados em
experimentos de química, bem como a maneira correta de expressar os
resultados de uma análise.
Desenvolvimento de diversos experimentos, contendo instruções
sucintas a respeito do uso de alguns equipamentos e de operações
básicas de laboratório que serão utilizados no procedimento das
experiências propostas.
8
A distribuição detalhada dos pontos consta do cronograma da disciplina
apresentado ao aluno no início do semestre e é específica a cada curso:
#
Os testes são referentes às aulas realizadas:
b) Ter obtido pelo menos 18 pontos em 25, na nota final das aulas
práticas.
9
Curso de Engenharia Civil, Engenharia Metalúrgica, Engenharia Química,
Farmácia, Geologia, Química (bacharelado e licenciatura)/ 30 h: [RFLR1] Comentário: Incluir os outros
cursos: eng ambiental, biomedicina, etc
#
Os testes: são referentes às aulas realizadas:
10
* Relatórios:
Devem ser entregues na aula seguinte após cada aula prática e podem ser
elaborados de forma individual ou em grupo de, no máximo, 3 alunos.
1. Técnicas de Laboratório;
2. Reações;
3. Estequiometria;
4. Cinética;
5. Equilíbrio Químico;
6. Massa Molar do Magnésio;
7. Eletroquímica;
8. Corrosão;
9. Preparo de Soluções;
10. Padronização de Soluções Ácidas e Básicas;
11. Iodo.
§ Conceito:
Funcionamento do Laboratório:
11
Segurança no Laboratório:
12
3. Ao cortar um tubo de vidro ou tentar inserí-lo numa rolha de borracha:
enrolar ambos num pedaço de pano a fim de evitar cortes caso o vidro
se quebre;
Atenção:
13
Modelo de Relatório:
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO:
Nome, turma, nome do professor e data de realização da experiência.
TÍTULO DA EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO
Apresentação do assunto, procurando demonstrar sua importância e interesse.
OBJETIVOS
Descrição sucinta dos objetivos da experiência.
PROCEDIMENTOS
Descrever as principais etapas da experiência.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tratamento dos dados obtidos construindo tabelas ou gráficos, quando
pertinente. Os cálculos feitos devem ser incluídos. As mudanças
macroscópicas observadas devem ser relatadas. As reações químicas devem
ser descritas na forma de equações químicas balanceadas onde figurem os
estados físicos dos reagentes e dos produtos.
Os resultados quantitativos devem ser analisados tanto em relação à precisão
quanto à exatidão (peculiaridades do sistema estudado, limitações do método,
erros operacionais, qualidade dos aparelhos de medida, concordância com os
valores teóricos ou esperados etc.). Os resultados qualitativos devem ser
explicados com base nos conhecimentos teóricos (leis, propriedades físicas e
químicas, etc.).
14
CONCLUSÃO
Deve ser simples e sucinta.
REFERÊNCIAS
15
Materiais e Reagentes
Equipamentos e vidraria:
16
No caso de reagentes sólidos deve-se utilizar uma espátula
devidamente lavada e seca.
No caso de reagentes líquidos deve-se utilizar um pequeno béquer limpo
e seco para verter o reagente líquido a ser medido. Salientar que não se
devem introduzir pipetas, conta-gotas etc., diretamente nos frascos dos
reagentes.
Ao transferir um líquido para um recipiente qualquer deve-se segurar o
frasco de maneira que a mão tampe o rótulo e inclinar o frasco para o
lado oposto ao do rótulo. Deste modo, se algum líquido escorrer pelas
paredes externas do frasco, não estragará o rótulo, mas se tal ocorrer
deve-se limpá-lo imediatamente.
17
Seção 2
Planos deAula
Instruções Gerais
18
Experiência 1:
Introdução às
técnicas de laboratório
Plano de aula
1. Ponto de partida:
2. Objetivo
3. Estratégias:
19
Determinar junto com os alunos a capacidade e os desvios dos seguintes
instrumentos de laboratório:
- Temperatura:
Termômetro:
o Capacidade:
o Desvio:
o Leitura: ( __±____)°C
- Volume:
Bureta:
o Capacidade:
o Desvio:
o Leitura: ( __±____) mL
Pipeta graduada:
o Capacidade:
o Desvio:
o Leitura: ( __±____) mL
Proveta:
o Capacidade:
o Desvio:
o Leitura: ( __±____) mL
- Massa:
Balança analítica:
o Capacidade:
o Desvio:
o Leitura: ( __±____) g
20
A diferença entre exatidão e precisão.
Mostrar a diferença entre um resultado exato e um resultado preciso.
Utilizar a Figura 1 para realçar.
Definições quantitativas
Valor médio;
Dispersão, desvio padrão (s):
o Definir e ensinar como calcular o desvio padrão através de
calculadora científica;
o Destacar a importância do desvio padrão relativo para comparar a
precisão de resultados.
Sensibilidade;
21
Exemplificar os conceitos discutidos anteriormente comparando medidas
idênticas realizadas em diferentes vidrarias graduadas (bureta e proveta) e
medidas idênticas em provetas com capacidades diferentes.
o Adição-subtração;
o Multiplicação-divisão.
Propagação de Erros:
Arredondamentos:
4. Parte experimental:
22
Ligar a chapa de aquecimento somente depois que a água já tiver sido
colocada no béquer com as pérolas de vidro. Atenção: a chapa deve
ser ligada na lateral para em seguida ligar o aquecimento.
