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Aula 01 - Direito Do Trabalho
Aula 01 - Direito Do Trabalho
Sumário
AULA 01
Princípios e Fontes do Direito do Trabalho. Direitos
Constitucionais dos Trabalhadores. Renúncia e
Transação.
1 - Considerações Iniciais ......................................................................... 2
2 - Princípios do Direito do Trabalho ........................................................... 2
2.1 - Introdução .................................................................................... 3
2.1.1 - Princípio protetor ......................................................................... 3
2.1.1.1 - Princípio da norma mais favorável .............................................. 3
2.1.1.2 - Princípio da condição mais benéfica ............................................ 5
2.1.1.3 - Princípio in dubio pro operario .................................................... 6
2.1.2 - Princípio da inalterabilidade contratual lesiva .................................. 7
2.2 - Fontes do Direito do Trabalho ........................................................ 11
2.2.1 - Fontes heterônomas .................................................................. 12
2.2.2 - Fontes autônomas ..................................................................... 14
2.2.3 – Outras fontes ........................................................................... 16
2.3 – Direitos Constitucionais dos Trabalhadores...................................... 17
2.3.1 – Dispositivos da CF/88 comentados .............................................. 17
2.4 – Renúncia e transação ................................................................... 32
3 – Questões Comentadas ...................................................................... 35
4 – Lista das Questões Comentadas ......................................................... 76
5 – Gabaritos ........................................................................................ 92
6 – Resumo da aula ............................................................................... 93
7 – Conclusão ....................................................................................... 95
8 – Lista de Legislação, Súmulas e OJ do TST relacionados à aula ................ 96
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1 - Considerações Iniciais
Oi amigos(s),
Iniciaremos agora nosso curso de Direito do Trabalho para concursos de
Tribunais do Trabalho.
O tema da aula de hoje é bastante cobrado, de uma forma geral. Portanto,
fiquemos todos atentos!
Vamos ao trabalho!
2 - Desenvolvimento
Inicialmente veremos o tópico “Princípios do direito do trabalho”, no qual iremos
discorrer acerca dos principais itens que surgem em provas.
Após isto iremos estudar sobre as “Fontes do Direito do Trabalho” e, por fim,
veremos os “Direitos constitucionais dos trabalhadores” e “Renúncia e
Transação”.
Quanto a este penúltimo tópico é importante frisar que, na Constituição Federal
de 1988 (CF/88), são elencados direitos que se relacionam aos mais diversos
assuntos deste curso.
Desta forma, comentaremos nesta aula sobre todos os direitos constantes da
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Princípio protetor
empregado.
Pela aplicação deste princípio, portanto, respeitadas as regras de Hermenêutica
Jurídica, deve-se buscar a aplicação da norma mais favorável ao obreiro.
É interessante notar que o princípio aplica-se mesmo antes que as normas
trabalhistas entrem em vigor, ou seja, durante a elaboração das mesmas. Como
ensina o Ministro Maurício Godinho Delgado1:
“O presente princípio [da norma mais favorável] dispõe que o operador do
Direito do Trabalho deve optar pela regra mais favorável ao obreiro em três
situações ou dimensões distintas: no instante da elaboração da regra
1
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 191.
2
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 192.
(...)
A seguinte passagem da obra de Sérgio Pinto Martins 3 nos permite enxergar o
princípio em estudo:
“A condição mais benéfica ao trabalhador deve ser entendida como o fato
de que vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao trabalhador,
não podem ser modificadas para pior. É a aplicação da regra do direito
adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), do fato de o trabalhador já ter
conquistado certo direito, que não pode ser modificado, no sentido de se
outorgar uma condição desfavorável ao obreiro.”
3
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 70.
4
CF/88, art. 5º, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
5
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 205.
6
MARTINS, Sérgio Pinto. Op. cit., p. 69.
7
Código de Processo Civil (CPC), art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
8
CLT, art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.
9
Os assuntos “Renúncia e Transação” serão tratados em outro tópico.
10
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 194.
Princípio da
O empregador tende a investir mais na
continuidade Investimento educação e aperfeiçoamento dos
da relação educacional e empregados que permanecem mais tempo
de emprego profissional na empresa, ou seja, com contratos de
maior duração.
11
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 200-201.
CLT, art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local
do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o
encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta
bancária, observado o disposto no artigo anterior.
12
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 139.
