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MagiadoFogo MartinsOliveira PDF
MagiadoFogo MartinsOliveira PDF
agía do Fogo
O homem pode suportar as m aiores tem-
peraíuras e até, a 1510 graus,
banhar-se em ferro fu n d id o !
19 4 2
i l V R A R I A P R O G R E D I O R - E ditora
158, Rúa de Passos M anuel, '6 2 - Pòrto
DO M ESM O AU TO R
E m portugués s
O rei das diabruras — 1917 (esgotado)
O ilusionista, 2 toI. — 1921
Inaudismo científico — 1924
Recreafoes científicas — 1925 (esgotado)
Recreares científicas (excerto) — 1925
Os grandes perigos do hipnotismo — 1925 (esgolado)
Mundo científico, 3 vol. — 1925-26
Blacaman e os seus trucs — 1926
Marte é habitado? — 1926 (esgotado)
A astrologia é urna ciencia ? — 1927 (esgotado)
Descoberta do planeta Plutáo — 1930 (esgotado)
Como se calculam as fases da Lúa (até ao ano 3.000)—(1930)
Os filtros de amor e a ciencia, 2 yol. — 1936 (2.a edifao)
Khronos — 1940
Magia teatral — 1940
Magia do fogo — 1942
E m francés :
Inaudisme scientifique — 1924
Le monde occulte — 1924 (esgotado)
Em e sp a n h o l:
Educación científica de la voluntad — 1912 (esgotado)
Instrucción y recreo — 1912 (esgotado)
E l gran diablo — 1914 (esgotado)
T rad u ce s:
O vingador — 1925 (esgotado)
As duas irmás — (esgotado)
O atleta invencível — 1926 (esgotado)
Como nasceu a piromagia
M, O,
PRIMEIRA PARTE
II
Ili
A prova do fogo
Em tempos, felizmente bem distantes do nosso,
existia no Oriente um processo «infalivel» de distinguir
o eleito do réprobo. Consistía na «prova do fogo» e na
realizaçâo de «milagres». A primeira, satanicamente
dolorosa até ao martirio aniquilador da morte, mostrava
à turba ignorante e perversa o «pecador» mergulhado
em trevas, que era indispensável esclarecer e purificar
pelo fogo ; os segundos, de urna espectaculosidade que
fazia vergar à idolatria, impunham-se pela majestade
aparentemente divina das suas práticas sobrehumanas e
davam origem a concepçôes fantásticas de admirativo
respeito e de religioso acatamento dos que nâo possuiam
ainda, em grau suficientemente elevado, a sublime facul-
dade de pensar.
Os brahmanes primitivos e ainda muitos dos actuais
crêm em milhôes e milhôes de deuses, porque imaginam
que os livros sagrados dos Vedas garantem que sâo di-
vindades os elementos e as coisas. A idolatria é, pois,
facto naturalissimo entre êles, especialmente há séculos,
quando os próprios animais de sangue branco tinham
honras de divindades, Hoje, porém, há na Ìndia, como
em tôda a parte, homens inteligentes e cultos. Existe
mesmo naquele pais de maravilha urna classe de sábios
hindús, cujo saber, em ciéncias naturais, por exemplo,
ultrapassa era alguns séculos o dos sábios da Europa.
2
18 - MAGIA DO FOGO
*
* #
Cremagáo oriental
O delirio do braseiro
A uma ordem do «cheik», chefe supremo dos
’«mevlevis», os «derviches», semi-doidos, penetram no
recinto sagrado e saltam para cima do braseiro, que
atravessam vertiginosamente, a pés ñus, com profundo
desprês© pela dôr. A multidáo, a um gesto do «derfí'
che-pachá», invade também o recinto do martirio e, coffl°
VI
Hipóteses e conjecturas
S3o muitos os livros, especialmente em francés,
inglés e alemao, que nos descrevem as maravilhas
observadas no Oriente e atribuidas, sem o menor ali-
cerce que se imponha, a certas faculdades especiáis dos
mendigos que se exibem ñas grandes pravas da índia,
Em nenhum déles, porém, é possível encontrar nem
mesmo o esbógo de urna explicado lógica dos factos —
fora do terreno puramente conjectural da concepto so
brehumana.
Ducret, para citar só um autor, apresenta-nos um
trabalho mágnificamente ilustrado e de uma riqueza des-
critiva que se pode qualificar de verdadeiramente admirá-
vel, M a s , . , só nos dá «efeitos» e, mesmo assim,
deturpados consciente ou inconscientemente pela sua
im aginado de poeta das idéias. O facto, vulgaríssimo
em escritores que sacrificam a verdade á beleza do es
tilo, nao deve surpreender-nos, pois é notoria a dificul-
dade com que se luta para se manter o equilibrio dn
belo, sem sairmos da rigidés, por vezes demasiado árida,
que impóe ao observador uma describo exacta. Só um
Flammarion, com o seu genio prodigioso, seria capaz de
nos descrever, com fidelidade e formosura, as supostas
maravilhas que jornalistas e escritores se limitam a
colorir. Mas o grande lírico do céu nunca foi ao Oriente
e, por essa razSo, nunca nos descreveu as exibifoes dos
fakires.
