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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 11327

Segunda edição
10.08.2016
Exemplar para uso exclusivo - MARINE PRODUCTION SYSTEMS DO BRASIL LTDA - 01.950.374/0001-30 (Pedido 632459 Impresso: 26/06/2017)

Requisitos de utilização de talhas de corrente


com acionamento motorizado
Requirements of utilization for motor-operated chain hoists

ICS 53.020.30 ISBN 978-85-07-06459-6

Número de referência
ABNT NBR 11327:2016
13 páginas

© ABNT 2016
ABNT NBR 11327:2016
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ABNT NBR 11327:2016

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Aplicação.............................................................................................................................1
4 Documentos.........................................................................................................................1
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5 Inspeções iniciais................................................................................................................1
6 Instalação.............................................................................................................................2
6.1 Estrutura de suporte...........................................................................................................2
6.2 Elementos de comando......................................................................................................2
6.3 Alimentação de energia......................................................................................................2
6.3.1 Talha elétrica........................................................................................................................2
6.3.2 Talhas pneumáticas............................................................................................................2
7 Verificações.........................................................................................................................2
8 Ensaios operacionais.........................................................................................................3
8.1 Geral.....................................................................................................................................3
8.2 Ensaios em vazio................................................................................................................3
8.3 Compatibilidade..................................................................................................................3
8.4 Ensaios com carga..............................................................................................................3
9 Operação..............................................................................................................................3
9.1 Operadores..........................................................................................................................3
9.2 Qualificação.........................................................................................................................4
9.3 Práticas operacionais.........................................................................................................4
9.4 Manipulação de carga.........................................................................................................4
9.4.1 Geral.....................................................................................................................................4
9.4.2 Capacidade..........................................................................................................................4
9.4.3 Fixação.................................................................................................................................4
9.4.4 Movimentação.....................................................................................................................5
10 Manutenção.........................................................................................................................5
10.1 Manutenção preventiva......................................................................................................5
10.2 Inspeção...............................................................................................................................6
10.3 Talhas utilizadas de forma descontínua...........................................................................7
10.4 Precauções na manutenção...............................................................................................7
10.5 Ajustes e reparos................................................................................................................7
10.6 Lubrificação.........................................................................................................................8
10.7 Correntes de elos................................................................................................................8
10.7.1 Inspeção...............................................................................................................................8
10.7.2 Substituição.........................................................................................................................9
10.7.3 Manutenção....................................................................................................................... 11
10.8 Corrente de rolos.............................................................................................................. 11
10.8.1 Inspeção............................................................................................................................. 11
10.8.2 Substituição....................................................................................................................... 11
10.8.3 Manutenção.......................................................................................................................12

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Figuras
Figura 1 – Corrente suspensa verticalmente...................................................................................10
Figura 2 – Elos da corrente perpendiculares ao eixo.....................................................................10
Figura 3 – Ilustração da inspeção da corrente quando submetida à torção................................13
Figura 4 – Ilustração da inspeção da corrente quando submetida à flexão.................................13
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 11327 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Mecânica (ABNT/CB-004), pela Comissão
de Estudo de Talhas em Geral (CE-004:010.004). Esta Norma teve seu conteúdo técnico confirmado
e adequado à Diretiva ABNT, Parte 2:2011. O seu Projeto de adequação circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 07, de 05.07.2016 a 05.08.2016.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 11327:1990), sem mudanças
técnicas.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the minimum requirements for inspection, installation, verification, operational
testing, operation and maintenance of chain hoists with motor drive.

This Standard provides for users general information about characteristics and care of these equipment
in order to ensure safe use.

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Requisitos de utilização de talhas de corrente com acionamento


motorizado

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para inspeção, instalação, verificação, ensaios opera-
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cionais, operação e manutenção de talhas de corrente com acionamento motorizado.