Convenção
Constituição Coletiva de
Leis Trabalho (CCT)
Decretos Acordo Coletivo de
Trabalho (ACT)
Leis
As leis (regras jurídicas abstratas, impessoais e obrigatórias), emanadas do Poder
Legislativo e promulgadas pelo Poder Executivo, são fonte formal do direito do
trabalho.
As Medidas Provisórias (MP), emitidas pelo Presidente da República em caso de
relevância e urgência, nos termos do artigo 62 da CF/88, também são fontes
heterônomas do direito do trabalho. 98346476892
Decretos
(...)
Usos e Costumes
13
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 151.
Laudo Arbitral
O laudo arbitral ocorre quando a negociação coletiva é frustrada, casos em que
as partes (sindicatos) elegem um árbitro, a quem incumbirá proferir decisão
(laudo arbitral) que solucione o impasse:
Negociação coletiva
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Agora vamos tratar separadamente de algumas regras atinentes a cada uma das
espécies de negociação coletiva. O assunto será abordado de forma completa
durante o curso.
Jurisprudência
Jurisprudência é a reiterada interpretação conferida pelos tribunais às normas
jurídicas, a partir do julgamento das demandas concretas levadas à apreciação
judicial. É o caso, por exemplo, das Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho
(TST).
Há controvérsia sobre a classificação da jurisprudência como fonte formal ou não.
Alguns autores entendem que não é fonte formal, pois não têm valor de regra
geral, de cumprimento obrigatório.
Outros autores entendem que a jurisprudência exerce o papel de criador do
direito, como ensina o Ministro Godinho14:
“(...) as posições judiciais adotadas similar e reiteradamente pelos tribunais
ganhariam autoridade de atos-regra no âmbito da ordem jurídica, por se
afirmarem, ao longo da dinâmica jurídica, como preceitos gerais,
impessoais, abstratos, válidos ad futurum – fontes normativas típicas,
portanto.”
Finalizando o assunto jurisprudência, é importante falarmos sobre as Súmulas
Vinculantes.
Com a Emenda Constitucional 45/2004 o Supremo Tribunal Federal (STF) tem o
poder de aprovar súmulas que vinculam a Administração Pública, ou seja,
dotadas de generalidade, impessoalidade e abstração e que, por isso, podem ser
consideradas como fontes formais:
CF/88, art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas
decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais
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Princípios
Há controvérsias doutrinárias sobre os princípios gerais de direito serem ou não
fontes formais de direito, e por isso deixei-os nesta seção da aula.
14
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 165.
O Ministro Godinho entende que a doutrina recente confere aos princípios função
normativa, a que ele se refere como sendo “função normativa concorrente”, e
que nesta óptica os princípios seriam fonte formal de direito.
Regulamento Empresarial
O regulamento empresarial não é aceito pela doutrina como fonte formal, visto
que, apesar de possuir generalidade, abstração e impessoalidade, é elaborado
pela empresa, de forma unilateral.
Seria o seguinte:
Havendo despedida
arbitrária (a que não Não havendo justa
se fundar em motivo causa (art 482: Multa
ou
disciplinar, técnico, abandono de emprego, compensatóri
econômico ou ato de improbidade, etc)
financeiro)
a do FGTS15
(40%)
15
Lei 8.036/90 [Lei do FGTS], art. 18, § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do
montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho,
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
Cuidado para não confundir salário mínimo com piso salarial, que trataremos no
próximo inciso.
O piso salarial também pode ser definido pelos Poderes Executivos dos estados
da federação, como previsto na Lei Complementar 103/2000, que “autoriza os
Estados e o Distrito Federal a instituir o piso salarial a que se refere o inciso V do
art. 7º da Constituição Federal, por aplicação do disposto no parágrafo único do
seu art. 2216.”
Em regra é vedada a redução dos salários dos empregados, qualquer que seja o
motivo.
coletivo”).
Esta redução nominal de salário poderá ocorrer nos casos extremos (por
exemplo, uma crise econômica) em que o sindicato aceite a medida para evitar
demissões.
16
CF/88, art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Alguns empregados têm remuneração fixa, e outros têm uma parte fixa e outra
variável (falaremos sobre isso na aula de remuneração e salário).
Nestes casos o que interessa para a aplicação da regra é o valor total a ser
recebido, ou seja, nada impede que a parcela variável seja inferior ao mínimo,
desde que esta parcela, somada à parcela fixa, lhe garanta o salário mínimo.