Os alunos devem utilizar uma pinça de madeira para segurar o
termômetro. Pedir para terem cuidado para não encostarem no fundo
do béquer.
Medir a temperatura de ebulição da água com o desvio instrumental.
Exemplificando:
Medida v1: (18,10 ± 0,05) mL
Medida v2: (18,07 ± 0,05) mL
Medida v3: (18,10 ± 0,05) mL
Vmédio: 18,09 mL
S(desvio) = 0,0173 mL
Valor da capacidade do tubo de ensaio = (18,09 ± 0,02) mL
23
Numerar dois béqueres de 50 mL vazios (béquer 1 e 2, respectivamente) e
determinar a massa de cada um.
Medir 10 mL do liquido X em uma pipeta graduada e colocar no béquer 1.
Pesar.
Medir 10 mL do líquido X no próprio béquer (béquer 2). Pesar.
Determinar a densidade pelos dois métodos.
Identificar o líquido X será identificado pela(o):
o Densidade;
o Cheiro;
o Solubilidade em água.
Comparar os resultados obtidos com os valores tabelados
Comparar o valor da densidade obtida quando usou-se um instrumento de
precisão (pipeta) com o volume medido no próprio béquer. Esclarecer que o
béquer não é apropriado para ser utilizado na determinação da densidade
de um líquido, pois não é uma vidraria apropriada para medidas de volume.
Dessa forma, a densidade determinada com esse instrumento não
corresponderá à densidade do líquido X.
Cálculo da densidade da amostra X no béquer 1:
Densidade:
mamostra (mbéquer cheio – mbéquer vazio)
Vamostra
Exemplificando:
24
d1 = (7,97 ± 0,02) g = (0,797 ± 0,006) g mL-1
(10,00 ± 0,05) mL
Béquer 1:
100%------- 7,97 g
Béquer 2: não sera avaliado propagação de erros, pois a medida não é precisa!
10 mL
Sugestões:
25
Metodologia: Aula expositiva e prática.
26
Experiência 2
Reações Químicas
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Definir reação química.
Citar e levantar exemplos de reações químicas simples presentes nos
acontecimentos do dia-a-dia e de reações complexas que ocorrem no
metabolismo celular.
Representar, no quadro, algumas dessas reações e pedir aos alunos
para balancearem e indicarem o estado físico dos reagentes e produtos,
além das condições nas quais a reação se processa.
Mostrar como se usa a tabela de solubilidade para identificar os
produtos de uma reação.
O aluno não precisa memorizar fórmulas e equações, mas compreender
de forma prática e lógica a representação de fórmulas e equações dos
fenômenos químicos.
Questionar quando uma reação química ocorre.
Ressaltar que uma equação deve ter massa e cargas devidamente
balanceadas e pode ser escrita nas formas: molecular, iônica ou iônica
simplificada.
2. Objetivo:
27
3. Estratégias:
o Molecular:
o Iônica:
o Iônica simplificada:
28
Questionar aos alunos sobre cada uma das equações exemplificadas
acima.
O tipo de reação:;
o Formação de precipitado:
29
o Desprendimento de gás, em geral, percebido pelo olfato:
4. Parte Experimental
Explicar os procedimentos através de esquemas no quadro negro.
Procedimento 1:
“Reação de decomposição do KClO3 em presença de MnO2 sob aquecimento”
30
Questionar:
Procedimento 2:
“Reação do Mg metálico sob aquecimento”
31
Solicitar para observarem as características físicas da fita de Mg.
R: flexível, lisa e acinzentada.
R: MgO tem caráter básico, forma hidróxido em solução aquosa e ao reagir com a
fenoftaleína o meio adquire cor rósea.
Procedimento 3:
“Reação do sódio metálico em presença de umidade e calor”
32
Destacar que somente uma pequena massa de sódio metálico é necessária
para a prática e que o professor é responsável pela manipulação do
reagente a ser pesado. Destacar as principais características do sódio
metálico.
R: branco, brilhante e maleável.
33
Procedimento 4:
“Reação entre água oxigenada e o permanganato de potássio em meio ácido”
Orientar que, para a reação ocorrer, a água oxigenada deve estar em meio
ácido, por isso o ácido sulfúrico deve ser adicionado antes da solução de
permanganato de potássio (Obs: na apostila está o contrário).
Salientar para observarem a cor da solução no início, durante e no final da
reação bem como o desprendimento de gás.
o O KMnO4 é um forte oxidante que oxida a espécie redutora H 2O2 a O2 em meio ácido.
o A cor característica do permanganato é rósea. Durante a reação a solução permanece
incolor, pois a água oxigenada está sendo consumida. Quando a solução apresenta cor
rosa, houve o término da reação, pois toda água oxigenada foi consumida e o
permanganato de potássio está em excesso na solução.
Procedimento 5:
“Reação entre solução de cobre (II) e hidróxido de amônio”
34
A solução apresentou-se com tonalidade azul claro e tornou-se turva, devido à formação de
hidróxido de cobre (II), que é pouco solúvel em água.
A solução apresentou-se com tonalidade azul escuro e tornou-se translúcida, pois a amônia,
em excesso, irá reagir com o hidróxido de cobre (II) formando o complexo tetraminocobre (II)
que é solúvel.
+
É uma reação de equilíbrio. Nem toda amônia vai produzir NH 4 (aq).