Esta Norma fornece aos usuários informações gerais sobre as características e cuidados a estes
equipamentos visando a garantir a segurança na utilização.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 10981, Talhas de corrente com acionamento motorizado – Especificação

ABNT NBR 11095, Talhas de corrente com acionamento motorizado – Método de ensaio

3 Aplicação
Os requisitos de utilização definidos nesta Norma pressupõem que o tipo e o modelo da talha tenham
sido selecionados no que tange ao tipo de serviços, à especificação correta quanto ao local de insta-
lação e ao ambiente de operação, assim como eventualmente a outros requisitos específicos.

4 Documentos
Todos os documentos técnicos referentes ao fornecimento, como manuais, esquemas elétricos, dese-
nhos e listas de peças, devem ser criteriosamente analisados, e as instruções neles contidas devem
ser rigorosamente observadas pelos usuários, visando a garantir o funcionamento do equipamento
e a segurança do pessoal envolvido, assim como, eventualmente, manter o direito à garantia do equi-
pamento, conforme estipulado pelo fabricante.

5 Inspeções iniciais
5.1 Todas as talhas devem ser inspecionadas pelo fabricante antes do seu fornecimento ao cliente.
As talhas que tenham sido consertadas ou alteradas devem ser inspecionadas antes da sua instalação,
para garantir a conformidade com a ABNT NBR 10981 e com as especificações do fabricante.

5.2 Nova inspeção visual deve ser efetuada pelo responsável da montagem antes da instalação
da talha, para certificar-se de que a talha e/ou seus acessórios não foram danificados no transporte
ou manuseio.

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ABNT NBR 11327:2016

6 Instalação
6.1 Estrutura de suporte

A estrutura de suporte onde está instalada a talha, como monovia, braço giratório, deve ser dimen-
sionada considerando as cargas às quais devem ser submetidas em função da utilização da talha.
Devem ser observadas ainda as dimensões mínimas requeridas, assim como as tolerâncias permissí-
veis (dimensão, forma, posição), valores esses a serem indicados pelos fabricantes.
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6.2 Elementos de comando

Os elementos de comando pendentes, como botoeiras, devem ser localizados a uma altura adequada
para o operador.

6.3 Alimentação de energia

6.3.1 Talha elétrica

6.3.1.1 A linha de alimentação, a ser dimensionada conforme indicações do fabricante da talha, deve
ser seccionável da rede por disjuntor ou chave seccionadora de fácil acesso.

6.3.1.2 A sequência de fases deve ser respeitada para que a direção dos movimentos (gancho, trole)
coincida com a marcação dos elementos de comando. Em caso de divergência, devem ser invertidas
duas fases na linha; não é permitida qualquer modificação nas ligações do motor ou dos elementos
de comando.

6.3.1.3 O equipamento deve ser convenientemente aterrado.

6.3.2 Talhas pneumáticas

As talhas pneumáticas devem ser adequadamente ligadas às linhas de ar, que devem suprir a vazão,
pressão e características de ar compatíveis com a talha, de acordo com as especificações do fabricante.

7 Verificações
Antes dos ensaios operacionais, os seguintes pontos devem ser verificados:

 a) apoios e/ou elementos de fixação;

 b) batentes na monovia ou trave da ponte ou do braço giratório, conforme o caso;

 c) ligações elétricas ou pneumáticas, conforme o caso;

 d) níveis de óleo e pontos de lubrificação;

 e) condições da corrente e sua acomodação nas roldanas;

 f) dispositivo fim de curso, se houver;

 g) terminais da corrente.

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8 Ensaios operacionais
8.1 Geral

Tanto as talhas novas como as que tenham sido reparadas ou modificadas, bem como as que tenham
permanecido inoperantes por mais de trinta dias, devem ser ensaiadas sob a orientação de pessoa
devidamente qualificada, antes do início ou reinício da sua operação.

8.2 Ensaios em vazio


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São efetuados para constatação de funcionamento e regularidade de atuação de todos os comandos


e funções, devendo ser ensaiados no mínimo os seguintes itens:

 a) os movimentos de subida e descida do gancho e de deslocamento do trole, se houver,


observando-se coincidência com as marcações;

 b) a atuação dos freios;

 c) a atuação dos dispositivos limitadores e de segurança.