A gratificação natalina deve ser paga até o dia 20 de dezembro de cada ano,
devendo haver adiantamento da gratificação (metade da remuneração do mês
anterior) entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano. Comentaremos
mais sobre esta verba na aula de remuneração e salário.
retenção dolosa;
As verbas salariais têm natureza alimentar, e por isso o empregador não pode
reter o salário. Comentaremos mais sobre o assunto na aula de remuneração e
salário.
Esta verba foi regulamentada pela Lei 10.101/00, que “regula a participação dos
trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de
As férias serão gozadas durante o período concessivo (que ocorre após o período
aquisitivo), e sua remuneração consiste no terço constitucional, que representa
1/3 do salário normal do empregado.
17
CLT, art. 59, § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a
importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da
hora normal.
Desde 2002, quando foram alteradas a CLT e a lei 8213/91, à empregada que
adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança também será
concedida licença-maternidade.
Por fim, em 2008 foi publicada a Lei 11.770/08, que institui o Programa Empresa
Cidadã. Este programa concede incentivo fiscal para empresas que prorroguem
em 60 (sessenta) dias a licença-maternidade de suas empregadas.
Ainda não há lei fixando prazo para a licença, então continuam válidos os 05 dias
previstos no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Por fim, em 2016 foi alterada a Lei 11.770/08, que institui o Programa Empresa
Cidadã. Além da extensão da licença-maternidade, agora é possível a extensão
da licença-paternidade por 15 dias.
12.506/11, segundo a qual ao aviso prévio serão acrescidos 3 (três) dias por ano
de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
Este dispositivo é um dos fundamentos de validade das Normas
Regulamentadoras (NR) expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que
objetivam resguardar a segurança e saúde dos trabalhadores regidos pela CLT.
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
Se, por exemplo, um empregado deixou de receber verba a que faria jus 06 anos
atrás, mesmo mantendo o vínculo empregatício não poderá reaver a verba na via
judicial, pois este direito foi atingido pela prescrição quinquenal.
Da mesma forma, caso tenha havido o inadimplemento de verba salarial por parte
do empregador, o empregado que teve o contrato rescindido há mais de 02 anos
e não ajuizou ação terá o seu direito fulminado pela prescrição bienal.
Além disso, como o labor em período noturno também é mais gravoso que o
diurno, não se admite menores de idade em trabalho noturno.
Sendo assim, o trabalhador avulso não é empregado, mas a esta categoria foram
estendidos os direitos assegurados ao trabalhador com vínculo empregatício.
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII,
XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência
social.
Esquematizando:
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O segundo grupo trata dos direitos que eram assegurados aos urbanos e rurais
e não aos domésticos, aplicando-se agora a estes últimos de forma imediata:
Abaixo um quadro do terceiro grupo, dos direitos que foram ampliados pela EC
72/2013 atendidas as condições que a lei estabelecer20 (ressalta-se que,
atualmente, tais condições já foram estabelecidas pela LC 150/2015):
18
Normas de Segurança e Saúde no Trabalho, também conhecidas como Segurança e Medicina do
Trabalho.
19
Acordos Coletivos de Trabalho e Convenções Coletivas de Trabalho.
20
Seriam normas de eficácia limitada, como estudamos em Direito Constitucional.
21
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
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Vale ressaltar que, apesar de não constar da literalidade da CF, a prescrição dos
créditos trabalhistas para os domésticos obedece às mesmas regras dos
trabalhadores urbanos e rurais, inclusive em virtude da LC 150 (de junho de
2015), art. 43.
Por fim, um quadro reunindo os todos os demais, deixando em preto os direitos
que já constavam da redação original do art. 7º, § único, em azul o que foi
incluído com a EC 72/2013 com aplicabilidade imediata, em vermelho o que
depende de regulamentação e tachado o que não foi estendido aos domésticos:
Renúncia Transação
22
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 209-210.
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo
de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na
presente Consolidação.
CLT, art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de
livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha
às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes
sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração
das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde
que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Sobre o assunto, transcrevo a seguinte passagem da obra do mesmo autor23:
“(...) o trabalhador, que por ato individual (renúncia), quer por ato bilateral
negociado com o empregador (transação), não pode dispor de seus direitos
laborais, sendo nulo o ato dirigido a esse despojamento. Essa conduta
normativa geral realiza, no plano concreto da relação de emprego, a um só
tempo, tanto o princípio da indisponibilidade de direitos trabalhistas como
o princípio da imperatividade da legislação do trabalho”.
Nesta linha, são poucas as possibilidades de aplicação de renúncia e transação
no Direito do Trabalho. O exemplo citado pela doutrina é a do empregado estável
que renuncia à estabilidade para aderir ao regime do FGTS.