A solução apresentou-se com tonalidade azul claro e tornou-se turva, devido à formação de
hidróxido de cobre (II), que é pouco solúvel em água. Continuando a adicionar NaOH, forma-se
mais precipitado de hidróxido de cobre (II).
Procedimento 6:
“Reação entre o ferro metálico com iodo em solvente apolar”
Orientar para usarem um tubo molhado (lavar antes do uso e não secar), a
fim de proporcionar uma melhor visualização da reação.
35
-O O
HO OH HO OH
-O O
O
OH- OH- O Excesso de
OH OH
O
H+ H+ Álcali Alcóolico
O O
O O
O O O
Estruturas Ressonantes
Vermelho
36
2) Nitratos (NO3-), cloratos (ClO3-), percloratos (ClO4-) e acetatos (CH3CO2-) são
solúveis.
3) Cloretos, brometos, iodetos são solúveis. Exceções: sais desses ânions com
Pb2+, Hg22+ e Ag+ são insolúveis.
4) Sulfitos (SO32-), carbonatos (CO32-), cromatos (CrO42-) e fosfatos (PO43-) são
insolúveis. Exceções: aquelas previstas no item 1.
5) Sulfetos (S2-) são insolúveis. Exceções: aquelas previstas no item 1 e os
sulfetos dos metais alcalino-terrosos (solúveis).
6) Sulfatos (SO42-) são solúveis. Exceções: os sulfato de Sr2+, Ba2+, Hg22+,Hg2+,
Pb2+ (insolúveis) e os de Ca2+ e Ag+(moderadamente solúveis).
7) Hidróxidos são insolúveis. Exceções: aquelas previstas no item 1 e os
hidróxidos de Ca2+, Sr2+e Ba2+(moderadamente solúveis)
Experiência 3
Estequiometria
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Conceituar estequiometria.
Salientar a importância do cálculo estequiométrico na vida dos profissionais
da área da química (químicos, farmacêuticos, engenheiros químicos, etc.)
como uma técnica utilizada em muitos tipos de problemas vivenciados
diariamente em um laboratório de química. Exemplificar com algumas
situações do dia-a-dia. Exemplo: Preparo de soluções.
Realçar a Lei da conservação da massa como um dos princípios
orientadores das proporções estequiométricas.
Realçar que a massa de reagentes e produtos se conserva numa reação
química. Conhecendo a relação molar e a massa molar das espécies, pode-
se determinar a relação de massas.
37
Salientar que a formação de produtos cessa logo que qualquer um dos
reagentes seja totalmente consumido sendo possível que restem outros
reagentes em excesso. Utilizar o exemplo da apostila (síntese da amônia)
alterando a quantidade molar dos reagentes
Destacar o uso de vários métodos na determinação experimental de
proporções estequiométricas das reações, como a medida da massa de
precipitado formada, volume de gás liberado, mudanças no espectro de
absorção de uma solução, dentre outros.
2. Objetivo
Determinar a relação estequiométrica de uma reação entre o nitrato de
chumbo (II) e o iodeto de potássio, utilizando a medida da altura do precipitado
amarelo formado de iodeto de chumbo, que é diretamente proporcional à massa,
para fins estequiométricos.
3. Estratégias
Questionar:
a) Os reagentes estão em condições estequiométricas?
b) Há algum reagente em excesso?
Exemplificando:
→
CuSO4(aq) + 2NaOH(aq) → Cu(OH)2(s) + Na2SO4(aq)a)
Reagentes em quantidades estequiométricas:
38
b) Com Pb(NO3)2 (aq) em excesso (antes do ponto estequiométrico):
4. Parte Experimental
Procedimento 1:
“Reação entre sulfato de cobre (II) e hidróxido de sódio ”
39
o O P.E. deve ocorrer próximo do 3° ponto, no qual não há reagentes
em excesso. A partir desse ponto a altura do precipitado é constante.
o Após o P.E. ser alcançado, o gráfico apresentará um patamar que
corresponde ao término da reação, pois o NaOH é o reagente
limitante e há apenas excesso de CuSO4.
12
Altura do precipitado PbI2 (mm)
10
0
0 3 6 9 12
Volume
Volume de KI 4(mL)
de CuSo (aq) (mL)
Procedimento 2:
40
Cálculos: Serão exemplificados somente para o Tubo 1:
-1
Pb(NO3)2 (aq): 0,500 mol L – 3,00 mL de solução
0,500 mol ─ 1000 mL
-1
x mol L ─ 3,00 mL / x = 0,00150 mol de KI
-1
KI: 0,500 mol L - 1,50 mL de solução
0,500 mol ─ 1000 mL
-1
x mol L ─ 1,50 mL / x = 0,000750 mol de KI. O reagente limitante será o KI.
