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DOUGLAS HIDEKI NAKAHATA

JÉSSICA PEREIRA GONÇALVES


RAFAEL EIJI SAITO

DIÁLISE E DIFUSÃO DOS GASES

Relatório apresentado à
disciplina de Físico-Química
Experimental, referente ao curso de
Química Tecnológica com Ênfase em
Química Ambiental, ministrada pela
Profa. Dra. Christiane Philippini Ferreira
Borges. Data de entrega: 20/04/2011.

PONTA GROSSA
2011
1. OBJETIVOS

Demonstrar o fenômeno de diálise utilizando solução de amido e NaCl.


Demonstrar a veracidade da lei de Graham de difusão e efusão dos gases amônia
(NH3) e o cloreto de hidrogênio (HCl).

2. INTRODUÇÃO

2.1. Difusão e efusão

De acordo com a teoria cinética molecular, a energia cinética média de qualquer


2
conjunto de gases, mv /2 , tem um valor específico em uma dada temperatura.
Assim, gases de baixo peso molecular terão a mesma energia cinética média que aqueles
compostos por partículas mais pesadas, dado que os dois gases estejam na mesma
temperatura. Consequentemente, as partículas do gás mais leve terão uma velocidade
média quadrática, v muito maior que as partículas do gás mais pesado. A equação
seguinte ilustra esse fato quantitativamente: [1]

3 RT
v=
√ M

A Figura 1.1 ilustra a distribuição de velocidades de diversos gases, a 25 oC.

Figura 1.1. Efeito da massa molecular na velocidade. [1]


A dependência das velocidades dos gases com sua massa origina fenômenos
como a efusão, a qual é o escape de moléculas gasosas através de um pequeno orifício a
um espaço a vácuo. O segundo fenômeno é a difusão, que é o espalhamento de uma
substância através do espaço ou através de uma segunda substância. [1]
Thomas Graham (1805-1869), um químico escocês, definiu uma relação
quantitativa entre a densidade e a taxa de difusão dos gases, conhecida como lei de
difusão de Graham. [1]
A lei diz que “a taxa de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz
quadrada de sua densidade”: [2]
1

√d

As taxas comparativas de difusão de dois gases são inversamente proporcionais


às raízes quadradas de suas densidades:
D1 d
D2
α 2
d1 √
Para substituir a proporcionalidade pela igualdades, adiciona-se uma constante k,
a qual é eliminada devido à razão entre as duas diferentes taxas, portanto:
D1 d2
D2
=
√ d1

Como a densidade é diretamente proporcional à massa molecular:


D1 d2 M2
D2
=
d1√ √
=
M1

Pode-se deduzir esta última expressão a partir daquela obtida pela teoria
cinética, pois:
D1 v 1 3 RT / M 1 M2
= =
D 2 v2 √
3 RT / M 2
=
M1 √
Da lei de Graham, espera-se que moléculas com massa molecular elevada terão
velocidades de difusão menores que moléculas com massa molecular baixa. [2]
2.2. Diálise

O processo de separação de íons de uma substância coloidal através de uma


membrana semipermeável é chamado de diálise. Os íons, por serem menores, passam
pela membrana, mas o colóide não. [1]
A diálise é utilizada para purificar o sangue em máquinas de hemodiálise. Os
rins geralmente removem do sangue os produtos residuais do metabolismo. Numa
máquina de hemodiálise, o sangue é circulado através de um tubo dializante imerso
numa solução de lavagem. Esta contém as mesmas concentrações e tipos de íons do
sangue, mas não possui as moléculas e íons residuais do metabolismo. Estes resíduos,
através da diálise, saem do sangue, mas as grandes partículas coloidais, como as
proteínas, não o fazem. [1]

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1. Materiais e reagentes

- Proveta de 100 mL;


- 8 tubos de ensaio;
- Estante para tubos de ensaio;
- Membranas de diálise;
- Solução de amido solúvel 1%;
- Solução de NaCl 5%;
- Tubo de vidro;
- Suporte universal;
- Garras metálicas;
- 2 rolhas furadas;
- Algodão;
- Régua;
- HCl concentrado;
- NH3 concentrada.