Quanto à possibilidade de aplicação da transação no direito trabalhista, o
Ministro Godinho estabelece, primeiramente, a distinção entre direitos de
indisponibilidade absoluta e direitos de indisponibilidade relativa. Sobre estes
últimos é possível se reconhecer o cabimento de transação, mas não em relação
aos primeiros.
Novamente recorrendo a um quadro para facilitar a visualização deste
desdobramento:
Indisponibilidade relativa
23
Idem, p. 208.
Ao final, como citado acima, o autor conclui que a transação é cabível quando se
relacione aos direitos de indisponibilidade relativa, desde que não resulte em
prejuízo ao empregado.
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3 – Questões Comentadas
3.1 – Princípios do Direito do Trabalho
1. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016
O Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula de Jurisprudência de nº
212, segundo a qual o ônus de provar o término do contrato de trabalho,
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois determinado princípio do Direito do Trabalho constitui
presunção favorável ao empregado. O referido princípio é o da
(A) indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
(B) continuidade da relação de emprego.
(C) flexibilização das normas trabalhistas.
(D) intangibilidade salarial.
(E) primazia da realidade.
Comentários:
Gabarito(B), já que claramente a SUM-212 se refere ao princípio da
continuidade.
Comentários:
Gabarito(B). Por meio do princípio da primazia da realidade, busca-se, no direito
do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. Por exemplo, nos
casos em que haja típica relação de emprego mascarada por contrato de estágio
(sabendo que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a
relação empregatícia deverá ser reconhecida.
Comentários:
Gabarito (A), já que o Princípio da Proteção realmente se subdivide em três:
princípios da norma mais favorável, da condição mais benéfica e in dubio pro
operário.
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Comentários:
Gabarito (B), já que parte majoritária da doutrina enquadra os usos e costumes
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24
RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. 3. ed. atual. São Paulo: LTr, 2000, p. 393-403
A alternativa (A) está incorreta. De fato, como regra geral, o empregado não
pode renunciar seus direitos trabalhistas, inclusive as férias. Caso se permitisse
o contrário, o trabalhador poderia abrir mão de direitos para conquistar ou manter
seu emprego. Entretanto, esta conclusão não decorre do princípio da boa-fé, mas
sim do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas (também chamado
de princípio da imperatividade das normas trabalhistas).
A alternativa (C) está incorreta. A segunda parte da afirmativa (“a Consolidação
das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição
Federal de 1988”) está correta, já que é uma consequência direta do princípio
da norma mais favorável. O erro, neste caso, foi relacionar esta afirmação com
o princípio da especificidade (“por conter regras específicas”). Em outras
palavras, a CLT pode se sobrepor à CF, em determinados casos (embora
hierarquicamente inferior), mas isto se dá por ser a norma mais favorável nessas
situações, não por ser mais específica.
A alternativa (D) está incorreta. Tanto as sentenças normativas quanto os atos
normativos do Poder Executivo (como, por exemplo, os Decretos) são fontes
formais heterônomas.
Comentários:
Gabarito (C), já que o princípio protetor (também chamado de “tutelar”) se
subdivide em três princípios, um dos quais é o princípio da norma mais favorável.
Segundo este princípio, deve-se aplicar ao caso concreto, havendo mais de uma
norma em vigor regendo o mesmo assunto, a que seja mais favorável ao
empregado, ainda que esta não seja a norma hierarquicamente mais alta.
Comentários:
Gabarito (D). Segundo o princípio em questão, se deve aplicar ao caso concreto,
havendo mais de uma norma em vigor regendo o mesmo assunto, a que seja
mais favorável ao empregado.
Para atenuar o desequilíbrio existente entre o capital e o trabalho criou-se o
direito do trabalho, que é alicerçado no princípio protetor (ou princípio da
proteção).
Princípio protetor
Princípio da
Princípio da norma Princípio in dubio pro
condição mais
mais favorável operario
benéfica
2013
O Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua
aplicação. Assim, o postulado informando que na matéria trabalhista
importa mais o que ocorre na prática do que o que está inserido em
documentos é conhecido como princípio da
(A) intangibilidade contratual.
(B) primazia da realidade.
(C) continuidade da relação de emprego.
(D) integralidade salarial.
(E) flexibilização.
Comentários:
Gabarito (B). Por meio deste princípio busca-se, no direito do trabalho, priorizar
a realidade em detrimento da forma.