41
Tabela 1: Quantidade de matéria de reagentes e produtos durante a reação
entre nitratro de chumbo e iodeto de potássio
Pb(NO3)2/mol KI/mol PbI2/mol KNO3/mol
-3 -3
TUBO 1 Antes 1,50 x 10 0,750 x 10 0 0
Depois 1,13 x 10-3 0 0,375 x 10-3 0,750 x 10-3
TUBO 2 Antes 1,50 x 10-3 1,50 x 10-3 0 0
-3
Depois 0,750 x 10 0 0,750 x 10-3 1,50 x 10-3
TUBO 3 Antes 1,50 x 10-3 2,00 x 10-3 0 0
-3
Depois 0,500 x 10 0 1,00 x 10-3 2,00 x 10-3
TUBO 4 Antes 1,50 x 10-3 3,00 x 10-3 0 0
-3
Depois 0 0 1,50 x 10 3,00 x 10-3
-3 -3
TUBO 5 Antes 1,50 x 10 4,50 x 10 0 0
-3 -3
Depois 0 1,50 x 10 1,50 x 10 3,00 x 10-3
-3 -3
TUBO 6 Antes 1,50 x 10 6,00 x 10 0 0
-3 -3
Depois 0 3,00 x 10 1,50 x 10 3,00 x 10-3
Considerando a reação:
42
– Imprecisão nas medidas dos volumes dos reagentes;
– Imprecisão nas medidas das alturas do precipitado formado;
– Não-completude da reação de precipitação.
– Esse resultado poderia ser melhorado utilizando micropipetas para
medir o volume de reagentes.
43
Experiência 4
Cinética Química
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Definir cinética química;
Salientar a importância da cinética química na química industrial;
Abordar sobre a dependência da velocidade da reação em relação ao
reagente ou produto que está sendo considerado.
Abordar a teoria da colisão entre íons e moléculas.
Destacar a importância dos catalisadores na indústria química.
2. Objetivo
Analisar os efeitos da concentração e temperatura na velocidade de reação, bem
como o efeito de catalisadores.
3. Estratégias
Definir cinética química;
Definir velocidade de uma reação e lembrar que algumas se processam
rapidamente, enquanto outras lentamente. Exemplificar com situações
vivenciadas no do dia-a-dia.
Destacar os fatores que afetam a velocidade da reação.
Perguntar sobre as etapas para que a reação ocorra.
Representar a expressão de velocidade no quadro:
aA + bB + cC ...
44
V = K[A]x [B]y [C]z...
onde x, y e z são índices obtidos do estudo do mecanismo da reação. Em
alguns casos coincidem com os coeficientes estequiométricos, a, b e c,
respectivamente. Exemplos:
Essa reação não é direta. Pelos estudos dos mecanismos de reação descobriu-
se que essa reação não é de uma ordem e sim de duas ordens.
45
Destacar também a influência dos fatores da teoria da colisão entre as
moléculas no controle de velocidade da reação.
o concentração dos reagentes;
o proximidade;
o vibração;
o colisões eficazes;
o energia de ativação (energia adquirida pelos reagentes para começar
a reagir).
Ressaltar que nem todas as colisões são eficientes e que todas as espécies
colidem com uma energia mínima denominada Energia de Ativação.
3. Parte Experimental
46
Construção de um gráfico relacionando o volume de iodato (mL) em
função de1/t ou o volume de iodato (mL) versus tempo (t). Exemplificar
no quadro e interpretar os gráficos obtidos. A reta é obtida pelo melhor
ajuste dos pontos.
Salientar que através do gráfico pode-se observar se a concentração de
reagentes é proporcional à velocidade da reação.
Mostrar que a concentração de iodato é diretamente proporcional a
velocidade da reação;
[IO3-] α volume da solução de IO3-.
Pelo gráfico V x 1/t, observa-se que [IO3-] α 1/t α velocidade
Conclui-se que: [IO3-] αV
12
10
8
mL (IO3-)
0
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030
1/t
o Temperatura ambiente;
o 15°C;
o 5°C;
47
A temperatura deve ser medida no interior do tubo.
48
Experiência 5
Equilíbrio Químico
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Considerando que as reações direta e inversa estão ocorrendo
simultaneamente, salientar que a reação reversível nunca cessa e o
equilíbrio é dinâmico.
Salientar que quando um sistema alcança o equilíbrio:
o Macroscopicamente, o sistema parece estar parado – a massa e a
concentração dos participantes se mantém constantes, a cor
permanece inalterada, etc.;
o Do ponto de vista microscópico, observa-se que fenômenos químicos
continuam ocorrendo e que os efeitos da reação direta e da reação
inversa se contrabalançam.
o A velocidade no sentido direto é igual à do sentido inverso.
“Quando um sistema em equilíbrio é submetido a uma ação, o equilíbrio se
desloca no sentido de contrabalancear esta ação”.
2. Objetivo
Estudo de sistemas em equilíbrio químico: verificação experimental do princípio
de Le Chatelier.
3. Estratégias
Representar no quadro a reação do iodo com hidrogênio (citada na
apostila):
49
H2 + I2 2 HI velocidade 1 (v1)
2 HI H2 + I2 velocidade 2 (v2)
v1 = k1 [H2] [I2]
v2 = k2 [HI]2
k1 [HI] 2 1 k 2 [ H 2 ][ I 2 ]
K K 1
k2 [H2 ][I2 ] K k1 [ HI ]2
Lembrete:
“Quando um sistema em equilíbrio é submetido a uma ação, o equilíbrio se
desloca no sentido de contrabalançar esta ação”.
Exemplificando:
Ao adicionar iodo no sistema em equilíbrio, a velocidade no sentido direto
(v1) será favorecida.
H2 + I2 2 HI velocidade 1 (v1)
Quando um novo equilíbrio é restabelecido [H2] e [HI] serão maiores e [I2]
será mais baixa, mas K terá o mesmo valor.
50
4. Parte Experimental
-
Ao adicionar NaOH à solução de K2Cr2O7, aumenta-se a concentração de OH e a
reação é deslocada para a esquerda (amarelo). Ao se adicionar HCl, aumenta-se a
+
concentração de H e a reação é deslocada novamente para a direita (laranja).