Claro que n3o ponho inteiramente em dúvida as
magníficas descrigoes de Etienne Ducret. Acuso-o ape*
nas de fantasista e de exagerar consciente on in'
MAGIA DO FOGO - 39
V II
*
*
*
* *
*
* *
Vili
5
66 _
MAGIA DO FOGO
IX
(1) Tenho razóes, que mais adiante focarei, para nao crt*
sem demonstrado em contràrio, na suposta ignorànria de
mentini.
MAGI A DO FOGO - 69
Os devoradores de pedras
e de vidros
XI
Os aïssaua de 1889
* *
X II
Cenas de sangue
0 ambiente pode, em certos casos, impor-se a tal
ponto & consciéncia, que a raz5o, dominada brutalmente
pelo «meio», fica á mercé das sensagoes exteriores —
os exageradas até ao infinito por sugestoes mentáis incons
ac cientes que destróem totalmente as faculdades de análise.
o t Se a causa do fenómeno — a vontade de apreens3o
telo partisse do interior para o exterior, a influéncia do
es- <meio» só agiria solicitada. Como, porém, a consciéncia,
in 00 Presente caso, obra em lugar secundário e, portanto,
:f» °ao itnpoe a sua vontade ao exterior, mas, pelo contrá-
ssi- °i é subjugada por éle, os factos passam-se de forma
i» divi
ersa e o observador sente-se escravizado pelas in-
£6$ fluéncias de ambiència (1).
)bs-
¡¡ri (1) A fenomenología da apreensao dos sentidos, assim
como
. as suas respectivas leis, acham-se cientificamente descritas
paí- 15 a 26 de «Magia Teatral»—Livraria Progredior, Editora,
84— MAGIA DO FOGO
XIII
X IV
Elevagào do aì'ssaua
0 título «Elevagào do a'issaua» pode levar o leitor
que abra o livro nesta parte, a fazer hipóteses que me
desagradara, porque se prestam, após a leitura do texto
respectivo, a urna censura que nào merego, De facto,
quem abrir o livro nestas páginas supoe, a julgar pela
epígrafe do trabalho, que vai estudar nas poucas linhas
que seguem algum segrédo de levitagSo. Ora eu, como
disse na primeira parte desta obra, nao posso sair da
pirotnagia, porque foi èsse o plano que tracei ao iniciar
o livro e n2o disponho de espago para digressSes a ou-
tros sectores do vasto campo do ilusionismo, Se, por ve
zes, me desvio um pouco da magia ígnia, o facto deve-se
«penas a ter feito, em páginas anteriores, a solene pro*
messa de explicar em síntese os «efeitos» que des-
crevi a propòsito das exibigóes dos a'íssaua.
Estou, pois, a desempenhar-me de urna obrigagSo
que assumi e n5o a invadir o terreno d a , . . «Magia do
Oriente».
E agora, já tranqiiílo sòbre as conjecturas que
possam fazer os leitores que n5o tém o magnifico
hábito de comegar as coisas pelo principio, posso, enfim,
referir-me, sem perigo de más interpretagSes, à «Eleva
l o do alssaua»,
0 artista esquelético e falho de fórgas estende a sua
m3o direita — palma para cima — sòbre urna mesa
robusta. Um outro aissaua, nutrido e forte, amparado por
°nco colegas para nào perder o equilibrio, pòe os pés
lontos em cima da mSo e esta, sem o menor esfórgo
^Parente, eleva no espago o gordanchudo personagem.
90 - MAGIA DO FOGO
XV
XVI
XVII
F ig . 8 - A ïs s a u a e n g o lin d o u rn a espada
XVIII
Fascinagáo de serpentes
coelhos, aos gatos, aos c2es, ás galinhas, etc,, urna tal re-
gidez cadavérica e urna imobilidade tam estranha que,
por vezes, chegam a duvidar que o gélo da morte n5o
tenha afastado a vida daqueles corpos inertes, S á o «le-
vantamento» a que procede momentos depois os con
vence de que os animalitos nSo tinham deixado de exis
tir ! A fascinado, que se confunde com os pródromos
dos estados profundos, como sucede no sugestivo, é quási
impossível nos animais inferiores sem instrumental físico,
O tam-tam, certos sons agudos e fortes, os objectos muito
brilhantes e até a sensagao do frió, imobilisa-os parcial
mente, mas o «truc» é fácil de descobrir e os fakires
amam o mistério,
Em face do exposto, somos forjados a concluir que
a explicado do fenómeno é outraf visto nenhuma da*
quelas solucionar o problema*
Podia, se quisesse, apresentar-lhes aquí os auténti
cos processos de que se servem os fakires e os alssaua
para obterem os maravilhosos efeitos que descrevo.