3.2.1. Diálise
Umedeceu-se e lavou-se previamente a membrana dialisante em água destilada
para a limpeza da mesma. Colocou-se em seu interior 10,0 mL de solução de amido e
10,0 ml de solução de cloreto de sódio, fechando-a cuidadosamente com um grampo;
Este sistema foi-se colocado em uma proveta cheia de água, para que houvesse o
contato da membrana com o líquido exterior da proveta;
Testou-se a passagem das substâncias de cloreto de sódio e amido através da
membrana de diálise, com soluções de nitrato de prata e de Lugol;
Os testes foram feitos de acordo com a Tabela 3.1, para cada tubo:

Tabela 3.1. Testes realizados no experimento.


Tubos Amostra Lugol AgNO3
1 1,0 mL de água 2 gotas -
destilada
2 1,0 mL de água - 2 gotas
destilada
3 1,0 mL de sol. de 2 gotas -
amido
4 1,0 mL de NaCl - 2 gotas
5 1,0 mL de 2 gotas -
dialisante (após 15
min.)
6 1,0 mL de - 2 gotas
dialisante (após 15
min.)
7 1,0 mL de 2 gotas -
dialisante (após 30
min.)
8 1,0 mL de - 2 gotas
dialisante (após 30
min.)

3.2.2. Difusão
Montou-se um sistema, no qual um tubo de vidro é preso, com o auxílio de um
suporte universal por meio de uma garra metálica, e onde são adaptadas duas rolhas
furadas nas extremidades;
Preencheu-se o orifício das rolhas com um pequeno pedaço de algodão, de
mesmo tamanho, para as duas rolhas;
Retiraram-se as rolhas e pingaram-se seis gotas de hidróxido de amônio e ácido
clorídrico concentrado em cada pedaço de algodão já reservado;
Colocaram-se as rolhas simultaneamente nas extremidades do tubo;
Iniciou-se a contagem do tempo a partir do início da colocação das rolhas, tendo
o seu término com a formação de um anel de névoa branca nas paredes internas do tubo;
Mediu-se a distância do anel até a extremidade de cada algodão;
Lavou-se o tubo e repetiu-se este mesmo procedimento descrito por mais duas
vezes.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Diálise

A diálise é a separação de colóides de íons dissolvidos ou moléculas de


pequenas dimensões, que geralmente têm o tamanho de 10 -7 centímetros variando de 10
-3
cm, em uma solução, A is any substance that is made of particles that are of an
-7
extremely small size: larger than atoms but generally have the size of 10 cm ranging
-3
to 10 cm.A is a substance that has some or all of the properties of a crystal or a
substance that forms a true solution and diffuses through a membrane by dialysis.e se
difunde através de uma membrana de diálise, podendo ser comparada com um processo
de osmose. Osmosis is the process in which there is a diffusion of a solvent through a
semipermeable membrane. A osmose é o processo no qual há uma difusão de um
solvente através de uma membrana semipermeável. [3]
Para realização do experimento de diálise, umedeceu-se previamente em água
destilada a membrana semi-permeável, e lavou-a com bastante água, colocou-se então
em seu interior cerca de 10mL de solução de amido e 10mL de solução de NaCl. Após
fechada cuidadosamente esta membrana foi introduzida em uma proveta de 100mL
contendo água destilada, como mostra a Figura 4.1 abaixo:
Figura 4.1. Esquema montado para observar a diálise. [4]

Quando uma mistura coloidal está localizada no interior de uma membrana


semipermeável, que é então é colocada em uma solução aquosa ou água pura, os íons e
pequenas moléculas dissolvidos estão autorizados a passar por essa membrana. Isso faz
com que partículas coloidais não ultrapassem a membrana, pois não são capazes de
passar através dos pequenos poros da membrana, caso esta se encontre em bom estado
de conservação (sem furos).This causes colloidal particles to stay in the membrane,
because these particles are unable to pass through the small pores of the membrane.
O supracitado pode ser ilustrado pelas Figura 4.2 abaixo:

Figura 4.2. Processo de diálise. [5]