Tubo 2:
Tubo 3:
51
Reações:
Ou ainda:
Salientar que para que ocorra equilíbrio químico o sistema deve ser
reversível.
Exemplificar com a reação da amônia em água:
A adição de fenoftaleína ao meio torna a solução rósea, devido ao caráter
básico da mesma.
Orientar os alunos para jogarem um pouco dessa solução sobre seus
próprios jalecos e agitarem por cinco minutos. A cor rósea desaparecerá.
Pedir para interpretarem.
R: Ao agitar o tecido, fornece-se energia ao sistema, favorecendo a
formação da amônia que evapora (sentido inverso da reação) e a solução
no tecido perde o caráter básico.
Explicar que o estado padrão da amônia é gasoso e que para obter-se uma
solução de amônia é necessário borbulhar amônia gasosa em água.
Solicitar sugestões de experimentos para confirmar essa hipótese.
Exemplos:
o Pingar algumas gotas de NaOH(aq) ou a própria solução de amônia na
região do tecido onde estava a mancha e será observado o
reaparecimento da cor rósea, característica do composto básico.
52
Procedimento 3: “Estudo do Equilíbrio do Sistema”
Interpretando:
53
Experiência 6
Magnésio
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Definir massa molar e exemplificar;
O mol é usado para trabalharmos macroscopicamente (Tabela periódica),
pois a massa de um átomo é muito pequena;
Relacionar a massa de um mol com a massa atômica de um elemento.
Fazer referência ao número de Avogadro.
2. Objetivo
Determinar a massa molar do magnésio a partir de sua reação com o ácido
clorídrico concentrado.
3. Estratégias:
54
Massa de um mol = 6,022 x 1023 átomos de um elemento. Exemplificando:
Relacionar essa grandeza com 1 mol de bolinhas de gude sobre a
superfície da Terra = camada de ~5 Km de espessura!
Um mol de átomos de H2:
o massa molar igual a 1,0078 uma;
o 1,0078g;
o 6,022 x 1023 átomos de hidrogênio (número de Avogadro) – difícil
de conceber tal grandeza.
4. Parte Experimental:
55
Medidas, unidades para análise e cálculos:
Procedimento 1:
57
Exemplificando os cálculos:
Considerando: PV = nRT
VH2 = Vlido = 34,30 mL= 0,03430 L
Tamb = 26,5ºC
PH2O: 25,95 mmHg (média entre 26 e 27ºC) / Patmlida = 692 mmHg
58
Experiência 7
Eletroquímica
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Definir e abordar os fenômenos químicos e elétricos gerados por;
o Reações químicas espontâneas (pilhas e baterias);
o Transformação química gerada pela passagem de corrente elétrica
numa solução (eletrólise);
Reação de oxirredução;
Eletrodo padrão: Hidrogênio (0 volt);
Tabelas de Potencial Padrão de Redução ou Oxidação;
Energia livre de Gibbs versus espontaneidade da reação;
Explicar os princípios básicos do funcionamento da pilha de Daniel.
2. Objetivo:
Observar a espontaneidade de reações de oxidação e redução; montar a pilha
de zinco e cobre (Pilha de Daniell) e reconhecer os produtos da reação de
eletrólise.
3. Estratégias:
Definindo pilhas e eletrólise:
o Pilhas - Reações químicas que produzem eletricidade. São exotérmicas,
processo espontâneo, processo de oxirredução.
- mecanismo: transferência de elétrons entre metais.
59
Eletrodos:
Anodo (polo negativo) > oxidação;
Catodo (polo positivo) > redução;
Potencial de oxidação (EOXI): "Tendência em perder elétrons".
Potencial de redução (ERED): "Tendência em receber elétrons".
Ponte salina: usada para manter o equilíbrio de cargas na solução.
Eletrodos:
Anodo (polo positivo) > oxidação;
Catodo (polo negativo) > redução;
60
Valor de ∆E para que uma reação eletroquímica/redox seja espontânea. (R:
∆E positivo.)
o Potencial positivo: reação espontânea.
o Potencial negativo: sistema só sofre transformação sob trabalho
elétrico.
o Para se obter os valores do potencial padrão de oxidação invertem-
se as semi-equações e os sinais.
o É uma propriedade intrínseca; não depende da quantidade de
matéria;
Critério de espontaneidade: energia livre de Gibbs (∆G = -nF∆E joules ou
Kcal.mol-1):
o ∆G > 0: reação não-espontânea .
o ∆G < 0: reação espontânea.
Pilha:
Anodo (oxidação): Zn0(S) Zn2+(aq) + 2e- (volts) = + 0,76
Catodo (redução): Cu2+(aq) + 2e-0 Cu0(s) (volts) = + 0,34
0
Reação global: Zn (s) + Cu2+(aq) Zn2+(aq) 0
+ Cu (s) ∆ε = + 1,10
reação espontânea
61
EOXI Zn > EOXI Cu: o zinco perde elétrons e o cobre recebe-os.
Eletrólise:
Anodo (oxidação): Cu(s) Cu2+(aq) + 2 e- (volts) = - 0,34
Catodo (redução): Zn2+(aq) + 2 e- Zn(s) (volts) = - 0,76
Reação global: Zn2+(aq) + Cu(s) Zn(s) + Cu2+(aq) ∆ε = - 1,10v
Reação não espontânea: ∆ε < 0
Enfatizar:
o Oxidação: sempre ocorre no anodo.
o Redução: sempre ocorre no catodo.