Prefíro, porém, revelá-los em «Magia do Oriente» e. de
momento, dar a palavra ao coronel de Neveu, explora
dor internacionalmente conhecido e amador dos mais
ilustres, a quem a ciéncia da ilusSo deve c r ia d es notá‘
veis,
Eis o que éle nos ensina no seu magnífico livro i
«Sur les Ordres religieux chez les Mussulmans de l’Al-
gérie» :
« N ó s conseguimos, por vezes, mercé de m ano bras
hábeis, convencer os aissaua a extbirem-se ñas nossas
próprias casas, para onde éles se fazem a c o m p a n h a r de
tó d a a «ménagerie». E assim é f á c il a qualquer de nós
constatar o lógro, pois todos os répteis que éles n<>5
apresentam como sendo tremendas víboras (lefá), tá»
MAGIA do f o g o - 103
X IX
»
XX
íf
* *
XXI
* *
X X II
O segrédo de Martinez
Todos sabem, pelo menos todos aquéles que por via
a Prática ou da teoria conhecem a fundo o calórico e
ís feis da sna condutibilidade, que o corpo humano, con-
Ten'enteraente vestido, pode suportar exteriormente as
°^ls levadas temperaturas. Com um pouco de treino, é
5,e Possível aguentar mais de cento e cinqüenta graus
^ im° que estejamos quási ntís. O que se exige é que
0 taja a menor humidade, porque, se a houver, o va-
114. - MAGIA DO F O GO
X X III
Métodos modernos
Hoje, porém, é fácil entrar dentro de um forno,
mesmo que nao exista a tal corrente de ar.
Ora esíudemos um pouco as leis do calórico e da
sua condutibilidade :
Se arranjartnos um recipiente de papel, sem rugas,
como um hemisferio de cartolina, por exempo, e dispu-
sermos de um pedacito de chumbo, poderemos realizar
ama experiéncia — que derramará muita luz sóbre o que
eu desejo que os meus leitores percebam. Todos sabem
que o papel se inflama rápidamente ao contacto de qual-
quer chama de inferior temperatura; ninguém ignora,
por outro lado, que o chumbo só cometa a fundir-se a
uns 327 graus ceatígrados. Pois bem. Se colocarmos o
nosso pedacito de chumbo no recipiente de papel e pu-
sermos depois éste em contacto directo com a chama, o
chumbo fundir-se-á, sem que o papel se queime !
Mas há mais — e infinitamente mais interessante :
$e o recipiente é vasto e a quantidade de chumbo ra-
zoavel, o metal comega a fundir-se ao mesmo tempo que
a temperatura do líquido desee. Mas, antes de prosse-
Üutrmos, tentemos compreender o fenómeno: no pri-
®eiro caso, o calórico nao destrói o papel, porque éle é
®au condutor e concentra-se apenas no metal. Assim, se
^ ar®os num len^o de séda e o repuxarmos em torno
e uraa bola metálica, de modo que nao hajam rugas,
J°de®os colocar sóbre éle um pedazo de carváo era
^a! porque o calórico, coccentrando-se na esfera,
P'ffio condutor, atravessará o lengo, mau condutor, a
a®a temperatura insuficiente para o poder danificar.
116 - M AGIA DO F O GO
XXIV
XXV
O segrèdo de Richardson
0 «Journal des Savants«, a que jà me referi larga-
é a unica obra onde se encontra, mercé da trai
lo que citei, o autèntico segrédo de Richardson, o
120 — M A G IA DO FOGO
*
* *
XXVI
O segrédo de Leonetto
X X V II
Sistema contemporàneo
53° 80 30 50 _ 20
65° 40 20 2 — _ 10
66» 75 20 40 15 _ _
68° 75 20 20 _ _ _
70° 150 40 80 30 — _
75» 42 20 23 8 _ , ,
88» 70 — 60 10 _ —-
92» 50 20 30 _ _ _
94» 80 30 50 _ _
96» 20 10 10 _ _
100° 80 — 50 _ 30 _
113» 80 _ 80 _ 30 T—
.-
123» 80 — 80 _ 40 _
130» 80 _ 100 _ 80
Í32» 80 — 120 _ 80 ___
143» 80 — 160 _ 120 _
146» 80 — 160 _. 140 _
154» 80 — 220 -- 240 _
160» 80 — 320 _ ,
363
166» 80 — 32 _ _
280
172» 80 — 30 - _
240
186» -- 30 10
189»' - 70 30
194» -- 76 24 _
232» _ 100 _
239» _ 16 84
241° — 50 50
270» 100
327» — — 100 — —
132 — MAGIA DO FOGO
XXVIII
« — E o facto é perigoso ?
«— Poderá sé-lo,,,
f — Entao saiamos já daqui, — disse eu cada vez
mais aterrado e encaminhando-me logo para a
porta,
«M. Boutigny, agarrando-me pelo casaco, para eu
nSo lhe fugir, prosseguiu :
«— Mas para tudo há rem edio... A i t e m , ., Meta
as mSos dentro désse balde de água e límpe-as depois
muito bem. A humidade que restar sóbre a pele será
suficiente para a realizagao da experiéncia.
«Soube mais tarde — afirma Robert-Houdin — que
M, Boutigny quís apenas castigar a minha incredulidade,
visto que o acto que me forgou a praticar é absoluta
mente iadispensável. Sem m5os húmidas — húmidas ;
n3o molhadas — a experiéncia seria impossível. Las
timo n3o poder ser mais extenso ñas explicares do
maravilhoso fenómeno esferoidal, mas é-me impossível
inserir aqui uma tese cuja exposigao gastaría, pelo me
nos, urnas cem páginas. De resto, a obra de M. Bouti-
£ny é insubstituível na ciéncia que nos interessa e o
leitor, por isso, deve estudá-la com vantagem. Em duas
Palavras, direi apenas que o metal em fusáo, a tam
levada temperatura, é mantido á dist&ncia pelo fenó
meno esferoidal, que origina uma fórga repulsiva ñas
moléculas líquidas, em virtude de uma evaporado ins
tantánea da humidade da pele, Mas o facto parece ter
uáar só no caso de temperaturas formidáveís, como a
fus5o do ferro, por exemplo. A lei apontada por
outigny é colossal e faz-nos um pouco de luz sóbre os
<caprichos» da electricidade, que pode matar a pequeña
T°ltagem e nao mata quando o número de volts atinge
ÜQla enormidade.