Assim, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego
mascarada por contrato de estágio (veremos que estagiário não é empregado),
por aplicação deste princípio a relação empregatícia deverá ser reconhecida.
Outro exemplo: determinada empresa contrata um “prestador de serviços” que,
na realidade, é um autêntico empregado, pois na relação existem todos os
elementos que configuram a relação de emprego: neste caso, por aplicação do
princípio em estudo, será desconstituída a relação contratual de direito civil e
reconhecida a relação de emprego.
O Princípio da primazia da realidade também é chamado de princípio do
contrato realidade.
Comentários:
Gabarito (D). Por meio do princípio da primazia da realidade busca-se, no direito
do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma.
Comentários:
O gabarito da questão é a alternativa (B).
Em regra as normas trabalhistas são impositivas, não podendo ser afastadas por
acordo entre as partes (empregador e empregado).
Comentários:
Gabarito (D), conforme quadro abaixo:
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Fonte(s) Classificação
Comentários:
Gabarito (E), conforme quadro abaixo:
Fonte(s) Classificação
(A) As convenções coletivas de trabalho firmadas
Fonte
entre sindicatos de categorias profissional e Autônoma
formal
econômica.
(B) Os acordos coletivos de trabalho firmados entre
Fonte
uma determinada empresa e o sindicato da categoria Autônoma
formal
profissional.
(C) As greves de trabalhadores por reajuste salarial
de toda a categoria. Fonte
-
material
Comentários:
Gabarito (A).
Sobre a alternativa I, realmente Acordos e Convenções Coletivas são fontes
formais autônomas, já que não há terceiro participando da formulação da norma.
Em relação à alternativa II, o entendimento majoritário é que usos e costumes
são fontes supletivas (ou integradoras) do direito do trabalho, com fundamento
no artigo 8º da CLT:
CLT, art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso,
pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas
gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo
Comentários:
Gabarito (E), já que acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de
trabalho representam normas jurídicas elaboradas pelos próprios destinatários
da norma.
As assertivas A e B são fontes materiais, já que se relacionam a momentos pré-
jurídico, os quais influenciam na positivação de normas jurídicas.
Por sua vez, as assertivas C e D são fontes formais heterônomas, já que são
elaboradas pelo próprio Estado, sem participação direta dos destinatários em sua
produção.
Comentários:
Gabarito (D), já que representam uma norma jurídica produzida pelo Estado.
Comentários:
Gabarito (A).
As assertivas I e II estão corretas, pois trazem, respectivamente, o conceito e
exemplos de fontes formais.
Lembrem-se de que as fontes formais do direito do trabalho se enquadram como
tal em vista de sua exteriorização na ordem jurídica na forma de Constituição,
emenda à Constituição, lei, decreto, etc.
Assim, fontes formais são25 “os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais
as normas ingressam, instauram-se e cristalizam-se na ordem jurídica”.
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25
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 139.
Comentários:
Gabarito (D)
Assertiva I:
As fontes classificam-se em formais e materiais. As fontes formais do direito do
trabalho se enquadram como tal em vista de sua exteriorização na ordem jurídica
na forma de Constituição, emenda à Constituição, lei, decreto, etc.
Já as fontes materiais são fatores que influenciam na criação e alteração das
normas jurídicas (por isso se relacionam ao momento pré-jurídico). Por exemplo,
movimentos sindicais, greves e outras pressões exercidas pelos trabalhadores.
Portanto, a assertiva está correta.
Assertiva II:
As sentenças normativas são proferidas pela Justiça do Trabalho em processos
de dissídio coletivo, portanto, pelo Estado. Dessa forma, são fontes formais
heterônomas.
Já o regulamento empresarial, embora exista um debate doutrinário acerca
da sua consideração como fonte, e também se este seria fonte autônoma ou
heterônoma, a FCC considerou neste item como fonte formal heterônoma. Notem
que ela especificou nesta assertiva que seria o regulamento empresarial
unilateral, ou seja, elaborado sem a participação do empregado. Portanto, neste
caso, seria fonte heterônoma, pois seria uma norma cuja elaboração não contou
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Comentários:
Gabarito (A).
Alternativa A (incorreta): por expressa disposição do art. 8º, caput, da CLT,
analogia, usos e costumes são considerados fontes supletivas do Direito do
Trabalho:
As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas
gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo
com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira
que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.
Alternativa B (correta): é exatamente o que prevê o princípio da primazia da
realidade;
Alternativa C (correta): sim, é um dos princípios orientadores do Direito do
Trabalho. Uma decorrência deste princípio é a excepcionalidade dos contratos de
trabalho a termo, já que a regra é que os contratos de trabalho sejam por tempo
indeterminado.