A ilustração a esquerda mostra o processo de diálise enquanto que a ilustração a


direita mostra um recorte ampliado do processo analisado, onde a partícula roxa
representa a molécula de amido e a partícula verde representa os íons sódio e cloreto.
A diálise não é um processo rápido, e sua taxa depende da desigualdade da
velocidade de difusão entre os cristalóides (íons) e os colóides e também da diferença de
tamanho entre as partículas. Por este motivo, o experimento foi observado durante 30
minutos, sendo os aspectos verificados duas vezes, a cada 15 minutos. [5]
Entretanto a olho nu, observou-se que em ambas verificações a solução do
interior da membrana, mostrou-se turva, semelhantemente como estava no início do
experimento.
Portanto, para verificação do sucesso do procedimento, lançou-se mão de testes
realizados com: a solução do interior da proveta, solução de lugole solução de nitrato de
prata (AgNO3). Os testes foram realizados de acordo com a Tabela 4.1 abaixo, as
observações verificadas:

Tabela 4.1. Resultados do experimento.


Tubos Amostra Lugol AgNO3 Observações
1 1mLágua destilada 2 gotas - Amarelo-acastanhado
2 1mL água destilada - 2 gotas Não mudou de cor
3 1mL sol Amido 2 gotas - Solução azul (complexo)
4 1mL sol. NaCl - 2 gotas Precipitado branco
5 1mLdialisante (após 2 gotas - Solução esverdeada
15 min)
6 1mLdialisante (após - 2 gotas Solução branca com
15 min) precipitado branco
7 1mLdialisante (após 2 gotas - Solução esverdeada
30 min)
8 1mLdialisante (após - 2 gotas Solução branca com
30 min) precipitado branco
Os tubos 1, 2, 3 e 4 foram utilizados como brancos, para comparações.

O tubo 1, continha apenas água destilada e solução de lugol (iodeto), esta se


mostrou amarelo-acastanhado. A solução de iodo em iodeto aquoso tem uma cor
amarela intensa a castanha. Uma gota da solução de iodo 0,1 M transmite uma cor 
amarelo-pálida perceptível em 100 mL de água.
O tubo 2, continha apenas água destilada e a adição de AgNO 3, não provocou
alterações na coloração, houve somente uma diluição da solução de AgNO3.
Ao tubo 3, que continha solução de amido foi adicionado lugol, ocorreu
instantaneamente a formação de uma solução azul intenso, devido a formação do
complexo de amido-iodo. [6]
Moléculas de alto peso molecular (como a amilose e a amilopectina) podem
sofrer reações de complexação, com formação de compostos coloridos. Um exemplo é a
complexação da amilose e da amilopectina com o iodo, resultando em complexo azul
(verificado no tubo 3) e vermelho-violáceo, respectivamente. A Figura 4.3 abaixo
esquematiza a interação do iodo com a estrutura do amido: [6]

Figura 4.3. Complexo iodo-amilose. [6]

O complexo esquematizado apresenta coloração azul intensa, desenvolvida pela


oclusão (aprisionamento) do iodo nas cadeias lineares da amilose, o aprisionamento do
iodo dá-se no interior da hélice formada pela amilose. Como a amilopectina não
apresenta estrutura helicoidal, devido à presença das ramificações, a interação com o
iodo será menor, e a coloração menos intensa. [6]
Ao tubo 4, que continha solução de NaCl foi adicionada solução de AgNO 3, a
solução antes incolor mostrou-se então esbranquiçada e notou-se a formação de um
precipitado branco o AgCl, ocorreu a seguinte reação:
AgNO 3( aq )+NaCl( aq )→ AgCl( s )+NaNO 3( aq )

Aos tubos 5 e 7, que continham solução de dialisante, foram adicionados solução


de lugol, após 15 minutos (referente ao tubo 5) e 30 minutos (referente ao tubo 7).
Notou-se que em ambos os tubos a solução antes incolor mostrou-se esverdeada
após a adição de solução de lugol. O que não se mostra coerente com o esperado, pois
esta observação infere que houve uma pequena passagem de moléculas de amido pela
membrana semi-permeável, pois em excesso de iodo a cor da solução que contém
aproximadamente 1mL de solução de amido (0,1 % em água) é verde; quando diminui a
concentração de iodo, a cor muda para azul, observada no tubo 3. [6]
Aos tubos 6 e 8, que também continham solução de dialisante, foram
adicionadas gotas de solução de AgNO3, após 15 minutos (referente ao tubo 6) e 30
minutos (referente ao tubo 8).
Notou-se que em ambos os tubos a solução também antes incolor mostrou-se
esbranquiçada e formou-se um precipitado branco, correspondente ao AgCl que é
insolúvel em água, de acordo com a reação :
AgNO 3( aq )+NaCl( aq )→ AgCl( s )+NaNO 3( aq )