4. Parte Experimental:
Prego (Ferro): após entrar em contato com a solução de cobre (II) ocorre
formação de película avermelhada em sua superfície.
Reações:
Cu2+(aq) + 2 e- Cu(s) (volts) = + 0,34
Fe(s) Fe2+(aq) + 2e -
(volts) = + 0,44
Fe(s) + Cu2+(aq) Fe2+(aq) + Cu(s) ∆ε = + 0,78 v (espontânea)
O ferro tem uma tendência maior de formar cátions do que o cobre, porque
redução Fe(-0,44) < redução Cu(+0,34), logo a reação de oxirredução no sentido
mostrado é espontânea. Houve corrosão do prego e deposição de cobre
metálico em sua superfície.
62
”Mergulhando uma lâmina de cobre em uma solução de zinco(II)”
63
Experimento 2: “Montagem da pilha de cobre e zinco (Pilha de Daniell)”
Reações:
Catodo: Cu2+(aq) + 2 e- Cu(s) (volts) = + 0,34
Anodo: Zn(s) Zn2+(aq) +2e -
(volts) = + 0,76
Cu2+(aq) + Zn(s) Cu(s) + Zn2+(aq) ∆ε = + 1,10 v
64
Obs: Os valores podem diferir ligeiramente, pois as soluções de zinco e cobre
são usadas constantemente em aulas práticas, e podem estar contaminadas,
diminuindo o valor experimental.
É importante observar que a reação Cu2+(aq) + Zn(s) Cu(s) + Zn2+(aq) é
espontânea, enquanto que a reação inversa Zn2+(aq) + Cu(s) Zn(s) + Cu2+(aq),
não é espontânea.
Alguns metais têm mais tendência de ceder elétrons, enquanto outros têm
mais tendência de receber elétrons.
Experimento 3: “Eletrólise”
Exemplificando:
Anodo: 2 I-(aq) → I2(aq) + 2e- (volts) = - 0,54
Catodo: H2O + 2e H2(g) + 2 OH
- -
(volts) = - 0,83
2 I-(aq) + H2O I2(aq) -
+ H2(g) + 2 OH ∆ε = - 1,37 v
Reação não espontânea
Para caracterizar: salientar que não se deve demorar em coletar os 2 mL, pois
as soluções podem misturar-se e o meio ficará todo básico.
65
Experiência 8
Corrosão
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Como os metais existem na natureza;
Formação de um sistema termodinamicamente instável;
Propriedades físicas e químicas dos metais;
Justificativas do estudo da corrosão;
Definir e exemplificar corrosão.
Causas e mecanismos de corrosão.
Corrosão úmida ou eletroquímica do ferro.
Prevenindo a corrosão:
o Passivação;
o Proteção catódica;
o Aplicação de recobrimentos;
2. Objetivo:
Executar experiências relativas à corrosão úmida do ferro.
3. Estratégias:
Destacar a corrosão úmida do ferro.
Exemplificar:
o Fe metálico: estado de oxidação igual a zero. Qualquer metal no
estado metálico apresenta esse valor.
66
o Na natureza o ferro encontra-se, principalmente, na forma de oxido
de ferro III (hematita). Não se encontra Ferro na forma metálica.
4. Parte Experimental:
67
Interpretando:
(n = 1,2 ou 3)
(hidratado: verde)
(anidro: preto)
68
Neste experimento a corrosão é pouco pronunciada, pois o suprimento
de oxigênio é limitado e íons presentes na água de torneira são
resultantes de tratamento. Em alguns tipos de água devem-se
considerar contaminações de materiais orgânicos, bactérias e algas.
Outros fatores seriam o pH e a temperatura da água.
69
ao metal, passivando-o e evitando o ataque da corrosão. Obs.: Não é
observada nenhuma alteração sobre o metal.
Em síntese:
71
72
Procedimento 3: “Corrosão na Linha D'água”
Após uma semana, observar a corrosão nas partes acima e abaixo da linha
d’água e explicar.
Em NaCl a 5%: como nesse sistema há menor disponibilidade de O2, forma-
se mais Fe(OH)2(s) do que Fe(OH)3(aq). O Fe(OH)3(aq) dissolve-se na solução
produzindo uma coloração preto-esverdeada e o Fe(OH)2(s), como é pouco
solúvel, precipita.
Equações:
Em meio rico em O2:
73
Em meio deficiente de O2:
74
Equações:
75
Procedimento 5: “Corrosão sob tensão”
76
Na placa de Ferro formou-se uma coloração azul indicando a oxidação do
Ferro pelo indicador ferroxílico.
77
Experiência 9
Preparo de soluções
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Definir solução e caracterizá-la; destacar que uma solução é translúcida e
limpida
Salientar a importância do domínio do cálculo de concentrações, expressas
de várias maneiras, para a solução de vários tipos de problemas no dia-a-
dia do laboratório. Exemplificar;
Salientar os aspectos de uma solução aquosa;
Sistema homogêneo. Exemplificar;
Indicadores de pH – comportamento em meio ácido e em meio básico:
o Fenoftaleína;
o Papel de tornassol;
o Fita de pH;
Exemplificando: A solução de fenolftaleína permanece incolor em
meio ácido, e em meio básico adquire a coloração rosa.