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Comentários:
Gabarito (E).
Esta questão cobra diversos entendimentos do TST e conceitos, relacionados a
fontes e princípios do Direito do Trabalho. Vejamos cada uma das assertivas:
Alternativa A (incorreta): No caso dos empregados públicos (agentes públicos
com contrato de trabalho com a Administração Pública regido pela CLT e
selecionados mediante concurso público para), a realização de concurso público
é solenidade essencial à validade do contrato de trabalho.
Portanto, mesmo se trabalhando como empregado público, este não tem
reconhecido o vínculo trabalhista com a Administração. Dessa forma, a primazia
da realidade não prevalece diante da necessidade de realização de concurso
público. Exemplo desse entendimento encontra-se na Súmula 363 do TST:
SUM-363 CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003 A contratação de servidor público, após a CF/1988,
sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no
respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao
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sindicalizados ou não, e também aqueles que ainda não são empregados e que
venham a se tornar empregados naquela categoria.
Alternativa D (incorreta): O art. 8º, parágrafo único, da CLT, prevê justamente
o contrário:
CLT, art. 8º, parágrafo único - “O direito comum será fonte subsidiária do
direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios
fundamentais deste”.
Alternativa E (correta): trata-se da Súmula 51, inciso II. Caso haja dois
regulamentos na empresa (que dispõe sobre regras, direitos e obrigações no
âmbito empresarial) e o empregado opte por um deles, a jurisprudência do TST
entende que esta opção representa renúncia ao outro por parte do empregado:
SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO
REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT
(...)
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do
empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do
sistema do outro.
Comentários:
Gabarito (A), que se fundamenta no art. 8º da CLT:
CLT, art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais
de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos
Comentários:
Gabarito (D), pois em Direito do Trabalho existe o princípio da
indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
Comentários: 98346476892
O gabarito é (D).
Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho são elaborados pelos próprios
destinatários das normas, sendo, portanto, fontes autônomas. Já as sentenças
normativas têm origem no Poder Judiciário, sendo exemplos de normas
heterônomas.
Relembrando o esquema anterior:
Movimento sindical
Fontes Fontes
Heterônomas Autônomas Movimento político dos
operários
Comentários:
Gabarito (B), conforme art. 7º, inciso XXVII:
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
As demais alternativas não encontram respaldo na CF, em especial no art. 7º
citado no enunciado:
A letra (A) está incorreta, pois somente o desemprego involuntário enseja o
pagamento do seguro desemprego:
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
A letra (C) possui um erro crasso:
Comentários:
Gabarito (A), conforme inciso XXXIII do art. 7º:
CF, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Comentários:
Gabarito (B), conforme art. 7º, XIV, da CF. Nos turnos ininterruptos, a jornada
é, como regra, de 06 horas. Entretanto, por meio de negociação coletiva, é
possível se ampliar o limite para 08 horas diárias.
As demais alternativas estão em claro desacordo com os seguintes incisos do art.
7º da CF:
CF, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
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Comentários:
Gabarito (E), conforme dispositivo do texto constitucional:
CF, art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a
eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes
o entendimento direto com os empregadores.
Comentários:
Gabarito (B), com fundamento no art. 7º citado no próprio enunciado:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(..)
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
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(E) auxílio-creche.
Comentários:
Gabarito (B), já que apenas a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas
semanais de trabalho poderia ser exigida de imediato pela empregada no período
indicado (5 de maio de 2013 a 6 de julho de 2014).
A questão aborda os direitos que já poderiam ser exigidos naquele período.
Tal período é anterior à publicação da Lei Complementar 150/2015, de 1º de
junho de 2015, que regulamentou diversos direitos trabalhistas estendidos aos
domésticos pela EC 72/2013 mas pendentes de regulamentação, inclusive: o
adicional noturno, a obrigatoriedade do FGTS, o seguro-desemprego obrigatório
e o auxílio-creche.
No período do contrato de trabalho, portanto, já vigoravam as alterações
promovidas pela EC 72/2013, a qual tornou obrigatório o cumprimento de
jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho.
Comentários: 98346476892
Esta redução nominal de salário poderá ocorrer nos casos extremos (por
exemplo, uma crise econômica) em que o sindicato aceite a medida para evitar
demissões.
Comentários:
Gabarito (E).