Portanto verifica-se que ocorreu a passagem de NaCl pela membrana, ou seja,


ocorreu diálise do NaCl após 15 minutos e após 30 minutos a formação de precipitado
foi maior, o que significa que com o tempo o processo de diálise do NaCl foi maior.

4.2. Difusão de gases

Foram anotados o tempo e as distâncias necessárias para a formação do anel


branco no tubo, devido à reação entre os dois gases:
HCl( g)+NH 3 ( g) →NH 4 Cl( s)

Uma análise inicial permitiu prever que o anel se formaria próximo à

extremidade do tubo contendo HCl , uma vez que esse possui uma massa molecular

maior que a de
NH 3 . A distância da extremidade do HCl até o anel formado foi

chamada de d1 e a da
NH 3 até o anel foi chamada de d 2 . Os dados

experimentais estão na Tabela 4.2.


Tabela 4.2. Dados obtidos no experimento.
Ensaio Comprimento d 1 (cm) d 2 (cm) Tempo (s)
do tubo
utilizado (cm)
1 72,2 23,7 48,5 331
2 70,3 28,8 41,5 276
3 72,2 26,8 45,0 320

Com estes dados foram obtidas as velocidades de cada gás em cada ensaio:
Ensaio 1:
d1 d2
v HCl= v NH =
t 3 t
23 , 7 cm 48 , 5 cm
v HCl= v NH =
331 s 3 331 s
−1 −2 −1
v HCl=0 ,0716 cm . s =7 ,16 . 10 m. s
−1 −2 −1
v NH 3=0 ,146 cm. s =14 , 6 .10 m . s

Ensaio 2:
d1 d2
v HCl= v NH =
t 3 t
28 , 8 cm 41 ,5 cm
v HCl= v NH =
276 s 3 276 s
−1 −2 −1
v HCl=0 ,104 cm. s =10 , 4 .10 m. s
−1 −2 −1
v NH 3=0 ,150 cm . s =15 ,0 . 10 m. s

Ensaio 3:
d1 d2
v HCl= v NH =
t 3 t
26 ,8 cm 45 , 0 cm
v HCl= v NH =
320 s 3 320 s
−1 −2 −1
v HCl=0 ,0838 cm . s =8 , 38 .10 m. s
−1 −2 −1
v NH 3=0 ,141 cm . s =14 ,1 .10 m. s

Pode-se calcular as velocidades médias para ambos gases:

7 ,16.10−2 m.s−1 +10 ,4 .10−2 m .s−1 +8 , 38.10−2 m.s−1


v HCl=
3
−2 −1
v HCl=8,6. 10 m . s
−2 −1 −2 −1 −2 −1
14 , 6.10 m . s +15 , 0 .10 m . s +14 , 1 .10 m. s
v NH =
3 3
−2 −1
v NH 3 =14 , 6 .10 m . s

Os valores de referência são aqueles obtidos pela lei de Graham:


D1 M2
D2
=
M1 √
−1
Sabe-se que, para o HCl , a massa molecular é de 36,5 g.mol e para

NH 3 , a massa é de 17,0 g.mol−1 . Logo:

D HCl M NH 3
D NH 3
=
M HCl √
D HCl 17 , 0 g .mol−1
D NH
3
=

36 , 5 g . mol
−1

D HCl
=0 ,682
D NH 3

Para os valores obtidos no experimento:


D HCl 8,6 . 10−2 m. s−1
=
D NH 14 , 6 . 10−2 m. s−1
3

D HCl 8,6 . 10−2 m. s−1


=
D NH 3 14 , 6 . 10−2 m. s−1
D HCl
=0 ,59
D NH 3

Percebeu-se uma diferença nos valores, que pode ser estimada utilizando o erro
relativo percentual:
V −V
Erel % =| exp teórico|x 100
V teórico
0,59−0,682
Erel% =| |x100
0,682
Erel % =13 %