138 MAGIA DO FOGO
XXIX
Os contemporáneos
XXX
Os Diabos Vermelhos
Os célebres «Diabos Vermelhos», norte-americanos,
cuja fama pode considerar-se realmente universal, exe-
cutam nos seus espectáculos de piromagia duas ou trés
ilusoes preliminares (derreter lacre sóbre a lingua, me
ter as pontas dos dedos em chumbo derretido e beber
petróleo em chamas) e concluem pelo «tour» que éles
próprios classificam «Mistério da Prisao de Fogo»,
Apesar das platéias delirarem com esta singela
exibigSo, eu quero que o leitor faga mais — muito mais
e infinitamente melbor. Quero que possa executar,
além das ilusoes dos «Diabos Vermelhos», tidas com»
enormes prodigios de ilusionismo científico, muitas ou*
tras mais valiosas, de espectaculosidade muito mais
perturbante e de «efeitos», na verdade, muito mais ID’
compreensíveís.
Desejo ainda sistematizar a exibigao, que teI*j
principio, meio e firn, de modo que seja fácil re a h ^l
um espectáculo magnífico, de interèsse gradualmeDte
crescente, cheio de surpreendentes maravilhas e, e
HAGIA DO FOGO - 149
— Completa !?
— Sim, completa.
Tardai ja n3o tem mèdo. Aguga cuidadosamente o
ouvido e espera com impaciència os derradeiros acordes
da sua obra magistral. Mas o diabo, que parece ter-se
arrependido, toca só a parte da música que o violonce
lista compòs.
— Entào nào tocas mais ? Disseste que a ias tocar
completa !
— Disse e toco-a, m a s , , ,
— Mas o què ? Fala !
— Mas quero a tua alma em troca da grande fama
que te vou proporcionar.
Tarimi fica pensativo.
— Entào ? Aceitas ou nào ?
— Acho muito o que me pedes !
— És tolo ! Se soubesses quào dulcíssimo é o final
da tua obra, nao hesitarías um só momento ! . . .
— Está bem. Aceito.
— E a tua alma é rainha ?
— É.
— Vé là !
— É, jà disse !
— Entào o u v e , , ,
E o diabo, tomando impetuosamente o instrumento
chamejante, faz ecoar aos ouvidos de Tartini a parte da
«sonata» que o violoncelista ignorava.
Após os derradeiros acordes, treme a terra debaix»
dos pés; linguas de fogo atravessam o espado em tódas as
direcgòes; ruidos horrorosos, acompanhados por claróes
sinistros, troam, como o ribombar de mil canhóes gigaD‘
tescos, em torno do celebre compositor, que semi-m°rt0
de médo e de cansado, cai desamparadamente no cbS«'
jl A G I A DO FOGO - 153
Pr i m ei r o a c t o
Fig . 11 — V ulcao h u m a n o
,
Pr<toa. labaredas sdo de mais de tres metros de diám etro, O deser
*°ri que nunca v iu a üusáot nao soubeí p o r Isso interpretá la ,
Segundo acto
Terceiro acto
XXXI
Mistérios do fogo
XXXII
XXXIII
ga-se de passagem—
há milhares e milha-
res de «tours», cu jos Æ ÊHsw
«efeitos» maravilho* ^ i IÉ É J '
sos tentam os ama- ~
dores de todo o mun- S
do. A tentaçâo leva- J
■o*) por vezes, a / **
comprar por elevado Fig' 14-Faisoas àe... ferro-cério
PreÇ° o objecto dos
seus sonhos,. , e ficam-se depois a sonhar com a inuti*
Made do aparelho, o descaramento do inventor e a des-
honestidade do fabricante.
Harry Leat publicou dois livros, «Magic of the De-
Ms 1923* e «Magic of the Dépôts 1924-, que nos dâo
a maioria dos «tours» que figuram vistosamente nos ca
rgos ilustrados de muitas casas da especialidade. Mais
e atenta por cento, nâo obstante o elevado preço por-
se vendem, sâo tam irrealizáveis como é, com o
re!ho citado, a magnífica ilusâo que acabo de descre-
r- Para evitar semelhantes abusos e prevenir contra
s °s amadores inexperientes, é que em 1912 se fun-
12
178 - MAGIA DO FOGO
* *
XXXIV
Aquários chamejantes
Os aquários n3o tém «truc* — sao vulgares. Con-
tudo, em cima do líquido que serve de *meio» aos pei-
xes, acha-se uma ligeira camada de gasolina que, por
ser de densidade inferior à da água, se mantem à super
ficie, Inflamando a esséncia, o público terá uma ilusáo
perfeitíssima dos aquários em chamas. Como estas se
extinguiriam logo que o combustível se consumisse, o
criado retira-os de cena, como vimos, enquanto as laba-
redas, que sâo de mais de meio metro de altura, se el*
vam no espaço.