8.3 Compatibilidade

É necessário comprovar a compatibilidade da talha com os demais equipamentos e com o local de


operação. No caso de eventuais obstruções fixas ou móveis no caminho da talha ou de seus acessó-
rios, bem como no caso da existência de desvios, sistemas de segurança, necessariamente indepen-
dente da atuação do operador ou de terceiros, devem impedir que a telha tenha acesso às obstruções
ou à descontinuidade da viga de rolamento.

8.4 Ensaios com carga

8.4.1 Os ensaios com carga, tanto nas talhas novas como nas reparadas, e cujos meios
de levantamento tenham sido substituídos ou alterados, devem atender aos requisitos das
ABNT NBR 10981 e ABNT NBR 11095 quanto aos ensaios dinâmicos e dos freios, com exceção das
medidas de velocidade e de percurso de frenagem, que podem ser substituídos por controle visual,
caso o ensaio inicial já tenha sido executado pelo fabricante.

8.4.2 Devem ser tomados, durante os ensaios, todos os cuidados exigidos em operação normal
acrescidos de cautela de içar inicialmente a carga na menor altura possível, elevando-a após
a construção da corrente atuação dos freios.

9 Operação
9.1 Operadores

As talhas devem ser operadas somente pelas seguintes pessoas:

 a) operadores especificamente designados e treinados para estas tarefas;

 b) pessoal de manutenção e ensaios, desde que necessário para o comprimento de suas funções;

 c) inspetores.

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9.2 Qualificação

Os operadores selecionados devem ter alto grau de responsabilidade e bom entendimento de equi-
pamentos mecânicos. Cabe observar que o trabalho com talhas e equipamentos similares pode acar-
retar situações de perigo para pessoas e equipamentos, que somente podem ser evitadas por uma
operação cuidadosa e responsável pelos operadores destes equipamentos. Ensaios práticos, limita-
dos ao equipamento específico a ser operado, devem ser efetuados com o pessoal a ser selecionado.

9.3 Práticas operacionais


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Na operação da talha, as seguintes práticas gerais devem ser observadas:

 a) o operador deve evitar que, durante a operação com a talha, sua atenção seja desviada por
outras tarefas ou motivos;

 b) caso tenham sido colocadas na talha placas indicativas de que a talha se encontra em reparos,
ajustes etc., o operador não pode acioná-la, até que pessoas responsáveis tenham terminado
o serviço e retirado as placas indicativas;

 c) antes de comandar qualquer movimento da talha, o operador deve certificar-se de que a operação
não coloca em perigo pessoas que estão na área;

 d) o operador deve familiarizar-se com o equipamento e com os cuidados a serem tomados. Caso
ajustes ou reparos tornem-se necessários, ou se danos lhe forem conhecidos ou suspeitados,
estes devem se comunicados prontamente às pessoas pertinentes. Em caso de troca de turno,
deve ser informada ao novo operador qualquer anomalia;

 e) todos os controles devem ser ensaiados pelo operador antes de iniciar a jornada. Caso algum
controle não esteja funcionando satisfatoriamente, este deve ser ajustado ou reparado antes
de iniciar o serviço;

 f) antes de operar a talha, o jogador deve assegurar-se de que as mãos estejam afastadas das
partes da talha que entram em movimento.

9.4 Manipulação de carga

9.4.1 Geral

Na manipulação de carga, devem ser observados no mínimo os requisitos 9.4.2 a 9.4.4.

9.4.2 Capacidade

Nenhuma talha deve ser carregada acima de sua capacidade nominal, exceto para efeito de ensaios
devidamente autorizados.

9.4.3 Fixação

A corrente da talha não pode ser enrolada na carga. A carga deve ser fixada ao gancho da talha por
meio de laços ou outros meios adequados ao seu manuseio, cuidando-se para que não haja possibi-
lidade de desligamento, mesmo quando a carga oscilar nas partidas e paradas.

