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Há uns dias fui visitar a malú, depois de semanas sem conversar-mos,

ela respondeu meu e-mail (fato é que muitos preferem conversar pelo “MSN” a
responder a e-mails).
Mas no e-mail ela disse que eu poderia ligar ou visita-la quando
quisesse.
Respondi que a procuraria na próxima semana, mas foi um erro.
Fiquei muito ansioso com o fato de ir vê-la em sua casa, já faz quase 2
anos que não. Não parava de pensar no assunto, e ficava pensando sobre os
assuntos que iríamos conversar (foi difícil me controlar, ficava repetindo
inúmeras vezes que era pra ser natural; fato é que eu não consigo ser
totalmente natural com ela). Mas transcorreu tudo bem.
Ela como sempre tem uma influência imensa no meu controle
emocional, e sempre causa um tremor interior que altera até minha voz. Bom
do nosso relacionamento é que ele é muito abrangente, podemos divagar sobre
assuntos complexos mesmo que não possuímos muita informação,
conseguimos focalizar pontos relevantes e expressar nossas opiniões.
Interessante é que dissimulamos nosso constrangimento mútuo e
começamos á divagar sobre muitas coisas.
Falar sobre política é uma especulação interessante, pois eu gosto do
assunto, porém, ela tirou o título de eleitor á poucos dias. O assunto está
implícito no nosso cotidiano, e discorremos muito em nossa conversa sobre
este tema, mais precisamente da ignorância da massa pelo interesse político.
Um leigo pode discorrer sobre fatos relevantes da política, afinal á informação
chega até nós, mais a maioria não digere o que está ouvindo.
Literatura também é um assunto extenso em nossos diálogos ambos
gostamos muito do ler, mas ela tem um inimigo muito forte, do qual vem
travando uma batalha á muito tempo: “O SONO”. È uma brincadeira que
sempre faço com ela, pois ela sempre fala que “ele” (sono) empeça de fazer
muitas coisas; eu falo que é patológico, mas ela não leva a serio.
Ela expressou suas idéias sobre faculdade, disse que pretende fazer
biologia na USC em Bauru, disse que num sistema de eliminação foi decidido
isso. Apesar de falar-mos sobre diversos assuntos, nossa vida pessoal se
revela em pequenos comentários, nada muito íntimo é perguntado; temos um
acordo tácito sobre á profundidade de certos assuntos, como se fosse
inconveniente á especulação.
Fiquei feliz em saber que ela tem saído com amigos, afinal ela sempre
teve reprimenda de seu pai, e hoje na iminência de usa maioridade ela pode
respirar um ar de liberdade conquistada, em parte por sua mãe; pessoa
distinta que é muito admirável.
O clima estava insinuando que frustraria essa visita, e isso me intrigou
em demasia, pois ficaria hesitante em marcar á visita um outro dia, pois
estava muito ansioso e não sei se conseguiria fazer isso de novo. Mas ocorreu
tudo.
Acabou chuviscando depois e aconteceu um fato engraçado, ela
perguntou se eu queria entra; foi estranho, pois eu hesitei por duas vezes,
acho que o motivo era que ficaria muito constrangedor para mim se o pai dela
chegasse, e me visse lá sentado na sua área com sua filha, é piegas este tipo
e preocupação, mas eu o vi duas vezes, e fiquei muito intimidado com sua
postura; não que denotasse alguma coisa, mas fiquei acanhado com sua
presença.
Acabei cedendo, pois seria piegas não aceitar (apesar de ainda ficar
constrangido com o fato de estar lá), enquanto ela me falava ficava perdido em
sua imagem; não simplesmente pela imagem em si, e sim pelo que
representava não que eu soubesse totalmente seu significado, mas é essa
ignorância que me cativa.
Enquanto falava, percebi algo que me despertou á atenção, o jeito que
me olhava, como no tempo em que nós nos conhecemos, parece bobagem
mais é que já faz 3 anos e a perspectiva dificilmente passa incólume pelo
transcorres dos dias.
Ela me fez prometer procurá-la em breve; Fiquei muito feliz com essa
visita, foi tudo muito bem.
Espero poder visitá-la mais vezes.

21/01/2006

JULIUS

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