H á vários processos para inflamar a gasolina e to
dos éles se podem considerar muito bons, se o público
os n2o puder notar e tiver a ilusâo perfeita de que bast» :
a imposiçâo dos d e d o s ,,, para que a água rompa e
chamas !
m a g i a d o f o g o — 181
*
* #
XXXV
Os devoradores de fogo
Comer labaredas é, realmente, de um efeito pas
moso. Só quem assistiu urna vez à ilusao pode com-
preender a grandiosidade do espectáculo e o inexplicàve!
mistério em que èie mergulha os assistentes !
Contudo, como se verá a seguir, o extraordinàri«
prodigio mostra-se de urna facilidade chocante.
A teoria do «fenómeno» baseia-se no seguinte:
Qualquer veículo da chama, que seja posshel
comer sem perigo, pode ser levado à bòca, apagado por
expirado lenta, invisível para o público, e in g e r id o
depois.
Fundados neste principio, os ilusionistas de outrora
deitavam aguárdente forte ou àlcool puro nos pratos e, sft-
bre o líquido, um certo número de uvas passas ou de
figos de seira pequeninos. Os pratos, assim preparador
eram postos em cima da mesa antes do pano subir. N»
momento do espectáculo, o àlcool era inflamado pof
qualquer processo misterioso — o do ferro-cério é boj*
o preferido—e ¿les, munidos d e um garfo, c o m e c a v a m *
devorar as uvas em chamas. Claro que ao introduzM*5
na bóca expiravam lentamente, de modo a estabelec#
uma parede cilindrica de ar fresco. Éste, além de ext10“
guir a chama logo que eia ultrapassava os lábios, ti
ainda a enorme vantagem de refrescar a bòca e de *
pedir que o fogo tocasse, nem mesmo ao de leve, Q
m a g i a d o f o g o - 183
XXXVI
Prio, como se vé na
figura 16, deve ter-se urna minúscula rodinha que produza
a centelha de ferro-cério. Na gravura, tanto a roda a que
me reíiro, como a respectiva hastezinha, onde se oculta
a Mola em espiral e a pedra de ferro-cério, sao dema
siado volumosas para se tornarem bem patentes ao lei-
*or' logo ao primeiro golpe de vista. Contudo, no fabrico
a®ericano, isso é tudo tam pequenino, que nSo pode
Ter-se com a vela apagada e é inteiramente invisível
186 - MAGIA DO FOGO
XXXVII
X X X V III
XXXIX
O cigarro ¡material
Consiste no seguinte:
Procura-se nos bolsos um cigarro e , , , só se encon-
tra o mago vasio. Sem nos perturbamos, inflamamos
um fósforo, levámo-lo aos labios e acendemos o cigarro
que misteriosamente aparece, como por encanto, en
tre éles.
Nesta pequenina ilusao, que poderíamos classificar
de «micromagia», o «truc», admiravelmente estudado,
acha-se na caixa de fósforos. Esta, cuja gaveta possui
um buraco ao canto num dos seus lados mais estreitos,
oculta, num túnel construido em fósforos, um cigarro
vulgar — ligeiramente de fora, para que os dentes o
possam pingar logo que a ocasiao o exija, Ao lado do
«túnel» (fig. 19), acham-se os fósforos sóltos, aquéles
que bao-de servir para a produgao da chama, Ao abrir a
caixa, colocámc-la ern frente da bóca e pingamos o ci
garro com os dentes, Acendendo logo o fósforo e ficando
com as maos na posig5o de quera protege a chama do
vento, posigSo esta muito familiar aos fumadores, a ilu
sao mostrar-se-á admirável, porque o cigarro, ao reti-
rarmos as maos, aparece inesperadamente entre os
lábios.
Antes de concluir e já que falei de Jó-Jó, quero
descrever ainda outra criagao do mestre — a «decapita-
gao do cigarro».
Jó-Jó aparece no palco, preparado já para a mam-
pulagao de Zirka, Entre as maos traz um cigarro que
mete na bóca e inflama a seguir. Momentos volvidoSt
pede uma tesoura e corta-lhe a ponta incandescente, qu*
atira para o chao, Mostra as maos de ambos os lados,
inteiramente livres, e pega no cigarro com os dedos da
esquerda, Sopra-lhe e coloca-o de novo na bóca— ineX'
plicavelmente aceso!
MAGIA d o f o g o - 193
XL
X LI
X L11
XLIII
X L I V
«AGIA d o f o g o - 203
X LV
X LVI
Detonaçôes digitais
O processo de fazer detonar os dedos devo-o ao meu
querido amigo Maurice Chevalier, pois foi através da sua
pena brilhante que èie chegou ao meu conhecimento.
Experimentei-o demoradamente e, após um grande nu
mero de execuçôes, levadas a cabo sempre com o maior
éxito, confesso que fi quei maravilhado,
Trata-se, porém, de uma experiència delicada, cuja
execuçâo impôe uma série especialíssima de cuidados.
Para que os eruditos compreendam o perigo e os leigos
em ciências físico-químicas creiam na minha afirmaçâo,
bastará dizer que o fenómeno detonante se deve à pro-
duçâo de atrito entre o fósforo e o clorato de potàssio
em pô.