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9.4.4 Movimentação

Na movimentação da carga, deve ser observado o seguinte:

 a) a carga não pode ser elevada até se constatar que está devidamente balanceada nos laços
ou nos meios de manuseio da carga;

 b) deve-se cuidar, durante o içamento, para que:


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—— a corrente não esteja retorcida, e no caso de vários ramais, este não estejam enrolados entre
si;

—— a carga não esteja impedida por qualquer obstrução;

 c) a talha deve estar centralizada acima da carga, de tal forma que o içamento seja feito verticalmente,
sem arrastes que possam danificar a talha;

 d) talhas não podem ser utilizadas para o transporte de pessoas, a menos que esteja especificamente
autorizado pelo fabricante, e o sistema seja devidamente aprovado pelas autoridades responsáveis;

 e) o operador não pode passar com cargas acima de pessoas. No caso de serem utilizados
dispositivos pega-carga, como eletroímãs, sistema de vácuo e similares, esta proibição é absoluta
e extensiva a uma faixa de segurança a ser determinada em cada caso;

 f) caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação à sua capacidade nominal,
o operador deve ensaiar os freios cada vez que operar com uma carga próxima da capacidade
nominal, levantando a carga um pouco acima do piso ou do suporte da carga, e verificando a
ação do freio. Somente após constatado o bom funcionamento do freio, pode ser feito o içamento
da carga;

 g) o operador deve evitar ligações desnecessárias do(s) motor(es) da talha, a fim de evitar eventuais
danos por excesso de ligações;

 h) o operador não pode abandonar a carga suspensa pela talha, a menos que sejam tomadas
as devidas precauções;

 i) os meios de comando (por exemplo, botoeira) devem estar sempre ao alcance da mão do operador
quando estiver manipulando a carga;

 j) dispositivos de sobrecarga da talha não podem ser utilizados pelo operador para limitar o percurso
do gancho. Caso seja necessário alcançar constantemente as posições extremas do gancho,
chaves-limite ou dispositivos limitadores adicionais devem ser incorporados à talha.

10 Manutenção
10.1 Manutenção preventiva

Deve ser estabelecido e seguido pelo usuário um programa de manutenção preventiva, baseado nas
recomendações do fabricante.

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10.2 Inspeção

Inspeções frequentes e periódicas do equipamento são inseridas nos programas de manutenção,


tanto no sentido de fornecer subsídios como de evitar que falhas ou defeitos não detectados nas
manutenções venham a se converter em fatores de risco.

10.2.1 Os intervalos usuais das inspeções permitem classificá-las em diárias e periódicas.

10.2.2 As inspeções diárias devem objetivar no mínimo o seguinte:


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 a) a constatação do correto funcionamento dos sistemas:

—— a frio;

—— fins de curso;

—— de comando e de eventuais dispositivos de proteção;

 b) o exame visual do estado de conservação:

—— dos meios de carga, em especial da corrente;

—— dos ganchos, moitões e/ou dispositivos de carga, verificando a existência de deformações


ou outros danos.

As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e suas causas devem ser corrigidas e elimi-
nadas. Deformações excessivas do gancho geralmente indicam que o sistema foi operado de forma
imprópria e que pode ser induzido a danos em outros componentes.

10.2.3 As inspeções periódicas na talha devem ser completas e realizadas em intervalos definidos,
dependendo da severidade do serviço, das condições ambientais e das indicações específicas
do fabricante. Além das indicadas em 10.2.2, as inspeções periódicas devem abranger no mínimo
as partes do equipamento indicadas a seguir, constatando:

 a) fixação e aperto de parafusos e/ou rebites;

 b) desgaste das roldanas;

 c) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou ruptura de elementos, como: rolamentos, eixos,
engrenagens, pinos;

 d) desgaste excessivo dos componentes do mecanismo de freio;

 e) desgaste excessivo, corrosão, deformação da corrente (ver 10.7);

 f) estado do gancho: pelo menos uma vez por ano, o gancho deve ser inspecionado com líquido
penetrante, ou outro meio apropriado, visando a determinar a inexistência de fissuras;

 g) estado da porca e trava do gancho dos elementos do moitão, como: anéis de retenção, pinos,
soldas ou rebites;

 h) desgastes anormais ou deterioração dos componentes elétricos, em especial contadores, chaves
fim de curso e botoeira de comando;