78
-O O
HO OH HO OH
-O O
O
OH- OH- O Excesso de
OH OH
O
H+ H+ Álcali Alcóolico
O O
O O
O O O
Estruturas Ressonantes
Vermelho
2. Objetivo
Preparar soluções e determinar de forma qualitativa o valor de pH.
3. Estratégias:
Salientar que as soluções “são sistemas homogêneos de duas ou mais
substâncias” e que sempre vão se apresentar límpidas independente de
coloração clara ou escura!
Exemplificando: A solução de KMnO4 é escura, não dá para enxergar
através dela, porém não apresenta material particulado.
Salientar que as soluções a serem preparadas na aula (NaOH e HCl)
irão ser padronizadas na próxima aula.
Enfatizar a importância da padronização de soluções cujos sais não são
padrões primários.
79
Exemplificando:
o NaOH não é um padrão primário; é muito higroscópico. Diante disso, é
desnecessário o uso de balança de 4 casas decimais para pesar tais
substâncias, pois não se pode garantir a estabilidade da massa pesada.
o HCl em seu estado normal é gasoso. Assim que se abre o frasco do HCl
concentrado, ocorre volatização de HCl.
o Diante disso, as soluções dessas substâncias devem ser padronizadas.
Cálculo do pH → pH = -log[H+]
80
HCl é um ácido forte, ioniza-se completamente em água. Ao se adicionar
ácido a concentração de H3O+ aumenta e a de OH- diminui e o meio fica
ácido.
+ - +
HCl(aq) → H(aq) + Cl (aq) , logo [H ] = [HCl]
+
pH =- log [H ] → pH = - log 0,1→ pH = 1 → pOH = 13
81
4. Parte Experimental
0,10 mol ─ 1 L
1 mol NaOH ─ 40 g
Deve-se pesar aproximadamente 1,0 g NaOH em um vidro de relógio e dissolver todo o NaOH em
um béquer de 100mL com quantidade suficiente de água (cerca de 50 mL). Não encher todo o
béquer, pois o volume será completado no balão volumétrico. Transferir a solução quantitativamente
para um balão de 250 mL, utilizando bastão de vidro, e completar o volume até atingir o menisco
inferior na linha referencia do balão. Completar o volume com quantidade suficiente de gotas de
água. Tampar e homogeneizar. Armazenar em um frasco.
82
R: O papel tornassol azul permanecerá azul, porém o vermelho ficará azul em
solução básica.
Adicionar fenoftaleína.
R: A solução de NaOH apresentará cor rósea, confirmando o caráter básico da
solução.
0,10 mol ─ 1 L
Atenção: Não se deve pesar HCl em balança! Utilizar a densidade para calcular o volume a ser
medido.
83
Procedimento 4: “Observação qualitativa do pH da solução 0,1 mol L-1 de HCl”
Adicionar fenoftaleína.
R: A solução de HCl continuará incolor, confirmando o caráter ácido da
solução.
84
Experiência 10
Padronização de Soluções
Ácidas e Básicas
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Importância da análise volumétrica: determinação de concentração
desconhecida de uma solução, utilizando uma solução de concentração
exatamente conhecida (solução padrão).
Ponto final teórico da titulação: ponto estequiométrico.
Visualização do ponto final da titulação: mudança visual produzida pela
substância padrão ou pelo indicador.
O indicador e as condições experimentais devem ser selecionados de modo
que a diferença entre o ponto final visível e o ponto de equivalência seja tão
pequenas quanto possível.
Precisão dos métodos volumétricos;
Requisitos para emprego dos métodos volumétricos;
Classes de reações empregadas na análise:
o Aquelas em que nenhuma mudança de estado de oxidação ocorre;
estas são dependentes da combinação de íons.
o Reações de oxidação-redução; estas envolvem uma mudança de
estado de oxidação ou, para se dizer de outro modo, a transferência
de elétrons.
Exemplificar:
1. Reações de neutralização (acidimetria e alcalimetria).
2. Reações de oxidação-redução.
85
Definir solução-padrão.
Realçar os requisitos de uma substância padrão primário:
o Inalterável ao ar durante o processo de se medir a massa (não
higroscópica, não oxidável, não afetada pelo dióxido de carbono).
o Quantidade total de impurezas não deve exceder a 0,01 – 0,02 por
cento.
o Deve apresentar precisão da massa medida de, ordinariamente, 0,1
– 0,2 mg.
o Ser prontamente solúvel sob as condições em que é utilizada;
o A reação com a solução padrão deve ser estequiométrica e,
praticamente, instantânea. O erro de titulação deve ser desprezível,
ou fácil de ser determinado experimentalmente.
o É difícil de se obter um padrão primário.
o Exemplo de padrão primário utilizado em reações ácido-base para se
determinar a concentração de uma solução básica: hidrogenoftalato
de potássio (Figura 1).
O H
O
+
O K
2. Objetivo
Empregar o método volumétrico para se determinar a concentração exata em
quantidade de matéria das soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio.
86
3. Estratégias:
Realçar as características principais das soluções de ácido clorídrico e
hidróxido de sódio preparadas em aula.
Destacar, no quadro negro, a reação de hidróxido de sódio com o padrão
primário hidrogenoftalato de potássio (biftalato de potássio);
[NaOH] = ?