Eis como o grande artista francés aconselha a exe-
cutar a magnífica ilusâo :
«Nutn papel de côr semelhante ao tampo da mesa,
coloca-se uma pequeña porçâo de fósforo ; numa outra
®esa distante da primeira — as substancias nunca se
devem juntar — pôe-se, com idénticas precauçôes, uma
P°rçâo mínima de clorato de potassa em pô. Apoiando
0 polegar direito sôbre o primeiro papel e o mèdio
da mesma mâo em cima do pó do segundo, êles ficarâo
lB1pregnados, por aderència, de ligeiras porçôes dos res
pectivos produtos, Fazendo agora estalar os dedos, como
206 - M A GIA DO FOGO
XL VI I
O candieiro humano
X L IX
LI
O repuxo humano
L 11
L U I
O vulcào humano
Kogensky, Jonax, Tching-Tchung e muitos outros
domadores do fogo, cometem, como já disse, a tolice de
introduzirem no estómago, logo após a ingestao de água,
meio litro de petróleo. Já indiquei os inconvenientes de
semelhante procedimento e entendo, como Barnello, que
flinguém tem c direito de se matar, nem mesmo lu
tando pela vida.
Vou, pois, indicar um processo diverso para se
atingir o mesmo firn. É evidente que detesto aquêle que,
háuns tempos, vem sendo adoptado por certos artistas
de circo e que consiste em encher descaradamente a
bóca de petróleo e pulverizá-lo a seguir sóbre urna
chama alimentada a gasolina. A ilusao, por éste sis
tema. n3o chega a ter um sopro de vida, porque o pri-
meiro espectador que vença a repugnancia pelo líquido
poderá executar o «tour» com idéntica facilidade e obter
por igual processo exactamente o mesmo «efeito»,
Para que os espectadores suponham que o petróleo
*em realmente do estómago, é absolutamente necessàrio
Que o líquido seja pósto na bóca de modo que ninguém
seja capaz de notar o facto. Um ajudante lança fogo a
um pedaço de algodâo que, embebido em gasolina, sé
acba fíxo de uma vareta metálica de uns noventa centí
metros de comprido. O artista, depois de mostrar a
224 - MAGIA DO FOGO
LIV
LV
F ig . 25— Mostra-se a b ra sa de u m la d o e de o u t r o . ..
L VI
L V 11
M o rd e r ferro em brasa
Q u e m possuir, como Barnello, uns dentes em
magnífico estado, pode realizar com éles, como éle rea
liza, auténticos prodigios de ilusiooismo ígneo.
Eis uma das maravilhosas experiéncias do «rei do
fogo», que os seus colegas só tém exibido com denta
duras postiças :
Barnello toma entre as suas mâos uma pequeña
barra de ferro quadrangular, de uns noventa centím etros
de comprido, e mete uma das suas extremidades na
forja. Logo que ela se poe ao rubro, pinça a parte cha-
mejante com os dentes e arranca-lhe um pedaço. que
teatralmente deixa caír, incandescente, numa vasilha de
cristal, totalmente cheia de água.
O trabalho, para quem dispuser de bons dentes, c
fácil de executar, se — claro está — conhecer o respec
tivo «truc». Éste, simplicíssimo, consiste no seguíais -
MAGIA DO FOGO - 233
\\
*
* #
éa ,Em (Sdas
.
A parte tracejada única onde se derram a gasolina
as outrast incluindo o interior da prisao%apenas se deita água
L IX
A caldeira infernal
A esfera, assim
PreParada> conduzi-
sS H h É! Para 0 mc'° f'a*
co, juntamente com o
Fig. 2tí — Como os espectadores vém S u p o rte c ir c u la r Onde
a ealdeira infernal S6 HCha. a poÍ3(Í3» ”
ilusionista, fazendo-a
deslizar no suporte, volta-lhe a abertura para os espeC'
tadores, afim de os convencer de que ela se acha vasia
e, além disso, totalmente isolada do solo. Como dentro
da esfera nao há luz e as meninas se acham «coladas» *
MAGIA d o f o g o - 239
LX
QUARTA PARTE
L XI
O poder da sugestao
(1) «Neohipnotismo-Zoísmo».
250 — MAGIA DO FOGO
LXII
Esfera ígnea
O ilusionista, logo que o paño sobe, toma urna es
fera entre as mSos e desee com ela á platéia. Mostra-a
gentilmente a todos quantos querem pegar nela e acaba
por afirmar que se trata de um objecto comum — sem
preparo especial.
Realmente, a esfera, de uns quinze centímetros de
diámetro, é construida em metal dourado e n3o parece,
mesmo após cuidadoso exime, revelar o menor «truc»,
O artista chama a ateneo dos assistentes para ésse
facto e pede-lhes que tacteiem cuidadosamente a bola,
Depois, com um sorriso nos lábios, acrescenta :
— Desejaria iniciar o espectáculo por algumas su-
gestoes interessantes, para que, em face dos curiosos
fenómenos observados, vossas exceléncias pudessem
concluir da complexidade humana e da realidade incon-
troversa do poder do pensamento. Se eu quisesse, bas-
tar-me-ia pensar na desaparigao da esfera, para que ela
se reduzisse ¡mediatamente a nada ñas máos do exce-
lentíssimo público. Mas n5o fago isso, porque sei que o
fenómeno seria interpretado por muitos como um sim
ples escamoteio. Prefiro vincar bem o facto da sugestáo
e, para isso, gostaria que me dissessem o que sentem
quando poem as suas m5os em contacto com a esfera.