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 i) estado do trole, em especial das rodas, parafusos de fixação e/ou fechamento e mecanismo de
acionamento;

 j) estado das estruturas de suporte, monovia e seus complementos e dos elementos de fixação;

 k) estado das linhas de alimentação e do que possa influir na operacionalidade do equipamento e na
segurança do pessoal, como: limpeza em geral e em especial das botoeiras e demais mecanismos
de controle, mantendo os símbolos legíveis.
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As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas e eliminadas as suas causas.

10.2.4 Protocolos das inspeções efetuadas devem ser elaborados e assinados pelos responsáveis,
ficando em fácil acesso.

10.3 Talhas utilizadas de forma descontínua

As talhas utilizadas de forma descontínua, sujeitas a paralisações da ordem de um mês ou mais,


devem ser preparadas para os períodos de paralisação de forma adequada às condições ambientais,
visando a defendê-las da umidificação dos componentes elétricos e da corrosão de uma forma geral.
É recomendável que pelo menos uma vez ao mês seja simulado o uso da talha e feitas as inspeções
indicadas em 10.2.2.

10.4 Precauções na manutenção

Antes do início dos reparos ou ajustes na talha, as precauções de 10.4.1 a 10.4.4 devem ser tomadas.

10.4.1 Se a talha possui acionamento elétrico, o circuito deve ser desenergizado pela da chave sec-
cionadora do suprimento de força da talha, sendo que a referida chave deve ser bloqueada na posição
“desligada” por meio de cadeados ou similares.

10.4.2 Se a talha tiver acionamento pneumático, a válvula na linha de fornecimento de ar deve ser
fechada e bloqueada.

10.4.3 Placas contendo as indicações de “em reparo”, “manutenção” ou similares devem ser colocadas
na talha, de forma a ficar claramente indicado que o equipamento não pode ser utilizado.

10.4.4 Após o término dos reparos e ajustes, a talha não pode ser posta em funcionamento antes
que todas as proteções tenham sido reinstaladas, os dispositivos de segurança reativados e todos
os equipamentos de manutenção removidos.

10.5 Ajustes e reparos

Qualquer condição de insegurança determinada pelas inspeções deve ser corrigida antes de se
colocar a talha novamente em funcionamento.

10.5.1 Ajustes devem ser efetuados visando a garantir a boa operação dos mecanismos, como:

 a) freios e catracas;

 b) chaves-limite e outros dispositivos limitadores;

 c) sistema de controle.

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10.5.2 Reparos ou substituições devem ser efetuados conforme requerido para o funcionamento
correto.

10.5.2.1 Devem ser substituídas todas as peças vitais que apresentem desgaste excessivo ou fissuras,
ou que sejam deformadas ou quebradas.

10.5.2.2 Soldas no gancho, por exemplo, para compensar o desgaste, não são permitidas.

10.5.2.3 Os elementos de contato nos componentes elétricos que estejam gastos ou apresentem
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erosão excessiva devem ser substituídos sempre em jogos completos.

10.5.3 Devem ser substituídos os ganchos que apresentem qualquer um dos defeitos a seguir:

 a) deformações;

—— aumento em 10 % da abertura da garganta do gancho;

—— torção em mais 10º do plano do gancho;

NOTA Os valores mencionados aplicam-se exclusivamente para determinados tipos de materiais,


como ST 41 e ST 52. Para outros materiais, aplicam-se os valores determinados pelo fabricante.

 b) desgastes;

—— desgaste de mais 5 % na base do gancho;

—— desgaste na porca de fixação ou nos elementos de trava de fixação do gancho;

 c) corrosão;

—— alteração de mais 5 % nas dimensões da rosca da porca do gancho;

—— alteração das medidas do gancho acima das tolerâncias originais determinadas pelo
fabricante;

 d) fissuras superficiais;

—— no caso de fissuras superficiais que não podem ser eliminadas sem ultrapassar as tolerâncias
permissíveis, referentes às medidas construtivas, o gancho deve ser substituído.