Nota-se que o erro foi relativamente baixo, uma vez que o estudo é apenas
qualitativo, pois a lei de Graham se aplica apenas a gases com comportamento ideal ou

próximo ao ideal. Na prática, foram utilizados vapores de HCl e


NH 3 , o que
restringiu o experimento a uma análise qualitativa.
Devido às colisões moleculares (e, consequentemente, às interações
intermoleculares), a direção de movimento de uma molécula gasosa está constantemente
mudando. Assim, a difusão de uma molécula de gás de um ponto a outro consiste em
vários segmentos de linha curtos conforme as colisões acontecem em direções
aleatórias, conforme ilustrado na Figura 4.4. [1]

Figura 4.4. Difusão de apenas uma molécula de gás. [1]

Este tipo de comportamento desvia o comportamento dos gases do ideal,


resultando nas diferenças entre os valores experimentais e teóricos da lei de Graham.
No experimento, o tubo de gás era vedado pelos dois lados pelas rolhas, com o
intuito de impedir o fluxo de ar e diminuir o elevado grau de movimento aleatório

apresentado pelas moléculas de HCl e


NH 3 .
Além do fato de que os gases utilizados não possuíam comportamento ideal,
outra fonte de erro no experimento foi a dificuldade de verificar a formação do anel de
NH 4 Cl , que era muito discreto, resultando em erros na medida do tempo.

5. CONCLUSÃO

Pôde-se concluir que houve a diálise tanto do NaCl, verificado pela formação de
precipitado branco (AgCl), quanto de moléculas de amido, esta última que não era
esperada, verificada pela coloração esverdeada apresentada pela solução de dialisante
após a adição de lugol, e isto pode ser justificado pela possível existência de furos na
membrana semi-permeável além de seus próprios poros.
Verificou-se o caráter qualitativo da Lei de Graham na estimativa da relação
entre as velocidades de dois gases. Foi notado que, apesar de o resultado ter se desviado
daquele esperado pela lei, o valor teve coerência física, mesmo sendo utilizados apenas

os vapores de HCl e
NH 3 .

6. RESPOSTAS DAS QUESTÕES PROPOSTAS

a) O que é diálise?

A diálise é a separação de colóides de íons dissolvidos ou moléculas de


-7
pequenas dimensões, que geralmente têm o tamanho de 10 centímetros
-3
variando de 10 cm, em uma solução, A is any substance that is made of
particles that are of an extremely small size: larger than atoms but generally
-7 -3
have the size of 10 cm ranging to 10 cm.A is a substance that has some or
all of the properties of a crystal or a substance that forms a true solution and
diffuses through a membrane by dialysis.e se difunde através de uma membrana
de diálise, podendo ser comparada com um processo de osmose. Osmosis is the
process in which there is a diffusion of a solvent through a semipermeable
membrane. A osmose é o processo no qual há uma difusão de um solvente
através de uma membrana semipermeável. [3]
b) Cite algumas utilidades experimentais da diálise.

A diálise é utilizada para purificar o sangue em máquinas de hemodiálise,


remoção de impurezas de soluções contendo macromoléculas, e também o
processo de osmose realizado pelo corpo humano. [3],[5]

c) Quais das substâncias da prática, amido e NaCl, conseguiram passar pela


membrana de diálise? Por quê?

Nesta prática usualmente a substância que consegue passar pela membrana de


diálise são os íons do NaCl, pois estes possuem pequenas dimensões ao
contrário das moléculas de amido. Entretanto, durante a prática verificou-se
também a diálise de pequena porcentagem de moléculas de amido, cogitando-se
assim, a possibilidade da existência de furos na membrana semi-permeável.[5]

d) Que diz a Lei de Graham de difusão dos gases?

A lei diz que “a taxa de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz


quadrada de sua densidade”.[2]
Portanto, da lei de Graham, espera-se que moléculas com massa molecular
elevada terão velocidades de difusão menores que moléculas com massa
molecular baixa. [2]

e) Qual dos gases do experimento (HCl e NH3) teve maior velocidade? Qual a
observação experimental que comprovou isso?