Esta questão está numa zona de interseção entre o Direito do Trabalho e o Direito
Administrativo. Como não podemos correr riscos de que este assunto não seja
visto por vocês, resolvemos incluí-la na lista desta aula.
A questão aborda o art. 39, § 3º, da CF (alterado pela EC 19/1998). Vejamos:
Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir.
Comentários:
Gabarito (C). Alternativa A (incorreta): a remuneração do trabalho noturno
superior ao diurno (inciso IX), para os trabalhadores domésticos, depende de
regulamentação de lei (LC 150/2015). Vejamos novamente o quadro:
26
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Comentários:
Gabarito (A).
Esta questão cobra a relação de direitos sociais estendidos à categoria dos
trabalhadores domésticos, ou seja, o parágrafo único do art. 7º da CF.
O parágrafo único dividiu os direitos estendidos aos domésticos em dois grupos.
O primeiro, no qual não foram feitas ressalvas (direitos constitucionais de
aplicabilidade imediata), e o segundo no qual os direitos serão estendidos desde
que atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias decorrentes da relação de trabalho.
Vamos a eles!
27
Normas de Segurança e Saúde no Trabalho, também conhecidas como Segurança e Medicina do
Trabalho.
28
Acordos Coletivos de Trabalho e Convenções Coletivas de Trabalho.
- Proibição de diferença de salário por motivo de sexo, idade, cor, estado civil
(inciso XXX)
- Proibição de discriminação em salário e critério de admissão do trabalhador
portador de deficiência (inciso XXXI)
- Proibição de trabalho noturno, perigoso e insalubre a menores de 18 e de
qualquer trabalho a menores de 16 (inciso XXXIII)
Por fim, para gravar, vamos à lista dos direitos constitucionais não estendidos
aos domésticos, mesmo após a reforma promovida pela EC 72:
29
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Comentários:
Gabarito (C).
Alternativa A (incorreta): O rol de direitos constitucionais do art. 7º é garantido
aos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7º, caput), e não somente aos urbanos.
Alternativa B (incorreta): Conforme visto na questão anterior, há diversos
direitos constitucionalmente assegurados aos trabalhadores domésticos (art. 7º,
parágrafo único).
Alternativa C (correta): O mesmo art. 7º garantiu aos trabalhadores avulsos os
mesmos direitos dos trabalhadores com vínculo de emprego (art. 7º, XXXIV -
igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
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e o trabalhador avulso).
Alternativa D (incorreta): há sim previsão para a proteção do trabalhador em
face da automação e também da obrigatoriedade de seguro contra acidentes do
trabalho (art. 7º, inciso XXVII e XXVIII).
Alternativa E (incorreta): pelo contrário, há previsão específica quanto à
impossibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre
os profissionais respectivos (art. 7º, XXXII - proibição de distinção entre trabalho
manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;)
Comentários:
Gabarito (D), de acordo com a seguinte previsão constitucional:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Comentários:
Gabarito (E), que utilizou a redação do artigo 616 da CLT:
CLT, art. 616 - Os Sindicatos representativos de categorias econômicas ou
profissionais e as empresas, inclusive as que não tenham representação sindical,
quando provocados, não podem recusar-se à negociação coletiva.
Apesar do disposto no artigo, que busca envolver os entes sindicais na negociação
juscoletiva, a CF/88 prevê o dissídio30 como forma de resolver impasse.
As alternativas (A) e (B), incorretas, inverteram os conceitos de convenção e
acordo coletivo de trabalho:
CLT, art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo,
pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e
profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das
respectivas representações, às relações individuais de trabalho.
CLT, art. 611, § 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias
profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da
correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho,
aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de
trabalho.
Assim, temos:
Negociação coletiva
30
CF/88, art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas
legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
15 anos de idade.
Comentários:
O gabarito da questão é a alternativa (A), lembrando-se das limitações
comentadas na questão anterior quanto ao trabalho de menores de 18 anos.
Negociação coletiva
Comentários:
Gabarito (A), que trata de renúncia inválida, pois o registro do empregado (com
a consequente assinatura da sua CTPS) é absolutamente indisponível, até mesmo
em decorrência do art. 444 da CLT.
Todas as demais alternativas representam hipóteses válidas de renúncia
trabalhista.
Comentários:
Gabarito (A), já que todas as alternativas estão corretas.
Apesar da redação rebuscada, a assertiva I está correta e não exiges profundos
conhecimentos. O primeiro desafio é compreender o que está escrito.
Renúncia Transação
A assertiva III está igualmente correta, pois traz direitos que não podem ser
renunciados pelo trabalhador (direitos dos quais ele não pode dispor).
o respectivo valor.