Momentos depois, dirigindo-se á pessoa a quem en-
tregou a b o la :
— O qué ? Vossa exceléncia acha que a esfera está
fria ? !
E pegando no instrumento e levando o a outro dos
assistentes :
MAGIA DO FOGO - 257
LX I I I
Varinha de fogo
*
* *
W
w sados, o seu contacto torna-se mesmo impos-
i] síveL Apesar disso, o extremo que contém
o líquido continua á temperatura ambiente»
porque, mercé de um isolador térmico ada
ptado no ponto de jungSo de ambas as par
tes, éle n3o pode aquecer. Portanto, a vari-
nha mostrar-se-á íria ou quente conforme a
sugestao que se quiser impór, ou, mais exa
ctamente, segundo o extremo — quente oas
cs>
frió — com que se toquem as mSos das
pessoas que pretendemos. , . sugestionar,
Mais detalhadamente:
A varinha, como se vé na figura 34,
divide-se em duas partes metálicas enver-
nizadas de préto e com extremos niquela
dos, para que os assistentes a confundam
com as varinhas vulgares. Numa das par
tes, naquela que chamaremos superior, por
ser essa a que convém conservar ao alto
Fíg. 34 Meca- para evitar o aquecimento, introduzimos
nismo da «vaii- r „ , , , . ■
nha de rogo» como na «Esfera ígnea», vanas pednnnas
de cal. Na outra, na inferior, pomos a água
suficiente á produgao do calórico. Entre ambas as meta-
des existe um minúsculo círculo metálico» repleto de
buraquinhos para que, como na «Esfera ígnea», a
água, quando quisermos, vá de um extremo ao outro.
Além disso, entre uma e outra partes constitutivas
da varinha, existe um isolador de buxo, o que evita
MAGIA DO FOGO - 263
* *
L XI V
Garrafa escaldante
LXV
A caldeira do suplicio
* *
LXVII
*
# *
L X V I II
Esséucia de terebintina
Vaselina de petróleo
Banha de pòrco sem sai
Gordura de carneiro
Cai viva
L X I X
#
tf *
prio adaptado
ao tubo (capítulo L X II), ura ajudante escondido, aper-
tando a pera de borracha, nao só produz as bólhas de.,,
vapor, como aínda, se quiser, pode íazer oscilar a
tampa da panela com a mesma violéncia que as grandes
ebuligoes originam.
A ilusSo é tam perfeita e o vapor (capítulo L X II)
mostra-se tam natural, que o próprio executante chega a
Scar surpreendido !
N3o admira, agora, que a agua continui fría, n3o
obstante a ilusao pasmosa de que ela se acha a ferver.
L X X
Um prodigio de sugestào
*
* *
L X X I
*
* *
*
* *
LXX11
Maravilhas do fogo
LXXIII
LX X I V
Cartas misteriosas
L XX V
H álito destruidor
*
# *
LXXVI
A vela maravilhosa
Maurice Kelly, o ilusionista americano que mais se
tem salientado em invulgaridades científicas, mandou h à
dias, dentro de um estojo apropriado, urna vela de es
tearina a um dos admiradores
das ciéncias da ilusào. Dias an
tes havia-lhe èie enderezado
urna carta misteriosa (capítulo
LX XIV ), onde Ihe solicitaba que
a incastigalasse e prometía, após
isso, acender-lba à distáncia!
0 destinatàrio obedeceu e a
vela, passados uns minutos, rom-
peu inexplicávelmente em cha
mas—ardendo depois com a len-
tidao habitual até se consumir
por completo !
Até hoje ninguém explícou
semelhante «místério». C r e i o ,
pois, que os meus leitores gos-
taráo, certamente, que eu lhe
consagre umas linbas. Prefiro
dar a auténtica s o lu to do pro
blema e, para isso, nada me pa
rece melhor do que inserir o
verdadeiro «segrédo» com que o
proprio Maurice Kelly distinguía
«Magia do Fogo> :
á»-a veia mataviihosa «Escolhi urna vela de gros
so pavio e destearinisei éste,
MAGIA DO FOGO -305
LXXVII
m JOMALDENOTICIAS ~
rte l ~~^£L~5r Sssr ■
—
^rato^ po
t a s s i o em
simples água
comum, Com
a s o 1u £ So
obtida e utn
pincel mi
núsculo «pin-
ta-se» em
determinado
ponto do jor
nal o algaris-
mo que nos
convier e
marca-se-lhe
ao lado uma
pequenina
cruz a làpis,
visto q u e ,
n S o proce-
F ig . 40—0 n ú m e r o p rev isto pelo fogo d e n d o a S S Ím ,
nunca mais
saberemos onde foi desenhado o algarismo, porque de*
pois de séco éle se nos apresentará absolutamente
invisível.
M AG IA DO FOGO - 307
* #
L X X V 111
*
* *
LX X I X
Revelaçâo ígnea
Se um amigo nos oferece um cigaro ou um charuto,
nâo devemos acendé-lo conio qualquer... simples mortal.