O gás que mostrou maior velocidade foi a amônia (NH 3). A observação
experimental que pode comprovar tal fato, foi que a formação do anel
brancoreferente ao cloreto de amônio (NH4Cl) ocorreu mais próximo do lado do
tubo que continha gás de HCl além do maior espaço percorrido no tubo de vidro
no intervalo de tempo considerado.
f) Como a diferença na difusão de gases pôde ser utilizada para o enriquecimento
de urânio no isótopo radioativo? (ver livro de Ricardo Feltre, volume três,
Físico-química).

O UF6 é um composto usado para o enriquecimento de urânio, isto é, o


aumento da concentração de átomos do isótopo radioativo de urânio num dado
material. [7]
235
O problema é que a quantidade de U é muito pequena: o urânio natural
238 235
é composto de 99,28% U e 0,72% U sofrem fissão nuclear, é necessário
concentrá-los. [7]
Todo processo é denominado enriquecimento do urânio, e é uma etapa
fundamental para dominar a tecnologia da energia nuclear. Como todos os
outros hexafluoretos (exceto o XeF6), o UF6, tem estrutura octaédrica, com fortes
ligações covalentes dentro da molécula, mas forças fracas de Van der Waals
entre moléculas vizinhas. Assim, UF6, tem baixo ponto de ebulição, baixo ponto
de fusão e é extremamente volátil e por isso pode ser usado como um gás para a
separação dos isótopos. Mais de 90% do urânio enriquecido é obtido por difusão
gasosa ou ultracentrifugação gasosa do UF6. Porém, como a diferença de massa
235 238
entre as moléculas de UF6, com U e U é muito pequena (apenas 3 u ou
0,8%), o processo é muito trabalhoso. [7]
Na difusão gasosa, o gás UF6 é forçado a se difundir, sob pressão, através
235
de membranas porosas. As moléculas mais leves de UF6, difundem-se
238
ligeiramente mais rápido do que as moléculas de UF6. À medida que o gás se
move, os dois isótopos são separados, aumentando (enriquecendo) a
235 238
concentração de U e diminuindo (esgotando) a concentração de U. O
processo supracitado é ilustrado pela figura abaixo: [7]
Figura 6.1 Diagrama ilustrando o principio básico de enriquecimento de
urânio por uma centrifuga a gás [7]

g) Um certo volume de gás produzido por algas fotossintetizantes levou 3,85 min
para escoar por um pequeno orifício. Sob precisamente as mesmas condições,
igual volume de argônio levou 4,30 min. Calcular a massa molar do gás
desconhecido e sugerir que gás pode ser.

d1
v1 t1 M2
=
v2 d2
t2
=
√ M1

Como d 1 =d 2 , tem-se:
t2 M2
t1
=

M1

Logo,

M2
3 , 85
=

4 , 30 39 , 95
(5 ,659 )2 =( √ M 2 )2
M 2=32 , 02 g . mol−1

Cogita-se que o gás desconhecido seja o oxigênio.


h) Uma cultura anaeróbia de uma bactéria, isolada de esgoto, libertou um gás
inflamável durante o crescimento. Uma amostra pura deste gás levou 4,91 min
para escoar através de um orifício minúsculo. Sob idênticas condições de
temperatura e pressão, igual volume de nitrogênio levou 6,50 min para escoar
através do mesmo orifício. Calcular a massa molar do gás inflamável e sugerir
que gás poderia ser.

6 , 50 28 ,02
4 , 91
=
√M1
(3 , 998)2 =( √ M 1 )2
M 1=15 , 98 g . mol−1
Cogita-se que o gás desconhecido seja o metano CH4.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] BROWN, T. L. Chemistry – The Central Science. 11a ed. United States of America:
Pearson Education, Inc., 2009.
[2] <http://www.citycollegiate.com/grahams_lawXI.htm> Acesso em 16/04/2011.
[3]ATKINS, P.Physical Chemistry. 5a ed. Oxford: Oxford University Press, 1994.
[4] SADAVA, L.Life The Biology Science. New York:WH Freeman and Company,
2007.
[5] <http://www.britannica.com/eb/article-9030259.>Acesso em 18-04-2011
[6]<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.htm>.
Acesso em 18-04-2011
[7]< http://www.chm.bris.ac.uk/motm/uf6/uf6j.htm> Acesso em 18-04-2011

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