10.6 Lubrificação

10.6.1 Todas as partes móveis da talha, para as quais esteja especificada uma lubrificação, devem
ser lubrificadas periodicamente, nos intervalos indicados pelo fabricante. Os pontos que devem ser
lubrificados, assim como o tipo e qualidade de lubrificante, devem seguir as indicações do fabricante.

10.6.2 Devem ser tomadas precauções equivalentes às descritas em 10.4 quando a talha estiver em
lubrificação.

10.7 Correntes de elos

10.7.1 Inspeção

10.7.1.1 Ensaiar os movimentos de subida e descida da carga na talha, observando a atuação da


corrente da carga na roldana de tração. A corrente deve entrar e sair suavemente da roldana. Se a

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corrente prender, soltar ou produzir ruído, verificar em primeiro lugar se ela está limpa e corretamente
lubrificada. Se o defeito persistir, verificar as peças nas quais a corrente se encaixa, quanto ao des-
gaste, deformação ou outra avaria.

10.7.1.2 A inspeção da corrente requer a sua prévia limpeza. Examinar visualmente as condições
quanto a estrias, mossas ou entalhes, respingos de solda, corrosão ou deformação de elos. Afrouxar
a corrente e deslocar elos adjacentes para o lado, para inspecionar as faces de contato dos elos
quanto ao desgaste. Se for observado desgaste ou houver suspeitas de alongamento, a corrente deve
ser medida de acordo com as instruções do fabricante da talha. Na falta dessas instruções, proceder
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à medição como indicado a seguir:

 a) selecionar uma extensão da corrente raramente solicitada, por exemplo: na extremidade junto
à ancoragem;

 b) suspender a corrente verticalmente, tencioná-la com uma pequena carga de ordem de 5 %
a 10 % da carga de trabalho e medir um comprimento razoável, se possível de 7 a 11 elos, com
um paquímetro (ver Figura 1);

 c) medir o mesmo número de elos do trecho mais solicitado da corrente, sob as mesmas condições
e calcular o percentual do comprimento.

10.7.2 Substituição

10.7.2.1 A corrente deve ser substituída se ela exceder ao comprimento máximo recomendado pelo
fabricante da talha para um número dado de elos. Na falta desta recomendação, a corrente deve
ser substituídas se o trecho mais solicitado estiver 2,5 %, ou mais, mais longo do que o trecho não
solicitado.

10.7.2.2 Na existência, seja de estrias, mossas, entalhes, defeitos de solda ou elos deformados,
é válido verificar se é procedente a substituição. Uma decisão segura nesses casos depende princi-
palmente do adequado julgamento quanto à extensão e consequência do defeito por pessoa expe-
riente e qualificada.

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t
d1
d2
d1 + d2
dm =
2

Figura 1 – Corrente suspensa verticalmente

10.7.2.3 A nova corrente que for instalada deve ser idêntica em dimensões, tipo e grau (referente
às características do material) à fornecida com a talha, a não ser se que outra recomendação seja
fornecida pelo fabricante da talha em virtude das condições de trabalho diversas das originalmente
previstas.

10.7.2.4 Os elos da corrente, que passam na roldana de tração em sentido vertical, perpendicular
ao eixo, devem ser instalados com as emendas (soldas) para fora da roldana, conforme ilustrado
na Figura 2. Esta precaução é desnecessária nas roldanas livres.

Emenda

Figura 2 – Elos da corrente perpendiculares ao eixo

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10.7.2.5 A corrente deve ser instalada sem qualquer torção entre suas extremidades.

10.7.2.6 Ao instalar uma nova corrente, devem ser demonstradas e inspecionadas, e se necessário
substituídas, as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.

10.7.3 Manutenção

10.7.3.1 A corrente deve ser mantida limpa e livre de oxidação e de qualquer material abrasivo, ou que
possa se acumular alterando o seu módulo ou reduzindo sua capacidade de articulação. O processo
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de limpeza não pode provocar avarias.