Tomámo lo entre os dedos e pedimos ao ofertante que
sopre duas ou très vezes no extremo a inflamar. Em
conseqüència do sópro, o cigarro entrará em chamas e
nós entáo, descansadamente, pomo-lo entre os lábios e
fumámo-lo — como costuma fazer-se.
* *
LX X X
O vulcào de Lémery
0 doutor William Price, dos amadores mais distin
tos que conbego, quis um dia fazer urna partida engra
nada a um seu amigo milionàrio, que come^ara, havia
uns meses, a dar os primeiros passos na estrada cheia
de encantos aberta à juventude estudiosa pelo grande
Robert-Houdin.
Eis parte da sua c o m u nicalo enviada, há tempos,
ao I. I. R. S, :
«Estávamos em principios de setembro. 0 meu
amigo T. P. convidàra-me a passar na sua casa de
campo os dias que eu consagrara às minhas férias. Acedi
ao convite : peguei em vários instrumentos de prestigia
d o moderna e dirigi-me à sua aldeia, T, P. — ainda o
nSo disse — era um dos meus discípulos».
William Price, depois de nos contar que T. P, lhe
exigirá qualquer coisa formidável nas cièncias da ilus3o»
continua :
«Pedi ao jardineiro, que já fòra meu criado e eu
pròprio colocara em casa do meu amigo, que enterrasse
no jardim as matérias consti tuitivas do vulc3o de Lémery,
Depois, exigindo-lhe segrédo, disse-lhe que no dia x re
gasse abundantemente o p into onde enterrasse a mis
tura. Ora, como se sabe, logo que se humedecem as
substàncias que Lémery doseou, o solo ábre se como por
encanto e, se estiver calor, sai das entranhas da terra
o fumo, as cinzas. as labaredas e até a pròpria lava que
caracterizam os vulcòes.
F ig . 41 — V u lc à o pro v o ca do à d is ta n c ia
*
*
0 4- dQ - C a . q T = o - C g . d T
de onde
d T = C AA ~ CB
— B
■|L = C a - C b = 0 e CA = CB
Brindes culturáis do I. I. R. S.
O I. I. R, S,, a quando da publicado de «Magia
Teatral», acedeu, a meu pedido, em oferecer aos leitores
da referida obra urna ilusSo interessantíssima, intitulada
«Maravilhosa adivinhagao», que havia sido inventada,
propositadamente para quem nao tivesse agilidade, pelo
distinto amador americano e meu querido amigo, dr. Jo-
seph Power,
A julgar pelas centenas de pedidos feitos em 1940-
•41 e pelo grande número de cartas recebídas a elogiar
a concessao, é fácil de concluir que eu proporcionei aos
leitores de «Magia Teatral» um auténtico prazer. Mas se
algumas dúvidas me restassem a propósito do facto, bas
tada para as diluir totalmente a correspondéncia que, há
uns meses a esta parte, me tem chegado as m3os.
Em setembro de 1941, a Livraria Progredior, edi
tora de «Magia do Fogo», enviou a várias centenas de
conhecidos amadores um impresso documental, anun
ciando o aparecimento, para breve, desta obra de piro-
magia. Desde entao, como afirmo, as cartas chuveram-me
MAGIA DO FOGO - 319
F I M
21
G R A L H A S
Nota importante :
Pág. 85 — F ig, 5 : Os dedos da máo esquerda devem estar
{echados e apertar entre Síes o cabo do cañivete.
í n d i c e g é r ai
TESE M l l l i l E L
lia p s i c ol ogí a da i l o m
Trata-se de M a g ia Teatral, que insere as cria^Ses mais re
centes de ilusionisino científico e nos apresenta a técnica dasubjuga-
$io dos sentidos sob um aspecto verdaderamente inédito, pondo
por isso mesmo ao alcance de todos( até dos amadores mais inex-
perientes, os maiores prodigios da memória e as mais extrardiná-
rias adivinha<;óes, previsóes e transmissoes do pensamento, Além
disso, M a g ia Teatral publica ainda as experiéncias mais especta
culosas, como aparipoes, desaparipoes e transform ares de m úl
tiplos objectos e todos os aparentes milagres que possam realizar-se
com cartas, rooedas, lencos, fitas, cigarros, dedais, aneis, copos,
vinho, água, tinta, papel, cordas, etc.
Assim, com a maior facilidade e sem nenhum estudo prévio,
os leitores de M a g ia Teatral poderao aparentar um a memória de
ferro, calculando instantáneamente e de cor, por exemplo, as raí
les de qualquer grau, incluindo as de índices primos, como as
quintas, as sétimas, as undécimas, etc. Poderao igualmente e com
idéntica facilidade, transmitir ou «adivinhar» os pensamentos dos
espectadores e realizar verdadeiras maravilhas com um a infitndade
de objectos, depois de analisados pelo público, e, portento, sem
preparo especial que facilite a ilusáo.
M a g ia T eatral é um livro que todos devem lér, porque nin-
guém tem o direito de ignorar as suas fantásticas revelares, espe
cialmente sobre as leis da memória, da apreensáo dos sentido* e
da psicofisiologia moderna.
\ grosso vol., com 320 págs., ilustrado com 67 g r a m a s
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Os Filtros do Amor (2 volumes) , 20$00
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