(D) Trata-se de uma relação jurídica em que as partes fazem concessões
recíprocas, nascendo daí o direito de ação.
(E) No curso do contrato trabalhista a renúncia é inadmissível em qualquer
hipótese, obedecendo-se ao princípio da proteção, bem como a relação de
hipossuficiência existente.
Comentários:
Gabarito (A), tendo a questão sido construída basicamente sobre jurisprudência
do TST.
A alternativa (A) está correta porque, de fato, é regra que não se admita a
renúncia de direitos por parte do trabalhador.
Renúncia Transação
98346476892
(C) II e III.
(D) III.
(E) II.
(E) heterônomas.
invenções do trabalhador.
a cargo do empregador.
(E) há previsão específica quanto à possibilidade de distinção entre o
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos.
proibição de
(A) trabalho penoso aos menores de dezesseis anos.
(B) trabalho na condição de aprendiz após os dezoito anos.
(C) qualquer trabalho, inclusive na condição de aprendiz, aos menores de
dezesseis anos.
(D) trabalho noturno, insalubre e perigoso aos menores de dezoito anos.
(E) trabalho noturno, insalubre e perigoso aos menores de vinte e um anos.
5 – Gabaritos
Questão 01 – B Questão 02 – B
Questão 03 – A Questão 04 – B
Questão 05 – C Questão 06 – D
Questão 07 – B Questão 08 – D
Questão 09 – B Questão 10 – D
Questão 11 – E Questão 12 – A
Questão 13 – E Questão 14 – D
Questão 15 – A Questão 16 – D
Questão 17 – A Questão 18 – E
Questão 19 – A Questão 20 – D
Questão 21 – D Questão 22 – B
Questão 23 – A Questão 24 – B
Questão 25 – E Questão 26 – B
Questão 27 - B Questão 28 – E
Questão 29 - E Questão 30 – B
Questão 31 - C Questão 32 – E
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Questão 33 - A Questão 34 – C
Questão 35 - B Questão 36 – A
Questão 37 - A Questão 38 - D
Questão 39 - E Questão 40 - B
Questão 41 - A Questão 42 – A
Questão 43 - E Questão 44 – A
Questão 45 - A Questão 46 - A
6 – Resumo da aula
Princípios:
Princípio da norma mais favorável: aplicar ao caso concreto, havendo mais
de uma norma em vigor regendo o mesmo assunto, a que seja mais favorável
ao empregado.
Princípio da condição mais benéfica: sendo as cláusulas contratuais mais
vantajosas ao trabalhador, estas devem ser preservadas durante a vigência do
vínculo empregatício.
Princípio in dubio pro operário: diante de duas opções igualmente válidas, o
intérprete do direito do trabalho deve aplicar a opção mais vantajosa ao
trabalhador.
Princípio da inalterabilidade contratual lesiva: só é lícita a alteração das
condições contratadas por mútuo consentimento E desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado.
Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas: limitação à
autonomia das partes no direito do trabalho. Empregado não pode dispor de seus
direitos por liberalidade.
Princípio da primazia da realidade: priorizar a realidade em detrimento da
forma.
Princípio da continuidade da relação de emprego: valoriza a permanência do
empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens que isso
representa.
Princípio da intangibilidade salarial: confere ao salário diversas garantias
jurídicas, visto que o este possui natureza alimentar (irredutibilidade nominal do
seu valor, vedação a descontos indevidos, tempestividade no pagamento).
Fontes:
Fontes Fontes
Movimento sindical
Heterônomas Autônomas
Convenção
Constituição Coletiva de
Leis Trabalho (CCT)
Decretos Acordo Coletivo de
Trabalho (ACT)
Renúncia e transação:
Renúncia Transação
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7 – Conclusão
Bom pessoal,
Além disso, é interessante também dar uma atenção especial aos Direitos
Constitucionais dos trabalhadores em geral (urbanos e rurais) e dos
trabalhadores domésticos.
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XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou
à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho,
bem como as convencionadas anteriormente.
– CLT
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas
gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo
com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que
nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo
no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários
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– Legislação específica
Lei 8.036/90, art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que,
à data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à
estabilidade no emprego nos termos do Capítulo V do Título IV da CLT.
(...)
§ 4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com
efeito retroativo a 1º de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando
posterior àquela.
– TST
SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO
REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento.
SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS
I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do
trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas
remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o
adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não
configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário.
SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
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