10.7.3.2 A corrente articula-se sob altas pressões específicas e deve ser lubrificada de acordo com as
recomendações do fabricante da talha. Na falta dessa recomendação, lubrificar a corrente com óleo
tipo EP, aplicando em pequena quantidade, porém, com muita frequência, visto que o óleo se dispersa
com o uso da talha.

10.8 Corrente de rolos

10.8.1 Inspeção

10.8.1.1 Proceder como indicado em 10.7.1.1.

10.8.1.2 A corrente de rolos deve ser inicialmente inspecionada ainda montada na talha.
Para inspecionar a corrente quanto ao desgaste ou alongamento, proceder de acordo com as instru-
ções do fabricante da talha. Na falta dessas instruções, proceder como indicado nas alíneas da seção
10.7.1.2. Se o alongamento encontrado for maior do que 2 %, a corrente deve ser substituída.

10.8.1.3 Inspecionar a corrente quanto à torção, conforme ilustrado na Figura 3. Se verificado que em
um trecho de 1,5 m da corrente suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão excede 15°, a corrente
deve ser substituída.

10.8.1.4 Inspecionar a corrente quanto à flexão, conforme ilustrado na Figura 4. Se verificado que em
um trecho de 1,5 m da corrente suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão no sentido perpendicular
das articulações excede 6 mm, a corrente deve ser substituída.

10.8.1.5 Uma inspeção mais meticulosa da corrente deve ser feita, removendo-a da talha, limpando-a
com solvente neutro e verificando os seguintes pontos e eventuais defeitos:

 a) pinos frouxos;

 b) rolos presos, que não sejam facilmente girados com os dedos;

 c) articulações que não possam ser facilmente movimentadas com as mãos;

 d) chapas laterais abertas;

 e) corrosão;

 f) estrias, mossas e outras avarias.

10.8.2 Substituição

10.8.2.1 A corrente deve ser substituída caso se apresente fora dos limites de tolerância em qualquer
das construções feitas em 10.8.1.2, 10.8.1.3 e 10.8.1.4.

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10.8.2.2 Na existência de qualquer defeito mencionado em 10.8.1.5, é válido questionar se a corrente


tem condições de uso ou é necessária substituição.

NOTA Uma decisão segura, nesses casos, depende principalmente do adequado julgamento quanto
à extensão e consequências do defeito por pessoa experiente e qualificada.

10.8.2.3 A nova corrente a ser instalada deve ser idêntica à fornecida com a talha quanto às dimensões
e tipo de material, a não ser que outra recomendação seja dada pelo fabricante da talha em virtude
das condições de trabalho diversas das originalmente previstas.
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10.8.2.4 Ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não a torcer, sujar ou danificar, e observar
que ela circula livremente nas roldanas de tração ou livres, se houver. Todas as ligações e terminais
devem ser adequadamente fixados. As instruções do fabricante de talha devem também ser seguidas
em relação à escolha e instalação dos elementos de interligação.

10.8.2.5 Ao instalar uma nova corrente, devem ser desmontadas e especificadas, e se necessário
substituídas, as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.

10.8.3 Manutenção

10.8.3.1 As correntes de rolo devem ser mantidas limpas e livres de oxidação. Correntes excessivamente
sujas podem ser lavadas por imersão em solvente neutro, agitando-as para assegurar-se de que
todas as juntas estejam livres e isentas de corpos estranhos.

10.8.3.2 Tanto em operação como após as limpezas, a corrente de rolos deve ser lubrificada de acordo
com as recomendações do fabricante de talha. Na falta dessas recomendações, a corrente pode ser
lubrificada com óleo automotivo de grau SAE 30-40. Não pode ser aplicada graxa na corrente.

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15°

Figura 3 – Ilustração da inspeção da corrente quando submetida à torção

6 mm
1,5 mm

Figura 4 – Ilustração da inspeção da corrente quando submetida à flexão

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