4. Parte experimental:
87
Salientar a necessidade de fazer ambiente nas vidrarias antes de iniciar
a titulação (bureta e pipeta). Destacar que não se deve fazer ambiente
no erlenmeyer. Demonstrar como o ambiente deve ser feito.
Pipeta: Deve estar seca. Se estiver molhada fazer ambiente antes de
utilizá-la.
Bureta: Fazer ambiente e completar o volume com a solução de padrão
primário. Checar a vazão e verificar se não há bolha de ar. Completar o
volume novamente. Orientar a forma correta de titular: mão esquerda na
bureta e mão direita no erlenmeyer, agitando constantemente e
energicamente. Prenda a bureta em suporte apropriado, como indicado
na Figura 2.
Figura 2
Torneira de bureta:
o posição horizontal: fechado.
o posição vertical: aberto
88
Mudança de cor durante a titulação: deve-se fechar imediatamente a
torneira da bureta e anotar o volume gasto.
C1NaOH = n° mols NaOH consumidos na titulação = 0,001 mol = 0,0934 mol L-1
V1NaOH (L) 0,01072 L
-1
C1NaOH = 0,0934 mol L
Calcular C2 e C3. Determinar a Cmédia e o desvio obtido para a concentração de
NaOH.
89
A fenoftaleína tem ponto de viragem entre pH 8,3 e pH 10,0. Uma gota
colocada no P.E. vira a cor para rosa claro. Anotar o volume da solução de
NaOH adicionado. Repetir mais duas vezes a titulação.
Tirar a média dos volumes da solução de NaOH gastos. Estes volumes não
devem diferir de mais de 0,1 mL. Se as diferenças forem maiores que 0,1 mL
as titulações devem ser repetidas.
Com os dados obtidos calcular a concentração, em quantidade de matéria, da
solução de HCl. Fazer os cálculos com o volume do HCl para calcular a
concentração de HCl.
[HCl] = ?
n° mols HCl = n° mols do padrão NaOH = 1,11 x 10-3 mol de HCl.
VHCl = 10 mL = 0,01000 L
C1HCl = n° mols HCl = 1,11 x 10-3 mol = 0,111 mol L-1
VHCl (L) 0,01000 L
Calcular C2 e C3. Determinar a Cmédia e o desvio obtido para a concentração de
HCl.
90
Experiência 11
do Iodo
Plano de aula
1. Ponto de partida:
Destacar as características do iodo:
o é um ametal;
o no seu estado fundamental apresenta cor cinzenta’
o sublima facilmente e na forma gasosa apresenta cor violácea.
Salientar que a obtenção industrial do iodo é feita a partir de iodato de
sódio contido no salitre do Chile. É pouco solúvel em água, mas é
solúvel em solução de iodeto e em muitos solventes orgânicos, como o
éter e o tetracloreto de carbono.
Destacar o uso do iodo:
o Germicida, anti-séptico, indústria de couros, corantes e produtos
farmacêuticos.
o Importância biológica. Nos seres humanos, sua falta ou excesso
causa disfunções, principalmente relacionadas com a tireóide.
Destacar a obtenção do iodo em laboratório: reação entre acido
sulfúrico, dióxido de manganês e iodeto de potássio.
2. Objetivo
Realizar a obtenção, a dosagem e os testes de solubilidade do iodo.
91
3. Estratégias:
Destacar no quadro negro a equação molecular para obtenção do iodo:
Equação 1:
Equação 2:
92
4. Parte experimental:
Após adicionar água no balão B, que contém o iodo sólido obtido, observa-
se a formação de uma solução amarronzada e, também ainda a presença
de iodo sólido, devido a baixa solubilidade do iodo (apolar) em água (polar).
A pequena fração solubilizada é justificada pela interação intermolecular do
tipo dipolo-dipolo induzido.
Ao se adicionar KI observa-se que todo o iodo sólido solubiliza-se, devido à
formação do complexo I3- (triiodeto), cujas forças intermoleculares
predominantes em solução são do tipo íon-dipolo, que favorecem a
solubilização do iodo sólido em água.
93
Procedimento 3: “Ensaios de solubilidade”
94
Teste 3: “Adição de acetona ao cristal de iodo” e de “etanol ao cristal de iodo”
o o rendimento da reação.
95
Cálculos:
Considerando os valores de três titulações com a solução de Na2S2O3 a 0,0100 mol L-1
pode-se determinar a concentração de iodo na solução.
V1 = 18,60 mL V2 = 18,65 mL; V3 = 18,70 mL
[I2] = ?
V(I2) = 20,00 mL
-4
0,932 x 10 mol I2 ─ 20,00 mL I2
-3
x mol I2 ─ 1000 mL I2 → x = 4,66 x 10 mol I2
-3 -1
C1iodo = n° mols I2 = 0,0000932 mol I2 = 4,66 x 10 mol L
V(iodo) 0,02000 L
96
O iodo sólido obtido no balão B foi transferido para um balão volumétrico de 250 mL.
Em V1: 4,66 x 10-3 mol I2 ─ 1000 mL
x mol I2 ─ 250,0 mL → x = 0,00117 mol
-3
x1 = 1,17 x 10 mol I2 em 250,0 mL de solução.
2 mol KI ─ 1 mol I2
332 g KI ─ 254 g I2
0,50 g KI ─ X g I2 → x = 0,38 g I2 (100%)
Rendimento experimental:
97
Referências bibliográficas:
FELTRE, Ricardo. Química Geral I e II. São Paulo: Moderna, 2004. 384 p.
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